Buscar

11_direito_penalmilitar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL 
MILITAR
VOLUME 11
Brasília, 2019
Organizado por matérias
2014-2018
TESES E FUNDAMENTOS
INFORMATIVOS STF
Direito Penal 
Militar
volume 11
Secretaria-Geral da Presidência 
Daiane Nogueira de Lira
Secretaria de Documentação 
Naiara Cabeleira de Araújo Pichler
Coordenadoria de Divulgação de Jurisprudência 
Andreia Fernandes de Siqueira
Equipe Técnica: Diego Oliveira de Andrade Soares, Fernando Carneiro Rosa 
Fortes, João de Souza Nascimento Neto, Ricardo Henriques Pontes e Tiago Batista 
Cardoso
Revisão: Amélia Lopes Dias de Araújo, Camila Lima Canabarro, Juliana Silva 
Pereira de Souza, Letycia Luiza de Souza, Lilian de Lima Falcão Braga, Márcia 
Gutierrez Aben-Athar Bemerguy, Rochelle Quito e Rosa Cecilia Freire da Rocha
Capa: Patrícia Amador Medeiros
Projeto gráfico: Eduardo Franco Dias
Diagramação: Camila Penha Soares, Eduardo Franco Dias e Neir dos Reis 
Lima e Silva
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Supremo Tribunal Federal – Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal
Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF).
Informativos STF 2014-2018 [recurso eletrônico] : teses e fundamentos : 
direito penal militar / Supremo Tribunal Federal. -- Brasília : STF, Secretaria 
de Documentação, 2019.
Organizado por matérias. 
Modo de acesso: < http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.
asp?servico=informativoSTF >. 
1. Tribunal Supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Direito penal militar, 
jurisprudência. I Título.
CDDir-341.4191
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
http://portal.stf.jus.br/textos/verTexto.asp?servico=informativoSTF
Ministro José Antonio Dias Toffoli (23-10-2009), Presidente
Ministro Luiz Fux (3-3-2011), Vice-Presidente
Ministro José Celso de Mello Filho (17-8-1989), Decano
Ministro Marco Aurélio Mendes de Farias Mello (13-6-1990)
Ministro Gilmar Ferreira Mendes (20-6-2002)
Ministro Enrique Ricardo Lewandowski (16-3-2006)
Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha (21-6-2006)
Ministra Rosa Maria Pires Weber (19-12-2011)
Ministro Luís Roberto Barroso (26-6-2013)
Ministro Luiz Edson Fachin (16-6-2015) 
Ministro Alexandre de Moraes (22-3-2017)
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
APRESENTAÇÃO
Tanto nas faculdades de Direito como nos manuais das disciplinas desse ramo do 
conhecimento, é notável o destaque que vem sendo dado aos posicionamentos ju-
diciais. Na mesma esteira, a atuação dos profissionais do Direito é cada vez mais 
lastreada em precedentes dos tribunais superiores e, notadamente, do Supremo 
Tribunal Federal (STF).
Nesse contexto, é possível inferir que há crescente interesse por obras que fran-
queiem, de forma organizada e de fácil consulta, o acesso à jurisprudência emanada 
pelo STF. 
Com o intuito de atender tal demanda, o Tribunal vem publicando, desde 1995, 
o Informativo STF, espécie de “jornal jurídico” que veicula resumos, originalmente 
semanais, das circunstâncias fáticas e processuais e dos fundamentos proferidos oral-
mente nas sessões de julgamento.
Conforme consta do cabeçalho de todas as edições do periódico, os boletins são 
elaborados “a partir de notas tomadas nas sessões de julgamento das Turmas e do 
Plenário”, de modo que contêm “resumos não oficiais de decisões proferidas pelo 
Tribunal”. Faz-se tal observação para esclarecer ao leitor que, embora o conteúdo 
não possa ser considerado oficial, baseia-se estritamente em informações públicas.
A obra que ora se apresenta é uma edição especial, que abarca um período de cinco 
anos – 2014 a 2018. Cada volume contém um ramo do Direito e tem por referência 
casos que foram noticiados no Informativo STF. O acesso aos argumentos de Suas 
Excelências, na exatidão precisa do vernáculo escrito, permite explorar a riqueza técni-
ca neles contida e estudar com mais rigor a fundamentação das decisões do Tribunal.
É bom ressaltar que o leitor pode acompanhar mensalmente este trabalho ao aces-
sar o Boletim de Acórdãos Publicados disponível no site do Tribunal (Portal do STF/
Jurisprudência/Boletim de Acórdãos Publicados).
Um novo ponto de vista sobre a jurisprudência
É da essência do Informativo STF produzir uma síntese de decisões proferidas pela 
Corte durante as sessões de julgamento, sem avançar em análise abstrata da juris-
prudência do Tribunal. Já o livro Teses e fundamentos percorre caminho diverso e se 
aprofunda nos julgados do STF para oferecer um produto mais complexo.
