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Aparelho Linfático

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Aparelho Linfático 
 O sistema imunitário é constituído principalmente 
pelos órgãos linfáticos e por células isoladas; este 
sistema defende o organismo contra microrganismos e 
moléculas estranhas, como as toxinas produzidas por 
microrganismos invasores. As células do sistema 
imunitário são capazes de distinguir as moléculas que 
são próprias do corpo (selfJ das moléculas estranhas 
(non-selj), quer estejam isoladas, quer façam parte de 
um vírus, bactéria, fungo, célula maligna (cancerosa) ou 
protozoário. Este sistema trata as células cancerosas 
como estranhas porque elas contêm proteínas novas, 
que não existem nas células normais. Após identificar os 
agressores, o sistema imunitário coordena a inativação 
ou a destruição deles. Ocasionalmente, o sistema 
imunitário pode reagir contra moléculas do próprio 
organismo, causando as doenças autoimunes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos linfáticos 
 
 
 
 A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso 
e muito ativo. No adulto saudável, produz por dia cerca 
de 2,5 bilhões de eritrócitos, 2,5 bilhões de plaquetas e 
1,0 bilhão de granulócitos por kg de peso corporal. Esta 
produção é ajustada com grande precisão às 
Medula Óssea 
 
Tecidos linfóides 
 O tecido linfóide é um tipo de tecido conjuntivo 
de propriedades especiais, com três variedades: 
 
•Tecido linfoide frouxo: Constituído por acúmulos 
de linfócitos espalhados no tecido conjuntivo ou no 
interior de órgãos linfóides. Os limites destes 
acúmulos não são muito bem demarcados. 
•Tecido linfoide denso: Constituído de acúmulos de 
linfócitos bem organizados e com limites bem 
demarcados. 
•Tecido linfoide nodular: Formado por linfócitos 
que se organizam em acúmulos esféricos ou ovóides 
denominados nódulos linfóides ou folículos 
linfóides. Estes estão presentes no tecido 
conjuntivo ou no interior de órgãos linfoides. 
Mecanismos de defesa 
•Imunidade inata (inespecífica): Primeira linha de 
defesa do organismo, com a qual já nasce com a 
pessoa, como por exemplo a pele, a acidez gástrica, 
a secreção das lagrimas e as células fagocitárias. 
 
•Imunidade adquirida (específica): Segunda linha 
de defesa do organismo, a qual se potencializa a 
partir da exposição à antígenos, como por exemplo 
a ação dos linfócitos e sua produção de anticorpos 
específicos. 
 
✓Resposta humoral: Os antígenos do 
microrganismo invasor reagem com anticorpos da 
superfície dos linfócitos, ativando essas células. Os 
linfócitos ativados proliferam e se diferenciam em 
células da memória imunitária e em plasmócitos, 
secretores de anticorpos, para neutralizar o 
microorganismo. 
 
✓Resposta celular: Linfócitos T citotóxicos 
(citolíticos) são ativados pelo contato com uma 
célula apresentadora de antigenos virais em 
complexo com moléculas MHC. Essa ativação leva 
produção de células T citotóxicas de memória 
imunitária e ao aparecimento de linfócitos T 
produtores de perforinas, que rompem a 
membrana plasmática das células infectadas pelo 
vírus. 
 
necessidades do organismo. 
 A medula óssea é encontrada no canal medular dos 
ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. 
Distinguem-se a medula óssea vermelha, a medula 
óssea hematógena, que deve sua cor a numerosos 
eritrócitos em diversos estágios de maturação, e a 
medula óssea amarela, rica em células adiposas e que 
não produz células sanguíneas. No recém-nascido, toda 
a medula óssea é vermelha e, portanto, ativa na 
produção de células do sangue. Com o avançar da idade, 
porém, a maior parte da medula óssea transforma-se na 
variedade amarela, sendo a medula vermelha no adulto 
observada apenas no esterno, nas vértebras, costelas e 
na díploe dos ossos do crânio; no adulto jovem, é vista 
nas epífises proximais do fêmur e do úmero. A medula 
amarela ainda retém células-tronco e, em certos casos, 
como nas hemorragias, alguns tipos de intoxicação e 
irradiação, pode transformar-se em medula óssea 
vermelha e voltar a produzir células do sangue. 
 Tanto na medula óssea vermelha como na amarela 
existem nódulos linfáticos, que são acúmulos de 
linfócitos. A medula óssea não tem vasos linfáticos. 
 
