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NUTRIÇÃO EM GERIATRIA Docente: Patrícia Novaes Soares e-mail: patricia.novaes@estacio.br Aula 06: Enfermidades comuns no grupo geriátrico- parte 1 1 DOENÇAS NEUROLÓGICAS As alterações causadas pelo envelhecimento estão relacionadas aos aspectos funcionais e psíquicos. As células responsáveis pelas funções de motricidade, sensibilidade e cognição estão em uma região complexa chamada de CÓRTEX CEREBRAL e consiste em uma região importante do SNC. Acredita-se que o envelhecimento passe a apresentar falhas nas atividades dessas células tornando difícil a neurogênese, a plasticidade e a transmissão dos impulsos nervosos. Dessa forma, os déficits do equilíbrio estático e cognitivo são apresentados. Segundo Meirelles et al. (2008), os eventos neurológicos que marcam o envelhecimento são: Diminuição do peso total do encéfalo; Formação de placas amiloides nos vasos e células; e Redução do número de neurônios. Com a idade avançada vão surgindo problemas de cognição com comprometimento da memória, o que pode ser confundido com problemas demenciais. → Doença de Alzheimer O nome oficial da doença de Alzheimer (DA) se deve ao médico Alois Alzheimer, que foi o primeiro a descrever a doença em 1906. Comprometimento da memória com dificuldade inicialmente de apreender informações novas e depois as antigas; Comprometimento das atividades de vida diária e alterações comportamentais. Trata-se de uma enfermidade neurodegenerativa progressiva que resulta no: Segundo a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer), é uma doença insidiosa, desenvolve de forma lenta, contínua e se agrava ao longo do tempo. De acordo com a ABRAZ (2016): 54% dos idosos com demências têm Alzheimer; 9% possuem demências vasculares; e 14% demências mistas. Os casos são crescentes. Em 2010, 1 milhão de idosos tinham Alzheimer e em 2020 estimava-se 1,6 milhão. NINCDS-ADRDA - critérios utilizados para diagnóstico de Alzheimer. Diagnóstico provável, diagnóstico possível e diagnóstico definitivo. O DIAGNÓSTICO PROVÁVEL é estabelecido por: Exame clínico e documentado por MMSE ou escala de demência de Blessed que avalia o grau de dependência do paciente em relação às suas atividades diárias. O DIAGNÓSTICO POSSÍVEL é estabelecido por: Presença de demência na ausência de outras anormalidades neurológicas para causar demência. O DIAGNÓSTICO DEFINITIVO é estabelecido por: Critério clínico de DA com evidências histopatológicas obtidas por biópsia ou autópsia. (MONTANO & RAMOS, 2011) → Doença de Parkinson É caracterizada como uma patologia crônica, neurodegenerativa e progressiva. Está relacionada a disfunções monoaminérgicas múltiplas, incluindo déficits dos sistemas dopaminérgicos, colinérgicos, serotoninérgicos e noradrenérgicos. (Costa et al. 2016) Uma patologia que acomete o indivíduo, às vezes, na idade de sua fase produtiva, em torno de 40 a 50 anos, comprometendo sua qualidade de vida e seu envelhecimento. Os principais sintomas motores: rigidez muscular, bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade postural. Outros sintomas que podem estar presentes: cognitivos, do sono e depressão. (COSTA et al., 2016) A redução de dopamina, que é um neurotransmissor, está envolvida com os controles dos movimentos, aprendizado, memória emoções e cognição . (COSTA et al., 2016) (MOREIRA et al., 2007) O diagnóstico da DP baseia-se em critérios clínicos, em uma história cuidadosa e exame físico minucioso. Não há testes laboratoriais, marcadores biológicos ou estudos de imagem que inequivocamente confirmem o diagnóstico