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Aula_Pos_operatorio_resp

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11/11/2018
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FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NO PRÉ E PÓS OPERATÓRIO 
DE CIRURGIA TORÁCICA E ABDOMINAL
Freitas et al Cochrane Database Syst Rev 2012; (9):CD004466.
Guimaraes et al. Cochrane Database Syst Rev 2009;(3):CD006058
Complicações pulmonares pós-operatórias 
7% dos pacientes com função 
pulmonar normal no pré-operatório
Complicações Pulmonares:
Principal Causa de morbidade e mortalidade no PO dos pacientes 
submetidos a cirurgias torácicas e abdominais, principalmente do 
quadrante superior do abdômen
Complicações pulmonares pós-operatórias 
70% dos pacientes com 
aumentado fator de risco como:
 idade avançada, 
 história de tabagismo, 
 obesidade, 
 doença crônica pre existente,
 apneia obstrutiva do sono, 
 tipo e duração da cirurgia, 
 extensão e localização da 
incisão cirúrgica 
 uso de sonda nasogastrica
Hipoxemia
Atelectasia 
Pneumonia
Pós-operatório: Principais Complicações Pulmonares 
 Atelectasia, 
 Edema pulmonar, 
 Hipoxemia, 
 Infecções 
Pulmonares,
 Tromboembolismo 
Pulmonar, 
 Hemorragia PO
 Pneumotórax, 
 Derrame Pleural
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Definição:
Espirometria é um teste fisiológico que mensura como um Individuo inala ou exala
volumes de ar em função do tempo. 
(CV; CVF; VEF1 e suas relações 
(VEF1/CV e VEF1/CVF)
Principais sinais mensurados: Volume e Fluxo
Espirare metrum = Espirometria
American Thoracic Society (ATS)
European Respiratory Society (ERS)
Eur Respir J 2005; 26: 319–338
Pré-Operatório
Espirometria - Função Pulmonar
FEV1: Volume expiratório forçado
CVF: Capacidade vital forçada
PFE: Pico de fluxo expiratório
Pré-Operatório
Curva
Fluxo-Volume
Curva
Volume-Tempo
CVF
CVF
CVF
Tempo (s)
Tempo (s)
Tempo (s)
25 50 75 100
V(%)
25 50 75 100
V(%)
25 50 75 100
V(%)
F 
(L
/s
)
F 
(L
/s
)
F 
(L
/s
)
V(
L)
V(
L)
V(
L)
Classificação dos Distúrbios Ventilatórios
 Normal
 Obstrutivo
 Restritivo
Pré-Operatório
Avaliação da força muscular inspiratória
Manovacuômetro digital: MV 300 
(Global Med Porto Alegre Brasil).
Black LF, Hyatt RE. Am Rev Respir Dis. 1969;99(5):696-702
ATS/ERS Statement on respiratory muscle testing. Am J Respir
Crit Care Med. 2002 Aug 15;166(4):518-624.
Pré-Operatório
Manovacuômetro digital: KH2 (HaB
International Londres, Reino Unido).
Fonte: Power Breathe (2015).26
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Estudo Multicêntrico: Treinamento Muscular Inspiratório (IMTCO)
Pré-Operatório
Avaliação do pico de fluxo inspiratório, S-
Index e volume mobilizado na manobra
 Pimáx - medida isométrica
 Avaliação dinâmica - manobra inspiratória 
válvula com passagem de ar livre
 sensores registram a variação de fluxo 
inspiratório em cada incursão 
 algoritmo patenteado, a força muscular 
inspiratória é calculada em toda variação do 
volume pulmonar inspirado
 algoritmo calcula a pressão em cmH2O
Pré-Operatório
 PImáx mede a força muscular inspiratória 
em apenas um ponto da amplitude torácica 
(ao nível do VR)
 Medida dinâmica mensura a força em toda 
amplitude de movimento do tórax
 possível analisar a força muscular 
inspiratória em toda expansão torácica até 
alcançar a CPT (pico S-index)
 compreender em qual nível de insuflação 
pulmonar os músculos estão menos 
eficientes e treiná-los de maneira mais 
precisa
 Minahan e colaboradores demonstraram 
que os valores de S-index não se equivalem 
aos valores de PImáx. Até o momento, não 
há publicações com valores de ref para o S-
Index
Pré-Operatório
Estudo mostrou que há um efeito considerável da
medição repetida sobre a PImáx, mesmo em
participantes experientes, após 18 tentativas repetidas,
a PImáx foi 11,4% maior do que a melhor das três
primeiras medições obtidas (difícil detectar
estatisticamente ganhos induzidos pelo treinamento)
Pré-Operatório
Pimax:
 dependente do esforço
 susceptível aos efeitos da aprendizagem 
motora
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Efeito de aprendizagem pode ser superado, ofertando
um treinamento com carga inspiratória submáxima
antes da avaliação da PImáx (duas séries de 30
incursões, com resistência inspiratória linear
equivalente a 40% da melhor PImáx medida durante os
três primeiros esforços).