 
 
 É um órgão linfoepitelial situado no mediastino, 
atrás do esterno e na altura dos grandes vasos do 
coração. Contém dois lobos, envoltos por uma cápsula 
de tecido conjuntivo denso. A cápsula origina septos, 
que dividem o parênquima em lóbulos contínuos uns 
com os outros. 
 Ao contrário dos outros órgãos linfáticos, o timo não 
apresenta nódulos. Cada lóbulo é formado de uma parte 
periférica, denominada zona cortical, que envolve a 
parte central, mais clara, a zona medular. A zona 
cortical cora-se mais fortemente pela hematoxilina, por 
ter maior concentração de linfócitos. Na medula 
encontram-se os corpúsculos de Hassall. 
 A cortical e a medular têm os mesmos tipos 
celulares, porém em proporções diferentes. As células 
mais abundantes no timo são os linfócitos T, em 
diversos estágios de maturação, e as células reticulares 
epiteliais. Mas também macrófagos, principalmente na 
cortical. 
 As células reticulares epiteliais, ao contrário das 
mesenquimatosas, não produzem fibras reticulares, de 
modo que o retículo existente no timo e em cujas 
malhas os linfócitos T proliferam e se diferenciam é 
formado exclusivamente por prolongamentos celulares 
unidos por desmossomos. As células reticulares 
epiteliais têm núcleos grandes, cromatina fina e 
citoplasma com numerosos prolongamentos que se 
ligam aos das células adjacentes, por desmossomos. As 
células reticulares epiteliais formam uma camada por 
dentro do tecido conjuntivo da cápsula e septos; 
formam o retículo da cortical e da medular, onde se 
multiplicam e diferenciam os linfócitos T; formam uma 
camada em tomo dos vasos sanguíneos do parênquima 
tímico; e constituem os corpúsculos de Hassall, que são 
encontrados exclusivamente na medular do timo. 
 Os linfócitos se multiplicam intensamente na zona 
cortical, onde se acumulam por algum tempo. Esses 
linfócitos, em sua maioria, morrem por apoptose e são 
rapidamente fagocitados pelos macrófagos, porém 
muitos migram para a medular e entram na corrente 
sanguínea, atravessando a parede das vênulas. Esses 
linfócitos T são transportados pelo sangue para outros 
órgãos linfáticos, onde se estabelecem em locais 
específicos. O timo é um local de formação e de seleção 
de linfócitos T. São eliminados os linfócitos que não 
reagem a antígenos e os que reagem a antígenos do 
próprio organismo (autoantígenos). Quando persistem 
linfócitos T que reagem com autoantígenos, eles 
causam doenças autoimunes. 
 As Células-tronco migram continuamente da medula 
óssea, carregadas pelo sangue, e se alojam no timo, 
onde proliferam e se diferenciam em linfócitos T. 
Os corpúsculos de Hassall são formados por células 
reticulares epiteliais, organizadas em camadas 
concêntricas unidas por numerosos desmossomos. 
Algumas dessas células, principalmente as mais 
centrais, podem degenerar e morrer, deixando restos 
celulares que se podem calcificar. 
 O timo está sujeito à influência de vários hormônios. 
A injeção de certos corticosteroides da glândula adrenal 
causa redução das mitoses, queda no número de 
linfócitos e, em consequência, atrofia acentuada da 
zona cortical do timo. O hormônio adrenocorticotrófico 
(ACTH), da parte anterior da hipófise, tem efeito 
semelhante, pois estimula a secreção dos esteroides da 
adrenal. Os hormônios sexuais também aceleram a 
involução do timo, e a castração (experimentos em 
animais) tem efeito oposto. 
 Enquanto os outros órgãos linfoides são de origem 
exclusivamente mesodérmica, o timo tem origem 
embriológica dupla. Seus linfócitos formam-se a partirde células mesenquimatosas, que invadem um esboço 
epitelial derivado do endoderma da terceira e da quarta 
bolsa faríngea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Timo 
 