Desse modo, o livro tem por objetivos: 
I – Elaborar teses, redigidas com base no dispositivo1 dos acórdãos e abstraídas 
das notícias de julgamento; e 
II – Analisar a fundamentação adotada pelo Tribunal e, na sequência, esboçar 
um panorama do entendimento da Corte sobre os ramos do Direito.
A proposta é que as teses apontem como caminhou a jurisprudência da Suprema 
Corte brasileira ao longo dos anos e, ainda, permitam vislumbrar futuros posiciona-
mentos do Tribunal, tendo por referência os processos já julgados. Cumpre destacar 
que essas teses – com os respectivos fundamentos – não traduzem necessariamente a 
pacificação da jurisprudência num ou noutro sentido. Elas se prestam simplesmente 
a fornecer mais um instrumento de estudo da jurisprudência e a complementar a 
função desempenhada pelo Informativo STF. 
Tendo isso em vista, os textos que compõem o livro estruturam-se em: tese ju-
rídica extraída do julgado2 e resumo da fundamentação2. Pretende-se, com esse 
padrão, que o destaque dado aos dispositivos dos acórdãos seja complementado por 
seus respectivos fundamentos. 
Os dados do processo em análise2 são apresentados no cabeçalho de cada resu-
mo e, com o objetivo de garantir acesso rápido ao conteúdo de teses fixadas, no fim 
da obra foi incluída uma lista de todas as teses contidas no livro.
As decisões acerca da redação e da estrutura do livro foram guiadas também pela 
busca da otimização do tempo de seu público-alvo. Afinal, a leitura de acórdãos, de 
votos ou mesmo de ementas demandaria esforço interpretativo e tempo dos quais 
o estudante ou o operador do Direito muitas vezes não dispõe. Assim, deu-se pre-
ferência a formato de redação que destacasse o dispositivo do acórdão e seus funda-
mentos, ao mesmo tempo que traduzisse de forma sintética o entendimento do STF.
Em busca de mais fluidez e concisão, decidiu-se retirar do texto principal as refe-
rências que não fossem essenciais à sua redação. Assim, foram transpostos para notas 
de fim2, entre outras informações pertinentes: relatórios de situações fáticas e obser-
vações processuais, quando necessários à compreensão do caso; precedentes jurispru-
denciais; e transcrições de normativos ou de doutrina3. 
A mesma objetividade que orientou a estrutura redacional dos resumos norteou 
a organização dos julgados em disciplinas do Direito e em temas. Estes, por sua vez, 
foram subdivididos em assuntos2 específicos. Tal sistematização do conteúdo visa, 
mais uma vez, facilitar o trabalho dos estudantes e dos operadores do Direito, que 
compõem o público-alvo desta obra. 
A esse respeito, sob o ângulo dos ramos do Direito, optou-se pela análise vertical 
dos julgados em cada ano, o que propicia rápida visualização e comparação de maté-
rias semelhantes decididas pelos órgãos do STF. A obra permite, assim, que o leitor 
verifique, de forma fácil e segura, a evolução jurisprudencial de um dado tema ao 
longo do tempo.
A ideia foi, em resumo, aliar a objetividade característica do Informativo STF com 
a profundidade e a riqueza técnico-jurídica contida nos acórdãos e nos votos dos 
ministros. Para cumprir tal finalidade, foi necessário interpretar os acórdãos dos jul-
gamentos. 
Todavia, se por um lado é certo que a redação de resumos demanda algum grau 
de liberdade interpretativa dos documentos originais, por outro a hermenêutica reco-
nhece ser inerente à interpretação jurídica certa dose de subjetividade. 
Nessa perspectiva, embora os analistas responsáveis pelo trabalho tenham se es-
forçado para – acima de tudo – manter fidelidade aos entendimentos do STF, ao mes-
mo tempoque conciliavam concisão e acuidade na remissão aos fundamentos das 
decisões, não se deverá perder de vista que os resultados do exame da jurisprudência 
aqui expostos são fruto de interpretação desses servidores.
Espaço para participação do leitor
Os enunciados aqui publicados tanto podem conter trechos do julgado original – 
na hipótese de estes sintetizarem a ideia principal – quanto podem ser resultado ex-
clusivo da interpretação dos acórdãos pelos analistas responsáveis pela compilação. 
Na obra, estão disponíveis os links de acesso à íntegra dos acórdãos, o que facilita a 
conferência da acuidade dessa interpretação. O leitor poderá encaminhar dúvidas, 
críticas e sugestões para o e-mail: cdju@stf.jus.br.
