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Estudo dirigido Doenças infecciosas

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Estudo dirigido: Gastroenterites virais caninas
1) Sobre a parvovirose canina, descreva as principais características do vírus e da epidemiologia da infecção. Diferencie de coronavirose.
A parvovirose canina do tipo 2 é causada pelo Parvovírus canino, o qual é definido como um agente altamente contagioso que afeta principalmente os cães, causando alta morbidade e mortalidade. O parvovírus canino, pertencente à família Parvoviridae, gênero Parvovirus, é um vírus DNA e não-envelopado. É sensível ao hipoclorito de sódio (5% por 1h), mas sobrevive no ambiente.
A maioria dos cães afetados apresentaram sinais ou lesões sugestivas de enterite por parvovírus: diarreia, vômitos, hiperemia e hemorragia na membrana serosa do intestino delgado, granulação segmentar difusa, atrofia das vilosidades, necrose e fusão de criptas, metaplasia escamosa e sincícios epiteliais.
Este agente se encontra por todo território nacional, sendo os cães os mais afetados devido sua maior susceptibilidade ao patógeno. Sua transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto com fezes contaminadas, sendo um grande problema aos cães muito jovens, pois os mesmos ainda não possuem imunidade competente para combater a infecção. As vias de eliminação do vírus por animais infectados podem ser através de fezes, saliva e conteúdo emético. Via de transmissão: fômites, vertical (transplacentária), vetores mecânicos (insetos e roedores) e alimentos. Porta de entrada: mucosa oro-nasal (fecal-oral).
2) Descreva e diferencie a patogenia da infecção por parvovirose e coronavirose.
Patogenia Parvovirose: 
· Após infecção natural pela via oronasal (ou por inoculação) vírus consegue adentrar nas tonsilas e nódulos mesentéricos, onde sofrem a replicação inicial. 
· Por meio da via linfática, as partículas virais alcançam a circulação e promovem viremia. 
· Vírus alcança o timo, baço e medula óssea, onde promove infecção. 
· Por necessitarem de células em divisão mitótica para replicação, possuem tropismo pelas células de animais jovens e tecidos de animais adultos com intensa proliferação, como o epitélio do intestino delgado e tecidos linfoides. 
· No intestino delgado a replicação viral ocorre nas células das criptas intestinais (4 a 6 dias após infecção), promovendo achatamento das vilosidades intestinais e consequentemente perda da regulação osmótica, resultando em diarreia com sangue e muco, além de vômito. 
· Quadros de desidratação, hipertermia e endotoxemia complicam o quadro clínico do animal.
· Curso da infecção é rápido, podendo se isolar partículas do vírus nas fezes com 10 a 14 dias depois da infecção do vírus, pela grande quantidade de carga viral presente nas fezes.
patogenia coronavírus 
· Forma Entérica: semelhante à parvovirose, o vírus possui tropismo pelos enterócitos das vilosidades intestinais, e ao se replicarem nestas, promovem lise das células, acarretando diarreia (após 18 a 72 horas da infecção).
· Forma Respiratória: vírus promove sua replicação no epitélio pulmonar e traqueal, resultando em lesão nos cílios, o que causa uma obstrução pelo acúmulo do muco, com tosse e descarga nasal, contribuindo também para infecção de outros agentes (Parainfluenza, Adenovírus tipo 2, Herpesvírus).
parvovirose e coronavirose
A parvovirose e a coronavirose são duas doenças infecciosas causadas por vírus mais comuns e conhecidas que afetam cães e gatos. A sintomatologia clínica é apresentada principalmente pela forma entérica e é bastante semelhante nestas duas doenças.
Assim como o vírus da parvovirose, o coronavírus também tem predileção pelo trato intestinal e raramente espalha por outros órgãos. Ocorre destruição das vilosidades intestinais seguida da descamação do epitélio intestinal levando a uma diminuição na absorção e digestão dos alimentos.
A sintomatologia clínica é idêntica à parvovirose. Diarréia (que pode ser sanguinolenta), vômito, febre, letargia, desidratação e emagrecimento são os mais comuns.
3) Quais os sinais clínicos de parvovirose?
· Gastroenterites: diarreia sanguinolenta e mucoide, vômitos de início súbito;
