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Processo Civil 3

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O processo de execução se presta a dar executividade ao dispositivo da sentença obtida no processo 
de conhecimento, ou ainda o mesmo fazer com outros títulos executivos. A sentença no processo de 
conhecimento da modalidade terminativa poderá legitimar a instauração de procedimento 
executivo, uma vez que mesmo ela que extingue a ação sem julgamento de mérito terá uma parte 
de condenação (como a de pagamento de despesas processuais). A exceção ao procedimento 
executivo se encontra nas sentenças declaratórias, por exemplo, pois já que são plenamente 
eficazes não necessitam de outra movimentação em prol de lhes dar executividade.
Só será passível de ser executada a sentença condenatória, já que nesta modalidade de sentença o 
seu cumprimento está vinculado a um comportamento (ativo ou omissivo) do condenado. Apesar 
disso, não se apega o judiciário à nomenclatura da natureza da sentença e sim à previsão de 
reconhecimento de obrigações em prol de uma das partes. Ou seja: a sentença, mesmo que 
declaratória, que reconheça obrigações em prol de uma das partes é considerada condenatória e 
pode ser instrumento de execução.
Condenatórias são, por exemplo, as sentenças que versarem sobre obrigações. (legais, contratuais 
ou por ato ilícito)
A condenação mais comum é a do Art. 20 do CPC, que impõe o pagamento das despesas 
processuais. 
Essa condenação será suspensa por virtude da lei quando o condenado estiver sob o páreo da 
assistência judiciária, porém não pode o juiz deixar de condenar.
A regra, após as modificações no código acerca do sincretismo processual, é que as sentenças sejam 
executadas no mesmo processo de conhecimento e não em outro processo, como nos títulos 
executivos extrajudiciais. Porém há hipóteses que a sentença não será executada dessa maneira: A 
Sentença Penal Condenatória, a Sentença Arbitral e a Sentença estrangeira homologada (nos termos 
do Art. 89 CPC).
A execução é processo judicial contencioso (ou fase de um) e, portanto, deverá ser desenvolvida sob 
o contraditório. 
Apesar disso, não caberá ao executado (baseado em títulos executivos judiciais) alegar as mesmas 
exceções que faria no processo de conhecimento (onde já o fez ou deveria ter feito), já que o direito 
já foi acertado. Ainda lhe restam algumas maneiras de impugnação à execução:
Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre:
 I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;
 II – inexigibilidade do título;
 III – penhora incorreta ou avaliação errônea;
 IV – ilegitimidade das partes;
 V – excesso de execução;
 VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como 
pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à 
sentença.
 § 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se também 
inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo 
Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato 
normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição 
Federal.
 § 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia 
quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que 
entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação.
Conhecimento x Execução
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013 08:23
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O mesmo não ocorre quando a execução se funda em título executivo extrajudicial, já que poderá 
amplamente impugnar a execução através de ação própria (processo de conhecimento) chamada de 
embargos à execução, que se presta a desconstituir total ou parcialmente a execução intentada pelo 
exequente. (Art. 745, V)
 Art. 745. Nos embargos, poderá o executado alegar:
 V - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de 
conhecimento.
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Judiciais:
Art. 475-N. São títulos executivos judiciais:
 I – a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar 
coisa ou pagar quantia;
 II – a sentença penal condenatória transitada em julgado;
 III – a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo;
 IV – a sentença arbitral;
 V – o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;
 VI – a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
 VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos 
sucessores a título singular ou universal.
 Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a ordem de citação do 
devedor, no juízo cível, para liquidação ou execução, conforme o caso.
Extrajudiciais:
 Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:
 I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
 II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e 
por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos 
advogados dos transatores;
 III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida;
 IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
 V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais 
como taxas e despesas de condomínio;
 VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou 
honorários forem aprovados por decisão judicial;
 VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
 VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
 § 1o A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a 
execução.
 § 2o Não dependem de homologação pelo Supremo Tribunal Federal, para serem executados, os títulos executivos 
extrajudiciais, oriundos de país estrangeiro. O título, para ter eficácia executiva, há de satisfazer aos requisitos de formação 
exigidos pela lei do lugar de sua celebração e indicar o Brasil como o lugar de cumprimento da obrigação.
Títulos Executivos
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013 08:25
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Definitiva x Provisória
Há diferenças na técnica processual de execução quando esta pode ser feita de forma definitiva ou 
ainda quando esta apenas poderá ser realizada de forma provisória (quando ainda não existe 
trânsito em julgado).
 Art. 475-I. O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 e 461-A desta Lei ou, tratando-se de obrigação por 
quantia certa, por execução, nos termos dos demais artigos deste Capítulo.
 § 1o É definitiva a execução da sentença transitada em julgado e provisória quando se tratar de sentença impugnada 
mediante recurso ao qual não foi atribuído efeito suspensivo.
Só caberá execução (provisória ou definitiva) quando não houver sido recebido recurso com efeito 
suspensivo (nos termos do Art. 520)
 Art. 521. Recebida a apelação em ambos os efeitos, o juiz não poderá inovar no processo; recebida só no efeito 
devolutivo, o apelado poderá promover, desde logo, a execução provisória da sentença, extraindo a respectiva carta.
Fazer ou não fazer
 Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz 
concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências 
que assegurem o resultado prático equivalenteao do adimplemento.
 § 1o A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se 
impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.
 § 2o A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287).
 § 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do 
provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado 
o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão 
fundamentada.
 § 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, 
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe 
prazo razoável para o cumprimento do preceito.
 § 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, 
poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a 
imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas, 
desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força 
policial. 
 § 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se 
tornou insuficiente ou excessiva.
Entrega de coisa
 Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela 
específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.
 § 1o Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a 
individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a 
entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.
 § 2o Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor 
mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou 
imóvel.
 § 3o Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.
Entrega de Dinheiro
(Arts. 475-I a 475-R)
Execução com base em títulos judiciais.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013 08:56
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(Arts. 475 a 475-H)
A fase de cumprimento de sentença ou a execução do título depende da liquidez, certeza e determinação 
deste. Porém, há hipóteses em que a própria sentença não possui todos esses atributos, como nos casos de 
pedido genérico quando não é possível determinar ou quantificar a obrigação imposta ou acertada.
Nesses casos, é necessário primeiramente sanar as faltas de determinação, liquidez ou certeza e isso se fará 
na fase de Liquidação de Sentença.
Há, porém, algumas vedações à fase de liquidação de Sentença:
 § 3o Nos processos sob procedimento comum sumário, referidos no art. 275, inciso II, alíneas ‘d’ e ‘e’ desta 
Lei, é defesa a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se for o caso, fixar de plano, a seu prudente critério, o 
valor devido.
 Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário:
 II - nas causas, qualquer que seja o valor
 d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
 e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os 
casos de processo de execução;
A liquidação, bem como a execução, pode ser provisória:
 § 2o A liquidação poderá ser requerida na pendência de recurso, processando-se em autos apartados, no 
juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.
A liquidação, para ser válida, deverá ser realizada sob vistas da parte contrária, que deverá ser intimada 
para celebrar o contraditório. Se não houver intimação do condenado, é nula a liquidação.
Todas as conversões de sentença em perdas e danos serão carentes de liquidação de sentença, sempre que 
não for possível o juiz liquidar de plano.
O PL restringe as hipóteses em que poderá haver sentenças ilíquidas a apenas casos em que os danos estão 
em curso ou que a apuração do quantum debeatum é mui dispendiosa e complexa.