Seguindo esse protocolo, a diferença entre o melhor
dos três primeiros esforços e a medição do 18º foi de
apenas 3%.
O tempo necessário para se obter aferições confiáveis
de PImáx pode ser reduzido consideravelmente por
meio da implementação de sobrecarga prévia.
Contudo, ocasionalmente, a mensuração
da PImáx pode ser difícil de ser realizada,
especialmente em pacientes com baixo nível de
motivação e algum grau de déficit cognitivo.
Pré-Operatório Pré-Operatório
Pré-Operatório
Estudos tem mostrado que o treinamento muscular inspiratório no pré-operatório
em pacientes de alto risco previstos para cirurgia de revascularização miocárdica
eletiva aumentou a força muscular inspiratória e reduziu a incidência de
complicações pulmonares pós-operatórias e o tempo de internação.
Hulzebos e cols, JAMA. 2006
Avaliação da Capacidade Funcional
Kenneth Cooper, 1968 1982 2009
A avaliação da capacidade física é tão importante quanto a avaliação da função 
pulmonar em indivíduos com doença pulmonar crônica. 
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Testes Clínicos de Campo: Avaliação da Capacidade Funcional
Cooper desenvolveu um
protocolo de 12 minutos de
caminhada para avaliar a
capacidade funcional em
um grupo de 115 oficiais e
aviadores da Força Aérea
dos EUA.
JAMA, 1968
Teste de Caminhada de 6 Minutos
- Diagnóstico clínico da capacidade de exercício
- Avaliação no período pré e pós-operatório
- Monitorar a resposta e o progresso dos programas de reabilitação pulmonar 
e cardíaca
- Transplante cardíaco e pulmonar, entre outras intervenções terapêuticas
- Preditor de morbidade e mortalidade
ATS/ERS Statement on respiratory muscle testing. Am J Respir Crit Care Med. 2002;166(4):518-624
Teste de Caminhada de 6 Minutos
80%
TC6M é o teste SUBMÁXIMO 
mais utilizado em 
Programas de Reabilitação Pulmonar
Elpern EH,et al. Chest. 2000
Teste de Caminhada de 6 Minutos
ATS/ERS Statement on respiratory muscle testing. Am J Respir Crit
Care Med. 2002;166(4):518-624
- Capacidade de exercício submáxima
- Baixo custo
- Reflete AVD’s 
- Espaço de 30 metros
- Andar tanto quanto possível durante 6 
minutos
- MDCI: 30 metros 
Pré-Operatório
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Equações de referencia para predição da distancia caminhada baseado em 
estudos brasileiros
Pré-Operatório Teste Levantar e Sentar 
Explicar ao paciente como será realizado
■ posicionar a cadeira de forma firme;
■ utilizar, preferencialmente, uma cadeira sem apoio de braços;
■ explicar o teste de forma clara e demonstrá-lo antes;
■ pedir para que o indivíduo realize pelo menos uma repetição antes de iniciar o teste;
■ observar e não permitir que o paciente utilize as mãos para se apoiar durante a realização 
do teste
Teste Levantar e Sentar 
Mais utilizados internacionalmente:
Teste de 5 repetições: desfecho – tempo
Teste de 1 minuto: desfecho – número de repetições
ORIENTAÇÃO PRÉ OPERATORIA
 Procedimento cirúrgico
 Ventilação Mecânica
 Localização da incisão
 Importância dos exercícios
 Tosse no pós-operatório
Pré-Operatório
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Pós-Operatório: Avaliação
Hipoxemia
Atelectasia 
Pneumonia
Pós-operatório: Principais Complicações Pulmonares 
 Atelectasia, 
 Edema pulmonar, 
 Hipoxemia, 
 Infecções 
Pulmonares,
 Tromboembolismo 
Pulmonar, 
 Hemorragia PO
 Pneumotórax, 
 Derrame Pleural
Pós-operatório
Quadro
Álgico
↓
Complacência 
Pulmonar
↓ 
CRF
CV
Hipoventilação
Alveolar
Depressão
Clearance
Mucociliar
Shunt
arteriovenoso
Anestésicos
Duração 
da cirurgia
Traumatismo
cirúrgico 
Complicações 
pós-operatórias 
Pós-Operatório: Hipoventilação e Redução da CRF 
Áreas atelectáticas diminuem a CRF e aumentam o shunt pulmonar. 