Vascularização 
 As artérias penetram o timo pela cápsula, 
ramificam-se e aprofundam-se no órgão, seguindo 
os septos conjuntivos, onde originam arteríolas que 
penetram o parênquima, seguindo os limites entre 
a cortical e a medular. Essas arteríolas formam 
capilares que entram na cortical, ramificam-se e 
anastomosam-se; depois descrevem um arco, 
dirigindo-se para a medular, onde desembocam em 
vênulas. A medular recebe outros capilares 
diretamente das arteríolas do limite 
corticomedular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os linfonodos antigamente chamados de gânglios 
linfáticos são órgãos encapsulados constituídos por 
tecido linfoide, quase sempre envolvidos por tecido 
conjuntivo denso não modelado ou por tecido adiposo 
quando presentes nas cavidades abdominal, pleural ou 
pericárdica. Aparecem espalhados pelo corpo, sempre 
no trajeto de vasos linfáticos. São encontrados na axila, 
virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço e, em 
grande quantidade, no tórax e no abdome, 
especialmente no mesentério. 
 Os linfonodos em geral têm a forma de rim e 
apresentam um lado convexo e o outro com 
reentrância, o bilo, pelo qual penetram as artérias 
nutridoras e saem as veias. O tamanho dos linfonodos é 
muito variável; os menores têm 1 mm de comprimento, 
e os maiores chegam a 1 a 2 cm. Como acontece no 
tecido linfático em geral, o parênquima do órgão é 
sustentado por um arcabouço de células reticulares e 
fibras reticulares, sintetizadas por essas células. 
 A circulação da linfa nos linfonodos é unidirecional. 
Ela atravessa os linfonodos, penetrando pelos vasos 
linfáticos que desembocam na borda convexa do órgão 
(vasos aferentes) e saindo pelos linfáticos do hilo (vasos 
eferentes). 
 A cápsula de tecido conjuntivo denso que envolve os 
linfonodos envia trabéculas para o seu interior, 
dividindo o parênquima em compartimentos 
incompletos. O parênquima do linfonodo apresenta a 
região cortical, que se localiza abaixo da cápsula, 
ausente apenas no hilo, e a região medular, que ocupa 
o centro do órgão e o seu hilo. Entre essas duas regiões 
encontra-se a cortical profunda ou região paracortical. 
A região cortical superficial é constituída por tecido 
linfoide frouxo, que forma os seios subcapsulares e 
peritrabeculares, e por nódulos ou folículos linfáticos 
(condensações esféricas de linfócitos). Os nódulos 
linfáticos podem apresentar áreas centrais claras, os 
centros germinativos. As células predominantes na 
cortical superficial são os linfócitos B, ocorrendo 
também alguns plasmócitos, macrófagos, células 
reticulares e células foliculares dendríticas. As células 
foliculares dendríticas não são células apresentadoras 
de antígenos (não processam antígenos), mas retêm 
antígenos em sua superfície, onde eles podem ser 
"examinados" pelos linfócitos B. 
 Os seios dos linfonodos são espaços irregulares 
delimitados de modo incompleto por células 
endoteliais, células reticulares com fibras reticulares, e 
macrófagos. Os seios têm um aspecto de esponja e 
recebem a linfa trazida pelos vasos aferentes, 
encaminhando-a na direção da medular. O espaço 
irregular dos seios dos linfonodos é penetrado por 
prolongamentos das células reticulares e dos 
macrófagos. A região cortical profunda ou paracortical 
não apresenta nódulos linfáticos e nela predominam os 
linfócitos T, ao lado de células reticulares, e alguns 
plasmócitos e macrófagos. 
 A região medular é constituída pelos cordões 
medulares, formados principalmente por linfócitos B, 
mas contendo também fibras, células reticulares e 
macrófagos. Os plasmócitos, geralmente, são mais 
numerosos na medular do que na cortical. Separando os 
cordões medulares, encontram-se os seios medulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linfonodos 
 