Liquidação apenas aritmética
A liquidação não ocorrerá quando o acertamento do valor depender apenas de cálculo matemático:
Art. 475-B. Quando a determinação do valor da condenação depender apenas 
de cálculo aritmético, o credor requererá o cumprimento da sentença, na 
forma do art. 475-J desta Lei, instruindo o pedido com a memória 
discriminada e atualizada do cálculo.
Documentos na posse do devedor ou terceiro
 § 1o Quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados 
existentes em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do 
credor, poderá requisitá-los, fixando prazo de até trinta dias para o 
cumprimento da diligência.
 § 2o Se os dados não forem, injustificadamente, apresentados pelo 
devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, 
se não o forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 
362.
Liquidação de Sentença
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 10:02
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362.
 Art. 362. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar 
a exibição, o juiz lhe ordenará que proceda ao respectivo depósito em 
cartório ou noutro lugar designado, no prazo de 5 (cinco) dias, impondo 
ao requerente que o embolse das despesas que tiver; se o terceiro 
descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, 
se necessário, força policial, tudo sem prejuízo da responsabilidade por 
crime de desobediência.
Erro nos cálculos
 § 3o Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a 
memória apresentada pelo credor aparentemente exceder os limites da 
decisão exeqüenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária.
 § 4o Se o credor não concordar com os cálculos feitos nos termos 
do § 3o deste artigo, far-se-á a execução pelo valor originariamente 
pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.
Modalidades:
Por Arbitramento (perícia)1-
Consiste na designação do perito para que, com os elementos já constantes dos autos, apure o valor 
devido. Não há a possibilidade de provar fatos novos.
Art. 475-C. Far-se-á a liquidação por arbitramento quando:
 I – determinado pela sentença ou convencionado pelas partes;
 II – o exigir a natureza do objeto da liquidação.
Art. 475-D. Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o 
perito e fixará o prazo para a entrega do laudo.
 Parágrafo único. Apresentado o laudo, sobre o qual poderão as 
partes manifestar-se no prazo de dez dias, o juiz proferirá decisão 
ou designará, se necessário, audiência.
Prova pericial é exame, vistoria ou avaliação.
No Arbitramento a nomeação do perito e demais procedimentos se darão nas mesmas regras da 
produção da prova pericial (Art. 420 a 439 CPC)
Por Artigos2-
Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para 
determinar o valor da condenação, houver necessidade de alegar e 
provar fato novo.
É a perícia que depende de alguns novos elementos probatórios.
Recorribilidade
As decisões que determinam o quantum debeatur são em regra interlocutórias, das quais caberá 
agravo de instrumento. Isso porque não determina o fim do processo, permitindo apenas que se 
avance para a fase de cumprimento de sentença.
Excepcionalmente, porém, a decisão da liquidação que reconhecer o valor como 0, em casos em que 
as dívidas se compensam, por exemplo, extinguirá o processo, consistindo em sentença que é 
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as dívidas se compensam, por exemplo, extinguirá o processo, consistindo em sentença que é 
impugnada via apelação.
Vide RESP 1.291.318
Matéria Passível de discussão em sede de liquidação
A sentença ilíquida que deságua em liquidação já fez coisa julgada em relação à lide (em especial a 
existência da obrigação). Por isso, é defeso à parte em fase de liquidação utilizar-sede exceções 
quanto à existência do direito material (como por exemplo fatos impeditivos, modificativos ou 
extintivos), apenas se limitando a discutir matérias acerca do quantum debeatur.
Em suma, não são tocáveis os critérios determinados pela sentença da fase de conhecimento na fase 
de liquidação. Exceções:
Se a sentença fixa a modalidade da liquidação - é possível que se flexibilize e altere a modalidade.-
Se a sentença não condenar em juros moratórios ou correção monetária - sua inclusão em liquidação 
não ofende a coisa julgada.
-
Liquidação Zero
Há hipóteses em que a liquidação resultará em 0:
Sentença que reconhece obrigações para ambas as partes e, ao se compensarem, resultam em 0.-
Impossibilidade de produção de provas sobre quantum (extinção sem julgamento de mérito e 
possibilidade de repropositura)
-
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(Arts 475-I a 475-R)
Quando da liquidez do título executivo e sua certeza, inicia-se a fase de cumprimento de sentença. 
Porém isso não ocorre com todos os títulos executivos:
Os extrajudiciais estão excluídos dessa fase pois não se formam a partir de processo de 
conhecimento, portanto deverão ser executados de acordo com o procedimento descrito no Livro II 
do CPC.
Nos títulos executivos judiciais, ainda há algumas espécies que também deverão ser executados no 
procedimento do Livro II do CPC:
Sentença Arbitral
Sentença Penal condenatória transitada em julgado
Sentença Estrangeira, homologada pelo STJ.
Competência
Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
 I – os tribunais, nas causas de sua competência originária;
 II – o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição;
 III – o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de 
sentença arbitral ou de sentença estrangeira.
 
Parágrafo único. No caso do inciso II do caput deste artigo, o exeqüente poderá optar pelo 
juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do atual domicílio do 
executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de 
origem.
O parágrafo único estabelece a possibilidade de iniciar o cumprimento de sentença onde haja bens, 
para promover uma maior eficiência na arrecadação e resgate dos bens. Esta situação depende de 
requerimento da parte.
Procedimento
Art. 475-J. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, 
não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no 
percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso 
II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação.
É uma multa de natureza sancionatória. O STJ entendeu que a multa só poderá ser exigível se o 
prazo se esgotar contado da intimação do réu para que cumpra a sentença, que é feita pelo juiz de 
primeira instância após o trânsito em julgado.
Além dessa multa, é cabível honorários de advogado no cumprimento de sentença, nos casos em 
que não há cumprimento espontâneo.
 Art. 614. Cumpre ao credor, ao requerer a execução, pedir a citação do devedor e instruir a petição inicial:
 II - com o demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação, quando se tratar 
de execução por quantia certa;
Os juros remuneratórios e correção monetária são implícitos na sentença, segundo julgados do STJ. 
Cumprimento de Sentença
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013 10:04
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Os juros remuneratórios e correção monetária são implícitos na sentença, segundo julgados do STJ. 
Por isso, mesmo que a sentença não diga, pode integrar o cálculo do 614, II o montante referente a 
juros e correção monetária.
Requerimento do Credor (Art. 475-J), indicando bens a serem penhorados (Art. 475-J, §3º)1-
Expedição do Auto de Penhora e Avaliação 2-
Intimação do executado na pessoa de seu advogado, nos termos do Art. 475-J, §1º.3-
Nomeação de avaliador nos casos de necessidade de conhecimento técnico (Art. 475-J, §2º)4-
 § 4o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput deste artigo, a multa de 
dez por cento incidirá sobre o restante.
 § 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz mandará arquivar 
os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido da parte.
Simultaneidade com a Liquidação de Sentença
É possível que ocorra simultaneamente à liquidação, o que ocorre quando na sentença há capítulos 
com liquidez e certeza e outros sem tais características.
§ 2o Quando na sentença houver uma parte líquida e outra ilíquida, 
ao credor é lícito promover simultaneamente a execução daquela e, em 
autos apartados, a liquidação desta.
Execução Provisória
 Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo 
modo que a definitiva, observadas as seguintes normas:
 I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
 II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da 
execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos 
mesmos autos, por arbitramento;
 III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem 
de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
 § 1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada 
ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução.