Essas áreas não ventiladas podem responder por até 20% do volume total do pulmão, 
causando hipoxemia no PO
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Pós-operatório: Exame Físico Pós-operatórioExame Físico - Inspeção
Inspeção Estática: Alterações na pele e mucosas
Pós-operatório
Inspeção Estática: Alterações osteoarticulares
Pós-operatório
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Inspeção Dinâmica: frequência respiratória
Bradipneia
Taquipneia
Apneia 
Ortopnéia
Platipneia
Trepopneia
Dispnéia
Pós-operatório Pós-operatório: MRC
Palpação: Expansibilidade torácica
Caldeira et al. J Bras Pneumo 2007
Pós-operatório
Quando há evidencia de instabilidade esternal (click, estalido ou movimento a palpação) ou infecção, 
exercícios que afetem essa área devem ser evitados.
Pós-operatório
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Ausculta Pulmonar 
Pós-operatório
Rx de tórax
•Qualidade
•Partes Moles
•Músculos
•Ossos
•Parênquima
Pós-operatório
Pós-operatório: Plano terapêutico
Modificado de Reis e cols, 2016. PROFISIO/ASSOBRAFIR
 Posicionamento corporal 
 Mobilização precoce 
+ 
 Terapia de expansão pulmonar e técnicas de remoção de secreção (SN)
 Estimular a independência funcional da paciente e orientar quanto à 
continuidade da prática dessas atividades após alta hospitalar
Redução das complicações pulmonares relacionadas aos procedimentos 
cirúrgicos e ao imobilismo no período pós-operatório
Pós-operatório: Plano terapêutico
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Pós-operatório: Posicionamento corporal
Modificado de Reis e cols, 2016. PROFISIO/ASSOBRAFIR
Aumento significativo da CRF
de zero grau para a posição ortostática 
Pós-operatório: Posicionamento corporal
Modificado de Reis e cols, 2016. PROFISIO/ASSOBRAFIR
Pós-operatório: Posicionamento corporal Oxigenioterapia: Sistemas de Baixo Fluxo
REGRA PARA O CÁLCULO DA FIO2 ESTIMADA, FORNECIDA 
PELAS CÂNULAS E CATETERES
Fluxo (L/min) FiO2 estimada
1 24%
2 28%
3 32%
4 36%
5 40%
FiO2: 35 a 50%
Fluxos: 5 a 15L/min
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Oxigenioterapia: Sistemas de Alto Fluxo
AJUSTE DO FLUXO DE O2 DE ACORDO COM A COR DA VÁLVULA 
DE VENTURI E SUA CORRESPONDENTE FIO2
Cor da válvula FiO2 Fluxo de O2
Azul 24% 3Lpm
Amarelo 28% 6Lpm
Branco 31% 8Lpm
Verde 35% 12Lpm
Rosa 40% 15Lpm
Laranja 50% 15Lpm
Lpm: litros por minuto
Terapia de Alto Fluxo
FiO2: 31–100%
Fluxo: 10 a 60L/min
Ar aquecido (33º–37ºC) e umidificado
Eficaz para o tratamento precoce da insuficiência respiratória hipoxêmica
Terapia de Alto Fluxo
Estudo multicêntrico: Insuficiencia Cardíaca pós-operatório de cirurgia cardíaca
Grupo alto fluxo: Fluxo: 50 L/min; FiO2: 50%
Grupo BIPAP: Ipap 8 cmH2O, Epap de 4 cmH2O e FiO2 de 50% / 4 h/dia
Falha no tratamento, Mortalidade, Tempo de UTI e Variáveis respiratórias similares
Taxa de lesão de pele > Grupo VNI (10% vs 3%)
Pós-operatório: Mobilização Precoce
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Modificado de Reis e cols, 2016. PROFISIO/ASSOBRAFIR
 Posicionamento corporal 
 Mobilização precoce 
+ 
 Terapia de expansão pulmonar e técnicas de remoção de secreção (SN)
 Estimular a independência funcional da paciente e orientar quanto à 
continuidade da prática dessas atividades após alta hospitalar
Redução das complicações pulmonares relacionadas aos procedimentos 
cirúrgicos e ao imobilismo no período pós-operatório
Pós-operatório: Plano terapêutico
Sedentário Leve Moderado Intenso
Pós-operatório: Mobilização Precoce
Fonte: Adaptada de Hill e colaboradores (2015).
