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Arboviroses: Conceitos e Ciclos Epidemiológicos

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JASMINY MOREIRA | TURMA 5 MECANISMO DE AGRESSAO E DEFESA | 2021.1 
 
1 
 Arbovirose
CONCEITOS 
↳ Doenças virais transmitidas por vetores artrópodes (ex: 
mosquitos) 
↳ Não há transmissão pessoa-pessoa. Quem transmite é o 
mosquito 
↳ Vírus precisa de 2 hospedeiros → invertebrado para 
carregá-lo e um vertebrado para contaminar 
↳ Ciclo replicativo do vírus ocorre: 
 
↳ Pertencem à 5 familias virais: 
1. Flaviviridae (dengue, febre amarela, zika, Nilo 
ocidental) 
2. Togaviridae (Chikungunya, mayaroo) 
3. Bunyaviridae (Oropouche) 
4. Reoviridae 
5. Rhabdoviridae 
↳ Mais de 545 espécies → 150 causam doenças em seres 
humanos 
O VÍRUS 
↳ Família → flaviridae 
↳ Gênero → flavivírus 
↳ Capsídeo de simetria icosaédrica 
 ↳ forma geométrica 
 ↳ capsídeo é composto de proteínas 
↳ Possui envelope 
 ↳ As glicoproteínas do envelope viral servem para 
adsorção do vírus à célula 
 ↳ envelope é composto de bicamada fosfolipídica 
 ↳ menos resistente ao meio ambiente 
↳ 1 sorotipo 
↳ Material genético → fita simples positivo 
 ↳ material genético + instável se multiplicando mais rápido 
pelo fato de ser sentido positivo 
 ↳ não é um vírus que precisa ir até o núcleo da célula, ele 
resolve tudo no citoplasma → entra no sentido RNAm e 
consegue se transcrever sem precisar de ajuda → se 
multiplicando 
 
REPLICAÇÃO VIRAL 
↳ Replicação viral alta 
↳ Sai da célula por exocitose 
↳ Intracelular obrigatório → precisa entrar em células 
↳ Tropismo celular → afinidade 
o Células dendríticas 
o Macrófagos teciduais 
o Fibroblastos 
o Fígado 
o Rins 
o Linfonodos 
o Medula óssea 
o Baço 
o SNC 
o Pâncreas 
o Coração 
Quando sabemos as células que o vírus tem afinidade é 
porque nas células tem receptor que faz com que a 
glicoproteína do vírus se conecte para ocorrer a adsorção 
(adesão) forte ao ponto de não desgrudar para o vírus 
penetrar 
 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
↳ Ter ou não ter envelope 
↳ Diversidade de tropismo celular 
↳ moléculas que auxiliam nas etapas de replicação viral 
(moléculas de absorção, penetração) 
↳ Tipo de saída do vírus da célula 
↳ Tipo de material genético → se integra ou não no genoma 
humano 
↳ Evasão do SI 
↳ Rotavírus → proteína NSP4 (enterotoxina) / proteína NSp1 
(supressão de IFN) 
 
CLICLOS EPIDEMIOLÓGICOS 
↳ Transmissão vetorial → picada da fêmea do mosquito 
infectado 
↳ Mosquitos do gênero HAEMAGOGUS e SABETHS fazem 
parte do ciclo silvestre 
 ↳ faz oviposição na copa das árvores 
↳ Mosquito AEDES AEGYPTI faz parte do ciclo urbano 
 ↳ faz oviposição em água parada 
↳ Incubação → 3-6 dias 
↳ Viremia (7 dias) → momento em que o homem transmite 
ao mosquito e completa o ciclo 
 
FEBRE AMARELA 
INTRODUÇÃO 
JASMINY MOREIRA | TURMA 5 MECANISMO DE AGRESSAO E DEFESA | 2021.1 
 
2 
o Ciclo silvestre 
↳ Mais de um hospedeiro envolvido → animais silvestres 
↳ Mosquito haaemagogus e mosquito sabeths 
↳ Pode se contaminar estando ao redor da mata também 
↳ Acontecendo entre o hospedeiro que não é o homem e o 
mosquito 
o Ciclo urbano 
↳ Um hospedeiro 
↳ Aedes aegypti 
↳ Desde 1942 não há casos de febre amarela desse ciclo 
↳ O aedes conseguia carrear por isso veio para cidade 
 
O que determina se você vai contrair a FA de ciclo silvestre 
ou humano é o tipo de vetor. 
 