 Os capilares do timo contêm endotélio sem 
poros e lâmina basal muito espessa. Células 
reticulares epiteliais envolvem externamente os 
capilares, contribuindo para a formação da barreira 
hematotímica, cujos outros componentes são os 
seguintes: o pericito dos capilares, a lâmina basal do 
endotélio, a lâmina basal das células reticulares e as 
células endoteliais não fenestradas da parede 
capilar. A barreira hematotímica, que só existe na 
zona cortical, dificulta que os antígenos contidos no 
sangue penetrem a camada cortical (onde se estão 
originando linfócitos T). 
 As vênulas da medular confluem para formar 
veias que penetram os septos conjuntivos e saem 
do timo pela cápsula do órgão. O timo não contém 
vasos linfáticos aferentes e não constitui um filtro 
para a linfa, como ocorre nos linfonodos. Os poucos 
vasos linfáticos encontrados no timo são todos 
eferentes e localizam-se nas paredes dos vasos 
sanguíneos e no tecido conjuntivo dos septos e da 
cápsula do órgão. 
 
 Os linfonodos são ''filtros" da linfa, removendo 
partículas estranhas antes que a linfa retorne ao 
sistema circulatório sanguíneo. Como os linfonodos 
estão distribuídos por todo o organismo, a linfa 
atravessa pelo menos um linfonodo antes de 
retornar aos tecidos e, daí, ao sangue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 É o maior acumulo de tecido linfoide do organismo 
e, no ser humano, o único órgão linfoide interposto na 
circulação sanguínea. Em virtude de sua riqueza em 
células fagocitárias e do contato íntimo entre o sangue 
e essas células, o baço representa um importante órgão 
de defesa contra microrganismos que penetram o 
sangue circulante e é também o principal órgão 
destruidor de eritrócitos (hemácias) desgastados pelo 
uso. Como os demais órgãos linfáticos, origina linfócitos 
que passam para o sangue circulante. Por sua 
localização na corrente sanguínea, o baço responde com 
rapidez aos antígenos que invadem o sangue, sendo um 
importante filtro fagocitário e imunológico para o 
sangue e grande produtor de anticorpos. 
 O baço contém uma cápsula de tecido conjuntivo 
denso, a qual emite trabéculas que dividem o 
parênquima ou polpa esplênica em compartimentos 
incompletos. A superfície medial do baço apresenta um 
hilo, onde a cápsula mostra maior número de 
trabéculas, pelas quais penetram nervos e artérias. 
Saem pelo hilo as veias originadas no parênquima e 
vasos linfáticos originados nas trabéculas, uma vez que, 
no ser humano, a polpa esplênica não contém vasos 
linfáticos. 
 Na espécie humana, o tecido conjuntivo da cápsula 
e das trabéculas apresenta algumas fibras musculares 
lisas, pouco numerosas. E observando-se a olho nu a 
superfície de corte do baço, a fresco ou fixado, 
observam-se em seu parênquima pontos 
esbranquiçados, que são nódulos linfáticos que fazem 
parte da polpa branca, que é descontínua. Entre os 
nódulos há um tecido vermelho-escuro, rico em sangue, 
a polpa vermelha. 
 