Exemplo do número necessário de METs para as diferentes intensidades de AF
e de inatividade de acordo com recomendações do ACSM
 Adaptado da Mayo Clinic e Emory University School of Medicine e 
publicado pelo Departamento de Fisioterapia da Sociedade de 
Cardiologia do Estado de São Paulo, é composto de 7 etapas e o gasto 
energético imposto ao paciente é estimado em METS
Pós-operatório: Mobilização Precoce
Etapa 1: UCO/UTI (1 – 2 MET/Leve)
 Decúbito dorsal – 45°
 Exercícios Respiratórios
 Exercícios ativos de extremidades
 Exercícios ativo assistidos de 
cintura, cotovelos e joelhos
Pós-operatório: Mobilização Precoce
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Etapa 2: UCO/UTI (1 – 2 MET)
Pós-operatório: Mobilização Precoce Pós-operatório: Mobilização Precoce
Etapa 3: Enfermaria (2 – 3 MET)
Pós-operatório: Mobilização Precoce
Etapa 4: Enfermaria (2 – 3 MET)
Pós-operatório: Mobilização Precoce
 Os exercícios de membros superiores associados aos exercícios respiratórios, 
auxiliam na prevenção de complicações pulmonares
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Etapa 5: Enfermaria (3 – 4 MET)
Pós-operatório: Mobilização Precoce
Objetivos:
- Restauração do padrão respiratório (↑ VC e ↓f)
- Normalização do movimento toracoabdominal
- Redução do trabalho ventilatório, com melhor distribuição da ventilação
- Reexpansão do tecido pulmonary colapsado, com melhora da troca gasosa e 
alivio da dispneia
- Geração de maior fluxo de ar expiratório, mobilizando secreções bronquicas e 
auxiliando na eficiencia da tosse
-
Técnicas de Expansão Pulmonar: mecanismos
Modificado de Reis e cols, 2016. PROFISIO/ASSOBRAFIR
 Posicionamento corporal 
 Mobilização precoce 
+ 
 Terapia de expansão pulmonar e técnicas de remoção de secreção (SN)
 Estimular a independência funcional da paciente e orientar quanto à 
continuidade da prática dessas atividades após alta hospitalar
Redução das complicações pulmonares relacionadas aos procedimentos 
cirúrgicos e ao imobilismo no período pós-operatório
Pós-operatório: Plano terapêutico
Vander, Sherman & Luciano. Fisiologia Humana: Os Mecanismos das Funções Corporais. Guanabara, 12ed
Pressão transpulmonar = Palv – Pip
Pressão intrapleural
Pressão alveolar
Técnicas de Expansão Pulmonar: mecanismos
Pressão intrapleural
Pressão alveolar
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Mecanismos para aumentar o 
volume pulmonar:
 Reduzir a Ppl (torná-la mais 
negativa) – essa ação requer 
aumento da capacidade de 
contração muscular 
inspiratória para gerar maior 
deslocamento de volume. As 
técnicas disponíveis são:
– exercícios respiratórios;
– Inspirometria de 
incentivo;
– Pressão expiratória 
positiva;
Técnicas de Expansão Pulmonar: mecanismos Técnicas de Expansão Pulmonar: mecanismos
Mecanismos para aumentar o volume 
pulmonar:
•aumentar a Palv – esse efeito é obtido quando, na 
inspiração, aplica-se um gás acima da pressão 
atmosférica, forçando o fluxo em direção aos 
alvéolos. 