Ademais, entre as razões que motivaram a edição deste trabalho está justamente o 
propósito de fomentar a discussão e de contribuir para a difusão do “pensamento” do 
Tribunal e para a construção do conhecimento jurídico. Com isso, promove-se maior 
abertura à participação da sociedade no exercício da atividade constitucionalmente 
atribuída ao STF. 
 1 Deve-se ter em mente que muitas vezes os dispositivos dos acórdãos se limitam a “dar (ou ne-
gar) provimento ao recurso” ou, ainda, “conceder (ou não) a ordem”. Embora esses comandos 
jurisdicionais efetivamente componham o dispositivo da sentença, do ponto de vista da análise das 
decisões judiciais – e da jurisprudência – eles significam muito pouco. Por evidente, o objeto deste 
trabalho é o tema decidido pela Corte, seja ele de direito material, seja de direito processual, e não 
o mero resultado processual de uma demanda específica. Nesse sentido, talvez seja possível discer-
nir entre o conteúdo formal da decisão, que seria, exemplificativamente, o resultado do recurso 
(conhecido/não conhecido, provido/não provido) ou da ação (procedência/improcedência), e o 
conteúdo material da decisão, que efetivamente analisa a questão de direito (material ou proces-
sual) debatida e possui relevância para a análise da jurisprudência. Em outras palavras, o conteúdo 
material da decisão corresponderia aos fragmentos do provimento jurisdicional que têm aptidão 
para transcender ao processo em análise e constituir o repertório de entendimentos do Tribunal 
sobre o ordenamento jurídico brasileiro. 
 2 Ver Infográfico, página 8. 
 3 Informações entre colchetes não constam do texto original.
Os pagamentos devidos, em razão de pronunciamento judicial, pelos conse-
lhos de fi scalização não se submetem ao regime de precatórios.
O art. 100 da Constituição Federal (CF)1, que cuida do sistema de precatórios, diz res-
peito a pagamentos a serem feitos não pelos conselhos, mas pelas Fazendas Públicas. 
Os conselhos de fi scalização profi ssionais são autarquias especiais, possuem perso-
nalidade jurídica de direito público e estão submetidos às regras constitucionais, tais 
como a fi scalização pelo Tribunal de Contas da União e a submissão ao sistema de 
concurso público para arregimentação de pessoal.
 1 “Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, 
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação 
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fi m.”
Assunto
Tese jurídica extraída do julgado
Resumo da fundamentação
Dados do processo em análise
Nota de � m
INFOGRÁFICO
Direito Administrativo
 Ȥ Organização da Administração Pública
 Ȥ Administração Indireta
 Ȥ Autarquias – Repercussão Geral
RE 938.837
RG ‒ Tema 877
red. p/ o ac. min. Marco Aurélio
Plenário
DJE de 25-9-2017
Informativo STF 861
SUMÁRIO
Siglas e abreviaturas ........................................................................................ 10
Siglas de classes e incidentes processuais ......................................................... 11
Código Penal Militar (CPM) ..............................................................................13
Penas.................................................................................................................15
Extinção da punibilidade ...................................................................................22
Crimes ..............................................................................................................25
Índice de teses ...................................................................................................28
SIGLAS E ABREVIATURAS
ac. acórdão
1ª T Primeira Turma
2ª T Segunda Turma
DJ Diário da Justiça
DJE Diário da Justiça Eletrônico
j. julgamento em
P Plenário
red. p/ o ac. redator para o acórdão
rel. min. relator o ministro
RG Repercussão Geral
T Turma
SIGLAS DE CLASSES E INCIDENTES PROCESSUAIS
AC Ação Cautelar
ACO Ação Cível Originária
ADC Ação Declaratória de Constitucionalidade
ADI Ação Direta de Inconstitucionalidade
ADO Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão
ADPF Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
AgR Agravo Regimental
AI Agravo de Instrumento
AO Ação Originária
AP Ação Penal
AR Ação Rescisória
ARE Recurso Extraordinário com Agravo
CC Conflito de Competência
ED Embargos de Declaração
EDv Embargos de Divergência
EI Embargos infringentes
EP Execução Penal
Ext Extradição
HC Habeas Corpus
IndCom Indulto ou Comutação
Inq Inquérito
MC Medida Cautelar
MI Mandado de Injunção
MS Mandado de Segurança
Pet Petição
ProgReg Progressão de Regime
QO Questão de Ordem
Rcl Reclamação
RE Recurso Extraordinário
REF Referendo
RG Repercussão Geral
RHC Recurso em Habeas Corpus
RMS Recurso em Mandado de Segurança
Rp Representação
SE Sentença Estrangeira
D
IR
E
PE
N
A
M
IL
IT
D
IR
EI
T
O
 
PE
N
A
L 
M
IL
IT
A
R
D
IR
E
PE
N
A
M
IL
IT
CÓDIGO PENAL 
MILITAR (CPM)
 
14
Direito Penal Militar
 Ȥ Código Penal Militar (CPM)
 Ȥ Aplicação da Lei Penal Militar
 Ȥ Tempo do crime
O posterior licenciamento de militar não descaracteriza a condição de proce-
dibilidade para a aferição de prática de crime militar.
