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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3 2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 4 3. CONCLUSÃO .................................................................................................... ...11 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. ...12 1. INTRODUÇÃO O novo coronavírus, que causa a infeção COVID-19, surgiu em 2019 na cidade de Wuhan na China. É chamado cientificamente de SARS-CoV-2, no próprio nome contém informação, SARS é uma abreviação de uma síndrome chamada de Severe Acute Respiratory Syndrome, que é traduzida como Síndrome Respiratória Aguda Grave, COV é uma abreviação de coranavírus, a família de vírus que ele pertence e o SARS-CoV possui o número 2, pois ele é muito parecido com uma outra espécie de coronavírus que quase virou uma pandemia em 2002, o SARS-CoV. Os primeiros casos de infecção parecem ter acontecido de animais para pessoas. Isso porque os vírus da família "coronavírus" afetam principalmente animais. Os primeiros casos de COVID-19 foram confirmados em um grupo de pessoas que estiveram no mesmo mercado popular da cidade de Wuhan, onde eram vendidos vários tipos de animais selvagens vivos, como cobras, morcegos e castores, que poderiam ter estado doentes e passado o vírus para as pessoas. Após esses primeiros casos, foram identificadas outras pessoas que nunca tinham estado no mercado, mas que também estavam apresentando um quadro de sintomas semelhantes, apoiando a hipótese de que o vírus tinha se adaptado e estava se transmitindo entre humanos, possivelmente através da inalação de gotículas de saliva ou de secreções respiratórias que ficavam suspensas no ar após a pessoa contaminada tossir ou espirrar. Os coronavírus são um grupo de vírus conhecidos por causar doenças que podem ir de uma simples gripe a uma pneumonia atípica. Alguns sintomas do COVID-19 são febre, tosse seca, cansaço, dor de garganta, dor de cabeça, perda de paladar e olfato, dificuldade para respirar, entre outros. Palavras chaves: Pandemia, coronavírus, saúde pública, COVID-19. 2. DESENVOLVIMENTO Um conceito que está sendo abordado frequentemente desde o início da pandemia é a imunização de rebanho, que é uma técnica de imunização em que uma determinada parcela da população se torna imune a uma doença, ou seja, desenvolvem anticorpos contra o agente causador da doença. As pessoas imunizadas acabam agindo como uma barreira, protegendo toda a população, mesmo aqueles que ainda não são imunes. Assim como em qualquer doença infecciosa, a imunidade de rebanho para o COVID-19 pode, em teoria, acontecer de duas formas, por meio da vacina ou de uma forma naturalmente, quando uma grande parte da população é infectada e se torna imune. Porém, estima-se que cerca de 70% da população precisaria se recuperar efetivamente da infecção pelo coronavírus para a imunidade de rebanho acontecer naturalmente. Assim, para se chegar a esse número, o cenário pode ser catastrófico, já que um número assustador de mortes ocorreria antes desse tipo de imunização ser considerada eficaz. Além disso, ainda não está esclarecido se o contato com o novo coronavírus traz uma imunidade duradoura. Apesar do nosso sistema imune produzir anticorpos para nos defender contra vírus e bactérias, pouco se sabe, ainda sobre o papel dos anticorpos frente ao vírus da atual pandemia. Faltam informações que comprovem se todos os pacientes infectados são capazes de desenvolver anticorpos. Avaliando esses dados, um estudo publicado na revista The Lancet avaliou 61.075 pessoas na cidade da Espanha, um dos países europeus mais afetados pela pandemia, para estimar quantas dessas pessoas possuíam anticorpos contra o COVID-19. Apenas 5% dessas pessoas apresentavam o anticorpo, o que poderia indicar que 95% da população estudada ainda poderia contrair a doença novamente. A imunidade de rebanho é bem conhecida pelos cientistas e pode ser atingida de duas formas. O número de mortes causadas pela COVID-19 faz com que os pesquisadores acreditem que a imunidade de rebanho para o novo coronavírus deve ser vacinal, e não pelo contato direto com a doença. Além disso, ainda é preciso entender como o nosso sistema imune responde à presença desse vírus no organismo. Figura 1. Imunidade de rebanho Fonte: saúde.abril.com.br, 2020 É através da janela imunológica, que um organismo leva para produzir anticorpos que podem ser detectados no exame de sangue, a partir de uma infecção. A janela imunológica varia de acordo com o tipo de infecção e sensibilidade do teste utilizado para detectá-lo. O problema associado a isso é o fato de que um exame realizado durante a janela imunológica pode apresentar um falso negativo, levando o paciente a acreditar que não está infectado pelo vírus. Então, a forma correta de lidar com isso é refazendo o exame após o período determinado. A janela imunológica está relacionada com o período estimulado para aplicação da segunda dose da vacina, pois existe a possibilidade dos imunizantes contraírem