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O bem-estar suíno é o estado em que se encontra esse animal em relação à suas tentativas de adaptar-se ao ambiente. Alimentação saudável e suficiente: ofertar nutrição que priorize quantidade e qualidade, permitindo fácil acesso aos cochos e evitar a competição Agua potável, limpa, fresca e abundante: adequando a altura dos bebedouros e a vazão, permitindo que saciem a sede Instalações seguras: evitando lesões, de fácil limpeza e desinfecção Ambiência: temperatura adequada à fase em que se encontram Qualidade do ar: projetos devem contemplar o uso de ventilação evitando umidade elevada e a baixa concentração de amônia Espaço suficiente: deve-se permitir que cada animal tenha disponibilidade de pelo menos 1 vez e meia a área que ocupa quando deitado, bem como prover o enriquecimento ambiental Área de repouso seca e confortável: possam deitar em um piso sólido e seco Maternidade provendo conforto para a matriz e para os leitões (maior problema na suinocultura atualmente): para a certificação não se admite gaiolas individuais; Manejo com calma e tranquilidade: evitando estresse em todas as fases produtivas; Existem os Indicadores baseados no animal: são aplicados em qualquer sistema de produção ou alojamento; e os indicadores do ambiente: quais as estratégias de melhorias são mais adequadas Indicadores Fisiológicos Indicadores Comportamentais Indicadores de Saúde Indicadores de Desempenho produtivo Os indicadores devem ser: Válidos: mensurar o que realmente se pretende Confiáveis: fornecer mensurações replicáveis Práticos: possivelmente aplicáveis Função: controlar eventos nas diferentes fases da criação, permitindo com isso gerar relatórios de desempenho de cada lote: Cria: Reprodução, Gestação e Maternidade Recria/Creche Terminação: crescimento e engorda Unidades de Produção: unidade de produção de leitões, unidade de creche e unidade de terminação Setor de reprodução, setor de gestação e setor de maternidade Setor de reprodução: marrãs e matrizes junto com os reprodutores Setor de gestação: fêmeas gestantes Setor de maternidade: fêmeas vão se adaptar e amamentar seus filhotes, durante 21-28 dias. Depois de uns dias, as matrizes voltam para o setor de reprodução. Macho (cachaço): reprodutor da granja Leitoa (marrã): fêmeas de reposição do plantel de reprodução. Fêmea reprodutora (Porca): é a fêmea do plantel, já foi fecundada, as que foram cobertas e ainda não pariram e as fêmeas que já apresentaram um ou mais partos. Leitão na maternidade: é a fase compreendida entre o nascimento e o desmame. Cela parideira: tipo de instalação mais comum e convencional para o setor de maternidade na fase de criação. Do outro lado é uma baia aberta, onde as matrizes ficam com as crias soltas dentro da baia. O leitão que desmama na maternidade vai para essa fase sem a matriz e fica por volta de 42 dias Chega com 21 dias com 8kg e sai entre 63-64 dias com 20-30kg Nessa fase, o animal é adaptado à uma nova condição de vida Na creche, eles não consomem mais leite Os leitões são separados em grupos homogêneos fisicamente – se dá em função de características de tamanho Os animais entram com 64 dias pesando de 20-30kg e saem entre 150-170 dias (12 a 14 semanas de vida), pesando 100-120kg; Suínos em crescimento: animais após a saída da creche até atingirem peso médio de 55kg Suínos em Engorda: inicia aos 55kg de peso e vai até o abate, por volta dos 100 a 120kg Integração: empresa integradora que integra vários produtores cada qual fazendo uma fase da produção, integrado à outros elos da cadeia produtiva como cadeia de insumos e indústria. Ciclo completo (mais usual) Abrange todas as fases de criação e o produto é o suíno terminado – seja feito por um único produtor ou uma empresa integradora que integra os produtores Ou ciclos parciais de produção, não tão comuns, onde produtores independentes realizam a produção. Produção de leitões (UPL_ Envolve basicamente a fase de reprodução e o produto é o leitão Desmamados: 6kg (21 dias) ou 10kg (42 dias) Para terminação: 18 a 25 kg (50 a 70 dias) Produção de reprodutores: machos e fêmeas Produção de terminados Envolve somente a fase de terminação Aquisição de leitões com 20 a 30kg Os sistemas de produção que trabalha na suinocultura normalmente são o extensivo Extensivo Totalmente vinculado a produtores que fazem subsistência, ou seja, comercialização clandestina – sem comercialização