Conforme o art. 5º do CPM1, observa-se a data do evento delituoso para a configu-
ração de crime militar.
 1 CPM: “Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro 
seja o do resultado.”
HC 132.847
rel. min. Marco Aurélio
1ª Turma
DJE de 12-9-2018
Informativo STF 908
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=748181486
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo829.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20precau%C3%A7%C3%A3o%20e%20campo%20eletromagn%C3%A9tico%20-%201
PENAS
 
16
Direito Penal Militar
 Ȥ Penas
 Ȥ Aplicação da pena
 Ȥ Fixação da pena privativa de liberdade
A utilização das expressões “culpabilidade do agente” e “consequências do 
crime” – constantes do art. 59 do Código Penal (CP) – não gera nulidade em 
dosimetria de pena imposta no âmbito de processo penal militar.
Apesar de o termo “culpabilidade” não constar entre os vetores descritos no art. 69 
do Código Penal Militar (CPM)1, a utilização dessa nomenclatura não gera nulidade 
da dosimetria.
É assente na dogmática penal que a culpabilidade, como juízo que fundamenta a re-
primenda, corresponde à censurabilidade pessoal da conduta. Sob esse aspecto, a redação 
originária do art. 42 do CP determinava que o magistrado, ao individualizar a pena-base, 
considerasse a “intensidade do dolo”, como previsto no referido art. 69 do CPM. Contudo, 
com a reforma penal de 1984, a culpabilidade substituiu essa expressão.2
De igual modo, tampouco a menção às “consequências do crime” implica nulidade, 
já que essa expressão é mero vetor da “maior ou menor extensão do dano”, consoante 
previsto no art. 69 do CPM.
O efeito devolutivo inerente ao recurso de apelação – ainda que exclusivo da 
defesa – permite que, observados os limites horizontais da matéria questionada, 
o tribunal a aprecie em exaustivo nível de profundidade.
Não há que falarem reformatio in pejus quando, mantida a essência da causa de pedir, 
e sem que haja piora na situação do recorrente, o tribunal leva em consideração cir-
cunstâncias – no caso, agravantes – antes não reputadas para agravar a pena-base, mas 
mencionadas na sentença condenatória.
Ausente o requisito da espontaneidade, não se admite a incidência da atenuante 
da reparação do dano.
HC 109.545
rel. min. Teori Zavascki
2ª Turma
DJE de 11-2-2015
Informativo STF 772
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7718994
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo829.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20precau%C3%A7%C3%A3o%20e%20campo%20eletromagn%C3%A9tico%20-%201
17
Exige-se que o agente não tenha sido compelido por outrem a praticar o ato que enseja 
a minorante. Daí a espontaneidade distinguir-se da mera voluntariedade, esta incapaz 
de gerar a atenuação da pena.
 1 CPM: “Art. 69. Para fixação da pena privativa de liberdade, o juiz aprecia a gravidade do crime 
praticado e a personalidade do réu, devendo ter em conta a intensidade do dolo ou grau da culpa, a 
maior ou menor extensão do dano ou perigo de dano, os meios empregados, o modo de execução, 
os motivos determinantes, as circunstâncias de tempo e lugar, os antecedentes do réu e sua atitude 
de insensibilidade, indiferença ou arrependimento após o crime.”
 2 “Visto que graduável é a censura, cujo índice, maior ou menor, incide na quantidade da pena.” 
(Exposição de Motivos da Nova Parte Geral do Código Penal, Lei 7.209/1984, Item 50.)
18
Direito Penal Militar
 Ȥ Penas
 Ȥ Aplicação da pena
 Ȥ Circunstâncias agravantes
Nos crimes culposos1 e 2, não incidem as qualificadoras genéricas decorrentes de 
motivo fútil e do fato de o ofendido estar sob imediata proteção da autoridade 
[Código Penal Militar (CPM), art. 70, II3, a e i4].
Essas circunstâncias foram consideradas na dosimetria5, porquanto avaliadas nos ele-
mentos relativos à aferição da culpabilidade do agente [Código Penal (CP), art. 596] 
ou do grau de sua culpa (CPM, art. 697).
Sendo assim, considerar, em um segundo momento, circunstâncias outras que re-
velem maior culpabilidade do agente faz incorrer em dupla valoração de um mesmo 
elemento. Logo, deve incidir, no caso, a vedação do bis in idem.
 1 “Homicídio culposo. Inadmissibilidade da aplicação da agravante de ser a vítima um ancião (art. 44, 
II, i, do CPP). Salvo a agravante da reincidência (art. 44, I, do CP), as demais somente incidem nos 
crimes dolosos. Deferimento da ordem do habeas corpus, estendendo-se o efeito da decisão ao corréu 
(art. 580 do CPP).” (HC 62.214, rel. min. Djaci Falcão, 2ª T.)