Fixação de Caução
O inciso III do Art. 475-O estabelece a necessidade de levantamento de caução, em casos de 
execução provisória, para garantir os atos de execução, como a penhora, etc. Essa caução poderá ser 
dispensada nos casos abaixo:
 § 2o A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada:
 I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até 
o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de 
necessidade;
 II – nos casos de execução provisória em que penda agravo de instrumento junto ao 
Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da 
dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação.
Requisitos:
475-O
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 § 3o Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias 
autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado declarar a 
autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal: (Redação dada pela Lei nº 12.322, de 
2010)
 I – sentença ou acórdão exeqüendo; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
 II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo; (Incluído pela 
Lei nº 11.232, de 2005)
 III – procurações outorgadas pelas partes; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
 IV – decisão de habilitação, se for o caso; (Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)
 V – facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere 
necessárias.
 Página 10 de Processo Civil 3 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12322.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12322.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11232.htm#art4
Matérias impugnáveis
Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre:
 I – falta ou nulidade da citação, se o processocorreu à revelia;
 II – inexigibilidade do título;
 III – penhora incorreta ou avaliação errônea;
 IV – ilegitimidade das partes;
 V – excesso de execução;
 VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como 
pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à 
sentença.
É a famosa querela nulitatis. É a arguição de vício ou mesmo ausência de citação no processo 
de conhecimento, pode ser alegada a qualquer tempo por ser vício gravíssimo e não ser 
apanhado a qualquer tempo. Busca anular a sentença e impedir a execução quando a citação 
no processo de conhecimento conteve vício ou inexistiu.
I-
É inexigível o título: não vencido, pela exceptio non adimpletio, pela iliquidez da sentença ou 
pelo não cumprimento de condição estabelecida em sentença, além do disposto no §1º:
II-
 § 1o Para efeito do disposto no inciso II do caput deste 
artigo, considera-se também inexigível o título judicial fundado em 
lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo 
Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou 
ato normativo tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis 
com a Constituição Federal.
Apenas são inexigíveis as declaradas inconstitucionais pelo STF, sendo declarada a norma, a lei ou a 
situação fática inconstitucional. Esses efeitos não são aplicáveis a normas declaradas constitucionais 
pelo STF e deixadas de serem aplicadas na sentença ou aplicadas quando o STF as declarou não 
autoaplicáveis. (Ag Rg Resp 1.331.229/SE)
Há hipóteses em que a penhora se efetuou sobre bens impenhoráveis, ou ainda que foram 
avaliados erroneamente.
III-
Quando nos casos de morte do titular do direito ou transferência deste.IV-
Quando se atenta executar valor superior ao que foi condenado em sentença ou casos do Art. 
743.
V-
 § 2o Quando o executado alegar que o exeqüente, em 
excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da 
sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende 
correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação.
Arguições de defesas de mérito desde que supervenientes à sentença.VI-
Segurança do Juízo
A doutrina aponta que a segurança do juízo é requisito para a impugnação, consistindo esta no 
depósito de determinado valor para prosseguimento da execução. Fundamentada pelo fato de que o 
título a que se presta executar a fase de cumprimento de sentença foi produzido sob o crivo do 
contraditório e ampla defesa.
Impugnação ao Cumprimento de Sentença
terça-feira, 12 de março de 2013 10:00
 Página 11 de Processo Civil 3 
Esse mesmo pensamento era adotado também pelo processo de execução autônomo, que exigia 
penhora. Porém o legislador, para processos de execução autônomos, entendeu que a exigência 
prévia de segurança do juízo como requisito pra impugnação é afronta ao contraditório, já que o 
título não foi produzido sobre contraditório e ampla defesa.
Portanto, para que o devedor possa impugnar o cumprimento de sentença deve ter sido intimado 
do auto de penhora ou termo de penhora. O prazo contar-se-á da data da intimação ou, nos casos 
em que o devedor deposita espontaneamente, da data do depósito.
Efeitos da Impugnação
 Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal 
efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja 
manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta 
reparação.
 § 1o Ainda que atribuído efeito suspensivo à impugnação, é lícito ao exeqüente 
requerer o prosseguimento da execução, oferecendo e prestando caução suficiente e 
idônea, arbitrada pelo juiz e prestada nos próprios autos.
 § 2o Deferido efeito suspensivo, a impugnação será instruída e decidida nos próprios 
autos e, caso contrário, em autos apartados.
 § 3o A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, 
salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação.
O juiz não poderá conferir efeitos suspensivos de ofício, de acordo com a interpretação do STJ. 
Dependerá de requerimento da parte que indicará também:
Fumus boni iuris.-
Periculum in mora.-
Fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.-
 Página 12 de Processo Civil 3 
Com a decisão da impugnação que teve conferidos efeitos suspensivos ou concomitantemente ao 
seu prosseguimento quando não foi recebida com efeitos suspensivos, passa-se à fase de efetivo 
cumprimento da sentença, promovendo eficaz execução dos bens do devedor para satisfação da 
obrigação.
Com isso, abre-se a fase de penhora, na qual será sequestrado o bem do devedor e, após avaliação, 
vendido para transformá-lo em dinheiro e pagar o credor. Porém, nesse momento abre-se a 
prerrogativa do credor em ficar com o bem, hipótese em que não será vendido o bem, por o credor 
desejar adjudicar o bem.
Assim, o pagamento terá sido realizado por meio de adjudicação ou ainda penhora e pagamento.
Penhora, Adjudicação e Pagamento
terça-feira, 19 de março de 2013 10:38
 Página 13 de Processo Civil 3 
 Art. 475-O. A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo 
modo que a definitiva, observadas as seguintes normas:
 I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exeqüente, que se obriga, se a 
sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
 II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da 
execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos 
mesmos autos, por arbitramento;
 III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem 
alienação de propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem 
de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
 § 1o No caso do inciso II do caput deste artigo, se a sentença provisória for modificada 
ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução.
 § 2o A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada:
 I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até 
o limite de sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exeqüente demonstrar situação de 
necessidade;
 II – nos casos de execução provisória em que penda agravo de instrumento junto ao 
Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da 
dispensa possa manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta 
reparação.
 § 3o Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias 
autenticadas das seguintes peças do processo, podendo o advogado declarar a 
autenticidade, sob sua responsabilidade pessoal: 
 I – sentença ou acórdão exeqüendo;
 II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
 III – procurações outorgadas pelas partes;
 IV – decisão de habilitação, se for o caso;
 V – facultativamente, outras peças processuais que o exeqüente considere 
necessárias.
Execução Provisória
terça-feira, 19 de março de 2013 11:03
 Página 14 de Processo Civil 3 
As diferenciações entre prescrição e decadência pouco interessam ao direito processual. O 
importante é ver reconhecido qualquer um dos dois institutos para que se obste o cumprimento de 
sentença ou a execução.
Uma vez excedido o prazo legal prescricional ou decadencial entre a data do inadimplemento ou da 
constituição do débito, quando se inicia a exigibilidade, e a data do ajuizamento da ação ou outra 
forma de interrupção ou suspensão da prescrição, é reconhecida a perda da pretensão executória 
pelo credor.
Porém não é essa a única modalidade de prescrição ou decadência. Existe também a chamada 
prescrição do execução de sentença, bem como a decadência. E segundo a súmula150 STF, a 
prescrição da execução se dá no mesmo prazo da ação, ou seja, o mesmo prazo prescricional para 
ajuizamento da ação será contabilizado para caracterizar a prescrição executória. Esse prazo terá 
como termo inicial a data da publicação da sentença transitada em julgado.