↳ O macaco é um hospedeiro vertebrado assim como o ser 
humano (são animais naturais e amplificadores do vírus) 
 ↳ atuam como sentinela → epizootia antecede a epidemia/ 
surto da FA humana 
 
O agente etiológico é o vírus → transmissor é o mosquito 
→ os hospedeiros são os macacos e humanos 
 
APÓS A PICADA – TRAJETO NO HOMEM 
1. Por meio de uma picada de um mosquito o vírus entra 
no organismo 
2. As células dendríticas o capturam e o levam aos 
linfonodos, parte do sistema imunológico 
3. Nos linfonodos, o vírus se reproduz 
4. Em seguida, ganha a circulação sanguínea → viremia 
5. Da corrente sanguínea → pode atingir vários órgãos 
Tropismo secundário: fígado, rins, baço, medula óssea, SNC 
etc. 
 
 
 
 
 
PATOGENESE 
↳ Período prodrômico → 3 dias 
↳ Remissão → horas, 2-3 dias 
↳ Período toxêmico 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
o Febre 
o Icterícia alta 
o Oligúria 
o Anúria 
o Gengivorragia 
o Epistaxe → nariz 
o Hematêmese (vomito) 
o Melena → fezes 
o Hematúrina → urina 
o Sangramento em locais de pulmão 
o Confusão mental e torpo 
 
COMPLICAÇÕES 
o Insuficiência hepatorrenal 
o Hemorragia 
o Coma 
 
IMUNIDADE 
o Imunidade protetora 
↳ NK 
↳ IFN 
↳ LTCD4 
↳ LTCD8 
↳ LB, anticorpos 
↳ Imunidade protetora → 1 sorotipo (vírus estável) 
o Imunopatologia 
↳ Casos graves (hemorragia) → replicação viral e resposta 
imune desregulada 
 ↳ se o vírus infecta o rim, infecta os fatores de coagulação 
que são produzidos → prejuízo na pressão sanguínea 
 
DIAGNÓSTICO 
↳ Exame clínico (sinais e sintomas comuns) → suspeita 
diagnóstica 
↳ Exames complementares → comprovação diagnóstica 
 
TRATAMENTO 
o De suporte 
↳ Hidratação, repouso, analgésicos antipiréticos 
↳ Antibiótico para evitar infecções secundárias bacterianas 
↳ Casos graves → troca de plasma 
 
 
 
 
 
 
TROPISMO 
o Primário 
Primeiras células infectadas 
o Secundário 
Cai na corrente sanguínea e as células que são 
invadidas após a viremia 
A febre amarela é imunoprevenivel 
o Vacina desde 1937 → vírus atenuado 
o faz parte de vacinas indicadas do calendário 
o imunidade protetora (90-95% eficácia) 
o resposta completa 
Pelo fato dela ser 1 sorotipo é mais fácil de fazer a vacina 
→ muito eficaz 
JASMINY MOREIRA | TURMA 5 MECANISMO DE AGRESSAO E DEFESA | 2021.1 
 
3 
O VÍRUS 
↳ Família → flaviridae 
↳ Gênero → flavivírus 
↳ Capsídeo de simetria icosaédrica 
↳ Possui envelope 
↳ 4 sorotipos principais: 
1. DENV 1 e 5 → 5 genótipos 
2. DENV 3 → 4 genótipos 
3. DENV 4 → 2 genótipos 
↳ Ciclo urbano e ciclo silvestre 
 
REPLICAÇÃO VIRAL 
↳ Replicação viral alta 
↳ Sai da célula por exocitose 
 
TRANSMISSÃO 
↳ Picada da femea do mosquito Aedes infectada com o vírus 
da dengue 
 
PATOGÊNESE 
o Tropismo primário 
↳ Células dendríticas da pele → langerhans 
↳ Migração para os linfonodos 
o Viremia 
↳ Monócitos ou soro 
↳ Febre 3-5 dias 
↳ Vírus no sangue 
o Fagócitos 
↳ Monócitos/ macrófagos 
↳ Principal sítio de replicação viral 
o Tropismo secundário 
↳ Fígado (células de kupffer, hepatócitos) 
↳ Baço, linfonodos, medula óssea, podendo atingir pulmão, 
coração e trato gastrointestinal 
 
 
IMUNIDADE 
o Imunidade protetora 
↳ Componentes → NK, IFN, LTCD4 LTCD8, LB, anticorpos 
↳ A imunidade gerada para um sorotipo de DENV é protetora 
contra o sorotipo homólogo 
↳ Não é protetora contra infecção por sorotipos heterólogos 
o Imunopatologia 
↳ Muita replicação viral → dependente de anticorpo na 
reinfecção 
↳ Elevada ativação de linfócitos T e produção de citocinas 
 
DIAGNÓSTICO 
↳ Sinais e sintomas 
↳ Hemograma 
↳ Prova do laço → verifica fragilidade do capilar 
↳ Pesquisa do antígeno viral (NS1) ou RNA viral → teste rápido 
↳ Pesquisa de anticorpos atni-DENV7 
 