 2 Em sentido contrário: caso Bateau Mouche, em que se reconheceu a possibilidade de incidência de 
circunstâncias agravantes genéricas nos crimes culposos, em especial aquelas atinentes aos motivos, 
quando relativas à valoração da conduta, independentemente da não voluntariedade do resultado 
(HC 70.362, rel. min. Sepúlveda Pertence, 1ª T.)
 3 “(...) 32. Rol do inciso II para crimes dolosos: as circunstâncias agravantes previstas no inciso II 
somente aos crimes dolosos, por absoluta incompatibilidade com o delito culposo, cujo resultado 
é involuntário. Como se poderia chamar de fútil o crime culposo, se o agente não trabalhou direta-
mente pelo resultado? Como se poderia dizer ter havido homicídio culposo cruel, se o autor nada 
fez para torná-lo mais sofrido à vítima? Enfim, estamos com a doutrina que sustenta haver incom-
patibilidade entre o rol do inciso II e o delito culposo. Nessa ótica: Sérgio Salomão Shecaira e Alceu 
Corrêa Júnior, Teoria da pena, p. 265.” (NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Militar comentado. 
São Paulo: RT, 2013. p. 136-137.)
 4 CPM: “Art. 70. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não integrantes ou qualifi-
cativas do crime: (...) II – ter o agente cometido o crime: a) por motivo fútil ou torpe; (...) i) quando 
o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;”
HC 120.165
rel. min. Dias Toffoli
1ª Turma
DJE de 20-3-2014
Informativo STF 735
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=68142
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=72382
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=5473888
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo829.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20precau%C3%A7%C3%A3o%20e%20campo%20eletromagn%C3%A9tico%20-%201
19
 5 “A questão da incidência, ou não, de agravantes subjetivas na dosimetria da pena, em crime de natu-
reza culposa, possui exígua jurisprudência nesta Corte. Foram encontradas apenas duas, nenhuma 
delas recente, e com posicionamentos opostos: o HC 62.214-3, de 1984, no qual é afastada a inci-
dência das agravantes em crimes culposos, e o HC 70.362, de 1993, em que o entendimento é pela 
possibilidade de sua incidência. Também na doutrina existem posicionamentos divergentes, tanto 
contrários, quanto favoráveis. (...) O entendimento contrário à incidência das agravantes em crimes 
culposos funda-se na ausência de intenção do agente em produzir o resultado efetivamente ocorri-
do. (...) As agravantes justificam-se pela necessidade de punir mais severamente aqueles réus que, 
conscientemente, ao praticar o crime, o fizeram em desacordo com valores acessórios resguardados 
pela sociedade nas alíneas enumeradas no inciso II do art. 70 do CPM. Nos crimes culposos, pela 
sua própria natureza, não há intencionalidade na produção do resultado. (...) A corrente doutrinária 
contrária argumenta que, embora o resultado não tenha sido conscientemente desejado, a conduta 
do agente foi consciente, e, quando inconsequente, merece reprimenda mais enérgica. A agravante 
incide objetivamente em razão da conduta realizada, independente da vontade do agente quanto ao 
resultado produzido. Todavia esta abordagem traz séria inconveniência, conquanto a avaliação da 
conduta do agente já ocorre ao ser realizada a análise da culpabilidade do agente (no CPM, grau de 
culpa) durante a primeira fase da dosimetria da pena. Portanto utilizar a reprovabilidade da conduta 
do agente novamente para justificar a incidência de agravantes em crimes culposos é incorrer em bis 
in idem.” (Trechos da petição de habeas corpus impetrado pela Defensoria Pública da União, extraídos 
do relatório do rel. min. Dias Toffoli, no presente julgamento.)
 6 CP: “Art. 59. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade 
do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento 
da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: 
I – as penas aplicáveis dentre as cominadas; II – a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites 
previstos; III – o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; IV – a substituição 
da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível.”
 7 CPM: “Art. 69. Para fixação da pena privativa de liberdade, o juiz aprecia a gravidade do crime 
praticado e a personalidade do réu, devendo ter em conta a intensidade do dolo ou grau da culpa, a 
maior ou menor extensão do dano ou perigo de dano, os meios empregados, o modo de execução, 
os motivos determinantes, as circunstâncias de tempo e lugar, os antecedentes do réu e sua atitude 
de insensibilidade, indiferença ou arrependimento após o crime.”
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=68142
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=72382
20
Direito Penal Militar
 Ȥ Penas
 Ȥ Suspensão condicional da pena
 Ȥ Natureza jurídica
O sursis não tem natureza jurídica de pena, mas de medida alternativa a ela.
