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Resenha critica- texto do Baratta

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Resenha critica: 
Direitos humanos: entre a violência estrutural e a violência penal.
Alessandro Baratta (criminologia)
Resumo:
Alessandro Baratta, jurista italiano de grande influência segue a sua serie de criticas ao sistema penal que hoje conhecemos. Mesmo sendo um texto de origem alemã, pode-se notar facilmente a semelhança com o sistema brasileiro, de todos os problemas apontados por ele. Na verdade a critica serve para todos os sistemas penais existentes, vez que em sua essência todos são iguais, e assim cometem o mesmo erro, não se importam com as pessoas que serão atingidas por tal. E assim ele apresenta a essência da criminologia, que é a busca verdadeiramente justa, e humana, de solucionar um dos maiores problemas do mundo, o crime. A obra é divida em sete capítulos, e aqui resumirei os quatro primeiros os quais trazem os pontos mais importantes para a percepção de uma realidade falida a respeito do sistema penal que hoje conhecemos. 
O primeiro deles “Direitos Humanos e Necessidades Reais” cuida logo de primeiro momento de abordar que os direitos humanos positivados nada tem haver com os fatos, e o maior exemplo disso é o direito a propriedade que por mais que previsto em lei ha inúmeras pessoas em situação de rua, e isso é justo? Não, segundo o autor não vínculos entre direito e justiça, o que é uma das maiores frustrações de quem exerce tal. Sabemos que nem sempre a lei é justa, e quem dera se fosse para todos. As decisões judicias vêm sendo cada vez mais feitas de forma mecanizada, o que faz com que os casos não sejam devidamente analisados, e sim resolvidos com base em decisões de acontecimentos parecidos, o que é claro que tira a individualidade de cada processo assim os transformando em mais um de uma classe criada, o que torna a justiça cada vez mais utópica. A única coisa pior do que isso no Brasil é só o desrespeito ao poder judiciário e do mesmo, já quem nem ele vem respeitando as leis do país e quando aplicada corretamente há pessoas que simplesmente ignoram, assim como o Estado que só assiste ao problema sem reagir.
As necessidades reais, aos olhos do autor “corresponde a uma visão dinâmica do homem e de suas capacidades”, ou seja, tais capacidades estão diretamente ligadas à evolução das pessoas, de sua capacidade mental e física, e assim é essa necessidade que potencializa a qualidade de vida, e devia ser papel do Estado supri-la.
“Violência como Repressão das Necessidades Reais e dos Direitos Humanos” é o tema do segundo capitulo. Baratta usa como base, para a classificação das violências que mais deterioram os direitos humanos e assim o sistema penal, o pensamento de Galtung. A primeira é a violência estrutural, a qual é responsável por causar desigualdade social, que seria o regime econômico e a estrutura da politica do país, quanto pior ela for menores são os direitos humanos conquistados, e assim maior será a criminalidade. Essa classe é tida então, como a principal violência, vez que ela da origem a todas as outras. Violência individual, quando parte de apenas uma pessoa. Violência de grupo “quando o agente é um grupo social, que por sua vez se serve de indivíduos particulares” como, por exemplo, grupos paramilitares. Há também a violência institucional, que acontece quando o agente é um órgão do Estado, governo (por exemplo, ditaduras), exército ou policia. E por incrível que pareça segundo Galtung essa violência pode ter formas legais, mas em sua maioria são ilegais. E por fim a violência internacional, é aquela realizada pela “administração de um Estado que se dirige com determinadas ações através de órgãos próprios ou de agentes mantidos por aquela, contra o governo e o povo de outro Estado. 
