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ADMINISTRAÇÃO DE PRODUTOS E SERVIÇOS Gisele Lozada Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 A238 Administração de produtos e serviços [recurso eletrônico] / Organizadora, Gisele Lozada. – Porto Alegre : SAGAH,2016. Editado como livro impresso em 2016. ISBN 978-85-69726-63-0 1. Administração - Produtos. 2. Administração – Serviços. 3. Sistemas de produção. I. Lozada, Gisele. CDU 658.64 Qualidade e melhoria na produção Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Analisar a qualidade no contexto da produção, seu conceito e re- levância. � Reconhecer as abordagens e características da qualidade, bem como a relação entre custos e benefícios da qualidade. � Identificar o conceito de melhorias na produção, seus diferentes estágios e medidas para implementação. Introdução A qualidade é um atributo extremamente importante a todos os pro- cessos, visto que possui a capacidade de reduzir custo e aumentar a confiabilidade, proporcionando benefícios e influenciando sobre outros diversos aspectos. O conceito de melhoria, em uma definição igualmente simples, consiste na diferença entre uma condição atual e uma condi- ção almejada, estando diretamente relacionado ao nível de desem- penho. No contexto organizacional, quando aplicado à operação, consiste na diferença entre seu desempenho real e o requerido, o que representa o objetivo central da gestão de operações e processos. Neste texto, você vai estudar a qualidade no cenário da produção, seu conceito e relevância, bem como suas diferentes abordagens e características que demonstram a relação entre custos e qualidade. Por fim, identificará o conceito de melhorias na produção, seus dife- rentes estágios e medidas, sendo que todos estes aspectos colabo- ram de alguma forma para a ampliação dos resultados do negócio. Qualidade – conceito e relevância Em uma definição extremamente simples, qualidade significa fazer certo as coisas. O que pode adicionar complexidade a este conceito é o quê e como é feito, visto que as respostas a estes questionamentos adicionais podem apre- sentar significativas diferenças em razão do tipo de operação e dos produtos ou serviços desenvolvidos pela qualidade. Independentemente das características específicas de cada tipo de pro- cesso produtivo, a qualidade corresponde a um atributo extremamente im- portante a todos, tendo em vista que possui a capacidade de reduzir custo e aumentar a confiabilidade, proporcionando benefícios e influenciando outros diversos aspectos, conforme ilustrado na Figura 1: Figura 1. Benefícios da maior qualidade e seu impacto sobre a lucratividade. Fonte: Adaptado de Slack et al. (2006, p. 413). Neste cenário, a qualidade é capaz de interferir no desempenho da ope- ração e nos resultados de qualquer organização, representada pela lucrati- vidade obtida por meio de dois principais elementos: receitas e custos. Em relação às receitas, podem ser ampliadas tanto pelo nível de vendas como pelo preço praticado no mercado, que podem ser maiores em função de elevada qualidade. Os custos, por sua vez, podem ser reduzidos em razão da eficiência e produtividade, que são aumentadas pela elevada qualidade, gerando me- lhoria na utilização do capital da organização. Estes impactos também podem ser promovidos de forma simultânea, e, assim, aumentar ainda mais os bene- fícios resultantes. 229Qualidade e melhoria na produção Em razão desta demonstrada relevância da qualidade e seus reflexos no desempenho da organização, torna-se necessário que a operação busque atingir adequado nível de qualidade, para que possa oferecer aos clientes (sejam internos ou externos) produtos e serviços de qualidade. Contudo, qualidade é um conceito bastante amplo e relativo, que pode variar muito de acordo com a percepção de quem a estiver julgando. Sob a ótica da operação, por exemplo, qualidade pode ser definida como nível de conformidade dos produtos e serviços em relação às expectativas do cliente. Isso inclui também a qualidade dos materiais, instalações e processos, sendo projetados e controlados para que os produtos e serviços atendam às especi- ficações e, também satisfaçam a mescla de necessidades e exigências do mer- cado, em vários aspectos. Já sob a ótica do cliente, a definição de qualidade já recebe alguma carga de complexidade, pois as expectativas podem variar de um cliente para outro. Isso pode incluir aspectos individuais como expe- riências, conhecimento, comunicação, estilo de vida, valores, entre outros, todos afetando a percepção de qualidade do cliente com relação ao produto ou serviço que está consumindo. Neste contexto, pode-se considerar que a