Embora seja controversa sua natureza jurídica, a “mais adequada, em nosso entender, 
para configurar o instituto da suspensão condicional da pena, é a sua visualização 
como medida de política criminal para evitar o encarceramento inútil de condenados 
com possibilidadede reeducação por outra forma de cumprimento da sanção penal. 
Incabível dizer, no entanto, seja o sursis uma pena, pois as penas estão claramente 
enumeradas no art. 32 do Código Penal (CP), e a suspensão é medida destinada justa-
mente a evitar a aplicação de uma delas, todas privativas de liberdade.
Por outro lado, não se deve sustentar ser apenas um benefício, pois o sursis traz, 
sempre, condições obrigatórias, consistentes em medidas restritivas da liberdade do 
réu. Daí por que é mais indicado tratá-lo como medida alternativa de cumprimento 
da pena privativa de liberdade, não deixando de ser um benefício (aliás, a própria lei 
fala em benefício, como se vê do art. 77, II, do CP), nem tampouco uma reprimenda”1.
Não é possível o cômputo do período de prova da suspensão condicional da pena 
para aquisição do indulto natalino que exija, para sua concessão, o cumprimento 
de parte da pena imposta ao beneficiário.
Não cabe confundir o tempo alusivo ao período de prova exigido para a obtenção 
de sursis com o requisito temporal relativo ao cumprimento de um quarto da pena 
privativa de liberdade para alcançar-se o indulto natalino e, consequentemente, a 
extinção da punibilidade.2
Por conseguinte, o cumprimento do período de prova do sursis não atende ao re-
quisito objetivo de cumprimento de um quarto da pena, expressamente estabelecido 
no art. 1º, XIII e XIV, do Decreto 8.712/20133.
 1 NUCCI, Guilherme de Souza. Individualização da pena. 5. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 2013. p. 283-284.
RHC 128.515
rel. min. Luiz Fux
1ª Turma
DJE de 1º-10-2015
Informativo STF 792
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=9488292
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo829.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20precau%C3%A7%C3%A3o%20e%20campo%20eletromagn%C3%A9tico%20-%201
21
 2 HC 123.382, rel. min. Roberto Barroso, decisão monocrática; HC 123.425, rel. min. Rosa Weber, 
1ª T; e HC 123.147, rel. min. Dias Toffoli, 1ª T.
 3 Na espécie, os incisos XIII e XIV do art. 1º do Decreto 8.172/2013 reconheceram como merecedores 
do indulto natalino os réus condenados a pena privativa de liberdade, desde que – cumprido, até 25 
de dezembro de 2013, um quarto da pena – esta tivesse sido substituída por pena restritiva de direitos, 
na forma do art. 44 do CP, ou ainda beneficiados com a suspensão condicional da pena. O recorrente 
fora condenado a dois meses de prisão no regime aberto pela prática do crime de lesões corporais 
culposas, tipificado no art. 251 do CPM, e beneficiado com o sursis.
http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=260171718&ext=.pdf
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7167221
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7251093
EXTINÇÃO 
DA PUNIBILIDADE
 
23
Direito Penal Militar
 Ȥ Extinção da punibilidade
 Ȥ Prescrição
 Ȥ Prescrição no caso de deserção
É constitucional o art. 132 do Código Penal Militar (CPM)1, que estabelece regra 
diferenciada para o cômputo da prescrição do crime de deserção2.
O CPM estabelece dois critérios de prescrição para o crime de deserção, o qual possui 
natureza permanente.3 O primeiro – geral – é destinado ao agente que, apesar de ter 
incorrido no referido delito, foi reincorporado ao serviço militar. Nesse caso, incide 
a regra do art. 125 do CPM, em que a prescrição em abstrato se regula pelo máximo 
da pena privativa de liberdade aplicada ao crime praticado. Conforme determina o 
art. 125, § 2º, c, do CPM4, a prescrição relativa a esse delito começa a correr do dia em 
que cessou a permanência. O segundo critério – especial – é aplicado exclusivamente 
ao desertor que não foi capturado e nem se apresentou à corporação (trânsfuga). Para 
essas hipóteses, a extinção da pretensão punitiva estatal está sujeita ao art. 132 do CPM.
Nesse sentido, o art. 132 do CPM é constitucional, pois não estabelece a imprescri-
tibilidade para o crime permanente de deserção em relação ao trânsfuga.
Na verdade, o dispositivo impugnado impede a imprescritibilidade do crime de 
deserção praticado pelo militar que se encontra foragido (trânsfuga), ao estabelecer 
a extinção da punibilidade quando o desertor atingir 45 ou, no caso de oficial, 60 
anos, não se vislumbrando qualquer irrazoabilidade ou afronta a outros postulados 
constitucionais.