Baço 
 
Recirculação dos linfócitos 
 Os linfócitos deixam os linfonodos pelos vasos 
linfáticos eferentes, que confluem com outros 
vasos linfáticos até se formarem os grandes 
linfüticos que desembocam em veias. Pelo sangue, 
os linfócitos retornam aos linfonodos através das 
vênulas de endotélio alto, encontradas na região 
paracortical. Os linfócitos contêm em suas 
membranas glicoproteínas para as quais há 
receptores nessas células endoteliais. Eles são 
retidos por ligações fracas com esses receptores e 
migram, por diapedese, passando entre as células 
endoteliais. Após atravessarem as vênulas, os 
linfonodos. 
 Vênulas com endotélio cuboide também 
existem em outros órgãos linfáticos como 
apêndice, tonsilas e placas de Peyer, porém,não 
existem no baço. Embora ocorra recirculação de 
linfócitos através de todas as vênulas de endotélio 
cuboide, o fenômeno é mais intenso nos 
linfonodos. 
 Pela recirculação, os linfócitos estimulados no 
linfonodo satélite de um dedo infectado, por 
exemplo, poderão informar outros órgãos 
linfáticos, contribuindo para que o organismo 
elabore uma resposta imunitária mais eficiente 
contra a infecção. A recirculação dos linfócitos é um 
sistema de monitoramento constante de todas as 
partes do corpo, que informa o sistema imunitário 
inteiro sobre a existência de antígenos localizados. 
 
 
 
➢ Polpa branca 
 É constituída pelo tecido linfático que constitui as 
bainhas periarteriais e pelos nódulos linfáticos que se 
formam por espessamentos dessas bainhas. No tecido 
linfático das bainhas periarteriais predominam os 
linfócitos T, mas nos nódulos existe predominância dos 
linfócitos B. Entre a polpa branca e a polpa vermelha 
existe uma zona mal delimitada, constituída pelos seios 
marginais. 
 Nesses seios encontram-se linfócitos, macrófagos e 
células dendríticas (apresentadoras de antígenos) que 
retêm e processam antígenos trazidos pelo sangue. A 
zona marginal contém muitos antígenos transportados 
pelo sangue e desempenha importante papel 
imunitário. Muitas arteríolas derivadas da artéria 
central drenam nos seios marginais e outras estendem-
se além da polpa branca, mas fazem um trajeto curvo e 
retornam, desembocando também nos seios marginais. 
Assim, essa zona tem papel importante na "filtragem" 
do sangue e na iniciação da resposta imunitária. 
 
➢ Polpa vermelha 
 É formada por cordões esplênicos, separados por 
sinusoides. Os cordões esplênicos, também chamados 
cordões de Billroth, são contínuos e de espessura 
variável, conforme o estado local de distensão dos 
sinusoides. São constituídos por uma rede frouxa de 
células reticulares e fibras reticulares (colágeno tipo III) 
que contêm outras células, como macrófagos, linfócitos 
B e T, plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, 
além de plaquetas e eritrócitos. 
 Os sinusoides esplênicos são revestidos por células 
endoteliais alongadas, com seu eixo maior paralelo ao 
sinusoide. Essa parede delgada e incompleta é 
envolvida por lâmina basal descontínua e por fibras 
reticulares que se dispõem principalmente em sentido 
transversal, como os aros de um barril. As fibras 
transversais e as que correm em diversas direções 
unem-se e formam uma rede em torno das células do 
sinusoide, à qual se associam macrófagos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os tratos digestivo, respiratório e geniturinário estão 
sujeitos a invasões microbianas frequentes, porque são 
expostos ao meio externo. Para proteger o organismo, 
existem acúmulos de linfócitos (nódulos linfáticos) 
associados a tecido linfático difuso localizados na 
mucosa e na submucosa desses tratos que, em alguns 
locais, formam órgãos bem estruturados, como as 
tonsilas e as placas de Peyer do intestino delgado (íleo). 
O tecido linfático das mucosas é denominado de MALT. 
A pele também apresenta muitas células do sistema 
imunitário, como linfócitos, macrófagos e células de 
Langerhans. O tecido linfático das mucosas e da pele 
Tecido linfático associado às mucosas 
 