As técnicas disponíveis são:
– pressão positiva contínua nas vias aéreas 
(CPAP);
– pressão positiva nas vias aéreas com dois 
níveis de pressão (Binível);
– exercícios com respiração com pressão 
positiva intermitente (RPPI);
O ponto comum entre a respiração espontânea e a 
respiração com pressão positiva é o aumento 
da Ptransp, que é a pressão de distensão alveolar.
Vander, Sherman & Luciano. Fisiologia Humana: Os Mecanismos das Funções Corporais. Guanabara, 12ed
Pressão transpulmonar = Palv – Pip
Pressão intrapleural
Pressão alveolar
Técnicas de Expansão Pulmonar: mecanismos
Pressão intrapleural
Pressão alveolar
Técnicas de Expansão Pulmonar
Exercícios Respiratórios (Manuais)
Exercícios Respiratórios com dispositivos
Exercícios Respiratórios com pressão positiva
Respiração com Lábios Cerrados, Exercício Respiratório Diafragmático, Respiração Costal Basal
Exercício Respiratório de inspirações em tempos com ou sem pausa, Inspiração Máxima
Inspiração Máxima Sustentada
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Pressão Expiratória Positiva (EPAP)
 Geração de pressão subatmosférica na 
inspiração e expiram contra uma 
resistência linear, gerando pressões de 5 a 
20 cmH2). 
 Atua expandindo vias aéreas e recrutando 
alvéolos colapsados  redução do shunt 
aumentando a PaO2 
Pressão Expiratória Positiva (EPAP)
 Geração de pressão subatmosférica na 
inspiração e expiram contra uma 
resistência linear, gerando pressões de 5 a 
20 cmH2). 
 o paciente é orientado a realizar com 
um VC maior do que o normal;
 a expiração deve ser levemente ativa 
contra a resistência;
 a pressão atingida deve estar entre 10 e 
20cmH2O, mas não deve ser forçada até o 
final da expiração;
 a duração e o número de sessões devem 
ser individualizados de acordo com as 
indicações do tratamento. 
 Em geral, fazem-se 3 ou + séries de 10 
repetições
a. Poros de Kohn:interalveolares
b. Canais de Lambert: conexões broncoalveolares
c. Canis de Martin: comunicação interbronquiolar
 via aérea com secreção
 a PEEP melhora a comunicação colateral 
 permite melhor fluxo de ar para unidades 
alveolares obstruídas por excesso de secreção 
facilitando sua remoção
Pressão Expiratória Positiva nas vias aéreas Pressão Positiva Contínua nas vias aéreas - CPAP
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Interfaces
Escolha: conforto, a aderência e a otimização do suporte ventilatório e seus efeitos fisiológicos
Pressão Positiva Contínua nas vias aéreas – CPAP x BIPAP
A VNI só deve ser utilizada naqueles pacientes capazes de manter a 
permeabilidade da via aérea superior, assim como a integridade dos 
mecanismos de deglutição e a capacidade de mobilizar secreções
Ventilação não-invasiva - VNI
OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA
A curto prazo A longo prazo
 Reduzir sintomas.
 Reduzir o trabalho ventilatório (Wob).
 Melhorar e estabilizar as trocas gasosas.
 Otimizar o conforto do paciente.
 Evitar intubação.
 Minimizar riscos.
 Melhorar a duração e a qualidade do sono.
 Maximizar a qualidade de vida.
 Melhorar o status funcional.
 Prolongar a sobrevida.