Em casos de cumprimento de sentença, modalidade de sincretismo processual, também há a 
prescrição, porém, como não se fala mais de ação nova, não se diz da prescrição da ação, mas sim da 
pretensão. Por isso, aplica-se também a súmula 150 STF para a perda da pretensão de exercício do 
cumprimento de sentença, que também se fará no mesmo prazo da ação.
Se a sentença transita em julgado ilíquida, não poderá correr o prazo prescricional da execução ou 
cumprimento de sentença. Porém é considerada líquida a sentença que depende de cálculos 
aritiméticos pelo credor, mesmo que haja documentos em posse do devedor, devendo o exequente 
requerer ao juízo que promova as diligências para a apresentação. Se não forem apresentados tais 
documentos, poderá o credor apresentar seus próprios cálculos.
Alguns autores sustentam a prescrição (bem como a decadência) intercorrente pela desídia do 
credor, que deixa de movimentar o processo. Porém há quem não admita, por ser expresso no CPC 
que a interrupção da prescrição só ocorrerá uma vez.
A prescrição e a decadência pode ser declarada de ofício (Art. 219 §5º CPC), diferentemente do que 
ocorria até 2006, onde havia vedação expressa da declaração de ofício.
Há a possibilidade de a prescrição intercorrente ser obstada por novos pedidos do autor de 
suspensão do processo de cumprimento de sentença (que também não pode exceder a um ano), 
requerendo novos prazos suspensivos para tentar lograr êxito na busca dos bens a serem 
penhorados. Porém, o STJ decidiu que, contra a fazenda pública, não poderá existir mais de uma 
suspensão, sendo a primeira a única.
Prescrição e Decadência
terça-feira, 2 de abril de 2013 10:10
 Página 15 de Processo Civil 3 
O processo de execução autônomo tem como ponto inicial a existência de um título de crédito 
extrajudicial, que é levado à jurisdição diretamente na fase de execução, sem a necessidade de 
passar pela fase de conhecimento, mesmo porque os títulos admitidos legalmente são dotados das 
características exigidas pela execução: Liquidez, Certeza e Exigibilidade. 
Portanto, um título executivo extrajudicial poderá ensejar o início de procedimento autônomo para 
apenas fazer cumprir o direito material já acertado pelo próprio título.
Existem 5 exceções à forma tradicional de propositura de ação de execução, que são títulos judiciais 
que a legislação trata da mesma maneira dos extrajudiciais para que sejam executados não por 
cumprimento de sentença, mas realizado nos moldes do processo de execução autônomo:
A Sentença de Processo de conhecimento que condene a fazenda pública
A Sentença em processo de conhecimento que condene o réu a pagar alimentos
O laudo arbitral
A sentença penal condenatória
A sentença estrangeira homologada no Brasil.
O processo de execução portanto será iniciado por meio de petição inicial nos moldes do Art. 282 e 
283 e, portanto, acompanhada dos documentos essenciais, quais sejam, o título executivo e 
memória atualizada de cálculos, quando cabível. Analisados os pressupostos processuais e condições 
da ação, será citado o réu:
 Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer 
comarca do País, exceto:
 d) nos processos de execução;
Honorários de advogado no processo de execução:
 Art. 652-A. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de 
plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 
20, § 4o).
 Parágrafo único. No caso de integral pagamento no prazo de 
3 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade.
A execução poderá ser feita com base em título extrajudicial, porém é necessário que se cumpram 2 
requisitos essenciais:
Inadimplemento Fático
Título Jurídico (previsto em lei)
Liquidez, Certeza e Exigibilidade
Partes
Exequente:
A parte exequente é sempre o credor do títulos, que o executará almejando o adimplemento 
forçado pelo devedor.
É possível a atuação do MP como exequente, nos casos de ação civil pública a que se chega na fase 
de inquérito a um termo de ajustamento de conduta TAC que, se realizado extrajudicialmente, será 
Execução Autônoma
quinta-feira, 11 de abril de 2013 08:25
 Página 16 de Processo Civil 3 
de inquérito a um termo de ajustamento de conduta TAC que, se realizado extrajudicialmente, será 
executado nos moldes do livro II do CPC.
Executado
 Art. 568. São sujeitos passivos na execução:
 I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
 II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; 
 III - o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do 
título executivo;
 IV - o fiador judicial;
 V - o responsável tributário, assim definido na legislação própria.
No caso do espólio, a massa de bens responderá pelas dívidas do de cujus, porém apenas ao limite 
da herança. Os herdeiros não responderão com seu patrimônio pela herança em que as dívidas 
forem superiores ao crédito.
O fiador judicial não é o fiador convencional, é um fiador que se constitui por termo nos autos para 
afiançar uma obrigação reconhecida judicialmente, como nos casos de litigância de má fé na 
execução (Art. 601 §único)
Substituição de Partes
Art. 567. Podem também promover a execução, ou nela prosseguir:
 I - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, Ihes for transmitido o direito 
resultante do título executivo;
 II - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo Ihe foi transferido por ato entre vivos;
 III - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional.
Desistência na Execução
 Art. 569. O credor tem a faculdade de desistir de toda a execução ou de apenas algumas medidas executivas.
 Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte:
 a) serão extintos os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o 
credor as custas e os honorários advocatícios;
 b) nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do embargante.
A desistência da ação de execução não se confunde com renúncia do direito material. A Renúncia no 
processo de conhecimento é unilateral e não depende de aceitação pelo devedor. Já na desistência 
da execução, poderá se desistir da ação quando não houver embargos ou quando estes versarem 
apenas sobre questões processuais (pagando-se as custas desse), nos demais casos a extinção 
dependerá da concordância do embargante. Será o processo extinto sem julgamento de mérito 
quando houver desistência.
Cumulação de execuções
É lícito ao credor cumular diversas execuções fundadas em títulos executivos diversos quando o 
procedimento seja idêntico e a competência do juízo seja a mesma. O STJ também possibilitou a 
cumulação das causas de pedir quando existem, para a mesma obrigação, vários títulos 
extrajudiciais. (súmula 27)
Competência
A competência para julgar execuções por título executivo pode ser atraída pela Justiça comum 
Federal ou Estadual, sendo a mesma delimitada da mesma forma do Art. 109-I Constituição da 
República de 1988. 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
 Página 17 de Processo Civil 3 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, 
as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
Assim, o que não se enquadrar como competência material da Justiça Federal será julgado pela 
Justiça Estadual.
Existe também a competência relativa territorial, que determina qual oforo competente para julgar 
tal ação de execução. Em regra, é delimitada pelo Art. 100, IV CPC:
 Art. 100. É competente o foro:
 IV - do lugar:
 d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento;
As partes podem eleger o foro para adimplemento, porém se não o fizerem observar-se-á a regra 
geral do domicílio do devedor. Já nos títulos de crédito existe a praça do pagamento, que é elegido 
pelo emissor do título.
Execução Fiscal
 Art. 578. A execução fiscal (art. 585, Vl) será proposta no foro do domicílio do réu; se não o tiver, no de sua 
residência ou no do lugar onde for encontrado.
 Parágrafo único. Na execução fiscal, a Fazenda Pública poderá escolher o foro de qualquer um dos devedores, 
quando houver mais de um, ou o foro de qualquer dos domicílios do réu; a ação poderá ainda ser proposta no foro do 
lugar em que se praticou o ato ou ocorreu o fato que deu origem à dívida, embora nele não mais resida o réu, ou, ainda, 
no foro da situação dos bens, quando a dívida deles se originar.