“Construção e Controle do Problema da Violência no Sistema de Justiça Criminal”. A primeira ressalva feita neste capitulo é o descaso contra os direitos humanos dentro do sistema penal, onde muitas vezes ele busca não enxergar ou simplesmente minimizar os problemas. Como por exemplo, não reconhecer a violência praticada, e quando há reconhecimento diz ser apenas casos isolados de violência individual, mas uma parcela da sociedade sabe que não corresponde aos fatos. Mesmo quando o ato é reconhecido, nada é feito pelas autoridades, o que comprova que não é o ser humano que importa ao sistema, e sim o resultado que ele produziu. O autor reforça que só quem sofre com a violência do sistema são aqueles que vivem as margens da sociedade, - já está bem claro no Brasil que mesmo a lei sendo para todos, ela só se aplica aos pobres, e acredito que em muitos outros países isso não seja diferente - isso acontece porque são as classes mais altas que detêm o poder, e assim fazem suas necessidades prevalecerem sobre as de outras pessoas. Além de o sistema punir de forma errada, a tal punição não tem efeito (positivo) algum. Tudo não passa de ilusão, se resume a um capricho humano, a vingança (você me fez sofrer, agora quero que pague por isso, que sofra em dobro!). O sistema não foi criado para se analisar o porque a pessoa fez aquilo, o que levou ela a tal ato, qual o impacto que isso causou. Como dito pelo autor, o modelo penal hoje existente é uma fraude e não funciona por um simples fato, de que “o controle penal intervém sobre os efeitos e não sobre as causas [...] sobre as pessoas e não situações [...] de maneira reativa e não preventiva”. E isso torna a intervenção penal, simbólica. 
Quarto capítulo, “O Sistema de Punição como Sistema de Violência Institucional”, aqui a instituição prisional é vista como um local de concentração de violências individuais e em grupos, além da institucional. Para Alessandro “a marginalização carcerária é uma forma “secundaria” de marginalização que segue a “primeira” causada, sobretudo, por uma colocação marginal no mercado de trabalho”. O autor conclui dizendo “Em geral a imagem da criminalidade promovida pela prisão e a percepção dela como uma ameaça á sociedade, devido á atitude de pessoas e não a existência de conflitos sociais produz um desvio da atenção do publico, dirigida principalmente ao “perigo da criminalidade”, ou as chamadas “classes perigosas”, ao invés de dirigir-se a violência estrutural”, ou seja, o povo luta pelo motivo errado. Luta contra o crime sem perceber que ele só existe e cresce por conta da desigualdade, enquanto ela não for sanada não haverá sistema qualquer que funcione. A guerra tem que ser contra á violência estrutural, tem que ser pela educação, por mais empregos, por saúde, por direitos humanos! 
Critica:
Remetendo a obra a minha realidade, o Brasil. Entendo porque o crime cresce cada vez mais, porque os presídios estão superlotados, que em celas feitas para 10 pessoas, abrigam no mínimo 16. O sistema penal está falido, pois foi criado na era medieval, onde prender não era a única pena aplicada. 
Esse caos que virou o Brasil é reflexo de anos de negligencia do governo, de violência estrutural. Aqui tem gente morrendo em filas de hospitais, crianças fora da escola, trabalhando pra ajudar os pais que tem uma dezena de filhos sem ter como sustentar, sem tem um trabalho e uma moradia digna. É claro que essa criança vai crescer revoltada, com raiva do que sofreu sua vida inteira e vai lutar pra vencer de qualquer forma, nem que seja pelo crime! E é por isso que não tem validade você analisar o resultado que o delinquente produziu, transformar ele em numero, isso só o faz ser rejeitado mais uma vez, e pasmem, isso aumenta ainda mais o ódio. A reincidência é enorme no sistema, mas é claro! Você não solucionou o problema, só o adiou. 
A solução está em, fazer com que os políticos parem de roubar verbas capazes de mudar a realidade do país, usar esse bem para diminuir a desigualdade, promover a dignidade humana, tirar os direitos humanos do papel e por em pratica, entender e mostrar ao povo que prender alguém pelo seu ato, não é eficaz, não é justiça é apenas vingança. Implementar um sistema que se importe com os “porquês” que o crime traz, e não com os anos que o individuo ficará preso. Tenho esperanças que um dia percebamque você precisa cuidar do criminoso e não rejeitá-lo mais uma vez!
Resenha critica: 
 
