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1 
 
ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Novo Código de Processo 
Civil 
Módulo: A I 
Aluno: NATALIA ELIZA SAMPAIO 
SAUNDERS 
Turma: 1220-0_2 
Tarefa: ATIVIDADE INDIVIDUAL DE CONCLUSÃO DO MÓDULO 
Decisão do juiz 
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer cc Danos Materiais ajuizada por empresa Sol 
em face da empresa Lua pelo rito de procedimento comum. 
Em exordial a Autora alega que a Ré descumpriu a cláusula contratual com termo de 
exclusividade pleiteando assim que seja cumprido referida cláusula, bem como a 
mesma declarada válida. 
Do mais, a Autora pede a condenação da Ré a indenizá-la pelos danos materiais 
decorrentes da aquisição de produtos de terceiros nos meses de fevereiro e março. 
Foi deferido a tutela antecipada, condenando a Ré a cumprir cláusula contratual sob 
pena de multa diária de R$100,00. 
Realizada a audiência de mediação restou infrutífera. 
Além disso, Sol reuniu a cópia do contrato e os e-mails demonstrando tanto a quebra 
da exclusividade quanto o preço pago pela Lua na compra de produtos de terceiros, 
anexando-os à petição inicial. 
 
Em contestação, a Ré alegou ter comprado produtos de terceiros devido a Autora 
não fornecê-los no prazo necessário. Quando a validade da cláusula, restou 
incontroverso. 
 
Em réplica, a empresa Sol negou que tivesse atrasado a entrega dos produtos, não 
apresentando provas. 
 
Indagadas quanto a produção de provas, a Autora requereu a produção de prova 
 
 
2 
 
testemunhal, quanto a produção de provas, foi requerido pela autora prova 
testemunhal, em sumo para comprovar a compra de produtos de terceiros, em 
desrespeito à cláusula de exclusividade. 
Pela Ré, foi requerido prova pericial para demonstrar qual foi o prazo adequado para 
recebimento dos produtos, bem como a redistribuição do ônus da prova, alegando ser 
da Autora a obrigação em provar a data da entrega dos produtos nos meses 
anteriores a fevereiro. 
 
É O RELATÓRIO. 
FUNDAMENTAÇÃO. 
Trata-se de ação de obrigação de fazer, sendo em suma baseada no desrespeito de 
cláusula de exclusividade. 
A existência de contrato celebrado entre as partes com cláusula de exclusividade, 
bem como a aquisição de produtos de terceiros é incontroversa, passando-se assim a 
análise do demais alegado, sendo em suma a existência de atraso de entrega de 
mercadoria. 
Quanto ao requerimento de produção de prova testemunhal pela Autora não merece 
prosperar, tendo em vista que busca corroborar a fato incontroverso, em suma a 
existência de clausula de exclusividade e compra de produtos de terceiros, não 
acrescentando em nada ao processo, e em nada representando o cerceamento de 
defesa conforme a jurisprudência nos norteia: 
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AGRAVO RETIDO - PROVA 
TESTEMUNHAL - INDEFERIMENTO - FATO 
INCONTROVERSO - DESNECESSIDADE - RECURSO NÃO 
PROVIDO - AÇÃO ANULATÓRIA - ITCD - BASE DE 
CÁLCULO - VALOR VENAL DO IMÓVEL - BENFEITORIA 
REALIZADA POR TERCEIRO - ACESSÃO - DIREITO À 
INDENIZAÇÃO - IRRELEVÂNCIA PARA FINS DE CÁLCULO 
DO IMPOSTO - DIREITO DE SUPERFÍCIE - ATO "INTER 
VIVOS" - CARÁTER PERPÉTUO - VEDAÇÃO - SENTENÇA 
MANTIDA. 1. O indeferimento de prova testemunhal que 
tem por finalidade comprovar fato incontroverso não 
traduz cerceamento ao direito de defesa. 2. A construção 
edificada no imóvel de propriedade de terceiro caracteriza-
se como acessão e não como transferência dominial, 
sendo, portanto, incabível a exclusão da referida 
edificação da base de cálculo do ITCD, a qual, conforme 
dicção do artigo 38 do CTN, deve corresponder ao valor 
venal dos bens ou direitos transmitidos. 3. A referência 
testamentária no sentido de que a construção existente no 
lote de propriedade da "de cujus" foi custeada 
exclusividade pelo seu filho, não retrata transferência da 
propriedade, nem mesmo pode ser considerada como 
constituição do direito de superfície, o qual, seja à luz do 
Estatuto das Cidades ou do Código Civil vigente, somente 
é passível de ser instituído por ato "inter vivos", vedada a 
contratação em caráter perpétuo. 
(TJ-MG - AC: 10024130222904003 MG, Relator: Afrânio 
Vilela, Data de Julgamento: 06/09/2016, Data de 
Publicação: 16/09/2016) 
 