qualidade percebida pelo cliente consiste na variação entre o que ele espera do produto ou serviço (sua expec- tativa) e o que ele entende como recebido na experiência de consumo (sua percepção), conforme sintetizado pela Figura 2. Esta relação pode ser consi- derada em três níveis: � Percepção é superior às expectativas: a qualidade é percebida como alta e o cliente está satisfeito. � Percepção é igual às expectativas: a qualidade é percebida como acei- tável. � Percepção inferior às expectativas: a qualidade é percebida como baixa e o cliente está insatisfeito. Figura 2. A qualidade percebida pelo cliente reside entre expectativa e percepção. Fonte: Adaptado de Slack et al. (2006, p. 416). Administração de produtos e serviços230 Tanto expectativas como percepção são influenciadas por diversos fa- tores, muitos deles não controláveis pela organização, enquanto que outros podem ser de alguma forma gerenciados por ela. A questão central então es- tará na identificação e tratamento destes fatores, permitindo que a operação possa gerenciar a qualidade de maneira a aproximar expectativas e percepção, se possível fazendo com que a segunda seja maior que a primeira. A expectativa do cliente corresponde a um fator extremamente importante no con- texto da qualidade, pois poderá afetar diretamente a percepção do cliente com relação à qualidade percebida do produto ou serviço. Em síntese, a qualidade percebida cor- responde à lacuna entre expectativa e percepção. Abordagens da qualidade Em linhas gerais, o nível de qualidade almejado por uma operação deve estar alinhado aos seus objetivos de desempenho, para que possa ser mais prova- velmente percebida pelos clientes aos quais os produtos e serviços são desti- nados. Para auxiliar em uma melhor definição sobre o tema, utiliza-se o apoio de cinco diferentes abordagens de qualidade: � Abordagem transcendental: define a qualidade como uma condição de excelência inata do produto ou serviço, e que deve ser absoluta (o me- lhor possível). � Abordagem baseada em manufatura: os produtos e serviços devem estar livres de erros, em comparação com suas especificações de pro- jeto, garantindo assim sua qualidade. � Abordagem baseada no usuário: entende que um produto ou serviço de qualidade é aquele está adequado a seu propósito, incluindo as especi- ficações tanto do projeto como as do cliente (destinação do uso). � Abordagem baseada no produto: define a qualidade como um conjunto de características mensuráveis (tendendo a uma maior objetividade), requeridas pelo consumidor para sua satisfação (podendo variar de pessoa para pessoa). 231Qualidade e melhoria na produção � Abordagem baseada no valor: percebe a qualidade em razão de custo e preço, com os quais possui uma relação diretamente proporcional (quanto mais alto o preço, maior deverá ser a qualidade do produto). Um Rolls Royce, segundo a abordagem transcendental, é considerado um carro de qua- lidade, pois este atributo é considerado como integrante natural do produto. Já um carro mais barato pode ser considerado de qualidade, desde que sejam produzidos conforme as especificações de projeto – sem erros, de acordo com a abordagem ba- seada em manufatura. Um relógio que é produzido conformesuas especificações de projeto, mas que quebra logo depois não é considerado de qualidade, pois, de acordo com a abor- dagem baseada no usuário, deveria durar mais tempo. Já sob a ótica da abordagem baseada no produto, um relógio pode ser considerado de qualidade se for projetado para durar vários anos sem necessitar de assistência. Por fim, segundo a abordagem do valor, o cliente pode estar disposto a adquirir um relógio simples, que funcione bem por um tempo razoável, desde que seu preço seja baixo. No contexto da qualidade, o projeto corresponde a uma questão bastante importante, pois carrega as especificações do produto ou serviço que depois serão utilizadas para a avaliação de qualidade dos mesmos. Contudo, o que de fato importa, são as consequências promovidas pelo projeto, chamadas de características da qualidade, conforme a seguir: � Funcionalidade: desempenho ou características do produto ou serviço em relação ao seu propósito. � Aparência: característica sensoriais (visão, tato, audição e olfato) do produto ou serviço, incluindo fatores como estética. � Confiabilidade: tempo durante o qual o produto ou serviço mantém seu desempenho (considerando sua tolerância). � Durabilidade: vida útil do produto ou serviço (podendo incluir reparos ou modificações). � Recuperação: capacidade de solução de eventuais problemas com o produto ou serviço. � Contato: relacionamento com o cliente (contato pessoal), incluindo as- pectos