Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Simulação realística no atendimento ao paciente vítima de Parada Cardiorrespiratória consequente de obstrução de vias aéreas por corpos estranhos: Relato de experiência de acadêmicas de Enfermagem ........................................................................................................................................ Introdução: O uso da simulação no ensino de ciências da saúde tem se tornado uma ferramenta fundamental e frequente para a formação dos estudantes em cursos de graduação e pós-graduação. (AEBERSOLD; TSCHANNEN; BATHISH, 2012). A simulação é uma estratégia de ensino que permite que as pessoas participem de experiências em um evento real, com o propósito de praticar, aprender, educar, e entender estas condições. Contudo este método permite habilidades e conhecimento, para entender a evolução de um paciente em certa circunstância, e, no entanto, busca preparar o desenvolvimento e pensamento crítico dos alunos. Com esta estratégia de simulação o discente tem a oportunidade de praticar habilidades em um ambiente seguro que permita aperfeiçoamento de competências com exposição repetida ao longo do tempo. (AEBERSOLD; TSCHANNEN; BATHISH, 2012). Sabendo que a reanimação cardiopulmonar (RCP) de qualidade são essenciais para a sobrevida da vítima de parada cardiorrespiratória (PCR), é imprescindível ressaltar a importância da atividade realística onde tornam-se fundamentais para incluir o aluno no contexto de assistência, utilizando situações e métodos para uma boa prática no atendimento de indivíduos em situação de Parada cardiorrespiratória, que certamente estarão mais preparados para exercer a assistência neste contexto de prática. Objetivo: Descrever a experiência de acadêmicos usando o cenário realístico e a importância do ensino- aprendizagem da simulação realística, no atendimento de indivíduos em situações de parada cardiorrespiratória. Metodologia: A simulação em realização será composta por 5 alunas, do 7° período do curso de enfermagem, do Centro universitário Jorge Amado. Os alunos foram expostos a aulas teóricas de PCR no laboratório da instituição, ministradas pelas professoras da disciplina de Urgência e emergência colocando em prática como uma ferramenta educativa, utilizando a simulação como grande estratégia de aprendizagem mais eficiente. Foram realizadas 3 reuniões entre os alunos para decisão, planejamento e organização do simulado. Para realização do trabalho seguiremos o protocolo avançado de vida (Guidelines AHA 2015), formado pela equipe de 5 alunas, no qual será dividido atividades e posições para cada etapa entre as graduandas, o cenário de utilização será construído no próprio ambiente acadêmico, no laboratório de enfermagem, utilizando equipamentos e materiais reais. Para cada fase será criado um caso clínico diferente, que será aplicado aos componentes do grupo. Será abordado o atendimento com o paciente vítima de OVACE, seguido de uma PCR, com intervenções de RCP no âmbito pré-hospitalar e intra-hospitalar. A simulação acontecerá durante um prazo de 30 minutos, de acordo com as normas estabelecidas pelos professores do curso. Todo esse processo será realizado junto com os discentes , que estarão observando a evolução da simulação de acordo com o cronograma. Discussões e Resultados: As atividades foram divididas em dois momentos de aplicação, e o que será abordado no simulado tem o objetivo de conhecimento de reconhecimento da parada cardiorrespiratória (PCR) e primeiras ações, ênfase nas compressões torácicas, principais ritmos cardíacos e seus tratamentos, e terapia medicamentosa na PCR. 1. Atendimento no Pré-hospitalar: Episódio testemunhado, com tosse e sinais de engasgo, manequim vítima de obstrução de vias aéreas por corpos estranhos (OVACE). 1.1 Conduta ● Avaliação da severidade ● Obstrução grave: Paciente inconsciente. 1.2 Abordagem específica ● Execução da manobra de Heimlich ● Paciente irresponsivo, posiciona-lo em decúbito dorsal em superfície rígida. ● Solicitar ajuda (desfibrilador e maletas de drogas e de via aérea). ● Iniciar RCP pelas compressões torácicas,com compressões eficientes (na frequência de 100 a 120/min, deprimindo o tórax em 5 a 6 cm completo retorno). 1.3 Equipe do SAMU assume o atendimento. ● Assim que o desfibrilador estiver disponível, posicionar as pás de adulto do desfibrilador no tórax desnudo e seco do paciente. ● Interromper as compressões torácicas para a análise do ritmo. ● Ritmo chocavél: Solicitar que todos se afastem do contato com o paciente. ● Desfibrilar: choque único na potência máxima disponível do aparelho. ● Reiniciar imediatamente a RCP após o choque, com ciclos de 30 compressões para duas insuflações por 2 minutos. ● Após 2 minutos de compressões e insuflações, checar novamente o ritmo. ● Ritmo chocavél: choque ● Reiniciar novamente mais um ciclo da RCP ● Vítima apresenta sinais de circulação (Respiração). ● Encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino após o contato com a regulação. 2. Atendimento no Intra-Hospitalar: Após a entrada na unidade hospitalar, paciente entra novamente em PCR. 2.1 Conduta ● Paciente irresponsivo. ● Verificar se não há respiração ou verificar pulso (simultaneamente) de 5 a 10 segundos. ● Solicitar a presença do médico e equipe do plantão, carrinho de parada, garantir a oxigenação adequada, monitorização e acesso venoso do paciente. ● Iniciar RCP com o ciclo de 30 compressões e 2 ventilações, compressões eficientes (na frequência de 100 a 120/min, deprimindo o tórax em 5 a 6 cm com completo retorno). ● Ritmo chocavél: Choque ● RCP 2min Via aérea avançada: Intubação traqueal ou dispositivos supraglóticos. Após VA avançada instalada: administrar uma insuflação a cada 6 segundos (10/min) e compressões torácicas contínuas (100 a 120/min). RCP 2 min Adrenalina, IV/IO: 1 mg/dose IV/IO bolus, seguido de solução salina 20 mL e elevação do membro. Repetir cada 3 a 5 min. RCP 2min Choque + Amiodarona IV/IO: 1ª dose 300 mg em bolus seguido de solução salina 20mL e elevação do membro. RCP 2min Choque +Adrenalina Choque+ Amiodarona 150 mg Ritmo Sinusal Encaminhamento para UTI Considerações Finais: Através da realização deste simulado proposto pela orientadora, no âmbito da disciplina de Urgência e Emergência, conseguimos entender melhor essa temática. Concluímos que o uso de simulação realística em ações de educação a saúde, demonstra ser muito importante como ferramenta de ensino-aprendizagem. Este trabalho foi muito importante para a nossa experiência acadêmica, o aprofundamento deste tema nos fez compreender melhor o enunciado, nos permitindo aperfeiçoar competências de investigação, para que seja claramente tomada decisões precoces ao atendimento de um indivíduo em situação de PCR, e podemos afirmar que os conhecimentos adquiridos foram imprescindíveis para a nossa qualificação e aprendizado dentro da instituição acadêmica, e com certeza irá nos instruir futuramente, uma vez que possibilita a todos, uma melhor compreensão de técnicas que poderão ser usadas para salvar vidas. Palavras-chaves: Exercício de Simulação, Reanimação Cardiopulmonar, Manobra de Heimlich. Referência: AEBERSOLD, Michelle; TSCHANNEN, Dana; BATHISH, Melissa. Innovative simulation strategies in education. Nurs. res. pract. New York. USA, v. 2012, article ID 765212, p. 1-7, 2012.
Compartilhar