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Sabrina B 1 Introdução Os biólogos e outros cientistas usam o método científico para pesquisar o mundo natural. O método científico começa com uma observação, o que leva o cientista a fazer um questionamento. Depois ele apresenta uma hipótese, que é uma explicação a ser testada para responder a questão. Uma hipótese não está necessariamente certa. Na verdade, é uma 'melhor opção', e o cientista deve testá-la para verificar sua correção. Cientistas testam hipóteses fazendo predições: Se a hipótese X é correta, então Y deve ser verdadeiro. Daí eles fazem experimentos ou observações para verificar se as suas predições estão corretas. Se estiverem, a hipótese é mantida. Se não estiverem, talvez seja hora para uma nova hipótese. Como as hipóteses são testadas? Quando possível, os cientistas testam suas hipóteses usando experimentos controlados. Um experimento controlado é um teste científico feito sob condições controladas, o que significa que apenas um (ou poucos) fatores são alterados a cada vez, enquanto todos os outros são mantidos constantes. Veremos em detalhes os experimentos controlados na próxima seção. Em alguns casos, não há uma boa forma de se testar uma hipótese usando um experimento controlado (por razões práticas ou éticas). Neste caso, um cientista pode testar a hipótese fazendo predições sobre padrões que podem ser observados na natureza se a hipótese está correta. Então, ela ou ele pode coletar dados para verificar se o padrão realmente existe. Experimentos Controlados O teste de hipóteses fornece ferramentas que nos permitem rejeitar ou não rejeitar uma hipótese estatística através da evidencia fornecida pela amostra. Sabrina B 2 Quais são os elementos principais de um experimento controlado? Para ilustrar, vamos considerar um exemplo simples (mesmo sendo bobo). Suponha que eu decida plantar feijão na minha cozinha, perto da janela. Eu ponho sementes de feijão num vaso com terra, coloco o vaso junto à janela e espero as sementes germinarem. Porém, após algumas semanas, não há nenhum broto. Por que não? Bem, acontece que eu esqueci de regar as sementes. Então eu formulo a hipótese de que elas não germinaram por falta de água. Para testar a minha hipótese eu faço um experimento controlado. Neste experimento eu monto dois potes iguais. Ambos contêm 10 sementes de feijão plantadas no mesmo tipo de terra e ambos colocados na mesma janela. De fato, só há uma coisa diferente que faço a esses dois potes: • Um pote de sementes é regado todas as manhãs. • O outro pote de sementes nunca recebe água. Após uma semana, 9 das 10 sementes no pote regado germinaram, enquanto que nenhuma semente no pote seco germinou. Parece que a hipótese de que as "sementes precisam de água" é provavelmente correta. Vamos ver como este simples exemplo ilustra as partes de um experimento controlado. Grupos Controle e Experimental Há dois grupos no experimento e eles são idênticos, exceto que um recebe um tratamento (água) enquanto o outro não. O grupo que recebe o tratamento num experimento (neste caso o pote regado) é chamado de grupo experimental, enquanto o grupo que não recebe o tratamento (neste caso o pote seco) é chamado de grupo controle. O grupo controle fornece um padrão, ou referência, que permite avaliar se o tratamento tem um efeito. Variáveis Independentes e Dependentes O fator que é diferente entre os grupos de controle e experimental (neste caso a quantidade de água) é conhecido como a variável independente. Esta variável é independente porque ela não depende do que acontece no experimento. Ao invés, ela é algo que o pesquisador aplica ou escolhe ele mesmo. Sabrina B 3 Há sempre variável dependente e independente??? Variáveis Independentes Resultados experimentais são muito mais simples de interpretar e analisar quando há apenas uma variável independente (um fator alterado de cada vez). Como regra geral, especialmente quando você está começando em biologia, você deve se limitar a uma variável independente por experimento. Uma vez que se tem muito mais experiência laboratorial e algum conhecimento em estatística, você pode considerar a realização de experimentos com duas variáveis independentes ao mesmo tempo. Por exemplo, você pode querer ver como níveis de água e luz juntos afetam a brotação das sementes de feijão. Um experimento bem projetado com duas variáveis independentes pode dizer se essas variáveis interagem (modificam os efeitos uma da outra). Contudo, experimentos com mais de uma variável independente têm que seguir regras especificas de planejamento e os resultados devem ser analisados usando uma classe especial de testes estatísticos para separar os efeitos das duas variáveis. Variáveis dependentes Ter mais de uma dependente variável é bem simples. Para acrescentar uma variável dependente, você simplesmente escolhe um resultado que você gostaria de medir para cada grupo no seu experimento. Por exemplo, além de observar a fração de sementes de feijão brotadas em cada pote, podemos também medir a altura dos brotos. Neste caso, ambas, fração das sementes brotadas e altura dos brotos seriam variáveis dependentes. Em contraste, a variável dependente num experimento é a resposta que é medida para ver se o tratamento tem um efeito. Neste caso, a fração de sementes de feijão que germinou é a variável dependente. A variável dependente (fração de sementes germinando) depende da variável independente (a quantidade de água), e não vice- versa. Dados experimentais são as observações feitas durante o experimento. Neste caso, os dados coletados foram o número de brotos de feijão em cada vaso depois de uma semana. Variabilidade e Repetição Das dez sementes de feijão regadas, apenas nove germinaram. O que aconteceu com a décima semente? Essa semente pode estar morta, doente ou apenas ser lenta para germinarr. Especialmente em biologia (que estuda coisas complexas, vivas), muitas vezes há variação no material usado para um experimento – aqui, as sementes de feijão – que o pesquisador não pode ver. Devido a esse potencial de variação, experimentos biológicos precisam ter uma amostra de tamanho grande e, de preferência, ser repetidos várias vezes. O tamanho da amostra refere-se ao número de itens individuais testados num experimento - neste caso, 101010 sementes de feijão por grupo. Com mais amostras e repetindo-se o experimento mais vezes, diminui-se a probabilidade de chegarmos a uma conclusão errada, devida à variação aleatória. Biólogos e outros cientistas também usam testes estatísticos para ajudá-los a distinguir diferenças reais de diferenças devidas à variação aleatória (p.e., quando comparando grupos experimentais e controle). Testes não experimentais de hipóteses Sabrina B 4 Alguns tipos de hipóteses não podem ser testadas em experimentos controlados por razões éticas ou práticas. Por exemplo, uma hipótese sobre infecção viral não pode ser testada dividindo as pessoas saudáveis em dois grupos e infectando um grupo: infectar pessoas saudáveis não é seguro nem ético. Da mesma forma, um ecologista que estuda os efeitos das chuvas não conseguiria fazer chover em uma parte de um continente, mantendo outra parte seca para controle. Em situações como estas, os biólogos podem utilizar modelos não experimentais para teste de hipótese. Em um teste não experimental de hipótese, o pesquisador prevê observações ou padrões que devem ser vistos na natureza se a hipótese estiver correta. O pesquisador então coleta e analisa dados para verificar se os padrões estão, de fato, presentes. Referências: -Khanacademy https://www.inf.ufsc.br/~andre.zibetti/probabilidade/ teste-de-hipoteses.html https://www.statisticshowto.com/probability-and-statistics/hypothesis-testing/ https://www.inf.ufsc.br/~andre.zibetti/probabilidade/teste-de-hipoteses.html https://www.inf.ufsc.br/~andre.zibetti/probabilidade/teste-de-hipoteses.html
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