como cortesia e conhecimento da equipe de contato. Administração de produtos e serviços232 A qualidade possui a capacidade de interferir diretamente nos custos, tendo em vista que quanto maior a qualidade, potencialmente menores serão os custos decorrentes da operação. Contudo, a busca pela qualidade em si também gera custos, que são medidos e demonstrados em relação aos benefí- cios por ela proporcionados, normalmente classificados em quatro categorias de custos: � Custos de prevenção: decorrentes da busca pela não incidência de erros, falhas ou problemas, evitando que estes aconteçam e compro- metam a qualidade. � Custos de avaliação: associados ao controle de qualidade, identificando possíveis problemas ao longo do processo (entrada – processamento- saída). � Custos das falhas internas: decorrentes de erros ocorridos dentro da operação. � Custos das falhas externas: associados a situações promovidas pelos clientes. Algumas demonstrações práticas dos custos relacionados à qualidade: � Custos de prevenção: treinamento e desenvolvimento da equipe. � Custos de avaliação: inspeções, pesquisas e auditorias. � Custos das falhas internas: refugos e retrabalhos. � Custos das falhas externas: coberturas de garantia e seguros. Melhoria O conceito de melhoria, em uma definição simples, consiste na diferença entre uma condição atual e uma condição almejada, estando diretamente relacio- nado ao nível de desempenho. No contexto organizacional, quando aplicado à operação, consiste na diferença entre seu desempenho real e o requerido, representando o objetivo central da gestão de operações e processos. Nos últimos tempos, o tema melhoria evoluiu muito, de um desejo trans- formou-se em uma necessidade para a maioria das empresas, principalmente em razão da forte concorrência que o meio organizacional apresenta atual- 233Qualidade e melhoria na produção mente. Neste cenário, melhoria corresponde à busca pelo melhor desempenho da operação produtiva, realizada de forma coordenada e sem falhas. Mesmo em empresas em que planejamento e controle são uma realidade praticada no dia a dia da operação, a qualidade permanece sendo uma de- manda importante, cujo processo de obtenção pode ser dividido em três es- tágios, todos voltados para a melhoria da produção: � Abordagens e técnicas de melhoramento: busca encontrar as melhores ferramentas para a promoção de melhorias na produção. � Prevenção e recuperação de falhas: foca nas ações possíveis de im- plantação pela empresa a fim de prevenir ou tratar falhas quando elas ocorrem. � Gerenciamento da qualidade total: analisa a melhoria com um processo global, apoiado na abordagem TQM (Total Quality Management). Leia mais sobre a TQM (Total Quality Management), que corresponde à abordagem da qualidade total, na obra Administração da Produção (Slack et al, 2006 – capítulo 20). Partindo do entendimento que o desempenho atual de uma operação é di- ferente do desempenho por ela almejado, é necessário estudar esta diferença, que é o que direciona as iniciativas de melhoria. Para tanto, é importante detalhar esta diferença, apontando as falhas que impedem o atingimento das metas, assim como o tamanho das dessas metas, por meio da adoção de três medidas: � Avaliação do desempenho atual. � Estabelecimento de metas de desempenho. � Comparação do desempenho atual com as metas. A avaliação do desempenho atual corresponde a um sistema de medição do desempenho, que visa julgar a operação, fornecendo informações sobre as melhorias em curso. Este sistema compreende ainda a abordagem de a três questões: Administração de produtos e serviços234 � Que fatores considerar como indicadores de desempenho: neste as- pecto um caminho possível consiste na utilização dos cinco objetivos de desempenho genéricos (qualidade, velocidade, confiabilidade, fle- xibilidade e custo), conforme o Quadro 1. � Quais indicadores são mais importantes: consiste na busca pelo equilí- brio entre medidas fundamentais e uma gama de indicadores, de modo a refletir os objetivos estratégicos, incluindo o estabelecimento dos indicadores fundamentais, ou também chamados KPIs (Key Perfor- mance Indicator) e o conjunto de indicadores detalhados sobre cada um dos indicadores fundamentais. � Quais fatores detalhar: considera que os objetivos de desempenho ge- néricos são constituídos de outros vários indicadores menores, que contemplam informações importantes para o estabelecimento das me- lhorias, conforme o Quadro 1. Quadro 1. A qualidade percebida pelo cliente reside entre expectativa e percepção. Objetivo de desempenho Indicadores Qualidade � Número de defeitos por unidade � Nível de reclamações do cliente � Nível de refugo � Reivindicação de garantia � Tempo médio entre as falhas � Satisfação do cliente Velocidade � Tempo de resposta ao cliente � Tempo de fabricação do pedido � Frequência de entrega � Tempo de processamento atual x teórico � Tempo de ciclo Confiabilidade � Porcentagem de pedidos entregues com atraso � Atraso médio de pedidos � Proporção de produtos em estoque � Divergência média de entregas � Aderência ao programa (Continua) 235Qualidade e melhoria na produção Fonte: Adaptado de Slack et al. (2013, p. 457). Quadro 1. A qualidade percebida pelo cliente reside entre expectativa e percepção. (Continuação) Objetivo de desempenho Indicadores Flexibilidade � Tempo necessário para desenvolver novos produtos/serviços � Variedade de produtos/serviços � Tempo de preparação � Tamanho de lote médio � Tempo para aumentar a taxa de atividade � Capacidade média/ máxima � Tempo para mudar os programas Custo � Tempo de entrega mínimo/ médio � Variação do orçamento � Utilização de recursos � Produtividade da mão de obra � Valor agregado � Eficiência � Custo por hora de operação Uma interessante ferramenta, amplamente difundida no contexto da ad- ministração da produção, consiste nos Indicadores Balanceados de Desem- penho, muito conhecido como BSC (Balanced Scorecard. Inicialmente con- templava indicadores de desempenho financeiros tradicionais, mas com o passar do tempo evoluiu, passando a considerar também indicadores externos e internos, de longo e curto prazos, tanto objetivos como subjetivos, conforme Figura 3. Leia mais sobre a BSC (Balanced Scorecard) na obra The Balanced Scorecard (KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P., 1996), cujos autores correspondem aos principais colaboradores para o estabelecimento da versão mais arrojadado BSC. Administração de produtos e serviços236 Figura 3. O Balanced Scorecard e seus indicadores. Fonte: Adaptado de Slack et al. (2013, p. 458). O estabelecimento de metas de desempenho cumpre o papel de conceder sentido aos indicadores, a partir do momento que passam a ser comparados à alguma meta, sendo transformados em avaliadores de desempenho de fato. O estabelecimento das metas é realizado a partir de diversas abordagens como: � Metas históricas: promovem a comparação do desempenho atual com os anteriores. � Metas estratégicas: apontam o nível de desempenho adequado para a realização dos objetivos estratégicos. � Metas de desempenho externo: apontam o desempenho efetivado pelas operações externas (concorrentes ou semelhantes). � Metas de desempenho absoluto: estabelecidas com base nos limites te- óricos superiores de desempenho. Ainda no contexto da definição de metas, outro aspecto importante pode ser considerado: a comparação das metas de desempenho da organização com as de seus concorrentes. Neste sentido, o benchmarking revela-se uma ferra- menta de interessante, compreendida como o processo de aprender com os outros. Este método verifica a prática de operações em outras empresas, e utiliza as informações colhidas como base de contribuição para melhorias 237Qualidade e melhoria na produção no desempenho da organização. Considera que os problemas enfrentados na gestão de um processo não são exclusivos de uma única operação, e que muito provavelmente se repetem em outras empresas, que podem ter desenvolvido alternativas para resolução dos mesmos. Existem diferentes tipos de bench- marking, todos possuindo como objetivo principal o estímulo da criatividade na prática de melhorias. Dentre eles vale destacar: � Benchmarking interno: compara operações ou partes delas dentro da mesma organização. � Benchmarking externo: compara operações entre empresas diferentes. � Benchmarking não competitivo: compara operações entre empresas que não competem no mesmo mercado. � Benchmarking competitivo: compara operações entre empresas que concorrem no mesmo mercado. � Benchmarking de desempenho: compara os níveis de desempenho rea- lizado por diferentes operações. � Benchmarking de práticas: compara práticas de operações entre em- presas diferentes. Por fim, a comparação do desempenho atual com as metas representa uma potencial forma para o estabelecimento e condução de prioridades de melhorias, tendo em vista que vários indicadores possuem importância rela- tiva. Muitas vezes, mesmo que algum fator for verificado como insatisfatório, isso não significa que ela deva ser tratada imediatamente, pois sua prioridade de atendimento dependerá de muitos outros fatores. A definição de priori- dades se dará em função da apuração da importância relativa de vários dos indicadores de desempenho em relação à meta, sinalizando as necessidades de melhorias. Como uma das principais