· Hipertermia, linfopenia (devido replicação do vírus em tecidos linfoide);
· Miocardite (ocorre em filhotes com até 16 semanas de idade, devido a divisão ativa das células do miocárdio).
· Insuficiência cardíaca aguda (arritmia, dispenia e edema pulmonar) podendo levar o animal à óbito
· Necrose multifocal do miocárdio;
· Diarreia sanguinolenta: ocorre devido a replicação do vírus que promove necrose das criptas intestinais do epitélio intestinal e perda das vilosidades do intestino delgado.
4) Quais os sinais clínicos de coronavirose?
· Perda de apetite, vômito, diarreia e desidratação (baixa mortalidade);
· Raramente promove diarreia hemorrágica, sepse ou morte como a parvovirose;
Coronavirose: diarreia aquosa, sem muco e sem sangue, raramente leva a morte
Parvovirose: diarreia sanguinolenta com muco, pode levar o animal à morte
· Sinais podem persistir de 3 a 20 dias (animais pequenos podem vir à óbito por desidratação ou anormalidades eletrolíticas se não são devidamente tratados)
5) Como realizar o diagnóstico de ambas as doenças? Quais os diagnósticos diferenciais?
Diagnóstico coronavirus canino
· Diagnóstico clínico: somente pelos sinais clínicos não há como diagnosticar e nem diferenciar de outras doenças.
· Diagnóstico Direto (PCR): deve ser feito a partir de amostras biológicas (amostras fecais diretamente do reto).
· Diagnóstico Indireto (ELISA): deve ser feito a partir de amostras de sangue (duas amostras, sendo a 1ª no começo da infecção e a 2ª após 15 dias).
· Coranovírus Respiratório: PCR de amostras de swabs ou lavados traqueais.
Diagnóstico parvovirose canina
PCR: diferenciam as cepas vacinais (provenientes da vacina) das cepas selvagens (provenientes da infecção)
· Uso restrito pelo custo, infraestrutura e capacitação profissional (pouco usada na rotina clínica)
Microscopia eletrônica, isolamento viral em culturas celulares, hemaglutinação com anticorpos específicos, imunofluorescência são outros métodos, porém mais utilizados em pesquisas pelo custo
ELISA (kits rápidos): identificam anticorpos das fezes, porém podem apresentar falso-positivos (não distinguem os anticorpos da vacinada dos anticorpos da infecção)
· Mais utilizado e viável no ambiente clínico, porém com eficácia contestável
6) Descreva o tratamento de parvovirose detalhadamente.
Devido às manifestações dos sinais clínicos, o tratamento se baseia em estabilizar o equilíbrio hidroeletrolítico do animal e impedir infecções bacterianas secundárias.
Fluidoterapia (ringer com lactato, NaCl 7,5%, glicose, colóides, bicarbonato): equilíbrio hidroeletrolítico.
· Definir o grau de desidratação e dosar níveis dos eletrólitos para a escolha do fluido (hemogasometria)
Manejo hospitalar: temperatura ideal, ambiente limpo e aconchegante, com oxigênio à disposição.
Combater infecções bacterianas secundárias a destruição do epitélio intestinal, porque as bactérias gram-negativas da microbiota intestinal podem desencadear choque endotoxêmico por liberarem Lipopolissacarídeos da sua parede celular, e levar o animal à morte.
· Cefalexina, ampicilina, enrofloxacina + penicilina, gentamicina, amoxicilina, metronidazol.
· Começar por via parenteral (devido os quadros de vômito) e depois ao estabilizar, pode administrar oral.
Transfusão sanguínea: em casos de hematócrito abaixo de 15% (sangramento intestinal e perda de proteínas).
Vômitos frequentes: associar tratamento com antieméticos (ondansetrona, maropitant, ranitidina, omeprazol).
Restringindo alimentos sólidos e líquidos até cessar vômito, iniciando com pequenas quantidades várias vezes ao dia.
· Ração comercial ou dietas caseiras com pouca fibra.
· Caso o vômito persiste, realizar nutrição parenteral ou nasogástrica.
Probióticos: imunomoduladores e restabelecem a permeabilidade da mucosa.
· Não associar no tratamento moduladores da motilidade (metaclopramida, domperidona, cisaprida).
· Em casos de retenção de gases, administrar dimeticona.
Dor: dipirona, escopolamina e butorfanol.Filgrastim: citocina utilizada para tratar neutropenia induzida pelo parvovirus.
Timomodulina (estimula a produção de leucócitos e anticorpos) e vitaminas.
ESTUDO DIRIGIDO: GASTROENTERITES VIRAIS CANINAS
 