Direito de Preferência - Penhora
 Art. 612. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal (art. 751, III), 
realiza-se a execução no interesse do credor, que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens 
penhorados.
 Página 18 de Processo Civil 3 
Responsabilidade Patrimonial
 Art. 591. O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo 
as restrições estabelecidas em lei.
Essas restrições são, além da morte e prescrição, os bens impenhoráveis. (Art. 649 CPC)
O descrito no Art. 592 consiste na responsabilidade secundária:
 Art. 592. Ficam sujeitos à execução os bens:
 I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito 
real ou obrigação reipersecutória;
 II - do sócio, nos termos da lei;
 III - do devedor, quando em poder de terceiros;
 IV - do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua 
meação respondem pela dívida;
 V - alienados ou gravados com ônus real em fraude de execução.
Sucessor a título singular é aquele que adquire o bem por negócios jurídicos inter vivos. É 
responsável pelo bem litigioso por tê-lo adquirido, desde que fundada a ação em direito real ou 
obrigação reipersecutória (que se refere ao bem, perseguindo-o). Remete-se ao Art. 42 CPC:
I-
 Art. 42. A alienação da coisa ou do direito litigioso, a título 
particular, por ato entre vivos, não altera a legitimidade das partes.
O sócio responderá pelas obrigações da sociedade em caso de abuso de personalidade jurídica, 
subsidiariamente.
II-
 Art. 596. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da 
sociedade senão nos casos previstos em lei; o sócio, demandado pelo pagamento da 
dívida, tem direito a exigir que sejam primeiro excutidos os bens da sociedade.
Código Civil:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da 
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os 
efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
Quando a pessoa jurídica é desconstituída irregularmente (sem levar os atos de desconstituição a 
registro, por exemplo), o STJ ampliou o entendimento do Art. 50, constatando como uso fraudulento 
da pessoa jurídica. (Súmula 435 STJ)
Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu domicílio 
fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da
execução fiscal para o sócio-gerente.
O incidente de desconsideração da personalidade jurídica integra o processo de execução, para o 
qual deverá ser chamado o sócio para que exerça o contraditório. A preferência para recebimento 
dos créditos se dá pela penhora. 
Quando a posse do bem pertence a terceiros (por locação, comodato, arrendamento ou qualquer 
outro negócio jurídico), a propriedade pode ser perseguida em execução.
III-
Os bens do cônjuge, mesmo que reservado, incomunicável ou separado, responderão pelas dívidas IV-
quinta-feira, 2 de maio de 2013 08:04
 Página 19 de Processo Civil 3 
Os bens do cônjuge, mesmo que reservado, incomunicável ou separado, responderão pelas dívidas 
criadas pelo outro, desde que tenha sida criada para proveito comum do casal ou manutenção do lar 
ou da família, nos termos do Art. 1.643 e 1.644 Código Civil de 2002.
IV-
O Inciso V é o instituto da fraude à execução, tratada no Art. 593 CPC.V-
 Página 20 de Processo Civil 3 
 Art. 593. Considera-se em fraude de execução a alienação ou oneração de bens:
 I - quando sobre eles pender ação fundada em direito real;
 II - quando, ao tempo da alienação ou oneração, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência;
 III - nos demais casos expressos em lei.
A fraude à execução se aproxima muito do instituto da fraude contra credores, porém aquela é 
instituto apenas processual com vias a resguardar o processo de execução, enquanto este se presta 
a anular o negócio jurídico fraudulento.
A fraude à execução, portanto, não anula o negócio jurídico, apenas tornando-o ineficaz em relação 
ao exequente do processo principal, que terá direito a perseguir seu crédito contra aquele bem 
alienado ou onerado.
Assim como a desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução atua como incidente 
processual no mesmo processo da execução.
Requisitos da fraude contra credores:
Concilium Fraudis (má fé)
Eventus Danium (Insolvência ou capacidade de transformar a insolvência)
A Anterioridade do crédito à alienação ou oneração não era exigida anteriormente ao Código Civil de 
2002, já que precedentes do STJ admitiam sua exceção quando para premeditar a fraude. Com as 
regras específicas do novo código, esse entendimento foi enfraquecido.
Requisitos da fraude à execução
Para constatação da fraude à execução, não se exige a prova da má fé, apenas a insolvência e a 
anterioridade do crédito à alienação, já que o processo já estava fundado no próprio bem. Porém 
exige que tenha ocorrido a citação válida do executado da ação judicial (mesmo que a ação de 
conhecimento). 
Requisitos quando existe terceiros
Súmula 375 STJ
O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora
do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
Para que o bem transferido a terceiros responda à execução, é necessário que ele estivesse de Má fé 
na alienação do bem ou que ele saiba ou deva saber do processo de execução (pelo registro da 
penhora na certidão do bem imóvel exigido no Art. 659 §4º ou impedimento à alienação registrado 
no detran, junta comercial ou CVN para bens móveis)
Execução Fiscal
A execução fiscal tem particularidades, como por exemplo o rito específico previsto na Lei de 
Execuções Fiscais - 6.830/80. 
Na execução fiscal a própria fazenda emite as chamadas CDA's (certidão de dívida ativa) que é 
considerada pelo Art. 585, VI CPC como título executivo extrajudicial.
Para a constatação da fraude à execução também existem peculiaridades:
Fraude à Execução
quinta-feira, 2 de maio de 2013 08:42
 Página 21 de Processo Civil 3 
Para a constatação da fraude à execução também existem peculiaridades:
A lei complementar 118/05 (CTN) prescindiu dos requisitos Ação em Curso e Má Fé do terceiro, 
bastando apenas provar a capacidade da alienação gerar insolvência. 
Venda de Bens Penhorados
A venda de bens é ainda mais gravosa, já que é uma afronta ao processo jurisdicional. O bem 
penhorado é indisponível, sendo a sua venda fraude maior até que a fraude à execução, já que não é 
necessário que a venda reduza o vendedor à insolvência. É ineficaz portanto quanto ao processode 
execução qualquer venda de bem penhorado, a não ser que o comprador prove a boa fé (ausência 
do registro da penhora)
 Página 22 de Processo Civil 3 
A penhora é o ato que identifica os bens do devedor executado para garantir a satisfação da 
execução. Identificados bens suscetíveis de penhora, são gravados com inalienabilidade e ficam à 
disposição do juízo para saldar a dívida. Após este ato, passa-se à alienação do bem ou adjudicação 
pelo credor.
Para a penhora, existem regras específicas, como ordem de preferência de bens, etc.
Remição
 Art. 651. Antes de adjudicados ou alienados os bens, pode o executado, a 
todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da 
dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios.
A remição é o ato de pagamento pelo devedor da dívida para evitar a alienação ou adjudicação.
Remissão
Remissão é o perdão da dívida, que põe fim ao processo de execução (Art. 794, II)
 Art. 794. Extingue-se a execução quando:
 II - o devedor obtém, por transação ou por qualquer outro meio, a remissão 
total da dívida;
Preferência da penhora de bens
 Art. 612. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o 
concurso universal (art. 751, III), realiza-se a execução no interesse do credor, 
que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.
A realização da penhora é o que dita a preferência do recebimento do crédito, ou seja, quem 
primeiro penhora tem preferência para recebimento, independentemente do valor.
 Art. 613. Recaindo mais de uma penhora sobre os mesmos bens, cada credor 
conservará o seu título de preferência.
