Buscar

TRABALHO DA DISCIPLINA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 11 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA 
 
PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) 
 
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - CEL0379 
 
 
 
 
 
VANESSA SANTOS SIMÕES GONÇALVES 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTOS DO SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2021 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A Constituição Federal de 1988 prevê que a educação é “direito de todos e dever do 
Estado e da família”. O direito à educação foi, por muito tempo, concebido como o direito de 
matrícula em qualquer escola pública. Atualmente, consiste não apenas no acesso à escola, 
mas, no direito ao aprendizado de competências cognitivas “visando o pleno desenvolvimento 
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. 
Portanto, o direito à educação contempla aspectos relativos ao acesso e à permanência, que 
geram impacto direto à qualidade do ensino. 
 A verificação da qualidade da educação, realizada por meio do levantamento de 
dados obtidos a partir da aplicação de testes padronizados, tem como propósito organizar um 
conjunto de informações que diagnostiquem e forneçam subsídios para a instauração ou 
manutenção de políticas educacionais. Nesse sentido o Inep (Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério 
da Educação (MEC), tem a missão de subsidiar a formulação de políticas educacionais dos 
diferentes níveis de governo com intuito de contribuir para o desenvolvimento econômico e 
social do país. O órgão atua na Educação Básica através de instrumentos de avaliação como 
Ideb, Saeb, Enem e Censo escolar e exames, pelas estatísticas e indicadores, e pela gestão do 
conhecimento e estudos educacionais. 
 Assim o estudo e a análise dos dados fornecidos por essas avaliações possibilitam a 
criação de medidas que contribuem para a melhoria da qualidade do aprendizado e das 
oportunidades educacionais ofertadas à sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 PRINCIPAIS AVALIADORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA 
 
 
 
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, 
em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade 
da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O Ideb é calculado a 
partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de 
desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). 
 O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade 
de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade 
educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10. A combinação entre fluxo e 
aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver 
seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado, 
indicando a necessidade de melhoria do sistema. Se, ao contrário, o sistema apressar a 
aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a 
necessidade de melhoria do sistema. Nesse sentido, para uma educação de qualidade, não é o 
bastante que os alunos tenham altas notas nas avaliações no SAEB e na Prova Brasil, por 
exemplo, mas que reprovem ou abandonem a escola sem completar a educação básica, nem 
tampouco que concluam a educação básica com dificuldades de aprendizagem. Tal afirmação 
é encontrada em Fernandes (2007), ao tratar da educação de qualidade, afirma: 
 
Mesmo que os alunos atinjam elevadas pontuações nos exames 
padronizados, um sistema educacional que reprova sistematicamente seus 
estudantes, provocando o abandono de um número significativo deles, sem 
que completem a educação básica, não é desejável; lembra, porém, que a 
conclusão no período correto e com baixas taxas de abandono, mas que 
produzisse concluintes com deficiência de aprendizagem, tampouco o seria. 
(FERNANDES, 2007, p.5) 
 
 O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da 
educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação 
básica, que tem estabelecido, como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde 
a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos. 
http://portal.inep.gov.br/censo-escolar
https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-educacionais/saeb/resultados
 