1)
 
S
obre a parvovirose 
canina,
 
descreva as principais características do 
vírus e da 
epidemiologia da infecção. Diferencie de coronavirose.
 
A parvovirose canina
 
do tipo 2
 
é causada pelo 
Parv
oví
rus canino
, 
o 
qual é definido como um 
agente 
altamente 
contagioso que afeta 
principalmente os cães
, causando 
alta morbidade
 
e 
mortalidade
.
 
O parvovírus canino, pertencente à família Parvoviridae, gênero Parvovirus, é um 
vírus DNA e não
-
envelopado.
 
É sensível ao hipoclorito de sódio (5% por 1h), mas sobrevive no 
ambiente.
 
A maioria dos cães afetados apresentaram sinais ou lesões sugestivas de enterite por parvovírus: 
diarreia, vômitos, hiperemia e hemorragia na membrana serosa do intestino delgado, granulação 
segmentar difusa, atrofia das vilosidades, necrose e fusão de cri
ptas, metaplasia escamosa e 
sincícios epiteliais.
 
Este agente se encontra por todo território 
nacional, sendo os cães os mais afetados devido sua 
maior susceptibilidade ao patógeno. Sua transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto 
com fezes cont
aminadas, sendo um grande problema aos cães muito jovens, pois os mesmos ainda 
não possuem imunidade competente para combater a infecção.
 
As vias de eliminação do vírus por 
animais infectados podem ser
 
através de
 
f
ezes, saliva e conteúdo emético. Via de tr
ansmissão: 
fômites, vertical (transplacentária), vetores mecânicos (insetos e roedores) e alimentos. Porta de 
entrada: mucosa oro
-
nasal (fecal
-
oral).
 
 
2)
 
Descreva e diferencie a patogenia da infecção por parvovirose e coronavirose.
 
PATOGENIA PARVOVIROSE: 
 
®
 
Apó
s infecção natural pela via oronasal (ou por inoculação) vírus consegue adentrar nas 
tonsilas e nódulos mesentéricos, onde sofrem a replicação inicial. 
 
®
 
Por meio da via linfática, as partículas virais alcançam a circulação e promovem viremia. 
 
®
 
Vírus alcanç
a o timo, baço e medula óssea, onde promove infecção. 
 
®
 
Por necessitarem de células em divisão mitótica para replicação, possuem tropismo pelas 
células de animais jovens e tecidos de animais adultos com intensa proliferação, como o 
epitélio do intestino del
gado e tecidos linfoides. 
 
®
 
No intestino delgado a replicação viral ocorre nas células das criptas intestinais (4 a 6 dias 
após infecção), promovendo achatamento das vilosidades intestinais e consequentemente 
perda da regulação osmótica, resultando em diarr
eia com sangue e muco, além de vômito. 
 
®
 
Quadros de desidratação, hipertermia e endotoxemia complicam o quadro clínico do 
animal.
 
®
 
Curso da infecção é rápido, podendo se isolar partículas do vírus nas fezes com 10 a 14 
dias depois da infecção do vírus, 
pela grande quantidade de carga viral presente nas 
fezes
.
 
 
 
PA
TOGENIA CORONAVÍRUS 
 
ESTUDO DIRIGIDO: GASTROENTERITES VIRAIS CANINAS 
1) Sobre a parvovirose canina, descreva as principais características do vírus e da 
epidemiologia da infecção. Diferencie de coronavirose. 
A parvovirose canina do tipo 2 é causada pelo Parvovírus canino, o qual é definido como um 
agente altamente contagioso que afeta principalmente os cães, causando alta morbidade e 
mortalidade. O parvovírus canino, pertencente à família Parvoviridae, gênero Parvovirus, é um 
vírus DNA e não-envelopado. É sensível ao hipoclorito de sódio (5% por 1h), mas sobrevive no 
ambiente. 
A maioria dos cães afetados apresentaram sinais ou lesões sugestivas de enterite por parvovírus: 
diarreia, vômitos, hiperemia e hemorragia na membrana serosa do intestino delgado, granulação 
segmentar difusa, atrofia das vilosidades, necrose e fusão de criptas, metaplasia escamosa e 
sincícios epiteliais. 
Este agente se encontra por todo território nacional, sendo os cães os mais afetados devido sua 
maior susceptibilidade ao patógeno. Sua transmissão pode ocorrer por contato direto ou indireto 
com fezes contaminadas, sendo um grande problema aos cães muito jovens, pois os mesmos ainda 
não possuem imunidade competente para combater a infecção. As vias de eliminação do vírus por 
animais infectados podem ser através de fezes, saliva e conteúdo emético. Via de transmissão: 
fômites, vertical (transplacentária), vetores mecânicos (insetos e roedores) e alimentos. Porta de 
entrada: mucosa oro-nasal (fecal-oral). 
 
2) Descreva e diferencie a patogenia da infecção por parvovirose e coronavirose. 
PATOGENIA PARVOVIROSE: 
 Após infecção natural pela via oronasal (ou por inoculação) vírus consegue adentrar nas 
tonsilas e nódulos mesentéricos, onde sofrem a replicação inicial. 
 Por meio da via linfática, as partículas virais alcançam a circulação e promovem viremia. 
 Vírus alcança o timo, baço e medula óssea, onde promove infecção. 
 Por necessitarem de células em divisão mitótica para replicação, possuem tropismo pelas 
células de animais jovens e tecidos de animais adultos com intensa proliferação, como o 
epitélio do intestino delgado e tecidos linfoides. 
 No intestino delgado a replicação viral ocorre nas células das criptas intestinais (4 a 6 dias 
após infecção), promovendo achatamento das vilosidades intestinais e consequentemente 
perda da regulação osmótica, resultando em diarreia com sangue e muco, além de vômito. 
 Quadros de desidratação, hipertermia e endotoxemia complicam o quadro clínico do 
animal. 
 Curso da infecção é rápido, podendo se isolar partículas do vírus nas fezes com 10 a 14 
dias depois da infecção do vírus, pela grande quantidade de carga viral presente nas 
fezes. 
 
 
PATOGENIA CORONAVÍRUS

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