Do contrário, se inexistisse o art. 132, aí sim seria imprescritível o crime do desertor 
que não fosse capturado ou se apresentasse voluntariamente, com evidente ônus para 
as Forças Armadas.
 1 CPM: “Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só extingue a 
punibilidade quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta.”
 2 CPM: “Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que 
deve permanecer, por mais de oito dias: Pena – detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena 
é agravada.”
HC 112.005
rel. min. Dias Toffoli
1ª Turma
DJE de 10-4-2015
Informativo STF 774
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8195309
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo829.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20precau%C3%A7%C3%A3o%20e%20campo%20eletromagn%C3%A9tico%20-%201
24
 3 Nesse sentido: HC 80.540, rel. min. Sepúlveda Pertence, 1ª T; HC 91.873, rel. min. Ricardo Lewan-
dowski, 1ª T; e HC 111.130, rel. min. Cármen Lúcia, 1ª T.
 4 CPM: “Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º deste artigo, regula-se pelo 
máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: (...) § 2º A prescrição da 
ação penal começa a correr: (...) c) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência.”
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=78432
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=502984
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2282573
CRIMES
 
26
Direito Penal Militar
 Ȥ Crimes
 Ȥ Crimes contra o serviço militar e o dever militar
 Ȥ Deserção
Eventual equívoco na lavratura do termo de deserção apenas afasta a tipicidade 
da conduta1 quando, a partir dele, as Forças Armadas excluem o militar durante 
o período de graça2.
O crime de deserção é crime próprio. Logo, só pode ser praticado por militar, e sua 
consumação se dá com a ausência injustificada por mais de oito dias. A equivocada 
lavratura antecipada, antes, portanto, de findar o oitavo dia de ausência, do termo de 
deserção acarreta a perda da condição de militar. O agente passa, então, a ostentar 
a condição de civil, situação que impediria a consumação da referida figura delitiva, 
que é um crime próprio.
A literalidade do art. 452 do Código de Processo Penal Militar (CPPM)3 deixa claro 
que o termo de deserção tem o caráter de instrução provisória e destina-se a fornecer 
os elementos necessários à propositura da ação penal, não significando prova definitiva, 
que será formada durante a instrução, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa.
Assim, cabe ao juízo natural da causa penal, com observância ao princípio do con-
traditório, proceder ao exame de todas as provas colhidas – e não apenas o termo de de-
serção – e conferir a definição jurídica adequada para os fatos que sejam comprovados.
 1 Código Penal Militar: “Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do 
lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias:”
 2 Período de oito dias de ausência do militar, necessário para a configuração do crime de deserção.
 3 CPPM: “Art. 452. O termo de deserção tem o caráter de instrução provisória e destina-se a fornecer 
os elementos necessários à propositura da ação penal, sujeitando, desde logo, o desertor à prisão.”
HC 126.520
rel. min. Teori Zavascki
2ª Turma
DJE de 20-5-2015
Informativo STF 784
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=8510919
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo829.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20precau%C3%A7%C3%A3o%20e%20campo%20eletromagn%C3%A9tico%20-%20127
Direito Penal Militar
 Ȥ Crimes
 Ȥ Crimes contra o serviço militar e o dever militar
 Ȥ Deserção1
É cabível o trancamento da ação penal militar instaurada para apuração do 
delito de abandono de posto2 quando essa infração configurar crime-meio para 
se alcançar o delito-fim de deserção.
Ocorridos em um mesmo contexto fático, o abandono de posto e a deserção não im-
plicam ações autônomas. Incide, na hipótese, o fenômeno da absorção de um crime 
por outro (princípio da consunção), uma vez que o abandono se apresenta como o 
meio necessário à consecução do delito-fim de deserção.
 1 Código Penal Militar (CPM): “Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, 
ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias: Pena – detenção, de seis meses a dois 
anos; se oficial, a pena é agravada.”
 2 CPM: “Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido 
designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo: Pena – detenção, de três meses a um 
ano.”