 
Referente ao ano de 2019, as escolas da rede pública do estado do Rio de Janeiro 
ficaram com 3.5 pontos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), referente 
ao ano de 2019. Com esse resultado, o estado do Rio de Janeiro terminou em 20° lugar dentre 
as 7 unidades federativas do país. 
Para o ano em questão a meta estabelecida pelo Ministério da Educação (MEC) era de 
4.4 pontos no Ideb, o que representaria o melhor índice desde 2015, quando a pontuação 
atingida foi de 3.6 pontos. Em 2017 o resultado sofreu ainda uma piora ficando apenas com 
3.3 pontos. 
Na comparação com 2017, apesar de notada uma leve melhora, as escolas do estado 
ainda estão muito distantes de seus objetivos. O MEC estabeleceu para o próximo ano de 
avaliação, que será 2022, a meta de 6 pontos. O que colocaria o ensino do Rio de Janeiro no 
mesmo patamar de qualidade das escolas dos países desenvolvidos. 
Se a qualidade das escolas da rede estadual não vai bem em todo o estado, a situação 
das unidades de ensino médio localizadas na capital fluminense é ainda pior. 
Os alunos da cidade do Rio que estudam na rede estadual ficaram com apenas 3.2 
pontos. Entre os 92 municípios do estado, a capital só superou a cidade de Tanguá, que ficou 
com 3 pontos, e empatou na avaliação com Quissamã. 
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), é composto por um conjunto de 
avaliações externas em larga escala. Por meio de provas e questionários, o Saeb permite 
avaliar a qualidade da educação brasileira, oferecendo subsídios para o monitoramento, a 
elaboração e o aprimoramento de políticas públicas com base em evidências. Instituído em 
1990, atualmente apresenta informações a respeito das principais etapas da Educação Básica, 
desde o processo de alfabetização no Ensino Fundamental até a etapa final do Ensino Médio. 
A cada dois anos investiga os principais envolvidos no processo educativo e oferece 
informações sobre estudantes, professores, dirigentes educacionais e os seus respectivos 
sistemas de ensino e escolas. 
 Atualmente a responsabilidade de aplicação e avaliação do Saeb é da Diretoria de 
Avaliação da Educação Básica (Daeb) que é composto pela ANEB2 e pela ANRESC, 
comumente conhecida por Prova Brasil. 
 Aplicado a cada dois anos, o Saeb avalia as competências em Língua Portuguesa e 
em Matemática de alunos de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio 
de escolas públicas (INEP, 2008, p. 10). Com o objetivo de colaborar para o desenvolvimento 
de uma cultura avaliativa que eleve os padrões de qualidade e equidade da educação; 
 
 
melhorar a qualidade do ensino; reduzir as desigualdades e democratizar a gestão do ensino 
da rede pública, tendo como norte as políticas e metas preconizadas pelas diretrizes da 
educação nacional; o Saeb oportuniza às unidades escolares, informações a respeito da 
qualidade de ensino ministrado, para que essas informações auxiliem na escolha dos gestores 
de cada unidade (HORTA, 2007). 
 Os testes do Saeb são elaborados a partir de matrizes de referência. Os conteúdos 
associados a competências e habilidades desejáveis para cada série e para cada disciplina são 
subdivididos em partes menores, os descritores, cada uma especificando o que os itens das 
provas devem medir. Os descritores, por sua vez, traduzem uma associação entre os 
conteúdos curriculares e as operações mentais desenvolvidaspelos alunos. Os descritores, 
portanto, especificam o que cada habilidade implica e são utilizados como base para a 
construção dos itens de diferentes disciplinas 
As matrizes do Saeb não englobam todo o currículo escolar e não devem ser 
confundidas com procedimentos, estratégias de ensino ou orientações metodológicas, já que o 
recorte da avaliação só pode ser feito com base em métricas aferíveis. 
Já a escala pode ser visualizada como uma régua construída com base nos parâmetros 
estabelecidos para os itens aplicados nas edições do teste. Em cada ciclo da avaliação, o 
conjunto de itens aplicados nos testes de desempenho é posicionado na escala de proficiência 
a partir dos parâmetros calculados com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI). Após a 
aplicação do teste, a descrição dos itens da escala oferece uma explicação probabilística sobre 
as habilidades demonstradas em cada intervalo da escala. 
 
O Censo Escolar é o principal instrumento de coleta de informações da educação 
básica e a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira. É coordenado pelo 
Inep e realizado em regime de colaboração entre as secretarias estaduais e municipais de 
educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. A pesquisa 
estatística abrange as diferentes etapas e modalidades da educação básica e profissional: 
• Ensino regular (educação infantil, ensino fundamental e médio); 
• Educação especial – modalidade substitutiva; 
• Educação de Jovens e Adultos (EJA); 
• Educação profissional (cursos técnicos e cursos de formação inicial continuada 
ou qualificação profissional). 
 
 
A coleta de dados das escolas tem caráter declaratório e é dividida em duas etapas. A 
primeira etapa consiste no preenchimento da Matrícula Inicial, quando ocorre a coleta de 
informações sobre os estabelecimentos de ensino, gestores, turmas, alunos e profissionais 
escolares em sala de aula. A segunda etapa ocorre com o preenchimento de informações sobre 
a situação do aluno, e considera os dados sobre o movimento e rendimento escolar dos alunos, 
ao final do ano letivo. 
Segundo Castro (2000) o Censo Escolar abrange aproximadamente 52 milhões de 
alunos de 2666 escolas públicas e privadas do país oferecendo dados que propiciam ao Inep: 
 