Recebimento
 Art. 711. Concorrendo vários credores, o dinheiro ser-lhes-á distribuído e 
entregue consoante a ordem das respectivas prelações; não havendo título legal à 
preferência, receberá em primeiro lugar o credor que promoveu a execução, cabendo 
aos demais concorrentes direito sobre a importância restante, observada a 
anterioridade de cada penhora.
Respeitadas as preferências de direitos de garantia do direito material (como hipoteca, penhor, 
etc.), é a penhora que determina a preferência dos bens para pagamento das dívidas. [RESP 
1.254.320-SP]
A penhora só é perfeita, produzindo todos os efeitos do direito de preferência quando:
 Art. 664. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o 
depósito dos bens, lavrando-se um só auto se as diligências forem concluídas no 
mesmo dia.
 Parágrafo único. Havendo mais de uma penhora, lavrar-se-á para cada qual 
um auto.
A penhora se aperfeiçoa quando se lavra o auto de penhora ou o termo de penhora pelo escrivão e 
Da Penhora
terça-feira, 7 de maio de 2013 10:57
 Página 23 de Processo Civil 3 
A penhora se aperfeiçoa quando se lavra o auto de penhora ou o termo de penhora pelo escrivão e 
se nomeia depositário. O registro apenas se presta a dar publicidade à penhora induzindo a fraude à 
execução se qualquer alienação for feita. [RESP 1.209.807-MS]
A intimação de que trata o 652 também não é requisito de perfeição da penhora, podendo inclusive 
o juiz a dispensar.
Penhora por oficial de justiça
O oficial de justiça cita o devedor acerca da penhora, mandando o mesmo a pagar em 3 dias. Se este 
não efetua o pagamento, o oficial apreende os bens e lavra o auto de penhora.
 Art. 652. O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o 
pagamento da dívida.
 § 1o Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de 
justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo 
auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.
 Art. 660. Se o devedor fechar as portas da casa, a fim de obstar a penhora dos 
bens, o oficial de justiça comunicará o fato ao juiz, solicitando-lhe ordem de 
arrombamento.
 Art. 661. Deferido o pedido mencionado no artigo antecedente, dois oficiais de 
justiça cumprirão o mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde presumirem que se 
achem os bens, e lavrando de tudo auto circunstanciado, que será assinado por duas 
testemunhas, presentes à diligência.
 Art. 662. Sempre que necessário, o juiz requisitará força policial, a fim de 
auxiliar os oficiais de justiça na penhora dos bens e na prisão de quem resistir à ordem.
Após realizada a apreensão dos bens, o oficial de justiça o depositará o mesmo, designando um 
depositário que deverá assinar o auto.
 Art. 665. O auto de penhora conterá:
 I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita;
 II - os nomes do credor e do devedor;
 III - a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos;
 IV - a nomeação do depositário dos bens.
Após, é necessário intimar o executado, que pode não se localizar onde os bens estão. Com isso, 
também se vê a necessidade de intimação do cônjuge ou dos credores com garantia real sobre o 
bem, se houver.
Penhora em outra comarca
 Art. 658. Se o devedor não tiver bens no foro da causa, far-se-á a 
execução por carta, penhorando-se, avaliando-se e alienando-se os bens no foro da 
situação (art. 747).
 Art. 747. Na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo 
deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo 
deprecante, salvo se versarem unicamente vícios ou defeitos da penhora, avaliação 
ou alienação dos bens. 
Ordem de Preferência
 Art. 655. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
 I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição 
financeira;
 II - veículos de via terrestre;
 III - bens móveis em geral;
 IV - bens imóveis;
 V - navios e aeronaves;
 VI - ações e quotas de sociedades empresárias;
 Página 24 de Processo Civil 3 
 VI - ações e quotas de sociedades empresárias;
 VII - percentual do faturamento de empresa devedora;
 VIII - pedras e metais preciosos;
 IX - títulos da dívida pública da União, Estados e Distrito Federal com 
cotação em mercado;
 X - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
 XI - outros direitos.
 § 1o Na execução de crédito com garantia hipotecária, pignoratícia ou 
anticrética, a penhora recairá, preferencialmente, sobre a coisa dada em garantia; 
se a coisa pertencer a terceiro garantidor, será também esse intimado da penhora.
 § 2o Recaindo a penhora em bens imóveis, será intimado também o cônjuge do 
executado.
Suspensão do processo de execução
Quando não se localizam bens à penhora suficiente, pede o credor diligente a suspensão do 
processo de execução por até 1 ano (791, III CPC) para que evite a prescrição por sua inércia, que 
ocorrerá no mesmo prazo do direito material.
Outras Espécies de Penhora
Penhora de Crédito (Art. 671 a 676 CPC)-
Consiste na penhora de um crédito que o executado tem a receber, para que quando do pagamento 
o valor ou bem sirva a garantir a dívida executada.
Quando o crédito está consubstanciado com título de crédito, a apreensão será do próprio 
título.
•
 Art. 672. A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota 
promissória, duplicata, cheque ou outros títulos, far-se-á pela apreensão do 
documento, esteja ou não em poder do devedor.
Já quando não existe título, a penhora se dará de forma diferente:•
 Art. 671. Quando a penhora recair em crédito do devedor, o oficial de 
justiça o penhorará. Enquanto não ocorrer a hipótese prevista no artigo seguinte, 
considerar-se-á feita a penhora pela intimação:
 I - ao terceiro devedor para que não pague ao seu credor; 
 II - ao credor do terceiro para que não pratique ato de disposição do 
crédito.
Em resumo, consiste na intimação do executado para que não perdoe a dívida ou ceda seu crédito e 
ao devedor deste para que não pague ao seu credor, promovendo o depósito judicialdo valor.
Se o crédito que será objeto da penhora está judicializada pela instauração de procedimento 
de cobrança ou execução, será averbado nos autos deste procedimento a penhora do crédito 
a ser concretizado:
•
 Art. 674. Quando o direito estiver sendo pleiteado em juízo, averbar-se-á 
no rosto dos autos a penhora, que recair nele e na ação que Ihe corresponder, a fim 
de se efetivar nos bens, que forem adjudicados ou vierem a caber ao devedor.
Dessa mesma maneira, a penhora de precatórios será feita no rosto dos autos, já que também é 
penhora de créditos, apesar de ser o pior na ordem de preferência.
O credor que penhora créditos do devedor se subroga no crédito, podendo o exequente pleitear o 
direito de crédito do executado perante o terceiro que lhe deve, sendo hipótese de legitimação 
extraordinária.
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 Art. 673. Feita a penhora em direito e ação do devedor, e não tendo este oferecido embargos, ou sendo estes 
rejeitados, o credor fica sub-rogado nos direitos do devedor até a concorrência do seu crédito.
 § 1o O credor pode preferir, em vez da sub-rogação, a alienação judicial do direito penhorado, caso em que 
declarará a sua vontade no prazo de 10 (dez) dias contados da realização da penhora.
 § 2o A sub-rogação não impede ao sub-rogado, se não receber o crédito do devedor, de prosseguir na execução, 
nos mesmos autos, penhorando outros bens do devedor.
A mesma lógica da penhora de créditos decorrentes de dívida é aplicável a processos de inventário, 
sendo cabível a penhora da cota devida ao executado.
Penhora da empresa que será gerida por administrador judicial (Art. 677 a 
679 CPC) 
-
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A avaliação é de suma importância pois determina qual o valor para alienação do bem, sendo esse 
quantificação importante para estabelecer correlação entre o crédito e a penhora, verificando se há 
excessos ou insuficiência da penhora (o que é tema objeto de embargos do devedor Art. 745, II).