Circulação sanguínea 
 A artéria esplênica divide-se ao penetrar o hilo, 
originando ramos que seguem as trabéculas 
conjuntivas (artérias trabeculares). Ao deixarem as 
trabéculas para penetrarem o parênquima, as 
artérias são imediatamente envolvidas por uma 
bainha de linfócitos, chamada de bainha linfática 
periarterial. Esses vasos são chamados de artérias 
centrais ou artérias da polpa branca. Ao longo de 
seu trajeto a bainha linfocitária, que é parte da 
polpa branca, espessa-se diversas vezes, formando 
nódulos linfáticos, nos quais o vaso (agora uma 
arteríola) ocupa posição excêntrica. Apesar disso, 
continua a ser chamado de artéria central. Durante 
seu trajeto na polpa branca, a arteríola origina 
numerosos ramos, que irão irrigar o tecido linfático 
que a envolve. 
 Depois de deixar a polpa branca, as arteríolas se 
subdividem, formando as arteríolas peniciladas. Só 
ocasionalmente as arteríolas peniciladas contêm 
músculo liso. Elas são formadas por endotélio que 
se apoia em espessa lâmína basal e uma delgada 
adventícia. Alguns ramos da arteríola penicilada 
apresentam, próximo à sua terminação, um 
espessamento, o elipsoide, constituído por 
macrófagos, células reticulares e linfócitos. 
 Aos elipsoides seguem-se capilares arteriais que 
levam o sangue para os sinusoides ou seios da polpa 
vermelha, situados entre os cordões de Billroth. 
Dos sinusoides o sangue passa para as veias da 
polpa vermelha, que se reúnem umas às outras e 
penetram as trabéculas, formando as veias 
trabeculares. Estas dão origem à veia esplênica, que 
sai pelo hilo do baço. As veias trabeculares não têm 
paredes próprias, isto é, suas paredes são formadas 
pelo tecido das trabéculas. Elas podem ser 
consideradas como canais escavados no conjuntivo 
trabecular e revestidos internamente por 
endotélio. 
 
está em posição estratégica para proteger o organismo 
contra patógenos do meio ambiente. 
 
➢ Tonsilas 
 São órgãos constituídos por aglomerados de tecido 
linfático, incompletamente encapsulados, colocados 
abaixo e em contato com o epitélio de revestimento das 
porções iniciais do trato digestivo. De acordo com sua 
localização na boca e na faringe, distinguem-se a tonsila 
faringiana, as tonsilas palatinas e as linguais. As tonsilas 
estão localizadas em posição estratégica para defender 
o organismo contra antígenos transportados pelo ar e 
pelos alimentos, iniciando uma resposta imunitária. São 
órgãos produtores de linfócitos, que podem infiltrar o 
epitélio. 
 As tonsilas palatinas são em número de duas, 
localizadas na parte oral da faringe. Nelas o tecido 
linfático forma uma faixa sob o epitélio estratificado 
pavimentoso não queratinizado, com nódulos linfáticos, 
em geral com centros germinativos. Cada tonsila 
palatina tem 10 a 20 invaginações epiteliais que 
penetram profundamente o parênquima, formando as 
criptas. As criptas contêm células epiteliais descamadas, 
linfócitos vivos e mortos e bactérias, podendo aparecer 
como pontos purulentos nas tonsilites (amidalites). 
 A tonsila faringiana é única e situa-se na porção 
superoposterior da faringe, sendo recoberta pelo 
epitélio respiratório, epitélio pseudoestratificado 
cilíndrico ciliado. Podem ocorrer áreas de epitélio 
estratificado plano. A tonsila faringiana é formada por 
pregas da mucosa e contém tecido linfático difuso e 
nódulos linfáticos. Essa tonsila não contém criptas. 
 As tonsilas linguais são de pequeno diâmetro, 
porém mais numerosas do que as outras tonsilas. 
Situam-se na base da língua, sendo recobertas por 
epitélio estratificado pavimentoso. Em cada tonsila, o 
epitélio forma uma invaginação que se aprofunda 
muito, originando uma cripta. 
 
➢ Placas de Peyer 
 São acúmulos de tecido linfoide presentes na 
mucosa e submucosa do intestino delgado, geralmente 
no íleo. Frequentemente os acúmulos são tão extensos 
que formam um anel que toma a circunferência do local.

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