ferramentas de comparação, a matriz da impor- tância e desempenho agrupa e posiciona ordenadamente diferentes aspectos de acordo com sua pontuação ou classificação de importância e desempenho: � Zona adequada: fatores de desempenho está acima do limite inferior de aceitabilidade, sendo considerados satisfatórios. � Zona de melhoria: fatores de desempenho abaixo do limite inferior/ fatores devem ser avaliados e melhorados. � Zona de ação urgente: fatores de desempenho inaceitável referente a fatores importantes para os clientes, devendo integrar a lista de me- lhoria imediata. Administração de produtos e serviços238 � Zona de excessos: fatores de desempenho encontram-se acima do es- perado, mas não sendo considerados importantes, verificando ainda se os recursos em excesso poderiam estar sendo utilizados em outro local. 1. A qualidade é uma questão bastante ampla e relativa, cujo entendimento pode ser facilitado por meio do estudo de cinco diferentes aborda- gens. Dentre elas está a abordagem baseada na manufatura, cujo con- ceito corresponde a qual das afirma- tivas abaixo? a) A qualidade corresponde a uma característica de excelência inata ao produto ou serviço. b) A qualidade está associada ao atendimento adequado do pro- pósito do produto ou serviço. c) A qualidade é representada por produtos ou serviços livres de erros. d) A qualidade corresponde a um conjunto mensurável e preciso de características necessários à satisfação do cliente. e) A qualidade é definida em termos de custos e preços. 2. Muito da qualidade de um produto ou serviço é especificado em seu projeto, sendo as consequências deste percebidas pelos clientes, chamadas de características da quali- dade, sobre as quais é correto afirmar: a) Aparência corresponde à na- tureza do contato pessoal do produto ou serviço. b) Durabilidade corresponde à vida útil do produto ou serviço, esgotando-se no momento em que ele demanda um reparo. c) A confiabilidade inclui atributos como cortesia e conhecimento da equipe. d) Funcionalidade corresponde ao desempenho do produto ou serviço com relação ao seu propósito. e) Recuperação corresponde à ca- racterística de o produto ou ser- viço não apresentar problemas. 3. A busca pela qualidade embora gere benefícios, também resulta em custos, que podem ser medidos e demonstrados por meio de quatro categorias, sobre as quais é possível afirmar: a) Custo de contato é o quanto se gasta na manutenção do relacio- namento com os clientes. b) Custos de prevenção estão asso- ciados às tentativas de eliminação de problemas, falhas e erros. c) Custos de avaliação estão relacio- nados à capacidade de solução de eventuais problemas com o produto ou serviço. d) Custos das falhas internas são decorrentes de situações promo- vidas pelos clientes. e) Custos das falhas internas estão associados também ao controle da qualidade. 239Qualidade e melhoria na produção SLACK, N. et al. Administração da produção. ed. compacta. São Paulo: Atlas, 2006. SLACK, N. et al. Gerenciamento de operações e de processos: princípios e práticas de im- pacto estratégico. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. Leitura recomendada KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. The Balanced Scorecard. Boston: Harvard Business School Press, 1996. 4. No contexto da melhoria e seus três estágios de implementação, a definição de metas de desempenho faz parte do processo sobre o qual é correto afirmar: a) Metas históricas: apontam o nível de desempenho adequado para a realização os objetivos estraté- gicos. b) Metas estratégicas comparam o desempenho atual em relação aos anteriores. c) Metas de desempenho externo apontam o desempenho efeti- vado pelas operações externas. d) Metas de desempenho absoluto correspondem ao processo de aprendizagem com os outros. e) Meta de benchmarking é baseada em limites teóricos superiores de desempenho. 5. O benchmarking corresponde a uma importante ferramenta de melhoria, apresentando diferentes tipos, sobre os quais é correto afirmar: a) Benchmarking interno comprara operações realizadas por em- presas diferentes. b) Benchmarking externo realiza comparações entre operações ou partes de operações que estão dentro da mesma organização. c) Benchmarking não competitivo compara operações entre organi- zações externas que não com- petem diretamente nos mesmos mercados. d) Benchmarking competitivo realiza comparação entre os níveis de desempenho realizados em diferentes operações. e) Benchmarking de desempenho compara operações em entre organizações concorrentes nos mesmos mercados ou similares. Administração de produtos e serviços240 Conteúdo:
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