o vírus dentro desse período, que seria o intervalo entre doses. Isso porque os dados de eficácia das vacinas se baseiam em um período de 15 dias, mas só após a aplicação da segunda dose dos imunizantes. “Quando a gente fala de vacinação, falamos de um esquema vacinal. Quando você toma a primeira e a segunda dose, no início, você não tem títulos tão altos de anticorpos. Você só pode considerar que o sistema vacinal está completo, no mínimo, 15 dias após a segunda aplicação. É possível que você contraia entre as doses porque você não completou o esquema e está no meio da janela imunológica”, esclareceu Herbert Guedes, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e pesquisador em Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz. Para a vacina ser comercializada e aplicada, ao final da fase de testes em humanos, ela deve demonstrar segurança, eficácia e poucos efeitos colaterais. Sabemos que uma vacina eficaz ativa o sistema imunológico promovendo a produção de anticorpos, que resulta na ativação da memória imunológica. O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo. Esse sistema é muito eficiente no combate aos micro-organismos invasores, na remoção das células mortas, renovação de determinadas estruturas, memória imunológica, entre outras funções. As células do sistema imunológico são extremamente organizadas, tendo cada uma sua função específica. Se o organismo entra em contato com qualquer agente infeccioso, ele desenvolverá linfócitos especiais, que são chamados de células de memória, capazes de reconhecer esse agente infeccioso. Essas células permanecem no organismo pelo resto da vida, mesmo sem ter nenhum contato com esse agente infeccioso. Se tiverem contato com um agente infeccioso e se este for reconhecido pelas células de memória, os linfócitos deverão se reproduzir, com o objetivo de destruir os agentes infecciosos. Esses agentes, portanto, serão eliminados do organismo sem que tenham causado prejuízo. As vacinas que são aplicadas no organismo para combater certas doenças agem dessa forma, pois elas são constituídas por antígenos isolados de micro-organismos causadores de certas doenças, ou mesmo de micro- organismos vivos e tratados, de forma que não causem a doença. Uma vez dentro do organismo, os antígenos presentes nas vacinas desencadearão uma resposta imunitária primária, ocorrendo então, a produção das células de memória. Caso o organismo entre em contato novamente com esse antígeno, será desencadeadano organismo a resposta imunitária secundária, que exterminará o antígeno antes mesmo que apareçam sintomas da doença que ele causa. A resposta imunológica primária é o primeiro contato com um antígeno, por exposição natural ou vacinação, leva à ativação de LB virgens, que se diferenciam em plasmócitos produtores de anticorpos e em células de memória, resultando na produção de anticorpos específicos contra o antígeno indutor. Após o início da resposta, observa-se uma fase de aumento exponencial dos níveis de anticorpos, seguida por uma fase denominada platô, na qual os níveis não se alteram. Segue-se a última fase da resposta primária, a fase de declínio, na qual ocorre uma diminuição progressiva dos anticorpos específicos circulantes. Já a resposta imunológica secundaria ao entrar em contato com o antígeno pela segunda vez, já existe uma população de LB capazes de reconhecer esse antígeno devido à expansão clonal e as células de memória geradas na resposta primária. A resposta secundária difere da primária nos seguintes aspectos: a dose de antígeno necessária para induzir a resposta é menor, a fase de latência é mais curta e a fase exponencial é mais acentuada, a produção de anticorpos é mais rápida e são atingidos níveis mais elevados, a fase de platô é alcançada mais rapidamente e é mais duradoura e a fase de declínio é mais lenta e persistente. A magnitude da resposta secundária depende também do intervalo de tempo desde o contato inicial com o antígeno. A resposta será menor se o intervalo for muito curto ou muito longo. Se for muito curto, os anticorpos ainda presentes formam complexos Ag/Ac que são rapidamente eliminados e se for muito longo, é possível que as células de memória tenham diminuído gradualmente com o tempo, embora a capacidade para deflagrar uma resposta secundária possa persistir por meses ou anos. O período ótimo para a indução de resposta secundária é longo após a queda do nível de anticorpos de resposta primária abaixo dos limites de detecção. Nos dois tipos de resposta, primária e secundária, há a produção dos isótipos IgM e IgG, porém, na resposta primária IgM é a principal Ig e a produção de IgG é menor e mais tardia. Na resposta secundária, a IgG é imunoglobulina predominante. Nas duas respostas, a concentração de IgM sérica diminui rapidamente de maneira que, após uma ou duas semanas, observa-se uma queda acentuada enquanto a produção de IgG é persistente. Vale a pena enfatizar que os testes imunoenzimáticos muito sensíveis podem registar níveis baixos ou residuais de IgM por