A penhora sendo satisfeita pela apreensão e depósito do bem, passa-se à fase de avaliação, que é 
ato preparatório para a alienação e consequente recebimento do crédito executado.
A avaliação é feita, em regra, por oficial de justiça, mas há exceções:
 Art. 680. A avaliação será feita pelo oficial de justiça (art. 652), 
ressalvada a aceitação do valor estimado pelo executado (art. 668, parágrafo único, 
inciso V); caso sejam necessários conhecimentos especializados, o juiz nomeará 
avaliador, fixando-lhe prazo não superior a 10 (dez) dias para entrega do laudo
Art. 682. O valor dos títulos da dívida pública, das ações das sociedades e dos 
títulos de crédito negociáveis em bolsa será o da cotação oficial do dia, provada 
por certidão ou publicação no órgão oficial.
A aceitação pelo credor do valor estimado pelo devedor -
Títulos que têm valor em bolsa não serão avaliados-
Bens que necessitam de avaliação mas que o oficial não a pode fazer, por demandar de 
conhecimentos especializados, caso em que será enviado a perito para avaliar em 10 dias.
-
Refazimento da Avaliação
 Art. 683. É admitida nova avaliação quando:
 I - qualquer das partes argüir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na 
avaliação ou dolo do avaliador;
 II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou 
diminuição no valor do bem; ou
 III - houver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem (art. 668, 
parágrafo único, inciso V).
Efeitos diretos após avaliação
 Art. 685. Após a avaliação, poderá mandar o juiz, a requerimento do 
interessado e ouvida a parte contrária:
 I - reduzir a penhora aos bens suficientes, ou transferi-la para outros, 
que bastem à execução, se o valor dos penhorados for consideravelmente superior ao 
crédito do exeqüente e acessórios;
 Il - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se 
o valor dos penhorados for inferior ao referido crédito.
 Parágrafo único. Uma vez cumpridas essas providências, o juiz dará início 
aos atos de expropriação de bens.
Segunda penhora
 Art. 667. Não se procede à segunda penhora, salvo se:
 I - a primeira for anulada;
 II - executados os bens, o produto da alienação não bastar para o pagamento 
do credor;
 III - o credor desistir da primeira penhora, por serem litigiosos os bens, 
ou por estarem penhorados, arrestados ou onerados.
Art. 685
 Il - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se 
Da Avaliação
terça-feira, 4 de junho de 2013 10:41
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 Il - ampliar a penhora, ou transferi-la para outros bens mais valiosos, se 
o valor dos penhorados for inferior ao referido crédito.
Pode se proceder segunda penhora ao invés de transferí-la.
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Como se sabe, no processo de execução não existe o contraditório em sua forma mais plena, como é 
assegurado ao processo de conhecimento. Isso por conta da presunção de veracidade da relação de 
crédito, já que consubstanciada em título executivo extrajudicial. Porém, como tais títulos são 
produzidos sem se submeterem à apreciação judicial, é necessário que se permita ao suposto 
devedor do título impugnar aquela execução que o atinge, mesmo que de forma mais primitiva, o 
que se realiza ao limitar-se os temários permitidos como fundamento dos embargos à execução.
Assim, é clara a decorrência da previsão legal dos embargos do devedor do Direito de Ação, 
assegurado pela Constituição Federal, garantidora do exercício do contraditório que, nesse caso, 
será provocado pelo embargante / executado.
O procedimento dos embargos consiste em ação, o que exige a mesma formalidade do processo de 
conhecimento, através de petição inicial com pedido desconstitutivo da execução. Constituem ação 
incidental através do processo de conhecimento, fato que é evidenciado pela Distribuição por 
dependência.
 Art. 736. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, 
poderá opor-se à execução por meio de embargos.
 Parágrafo único. Os embargos à execução serão distribuídos por 
dependência, autuados em apartado e instruídos com cópias das peças processuais 
relevantes, que poderão ser declaradas autênticas pelo advogado, sob sua 
responsabilidade pessoal.
O Parágrafo único estabelece a necessidade de instruir os embargos do devedor com os documentos 
do processo de execução, não implicando a obrigatoriedade de apresentação de documentos para 
provar o alegado em causa de pedir (como aduziria se o procedimento fosse sumário)
Procedimento-
 Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, 
contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.
 § 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles 
embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo 
tratando-se de cônjuges.
 § 2o Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será 
imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por 
meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos 
de tal comunicação.
 § 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta 
Lei.
Rejeição Liminar-
 Art. 739. O juiz rejeitará liminarmente os embargos:
 I - quando intempestivos;
 II - quando inepta a petição (art. 295); ou
 III - quando manifestamente protelatórios
739-A § 5o Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o 
embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, 
apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de 
não conhecimento desse fundamento.
Matérias Admissíveis-
Dos Embargos do Devedor
quinta-feira, 6 de junho de 2013 08:02
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Matérias Admissíveis-
 Art.745. Nos embargos, poderá o executado alegar:
 I - nulidade da execução, por não ser executivo o título apresentado;
 II - penhora incorreta ou avaliação errônea;
 III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
 IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de título 
para entrega de coisa certa (art. 621);
 V - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo 
de conhecimento.
 § 1o Nos embargos de retenção por benfeitorias, poderá o exeqüente 
requerer a compensação de seu valor com o dos frutos ou danos considerados devidos 
pelo executado, cumprindo ao juiz, para a apuração dos respectivos valores, nomear 
perito, fixando-lhe breve prazo para entrega do laudo.
 § 2o O exeqüente poderá, a qualquer tempo, ser imitido na posse da coisa, 
prestando caução ou depositando o valor devido pelas benfeitorias ou resultante da 
compensação.
Prazo-
 Art. 738. Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, 
contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.
Diferentemente do processo de conhecimento, o prazo não será duplicado pelo litisconsórcio, nem 
se aplica a regra do 241, III CPC, já que o prazo para oferecimento dos embargos é individual, não se 
contando o prazo da juntada do último mandado de citação, mas individualmente de cada um, 
exceto no caso de cônjuges.
 § 1o Quando houver mais de um executado, o prazo para cada um deles 
embargar conta-se a partir da juntada do respectivo mandado citatório, salvo 
tratando-se de cônjuges.
 § 2o Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será 
imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por 
meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos 
de tal comunicação.
 § 3o Aos embargos do executado não se aplica o disposto no art. 191 desta 
Lei.
Portanto, na regra geral, o prazo para embargos se conta da data da juntada do mandado citatório, 
independentemente de penhora. Nos casos em que ela não existe ou há segunda penhora, o prazo 
para embargos já provavelmente tenha passado e, mesmo autorizando o Art. 745 os embargos 
versarem sobre a penhora, não existe previsão legal para embargos após a penhora se já excedeu-se 
o prazo. Assim, o contraditório contra a penhora e avaliação se dá por simples petição nos autos do 
processo de execução, como impugnação à penhora [Entendimento de Humberto Teodoro Jr].
Contestação dos Embargos e Multa por embargos protelatórios-
 Art. 740. Recebidos os embargos, será o exeqüente ouvido no prazo de 15 
(quinze) dias; a seguir, o juiz julgará imediatamente o pedido (art. 330) ou 
designará audiência de conciliação, instrução e julgamento, proferindo sentença no 
prazo de 10 (dez) dias.
 Parágrafo único. No caso de embargos manifestamente protelatórios, o juiz 
imporá, em favor do exeqüente, multa ao embargante em valor não superior a 20% 
(vinte por cento) do valor em execução.