Direitos humanos: entre a violência estrutural e a violência penal.
 
Alessandro Baratta (criminologia)
 
Resumo:
 
Alessandro Baratta, jurista italiano de grande influência segue a sua serie 
de criticas ao sis
tema penal que hoje conhecemos. 
Mesmo sendo um texto de 
origem alemã
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pode
-
se notar facilmente a semelhança
 
com o sistema 
brasileiro,
 
de todos os problemas apontados por ele
. Na
 
verdade a critica serve 
para todos os sistemas penais existentes, vez que em sua essência todos são 
iguais, e 
assim cometem o mesmo erro, não se importam com as pessoas que 
serão atingidas por tal.
 
E assim ele apresenta a essência da criminologia, que é 
a busca verdadeiramente justa, e humana, de solucionar um dos maiores 
problemas do mundo, o crime.
 
A obra é divi
da em sete capítulos, e aqui 
resumirei os quatro primeiros os quais trazem os pontos mais importantes para 
a percepção de uma realidade falida a respeito do sistema penal que hoje 
conhecemos. 
 
O primeiro deles “Direitos Humanos e Necessidades Reais” cuida 
logo de 
primeiro momento de abordar que os direitos humanos positivados nada tem 
haver com os fatos, e o maior exemplo disso é o direito a propriedade que por 
mais que previsto em lei ha inúmeras pessoas em situação de rua, e isso é 
justo? Não, segundo o a
utor não vínculos entre direito e justiça, o que é uma 
das maiores frustrações de quem exerce tal. Sabemos que nem sempre a lei é 
justa, e quem dera se fosse para todos. As decisões judicias vêm sendo cada 
vez mais feitas de forma mecanizada, o que faz com
 
que os casos não sejam 
devidamente analisados, e sim resolvidos com base em decisões de 
acontecimentos parecidos, o que é claro que tira a individualidade de cada 
processo assim os transformando em mais um de uma classe criada, o que 
torna a justiça cada 
vez mais utópica. A única coisa pior do que isso no Brasil é 
só o desrespeito ao poder judiciário e do mesmo, já quem nem ele vem 
respeitando as leis do país e quando aplicada corretamente há pessoas que 
Resenha critica: 
Direitos humanos: entre a violência estrutural e a violência penal. 
Alessandro Baratta (criminologia) 
Resumo: 
Alessandro Baratta, jurista italiano de grande influência segue a sua serie 
de criticas ao sistema penal que hoje conhecemos. Mesmo sendo um texto de 
origem alemã, pode-se notar facilmente a semelhança com o sistema 
brasileiro, de todos os problemas apontados por ele. Na verdade a critica serve 
para todos os sistemas penais existentes, vez que em sua essência todos são 
iguais, e assim cometem o mesmo erro, não se importam com as pessoas que 
serão atingidas por tal. E assim ele apresenta a essência da criminologia, que é 
a busca verdadeiramente justa, e humana, de solucionar um dos maiores 
problemas do mundo, o crime. A obra é divida em sete capítulos, e aqui 
resumirei os quatro primeiros os quais trazem os pontos mais importantes para 
a percepção de uma realidade falida a respeito do sistema penal que hoje 
conhecemos. 
O primeiro deles “Direitos Humanos e Necessidades Reais” cuida logo de 
primeiro momento de abordar que os direitos humanos positivados nada tem 
haver com os fatos, e o maior exemplo disso é o direito a propriedade que por 
mais que previsto em lei ha inúmeras pessoas em situação de rua, e isso é 
justo? Não, segundo o autor não vínculos entre direito e justiça, o que é uma 
das maiores frustrações de quem exerce tal. Sabemos que nem sempre a lei é 
justa, e quem dera se fosse para todos. As decisões judicias vêm sendo cada 
vez mais feitas de forma mecanizada, o que faz com que os casos não sejam 
devidamente analisados, e sim resolvidos com base em decisões de 
acontecimentos parecidos, o que é claro que tira a individualidade de cada 
processo assim os transformando em mais um de uma classe criada, o que 
torna a justiça cada vez mais utópica. A única coisa pior do que isso no Brasil é 
só o desrespeito ao poder judiciário e do mesmo, já quem nem ele vem 
respeitando as leis do país e quando aplicada corretamente há pessoas que

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