Da mesma forma, o pedido de produção de prova pela Ré não merece prosperar, 
tendo em vista a impossibilidade de que este Juízo a faça comprovar a entrega ou não 
de mercadoria sendo o caso em concreto de difícil produção e desproporcional: 
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA. NOTAS 
FISCAIS SEM ASSINATURA DO RECEBEDOR. AUSÊNCIA 
DE PROVA DE ENTREGA DA MERCADORIA. RECURSO 
PROVIDO. SENTENÇA REFORMADA. UNÂNIME. 1. Os 
documentos que embasam ações em que se perquire 
crédito vencido e não pago, deverão conter dados 
suficientes para provar o efetivo cumprimento da 
obrigação de uma das partes e o inadimplemento da 
outra. 2. Não se pode impor à parte que comprove que 
não recebeu os bens descritos em notas fiscais, pois se 
trata de prova impossível ou diabólica, ou de difícil 
produção, que impõe ônus desproporcional a quem alega. 
3. Recurso conhecido e provido.Unânime. 
(TJ-DF 07065755820178070020 DF 0706575-
58.2017.8.07.0020, Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA, 
Data de Julgamento: 13/03/2019, 7ª Turma Cível, Data 
de Publicação: Publicado n DJE : 26/03/2019 . Pág.: Sem 
Página Cadastrada.) 
 
 
4 
 
A alegação de que os produtos não foram entregues no prazo estipulado foi feita em 
momento oportuno, em Contestação. 
A documentação foi insuficiente para comprovar que as entregas foram realizadas no 
prazo, cabendo então determinar a quem é necessário comprovar o alegado. 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO DE 
COMPRA E VENDA. AUSÊNCIA DE PROVA DA ENTREGA 
DAS MERCADORIAS. I - Ausente a comprovação de que as 
mercadorias foram efetivamente entregues à requerida, 
não tem o contratante o direito ao pagamento. 
(TJ-MA - AC: 00604116520148100001 MA 0121452019, 
Relator: JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF, Data de 
Julgamento: 07/11/2019, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data 
de Publicação: 19/11/2019 00:00:00) 
Houve então oportunidade hábil para que a Autora apresentação comprovantes do 
contrário. Não cabendo afastar sua preclusão, que conforme o art. 435 do CPC, 
poderá ser afastada nos seguintes casos: I - para provar fatos supervenientes, 
ocorridos após a apresentação da petição inicial ou da contestação; II - para 
contrapor prova documental produzida nos autos; 
Assim, vejo mais que preclusa a oportunidade da Autora em comprovar a entrega dos 
produtos em prazo estipulado, entendendo como verídico o alegado em contestação. 
Acertadamente, o caso em tela nos gera uma exceção de contrato não cumprido, 
disposto no Código Civil: 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, 
antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o 
implemento da do outro. 
 