para mercado Produção de baixa de tecnificação Baixos índices produtivos Sem subdivisão dos animais por categoria Alta concentração de animais por área Permanecem em chiqueiros (instalação única onde todos os animais ficam juntos) e se alimentam de lavagem (resto de tudo) É para consumo próprio ou subsistência, de maneira que não vai para a indústria ser abatido adequadamente Escrituração zootécnica: conjunto de práticas relacionadas às anotações da propriedade rural Intensivo Alta tecnificação, com altos índices produtivos e alta concentração de animais por área Tipos: Sistema de criação ao ar livre (Siscal) Sistema de criação misto ou semi- confinado Sistema de criação condenado (granja) Confinamento de Cama sobreposta (Deep bedding) Os animais são mantidos em piquetes com forragens, um capim para base dessa área Fases de reprodução, maternidade e creche: presença ou não de creche vai depender se o produtor trabalha com ciclo completo e produção ou se ele trabalha apenas em uma fase num processo de integração Cercados com fios ou telas de arame eletrificados ou não eletrificado A maioria dos produtores que trabalham em siscal trabalham em sistema de integração É necessário que haja uma forragem e programar rotação de piquetes: para não ter uma área sobrecarregada – para haver piquetes para rotação é importante para ajudar na proteção dessa área. Atenção ao bem-estar animal: animal deve expressa seu comportamento natural – empresa só aplica certificado de bem estar animal à lugares onde os animais tenham tanto a área de confinamento quanto uma área de pasto Vantagens Bom desempenho Baixo custo de implantação e manutenção Facilidade de ampliação da produção em comparação aos sistemas confinados Desvantagens Necessidade de terreno acessível e fácil de fazer manutenção Necessidade de um bom manejo do solo Pode haver presença de plantas tóxicas e agentes infecciosos Fêmeas vazias e gestantes e machos reprodutores têm acesso ao piquete, já as porcas em lactação e animais em crescimento e terminação ficam confinados – parte fica confinada parte não Seria uma mistura de características do Siscal com o sistema de confinamento, onde algumas categorias ficam confinadas enquanto outras tem acesso à áreas de piquetes. Vantagens Bons índices produtivos Instalações adequadas para cada fase Mão de obra especializada Desvantagens Custo maior que o sistema ao ar livre, mas ainda menor que o confinado Necessidade de área maior Menor controle de assepsia Contaminação excessiva do solo Sistema em que todas as categorias estão sobre piso e sob cobertura dentro de um galpão– subdivididos em baias. Utiliza mecanização do fornecimento de ração e de limpeza: Existem alimentadores naturais, artificiais e computadorizadas Sistema que causa muitos impactos ao meio ambiente Vantagens Os animais engordam de maneira rápida Nível sanitário é adequado Maior produção por conta de maior controle aos animais Desvantagens Maior impacto ao meio ambiente: os dejetos não são descartados adequadamente Custo maior Necessidade de mão de obra Sistema de criação de suínos em leito formado por material de cama com serragem, palha, casca de arroz etc., e os desejos são misturados aos substratos do leito e submetidos ao processo de compostagem dentro da própria edificação. Esse material absorve esses desejos dos animais e servirá como produto para ser comercializado também Vantagens Menor custo fixo pois gasta menos água, menor impacto ambiental, melhor bem- estar animal e menor gasto Desvantagens Maior gasto energético com pior conversão alimentar Em confinamentos, animais ficam mais próximos um do outro, portanto se houver uma doença infectocontagiosa a propagação será maior. Por outro lado um ambiente de siscal com área maior onde eles ficam mais longe uns dos outros, a contaminação seria menor. Porém no ambiente de confinamento há controle de assepsia, e no ambiente aberto tem umidade, lama, onde a doença entraria mais facilmente, e assim seria maior o risco de se propagar uma doença. O fato dos animais no siscal ficarem próximo uns dos outros diminui a chance de um animal doente passar doença para outro. Assim como o manejo inadequado das camas de compostagem pode trazer vários problemas de saúde do animal, caso não tenha uma característica absorvente eficiente fará com que os animais tenham contato direto com as fezes e urina.
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