RHC 125.112
rel. min. Gilmar Mendes
2ª Turma
DJE de 2-3-2015
Informativo STF 774
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7894350
http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo829.htm#Princ%C3%ADpio%20da%20precau%C3%A7%C3%A3o%20e%20campo%20eletromagn%C3%A9tico%20-%201
28
ÍNDICE DE TESES
DIREITO PENAL MILITAR
Código Penal Militar (CPM)
 Aplicação da Lei Penal Militar
 Tempo do crime
O posterior licenciamento de militar não descaracteriza a condição de proce-
dibilidade para a aferição de prática de crime militar. ..........................................14
Penas
 Aplicação da pena
 Fixação da pena privativa de liberdade
A utilização das expressões “culpabilidade do agente” e “consequências do 
crime” – constantes do art. 59 do Código Penal (CP) – não gera nulidade em 
dosimetria de pena imposta no âmbito de processo penal militar. ......................16
O efeito devolutivo inerente ao recurso de apelação – ainda que exclusivo da de-
fesa – permite que, observados os limites horizontais da matéria questionada, 
o tribunal a aprecie em exaustivo nível de profundidade. ....................................16
Ausente o requisito da espontaneidade, não se admite a incidência da atenuante 
da reparação do dano. .............................................................................................16
Penas
 Aplicação da pena
 Circunstâncias agravantes
Nos crimes culposos, não incidem as qualificadoras genéricas decorrentes de 
motivo fútil e do fato de o ofendido estar sob imediata proteção da autoridade 
[Código Penal Militar (CPM), art. 70, II, a e i]. ......................................................18
29
Penas
 Suspensão condicional da pena
 Natureza jurídica
O sursis não tem natureza jurídica de pena, mas de medida alternativa a ela. ....20
Não é possível o cômputo do período de prova da suspensão condicional da 
pena para aquisição do indulto natalino que exija, para sua concessão, o cum-
primento de parte da pena imposta ao beneficiário. .............................................20
Extinção da punibilidade
 Prescrição
 Prescrição no caso de deserção
É constitucional o art.  132 do Código Penal Militar (CPM), que estabelece 
regra diferenciada para o cômputo da prescrição do crime de deserção. ............23
Crimes
 Crimes contra o serviço militar e o dever militar
 Deserção
Eventual equívoco na lavratura do termo de deserção apenas afasta a tipici-
dade da conduta quando, a partir dele, as Forças Armadas excluem o militar 
durante o período de graça. ....................................................................................26
Crimes
 Crimes contra o serviço militar e o dever militar
 Deserção
É cabível o trancamento da ação penal militar instaurada para apuração do 
delito de abandono de posto quando essa infração configurar crime-meio para 
se alcançar o delito-fim de deserção. ......................................................................27
ISBN
000-00-00000-00-0
Este livro foi produzido na Coordenadoria de Divulgação 
de Jurisprudência, vinculada à Secretaria de Documentação do 
Supremo Tribunal Federal. Foi projetado por Eduardo Franco Dias 
e composto por Camila Penha Soares e Neir dos Reis Lima e Silva. 
A capa foi criada por Patrícia Amador Medeiros.
A fonte é a Dante MT Std, projetada nos anos 1950 por Giovanni 
Mardersteig, influenciado pelos tipos cunhados por Francesco 
Griffo entre 1495 e 1516, e editada em versão eletrônica por Ron 
Carpenter em 1993.
31
	Código Penal Militar (CPM)
	Penas
	Extinção da punibilidade
	Crimes
	Código Penal Militar (CPM)
	Aplicação da Lei Penal Militar
	Tempo do crime
	O posterior licenciamento de militar não descaracteriza a condição de procedibilidade para a aferição de prática de crime militar.
	Penas
	Aplicação da pena
	Fixação da pena privativa de liberdade
	A utilização das expressões “culpabilidade do agente” e “consequências do crime” – constantes do art. 59 do Código Penal (CP) – não gera nulidade em dosimetria de pena imposta no âmbito de processo penal militar.
	O efeito devolutivo inerente ao recurso de apelação – ainda que exclusivo da defesa – permite que, observados os limites horizontais da matéria questionada, o tribunal a aprecie em exaustivo nível de profundidade.
	Ausente o requisito da espontaneidade, não se admite a incidência da atenuante da reparação do dano.
	Penas
	Aplicação da pena
	Circunstâncias agravantes
	Nos crimes culposos1 e 2, não incidem as qualificadoras genéricas decorrentes de motivo fútil e do fato de o ofendido estar sob imediata proteção da autoridade [Código Penal Militar (CPM), art. 70, II3, a e i4].
	Penas
	Suspensão condicional da pena
	Natureza jurídica
	O sursis não tem natureza jurídica de pena, mas de medida alternativa a ela.
	Não é possível o cômputo do período de prova da suspensão condicional da pena para aquisição do indulto natalino que exija, para sua concessão, o cumprimento de parte da pena imposta ao beneficiário.
	Extinção da punibilidade
	Prescrição
	Prescrição no caso de deserção
	É constitucional o art. 132 do Código Penal Militar (CPM)1, que estabelece regra diferenciada para o cômputo da prescrição do crime de deserção2.
	Crimes
	Crimes contra o serviço militar e o dever militar
	Deserção
	Eventual equívoco na lavratura do termo de deserção apenas afasta a tipicidade da conduta1 quando, a partir dele, as Forças Armadas excluem o militar durante o período de graça2.
	Crimes
	Crimes contra o serviço militar e o dever militar
	Deserção1
	É cabível o trancamento da ação penal militar instaurada para apuração do delito de abandono de posto2 quando essa infração configurar crime-meio para se alcançar o delito-fim de deserção.

Continue navegando