Para contestar os embargos, não é necessária citação pessoal do exequente, bastando a intimacão 
de seu advogado, porém a perda de prazo e não contestação dos embargos não enseja revelia, já 
que existe título executivo com presunção de veracidade. (Resp 601.957 - RJ)
- Efeitos
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- Efeitos
 Art. 739-A. Os embargos do executado não terão efeito suspensivo.
 § 1o O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito 
suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento 
da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou 
incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito 
ou caução suficientes.
 § 2o A decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá, a requerimento da 
parte, ser modificada ou revogada a qualquer tempo, em decisão fundamentada, 
cessando as circunstâncias que a motivaram.
 § 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos embargos disser respeito 
apenas a parte do objeto da execução, essa prosseguirá quanto à parte restante.
 § 4o A concessão de efeito suspensivo aos embargos oferecidos por um dos 
executados não suspenderá a execução contra os que não embargaram, quando o 
respectivo fundamento disser respeito exclusivamente ao embargante.
 § 5o Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o 
embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, 
apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de 
não conhecimento desse fundamento.
 § 6o A concessão de efeito suspensivo não impedirá a efetivação dos atos 
de penhora e de avaliação dos bens.
O efeito suspensivo não impede a penhora (§6°), portanto mesmo que deferido o processo só se 
suspenderá até a penhora.
A execução que prosseguirá após o oferecimento de embargos sem efeito suspensivo NÃO se torna 
provisória pelo oferecimento dos embargos. [Súmula 317 STJ] 
Os embargos que recebidos com efeitos suspensivos e forem julgados improcedentes ensejarão a 
provisoriedade da execução enquanto pendente a apelação contra essa decisão, já que não terá 
efeito suspensivo a apelação da sentença de improcedência dos embargos.
 Art. 587. É definitiva a execução fundada em título extrajudicial; é 
provisória enquanto pendente apelação da sentença de improcedência dos embargos do 
executado, quando recebidos com efeito suspensivo (art. 739).
Características Especiais-
Cabe emenda da inicial? Sim. Como é processo de conhecimento, aplica-se o Art. 284. Porém não 
admite-se emenda para juntar memória de cálculos e valor que entende correto quando tema dos 
embargos é excesso à execução, caso em que serão os embargos rejeitados liminarmente.
Cabimento e Temários-
Nulidade da execução
Quando o título não é exigível, líquido ou certo, ou mesmo inválido por falsidade ou qualquer 
motivo, poderá ser tema da causa de pedir dos embargos do devedor.
Penhora incorreta
A utilização dos embargos de devedor para desconstituir penhora incorreta é admissível, podendo o 
executado optar por aduzir tal tema através de simples petição, sendo a primeira opção mais 
morosa e gera direitos a honorários advocatícios, por ser ação e não incidente processual.
Excesso na execução
A arguição de excesso na execução deverá acompanhar o cálculo demonstrando o excesso, como 
exigido no Art. 739-A:
 § 5o Quando o excesso de execução for fundamento dos embargos, o 
embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, 
 Página 31 de Processo Civil 3 
embargante deverá declarar na petição inicial o valor que entende correto, 
apresentando memória do cálculo, sob pena de rejeição liminar dos embargos ou de 
não conhecimento desse fundamento.
Retenção por Benfeitorias necessárias ou úteis, em casos de entrega de coisa.
As benfeitorias necessárias e úteis podem ser alvo de retenção por quem as produz, de acordo com 
o direito material. Se há direito de retenção, pode ser aduzido nos embargos. Porém, se houve 
processo de conhecimento, lá deve ter sido aduzido tal tema, tendo sido precluso se não alegado 
tempestivamente.
 Página 32 de Processo Civil 3 
Incidindo a penhora sobre bens alheios, cabe aos terceiros interessados a propositura de embargos 
de terceiro, para evitar a ilegalidade do atingimento aos seus bens por dívida que não é sua.
O STJ já decidiu que, no caso do cônjuge, é apenas entendido como terceiro e assim possibilitado de 
apresentação de embargos de terceiro quando sua defesa versar apenas quanto à sua meação. 
Quando quiser defender a dívida como um todo, por nulidade ou qualquer motivo admitido, 
apresentará embargos do devedor, atuando como litisconsorte passivo.
Embargos de Terceiro
quinta-feira, 6 de junho de 2013 09:19
 Página 33 de Processo Civil 3 
O nome exceção de pré-executividade é criticado por parteda doutrina, que aponta que o melhor nome seria não-
executividade, por conta de o título não poder ser executado. Também criticam o termo exceção, pois é um termo exclusivo.
Sugere o nome de objeção de não-executividade.
É a maneira de defesa dentro do processo de execução que não é realizada da mesma forma dos embargos do devedor, que 
são ação própria. É feita por simples petição, sem as formalidades de uma inicial, admitido pelo STJ inobstante à falta de 
previsão legal.
No CPC de 1973, exigia-se como condição processual para a instauração dos embargos a penhora ou depósito dos bens, para 
garantir a segurança do juízo. Assim, quem não tivesse condições de segurar o juízo não tinha como se defender, impedindo 
o acesso à justiça e à ampla defesa.
Para driblar o rigor legislativo, inventou-se a chamada exceção de pré-executividade, que era modalidade mais simples de 
defesa, onde o executado alega matérias que pudessem ser conhecidas de ofício pelo juiz, que não demandem prova.
Portanto, os requisitos da exceção são:
Matéria passível de ser conhecida de ofício pelo juiz.-
Alegações que não demandem de prova.-
A alegação de inexistência ou irregularidade (em alguma de suas características essenciais: liquidez, certeza e exigibilidade), 
por exemplo, é matéria cabível de ser arguida em exceção de pré-executividade, em qualquer tempo e grau de jurisdição.
Exemplos: Prescrição, Execução não fundada em título extrajudicial.
Como os embargos à execução agora podem ser opostos independentemente de penhora ou depósito, com prazo de 15 dias 
após a juntada do mandado de citação, perdeu-se interesse da exceção de pré-executividade, já que não suspende o prazo 
dos embargos. Assim, o ideal é que se oponham embargos e apenas utilizar-se da exceção se houver necessidade (perda de 
prazo dos embargos, por exemplo).
Portanto, a exceção de pré-executividade é mais comumente utilizada na execução fiscal, já que a LEF (Lei 6.830/80 - lei 
especial de execução fiscal) ainda condiciona os embargos à penhora ou depósito. Também no cumprimento de sentença 
pode-se utilizar de exceção como defesa, já que o Art. 475-J §1° e sua interpretação pelo STJ exigem a garantia do juízo para 
a impugnação ser realizada.
Como é interno ao processo de execução, o acolhimento total da exceção é sentença, pois termina o processo, cabendo 
apelação. Do contrário, se acolhimento parcial ou inacolhimento, caberá agravo.
Honorários de Advogado na exceção de Pré-executividade
Não terá honorários de advogado na exceção que não é acolhida, mas àquela que acolhida integralmente e extingue a 
pretensão executiva diz-se geradora de direito a honorários. (AgRg no ARESP 157.950-PR)
Preclusão gerada pela apreciação de mérito da Exceção de Pré-executividade
As questões decididas definitivamente por terem sido apresentadas em exceção não podem ser rediscutidas em embargos 
de devedor, por conta da preclusão consumativa gerada.
Exceção de Pré-executividade
terça-feira, 11 de junho de 2013 10:01
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