TRATAMENTO 
↳ De suporte aos sintomas 
o Medicamentos para aliviar a dor, febre 
o Repouso 
 
VACINA 
↳ 2015 → Dengvaxia 
 ↳ vacina atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos 
do vírus da dengue, obtidos separadamente por tecnologia de 
DNA recombinante 
↳ Tetravalente, com baixa eficácia para DENV2 → 47% 
↳ Eficácia total da vacina → 65% 
↳ Indicado → 9-35 anos em área endêmica 
O VÍRUS 
↳ Família → flaviridae 
↳ Gênero → flavivírus 
↳ Capsídeo de simetria icosaédrica 
↳ Possui envelope 
↳ Material genético fita simples positivo 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Dengue clássica 
o Febre seguida de mal-estar 
o Cefaleia 
o Mialgia / artralgia 
o Dor retro-orbital 
o Autolimitada 
Dengue hemorrágica → choque da dengue 
o Poucos evoluem 
o Reinfecção por outro sorotipo 
o Primo-infecção pelos sorotipos 2 e 3 
o Variação genética dentro dos sorotipos 
o Fator genético do hospedeiro 
DENGUE 
ZIKA 
JASMINY MOREIRA | TURMA 5 MECANISMO DE AGRESSAO E DEFESA | 2021.14 
REPLICAÇÃO VIRAL 
↳ Replicação viral alta 
↳ Sai da célula por exocitose 
↳ Tropismo celular 
o Queratinócitos 
o Fibroblastos 
o Células dendríticas 
o Citotrofoblastos 
o Macrófagos da placenta 
o Células do SNC 
 
TRANSMISSÃO 
↳ Contato com a saliva 
↳ Contato com a urina 
↳ Picada do aedes aegypt 
↳ Contato sexual desprotegido 
↳ Mãe para filho na gravidez 
↳ Transmissão vetorial 
o Tropismo primário 
↳ Queratinócitos, fibroblastos e células dendríticas 
↳ Migração viral para linfonodos e posteriormente sangue → 
viremia 
o Tropismo secundário 
↳ Células do sistema nervoso central 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
o Infecção não fetal 
↳ Assintomático → 80% 
↳ Sintomática → 4-7 dias de duração com febre, exantema 
maculopapular, dor de cabeça, hiperemia ocular não purulenta, 
mialgia, astenia, edema nas extremidades 
↳ Associado a síndrome de guillain-barré 
o Infecção fetal 
↳ Microcefalia 
 
DIAGNÓSTICO 
↳ Clínico 
↳ Laboratorial → pesquisa de antígenos: PCR 
↳ Laboratorial → pesquisa de anticorpos: sorotipo e 
hemograma 
 
TRATAMENTO 
↳ De suporte 
O VÍRUS 
↳ Família → togaviridae 
↳ Gênero → alphavirus 
↳ Capsídeo de simetria icosaédrica 
↳ Possui envelope 
↳ Material genético de fita simples positivo 
 
REPLICAÇÃO VIRAL 
↳ Replicação viral alta 
↳ Sai da célula por brotamento 
↳ Tropismo celular: 
o Macrófagos 
o Fibroblastos 
o Células endoteliais 
o Articulações 
 
TRANSMISSÃO 
o Vetorial 
↳ Picada da femea do mosquito do gênero AEDES infectados 
com CHIKV 
o Congênita → perinatal 
↳ Se a mãe for infectada 7 dias antes do parto 
o Incubação 
↳ 2-10 dias após a picada 
 
DEPOIS DA PICADA → TRAJETO 
↳ 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
o Fase aguda 7 dias 
↳ Febril de início abrupto 
↳ Poliartragia podendo haver tenossinovite (inflamação da 
bolsa sinovial que controla o tendão) 
↳ Exantema (50%) 
↳ Cefaleia 
↳ Fadiga 
↳ Purido 
o Fase subaguda até 3 meses 
↳ Febre pode desaparecer 
↳ Persistência ou agravamento da poliartralgia 
↳ Tenossinovite nas mãos, falanges e punhos 
↳ Purido 
↳ Lesões na pele → maculopapular, purpúricas ou vesiculares 
o Fase crônica 3 meses à anos 
↳ Persistência dos sintomas 
↳ Dor articular 
↳ Musculoesquelética e neuropática 
 
DIAGNÓSTICO 
↳ Clínico → complementares específicos 
 ↳ sorológico (pesquisa de anticorpos) 
 ↳ PCR (pesquisa de antígeno) 
↳ Clínico → complementares inespecíficos 
 ↳ hemograma 
 
TRATAMENTO 
↳ Analgésico 
↳ Antipirético 
↳ Fisioterapia 
 
 
 
CHIKUNGUNYA

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