Pós-operatório: Posicionamento corporal
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Pressão Expiratória Positiva Oscilante Pressão Expiratória Positiva Oscilante
Pressão Expiratória Positiva Oscilante Tosse
Fase 
Inspiratória
Fase 
Compressiva
Fase de Expulsão
II Diretrizes Brasileiras no Manejo da Tosse Crônica. J Bras Pneumol. 2006
Voluntária
Assistida
Provocada
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Modificado de Reis e cols, 2016. PROFISIO/ASSOBRAFIR
 Posicionamento corporal 
 Mobilização precoce 
+ 
 Terapia de expansão pulmonar e técnicas de remoção de secreção (SN)
 Estimular a independência funcional da paciente e orientar quanto à 
continuidade da prática dessas atividades após alta hospitalar
Redução das complicações pulmonares relacionadas aos procedimentos 
cirúrgicos e ao imobilismo no período pós-operatório
Pós-operatório: Plano terapêutico Prática Baseada em Evidências
Pesquisa
Clínica de 
Alta Qualidade
Preferências
Do Paciente
Conhecimento
Do Profissional
PBE
Casos Clínicos Casos Clínicos
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Casos Clínicos
V.M.E. 55 anos de idade, do sexo masculino, ex-tabagista (30 anos), sedentário, no 1º dia
de pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio. A fisioterapia foi
acionada para avaliar o paciente. Na avaliação apresenta-se em respiração espontânea,
SpO2=90%, frequência respiratória de 24 irpm, hemodinamicamente estável, na ausculta
pulmonar há redução do murmúrio vesicular em base esquerda e roncos em ápices,
bilateralmente. Radiografia de tórax mostra atelectasia de base esquerda.
A partir dos dados apresentados, descreva os objetivos e o plano terapêutico para o
paciente.
Casos Clínicos
V.M.E. 55 anos de idade, do sexo masculino, ex-tabagista (30 anos), sedentário, no 7º dia
de pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio. Apresenta-se em
respiração espontânea com utilização de oxigenioterapia em cateter nasal 1L/min,
SpO2=99%, frequência respiratória de 14 irpm, hemodinamicamente estável, na ausculta
pulmonar há murmúrio vesicular presente em bases e roncos em ápices, bilateralmente.
Radiografia de tórax sem alterações. Durante avaliação o paciente estava sentado em
poltrona fora do leito.
A partir dos dados apresentados, descreva os objetivos e o plano terapêutico para o
paciente.
Casos Clínicos
N.P.H., de 51 anos, internada no HRSJ para realização de colecistectomia devido a uma 
neoplasia da vesícula biliar cujos sintomas incluíam forte dor abdominal e náuseas. A 
colecistectomia ocorreu após 4 dias através de laparotomia. Em 25/09/06 foi verificada 
uma fistula duodenal para qual foi realizado acompanhamento diagnóstico constante.
Paciente apresentou quadro de desnutrição grave durante a internação sendo 
submetida à alimentação por NPT. 
No dia 10/10/18 foi detectado hemotórax devido ao rompimento do acesso venoso 
central localizado no hemitórax direito sendo necessária à colocação de dreno torácico. 
Em conseqüência disso a paciente foi submetida ao procedimento cirúrgico para 
realização de toracostomia com remoção de coágulos pleurais (cerca de 1,5 litros) com 
uma incisão torácica (toracotomia limitada ou minitoracotomia) no espaço pleural 
através do 5º espaço intercostal, sem necessidade de ressecção de costela. 
Casos Clínicos
No dia da avaliação fisioterapêutica, 23/10/18, paciente encontrava-se no terceiro dia 
de pós-operatório apresentando minitoracotomia ântero-lateral direita, laparotomia
mediana, dreno torácico oscilante, não borbulhando e de baixo débito no hemitórax
direito, acesso venoso periférico no membro superior esquerdo. As queixas pa paciente 
incluíam enjôo, leve algia próximo às incisões cirúrgicas durante a movimentação no 
leito. A paciente encontrava-se lúcida, orientada, contactuante, bastante sonolenta, 
pouco comunicativa e colaborativa. A inspeção constatou-se tipo respiratório apical, 
restrição da expansibilidade torácica, tosse eficaz e improdutiva, edema em membro 
superior esquerdo e em membros inferiores. 
A avaliação da força do músculo diafragma foi dificultada pelo quadro álgico, mas 
verifica-se restrição na excursão devido ao edema abdominal e as incisões. À mensuração 
dos sinais vitais verificou-se freqüência cardíaca de 102 bpm, freqüência respiratória de 
18 rpm, pressão arterial de 150/90 mmHg e ausculta pulmonar murmúrio vesicular 
presentes bilateralmente, porém diminuídos em bases e ausência de ruídos adventícios.
O exame radiográfico do dia 17/10/06 revela radiopacidade no hemitórax direito 
compatível com o quadro de hemotórax. O raio-x do dia 24/10/06 demonstra melhora do 
hemotórax e aumento da radiopacidade do hemitórax esquerdo caracterizando áreas de 
infiltrado e consolidações.

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