meses em alguns casos. As vacinas previnem doenças que podem ser perigosas ou até mesmo mortais, reduzindo o risco de infecção ao trabalhar com as defesas naturais do corpo para desenvolver imunidade às doenças, com segurança. O sistema imunológico usa diversos artifícios no combate às infecções. O sangue permeado por células pertencentes ao sistema imunológico, responsáveis pela defesa do corpo, e essas células, conhecidas como brancas, consistem principalmente de macrófagos, linfócitos B e linfócitos T. Os linfócitos T e B são células especializadas do sistema imune, que surgem após uma sensibilização prévia, ou seja, algum contato com o patógeno. Eles são responsáveis por garantir a imunidade humoral do organismo, destacando-se pela capacidade de neutralizar determinados antígenos, por meio da produção de anticorpos. Os macrófagos podem ser definidos como células imunológicas especializadas que reconhecem, as partículas estranhas e os restos celulares, para facilitar a fagocitose. Eles se diferenciam dos monócitos. Além da fagocitose, os macrófagos também desempenham um papel funcional na apresentação de partículas estranhas às células T e também realizam a ativação de outras células do sistema imunológico pela liberação de citocinas. Na primeira vez que o corpo tem contato com um agressor, levam vários dias para que o corpo seja sensibilizado e passe a produzir células de defesa especializadas. Após a infecção, o sistema imunológico se lembra do que aprendeu sobre como proteger o corpo contra essa doença. O corpo mantem alguns linfócitos T, chamados células de memórias, que entram em ação rapidamente se o corpo encontrar o mesmo germe novamente. Quando os antígenos familiares são detectados, os linfócitos B produzem anticorpos para atacá-los. As vacinas ajudam a desenvolver imunidade, imitando uma infecção. Esse tipo de infecção, quase nunca causa doença, mas faz com que o sistema imunológico produza linfócitos T e anticorpos. Às vezes, depois de receber a vacina, a infecção simulada pode causar sintomas menores, como febre e dispneia. Esses sintomas menores são normais, e devem ser esperados à medida que o corpo aumenta a imunidade. Uma vez que a infecção simulada vai embora, o corpo fica com um suprimento de linfócitos T de memória, como linfócitos B, que se lembrarão de como lutar contra essa doença no futuro. No entanto, normalmente leva algumas semanas para o corpo produzir linfócitos T e linfócitos B após a vacinação. Portanto é possível que uma pessoa infectada com uma doença imediatamente antes, ou logo após a vacinação, possa desenvolver sintomas e contrair a doença, porque a vacina não teve tempo suficiente para fornecer a proteção. A CoronaVac foi criada por meio de uma tecnologia molecular já muito utilizada em outros imunizantes. Assim como nas vacinas da gripe, poliomielite, hepatite e da meningite, ela é composta pelo vírus inativado, ou popularmente como “vírus morto”. As partes do novo coronavírus presentes na vacina são apenas aquelas que permitem o reconhecimento do vírus pelo nosso sistema imune e não pela sua parte responsável por causar a doença. Sendo assim, a produção do imunizante consiste em inativar o coronavírus, de maneira que fique incapaz de se multiplicar e transmitir a doença, pois torna-se incapaz de infectar as células humanas. Assim que a vacina for aplicada, células de defesa do nosso organismo encontram e repodem a essas partes do coronavírus, dando início à produção de anticorpos. No entanto, esse processo demanda um certo tempo até que organismo fique protegido contra o coronavírus. Além disso, outro aspecto fundamental é a necessidade da dose de reforço, que ajusta a quantidade de anticorpos necessária para uma resposta eficiente contra uma possível infecção contra o coronavírus. Por isso, a vacinação é composta por duas doses, do mesmo laboratório, com intervalos entre 2 a 4 semanas entra as aplicações. Figura 2. Como a CoronaVac funciona Fonte: g1.globo.com, 202 3. CONCLUSÃO As vacinas contra a COVID-19 estão sendo desenvolvidas em velocidade sem precedentes, e, além da rapidez, os projetos em andamento buscam comprovar a eficácia e a segurança de tecnologias inéditas, que, futuramente, podem modernizar outras vacinas já em uso no mundo. A utilização da vacina contribui, de modo seguro, para a proteção das pessoas, reduzindo o risco de adoecimento, o número de casos graves, sobrecarga e risco de colapso da rede de saúde. Obtidas em tempo recorde, têm o potencial de reverter fortes impactos sanitários, sociais e econômicos da pandemia pelo SARS-CoV-2. Portanto, evitar ou reduzir contato social é uma das medidas mais eficientes para minimizar a circulação do vírus, o mundo hoje está imerso na pandemia COVID-19. A OMS, os governos federais, estaduais, municipais e seus parceiros estão trabalhando juntos para uma resposta promissora e ansiosamente esperada por todos. Vacinar-se é uma maneira de proteger a si mesmo e aqueles que estão ao nosso redor.
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