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ALGUMAS COMPLICAÇÕES PÓS-CIRÚRGICAS 
DEISCÊNCIA – CONCEITO, CAUSAS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Deiscência pode ser definida como uma complicação pós operatória em que há a abertura 
espontânea de suturas da ferida cirúrgica devido a uma má cicatrização. Geralmente a abertura da 
incisão cirúrgica pode ser total e parcial e ocorre após uma distensão abdominal acentuada ou grande 
esforço fazendo com que a sutura da ferida operatória se abra promovendo a saída de líquido ascítico. 
Consequente há uma formação de hérnia local podendo ocorrer também a evisceração do conteúdo 
abdominal. 
A ruptura da ferida operatória pode ser: 
 Total; 
 Parcial. 
 
Causas e fatores de riscos 
São fatores de risco para o rompimento das suturas: 
 Extremos de idade; 
 Desnutrição; 
 Infecção da ferida cirúrgica; 
 Icterícia; 
 Anemia; 
 Diabetes; 
 Insuficiência renal; 
 Câncer em estágio avançado; 
 Uso de medicamentos citostáticos; 
 Uso de corticoesteroides; 
 Fatores mecânicos como tosse, vômitos, obstrução intestinal e íleo paralítico – Por aumentar a 
pressão intra-abdominal. 
Epidemiologia 
Deiscência é uma emergência cirúrgica devido ao alto risco de evisceração, que 
comumente ocorre entreo quarto e o décimo quarto dia após a realização da cirurgia. A deiscência 
total da ferida operatória em cirurgias abdominais associado á evisceração tem uma incidência de 
0,5% a 6,8%. Desses pacientes, cerca de 10% a 35% evoluem para óbito. 
Tratamento e Cuidados de Enfermagem 
 Avaliação do sítio cirúrgico e exame físico da ferida periodicamente para avaliar evolução; 
 Aplicar curativo do tipo fechado se há presença de secreções do tipo purulenta e sanguinolenta. 
Caso há presença de sangramento, é indicado o curativo compressivo; 
 Avaliar o aspecto dos pontos cirúrgicos e a liberação da secreção; 
 Auxiliar o paciente sobre a técnica correta de tosse – diminuir a pressão intra-abdominal 
durante o ato de tossir. 
 Troca de curativo de acordo com a rotina hospitalar e equipe médica. 
 
 
CEFALÉIA PÓS ANESTESIA 
 
A cefaleia pós raqui, ou cefaleia pós raquianestesia é uma cefaléia por hipotensão liquórica, ou 
seja, por baixa da pressão interna do cranio, a pressão intracraniana. A cefaléia por hipotensão liquórica 
pode ocorrer por outras causas que não a raquianestesia. A chamada raqui ou raquianestesia é um tipo de 
anestesia que é feita para muitos procedimentos cirúrgicos, incluindo cirurgias ortopédicas, cesarianas, 
curetagens, cirurgias ginecológicas, urológicas, vasculares. 
A dor de cabeça após uma anestesia raqui tem características bem definidas. A cefaleia pós raqui 
tem uma diferença crucial com outros tipos de dor de cabeça, a pessoa ao se deitar melhora 
significativamente da dor, e ao se levantar, ficando sentada ou de pé passa a ter dor novamente. Um mito nas 
mulheres é que dores de cabeça que se iniciam após o parto são por causa da raquianestesia, mas se não 
existir este componente postural, de melhorar ao deitar e piorar ao se levantar, não é a raquianestesia a 
culpada. 
Quando é feita a raquianestesia, uma agulha é inserida no espaço interno a meninge, e este 
pequeno pertuito, ou furo, faz com que o sistema nervoso que é fechado e mantém uma pressão equilibrada 
entre os seus diversos pontos, independente da posição do indivíduo, sentada ou deitada, passa então a ter 
um diferença importante da pressão intracraniana na cabeça comparada com a lombar, onde é feita a punção. 
O tratamento da cefaleia pós raqui consiste no repouso em posição deitada, hidratação vigorosa, 
uso de remédios antiinflamatórios, corticóides, cafeína e por último, caso o tratamento clínico não de certo 
utiliza-se o blood patch. 
Blood patch é um procedimento que visa cicatrizar este pertuito que ocorreu após uma punção 
lombar ou raquianestesia, pois infiltra-se o sangue do próprio paciente no espaço epidural e não no espaço 
subaracnóide, a fibrina do sangue faz com que o processo seja tratado. As respostas terapêuticas são 
muito eficazes.

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