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–
 
 
 
 
 
 
É uma droga muito utilizada para tratar parasitas, 
principalmente os ectoparasitas. 
 
✓ Trata carrapatos e ácaros de grandes e pequenos 
animais 
“Amitraz” é um princípio ativo, e não um grupo. O nome do 
grupo que ele faz parte é formamidinas 
✓ Não trata endoparasitas 
✓ Muito utilizada em grandes animais, visto que é boa 
e barata. 
✓ Sarna demodécica generalizada em cães: até pouco 
tempo atrás, era muito utilizado em casos dessa 
doença. Atualmente já há outras drogas melhores 
para esse tratamento, com menos efeitos 
colaterais. (Exemplo: Bravecto) 
 Triatox 
 Preventic: tem em forma de coleira, porém, 
geralmente o animal não aceita essa forma de 
administração. 
 
Temos dois mecanismo de ação: 
!. Acomete ectoparasitas: 
Nos invertebrados, essa droga inibe o receptor de octopamina, 
um neurotransmissor esses seres têm, visto que possuem um 
sistema nervoso muito rudimentar. 
A inibição do neurotransmissor gera a inibição de ações do 
sistema nervoso desses insetos. 
O amitraz causa no carrapato e no ácaro, 
por exemplo, um efeito semelhante a 
ativação de alfa-2, que é um receptor inibitório do 
sistema simpático. 
 
2. Em casos de intoxicação, acomete o hospedeiro mamífero: 
Aqui ocorre, de fato, a ativação dos receptores alfa-2 
adrenérgicos nos vertebrados (cão, gato, cavalo etc.). 
Contudo, essa droga não deveria agir dessa forma, e só age 
pois estamos diante de um caso de intoxicação, onde há altas 
doses e assim depreciamos as ações simpáticas. 
Além disso, inibem a MAO, (monoaminoxidase), que 
degrada a adrenalina. 
 
 
 
 
 
 
 
Ocorre assim como nas drogas que ativam (agonista) a alfa-
2, que está nos neurônios que liberam adrenalina, sendo a 
Xilazina um exemplo. 
efeito sedativo 
Em sistema nervoso central: 
✓ Sedação 
✓ Letargia 
✓ Diminuição de reflexos 
✓ Hipotermia 
✓ A princípio, excitabilidade e agressividade 
✓ Posteriormente, depressão das ações do sistema 
nervoso simpático a nível central 
Olhos: 
✓ Midríase 
✓ Prolapso de terceira pálpebra 
Cardiovascular: 
✓ Deprime 
✓ Hipotensão 
✓ Bradicardia 
✓ Arritmias (BAV): bloqueio do nó átrio ventricular 
(para o coração) 
Sistema respiratório: 
✓ Depressão 
✓ Broncoconstrição 
✓ Aumento da produção de muco: pois o parassimpático 
se sobressai 
Renal e digestório: 
✓ Poliuria 
✓ Vômito 
✓ Sialorreia 
✓ Impactação intestinal: pois diminui o peristaltismo 
 
São sintomas perigosos, como se fosse uma overdose de 
Xilazina, ou seja, pode levar ao óbito. 
 
 
 
–
O diagnóstico desses casos de intoxicação por antiparasitários 
é difícil de ser feito, pois há muitos sinais que são pouco 
específicos, sendo que esses sintomas são causados pelos mais 
variados motivos. 
Assim, o diagnóstico depende muito do tutor, se ele vai falar 
ou não a verdade. Geralmente, quando o tutor leva ao 
médico veterinário, ele já sabe o que aconteceu (não diluiu o 
produto direito, errou a dose etc.). 
Ou seja, o diagnóstico depende do conjunto de: 
✓ Histórico e anamnese 
 
✓ Sinais clínicos: a predominância do sistema nervoso 
parassimpático ajuda a instruir um possível 
diagnóstico. 
 
✓ Necropsia: ocorre após o animal morrer. Não há 
nada na necropsia que aponte diretamente o 
diagnóstico, pois as lesões são todas inespecíficas. 
 
✓ Hemograma e bioquímica: na análise sanguínea não 
há alterações, tudo é inespecífico. A droga não 
altera parâmetros hematológicos e bioquímicos. 
 
1. Intoxicação por via tópica: 
O banho é uma ótima opção para que se retire o excesso 
de veneno no organismo, porém, esse banho não pode: 
a. Ser com água muito quente, visto que favorece a 
abertura dos poros e absorve ainda mais a droga. A 
temperatura mais ideal é morna, pois ajuda a 
garantir também que o animal não fique 
hipotérmico. 
b. Ser com massagem e com passagem das mãos muito 
forte sobre o corpo do animal, visto que também 
favorece a abertura dos pores e absorve ainda mais 
a droga. 
 
2. Intoxicação por via oral: 
a. Emético: porém, o animal tem que estar consciente 
e acordado para não correr o risco de 
broncoaspiração 
b. Laxante: ajuda o conteúdo tóxico a sair mais 
rapidamente do trato intestinal. 
c. Lavagem gástrica + carvão 
 
3. Terapia de suporte: 
Esse cuidado deve ser feito independente de qual tenha 
sido a via de contaminação, já que além de tratar a causa, 
temos que tratar os sintomas. 
a. Fluidoterapia 
b. Aquecimento corporal: pois o animal vai estar 
hipotérmico 
c. Controle das bradiarritmias: é essencial ter esse 
controle, visto que é um sintoma que de fato leva 
o animal ao óbito. 
Ou seja, enquanto tratamos os sintomas, devemos entrar 
com a droga Ioimbina, que pode reverter a bradicardia e 
hipotensão, visto que é um antagonista alfa-2, bloqueando 
seus receptores. 
 
 No caso dessa intoxicação, já temos um tratamento 
mais específico.

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