Também vista em jurisprudência: 
EMENTA – APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. 
CLÁUSULA PENAL. CONTRATO DE REPRESENTAÇÃO DE 
ATLETA PROFISSIONAL. JOGADOR DE FUTEBOL. 
VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE EXCLUSIVIDADE. SERVIÇOS 
DE ASSESSORAMENTO JAMAIS PRESTADOS. 
INEXECUÇÃO POR 19 DOS 24 MESES DE VIGÊNCIA DO 
CONTRATO. EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO 
(ART. 476/CCB). AUSÊNCIA DE DESCUMPRIMENTO 
CULPOSO DA CLÁUSULA DE EXCLUSIVIDADE (ART. 
408/CCB). INEXIGIBILIDADE DA CLÁUSULA PENAL OU 
MESMO DA COMUNICAÇÃO DA NEGOCIAÇÃO. PRINCÍPIO 
DA BOA-FÉ OBJETIVA E SEU DESDOBRAMENTO NO 
COMPORTAMENTO CONTRADITÓRIO “TU QUOQUE”. 
IMPOSSIBILIDADE DE O INADIMPLENTE EXIGIR MULTA 
PELO NÃO CUMPRIMENTO DO CONTRATO PELA OUTRA 
PARTE. ART. 422/CCB. SENTENÇA MANTIDA. 
MAJORAÇÃO DOS HONORÁRIOS. ART. 85, §§ 2º, 8º, E 
11 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. 1. Embora 
incontroversa a ocorrência de intermediação por outro 
agente, no contrato de trabalho firmado pelo jogador de 
futebol assessorado e clube desportivo, não há como 
admitir a incidência da cláusula penal correspondente a 
10% (dez por cento) da remuneração bruta do atleta à 
favor do representante contratado, por violação à 
exclusividade,ante a comprovação da existência de fato 
impeditivo ao direito do autor, correspondente à ausência 
prestação de quaisquer serviços em favor do jogador. 2. 
A imposição da cláusula penal exige o descumprimento 
culposo da obrigação (art. 408, CC), o que não se verifica 
no caso em que o não cumprimento da cláusula de 
exclusividade está amparado em exceção de contrato não 
cumprido (art. 476, CC), ante a demonstração de que 
agente de jogadores contratado, não intermediou 
quaisquer negociações envolvendo o atleta contratante, 
deixando, assim, de prestar os serviços a que se obrigou, 
ao longo de 19 dos 24 meses de vigência do contrato de 
representação. 3. A inobservância à boa-fé objetiva, 
suscitada em apelação, é revelada pela conduta do 
próprio autor, apelante, ao violar as expectativas 
legítimas do cliente ante ao fato de nunca ter prestado os 
serviços de representação ao qual se comprometeu, dele 
exigindo, em contrapartida, o cumprimento da cláusula de 
exclusividade, em manifesta infringência ao sinalagma 
contratual, decorrente da aplicação do princípio “tu 
quoque”, derivado do princípio da boa-fé objetiva e, 
consequentemente, ao disposto no art. 422 do Código 
Civil. 4. Recurso de apelação à que se nega provimento, 
majorando-se os honorários de sucumbência impostos ao 
apelante. (TJPR - 17ª C.Cível - 0031228-
18.2013.8.16.0001 - Curitiba - Rel.: Juiz Francisco Carlos 
Jorge - J. 04.06.2020) 
(TJ-PR - APL: 00312281820138160001 PR 0031228-
18.2013.8.16.0001 (Acórdão), Relator: Juiz Francisco 
Carlos Jorge, Data de Julgamento: 04/06/2020, 17ª 
Câmara Cível, Data de Publicação: 07/06/2020) 
 
 
 
6 
 
Por isso, considero a existência de exceção de contrato, sendo impossível que a Autora 
cobre uma cláusula, quando também encontra-se inadimplente com o Réu. 
 
ANTE O EXPOSTO, e com fulcro nos artigos fundamentados: 
 
Julgo IMPROCEDENTE os pedidos na Exordial, Declaro ainda a existência de exceção de 
claúsula, e assim a Invalidade de Claúsula de Exclusividade. 
SEM VERBAS DE SUCUMBÊNCIA. 
 
INDAIATUBA, 3 DE FEVEREIRO DE 2021. 
 
Referências bibliográficas 
 
• DINIZ, Maria Helena. Direito Civil Brasileiro. 1º volume – Teoria Geral do 
Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2003; 
 
• TRIBUBAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL. Apelação n: 0706575-
58.2017.8.07.0020, Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA, Data de Julgamento: 
13/03/2019, 7ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado n DJE : 
26/03/2019 . Pág.: Sem Página Cadastrada; 
 
• TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO MARANHÃO. Ação Civil n: 0060411-
65.2014.8.10.0001 (Acórdão). Relator: JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF, 
Data de Julgamento: 07/11/2019, PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de 
Publicação: 19/11/2019 00:00:00 ; 
 
• TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS - AC: 10024130222904003 
MG, Relator: Afrânio Vilela, Data de Julgamento: 06/09/2016, Data de 
Publicação: 16/09/2016; 
 
• TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ. Apelação n: 0031228-
18.2013.8.16.0001 (Acórdão). Relator: Juiz Francisco Carlos Jorge, Data de 
Julgamento: 04/06/2020, 17ª Câmara Cível, Data de Publicação: 07/06/2020; 
 
• BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário 
Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 139, n. 8, p. 1-74, 11 jan. 2002.