A atualização anual do Cadastro Nacional de Escolas e as informações 
referentes à matrícula, ao movimento e ao rendimento dos alunos, incluindo 
dados sobre sexo, turnos, turmas, séries e períodos, condições físicas dos 
prédios escolares e equipamentos existentes, além de informações sobre o 
pessoal técnico e administrativo e pessoal docente, por nível de atuação e 
grau de formação. (CASTRO, 2000, p. 122) 
 
A compreensão da situação educacional ocorre por intermédio de um conjunto amplo 
de indicadores que possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira, como 
o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb), as taxas de rendimento e de fluxo 
escolar, a distorção idade-série, entre outros, que servem de referência para as metas do Plano 
Nacional da Educação (PNE), que podem ser acompanhadas no observatório do PNE. Todos 
esses indicadores são calculados com base nos dados do Censo Escolar. 
Além disso, as matrículas e os dados escolares coletados servem de base para o repasse de 
recursos do governo federal e para o planejamento e divulgação de dados das avaliações 
realizadas pelo Inep. Todos esses indicadores educacionais são calculados com base nos 
dados do Censo Escolar. O Censo é realizado de forma descentralizada, por meio de uma 
colaboração entre a União, os estados e os municípios. De acordo com a Portaria MEC nº 316, 
de 4 de abril de 2007, as atribuições dos diferentes atores no processo são: 
a) Ao Inep cabe definir e disponibilizar para os demais atores o cronograma anual de 
atividades, os instrumentos e os meios necessários à execução do Censo; estabelecer 
mecanismos de controle de qualidade da informação; organizar e enviar para publicação os 
resultados; além de avaliar e acompanhar todas as etapas do processo censitário, a fim de 
garantir o alcance de seus objetivos e o aperfeiçoamento constante; 
https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/ideb
https://www.observatoriodopne.org.br/
https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/indicadores-educacionais
 
 
b) Aos gestores dos sistemas estaduais e municipais de educação cabe treinar os 
agentes que coordenarão o processo censitário nas respectivas escolas vinculadas; 
acompanhar e controlar toda a execução do processo censitário no seu território; zelar pelo 
cumprimento dos prazos e normas estabelecidas, bem como responsabilizar-se solidariamente 
pela veracidade dos dados declarados nos seus respectivos sistemas de ensino; 
c) Aos diretores e dirigentes dos estabelecimentos de ensino público e privado cabe 
responder ao Censo Escolar da Educação Básica, no Sistema Educacenso, responsabilizando-
se pela veracidade das informações declaradas. 
Com relação às responsabilidades das escolas relativas aos procedimentos de 
preenchimento do Censo Escolar, é importante enfatizar que os dados declarados pelas 
unidades escolares devem ter como base os registros administrativos e acadêmicos de cada 
escola (ficha de matrícula, diário de classe, livro de frequência, histórico escolar, sistemas 
eletrônicos de acompanhamento, diário do professor, regimento escolar, projeto político-
pedagógico, documentos de modulação de professores e de enturmação, dentre outros). Essa 
exigência é fundamental para a garantia da fidedignidade dos dados declarados. 
O Censo Escolar é uma ferramenta fundamental para que os atores educacionais 
possam compreender a situação educacional do país, das unidades federativas, dos municípios 
e do Distrito Federal, bem como das escolas e, com isso, acompanhar a efetividade das 
políticas públicas. 
 O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998, com o objetivo 
de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. O exame 
aperfeiçoou sua metodologia e, em 2009, passou a ser utilizado como mecanismo de acesso à 
educação superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa 
Universidade para Todos (ProUni) e de convênios com instituições portuguesas. Os 
participantes do Enem também podem pleitear financiamento estudantil em programas do 
governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados do Enem 
continuam possibilitando o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais. Qualquer 
pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o Enem para 
acesso à educação superior. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem 
participar do Enem como “treineiros” e seus resultados no exame servem somente para 
autoavaliação de conhecimentos. 
 A aplicação do Enem ocorre em dois domingos. Os participantes fazem provas de 
quatro áreas de conhecimento: a) linguagens, códigos e suas tecnologias; b) ciências humanas 
 
 
e suas tecnologias; c) ciências da natureza e suas tecnologias; d) matemática e suas 
tecnologias, que somam 180 questões, ao todo. Os participantes também são avaliados por 
meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo a 
partir de uma situação-problema. A Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep garante 
atendimento especializado e tratamento pelo nome social, além de diversos recursos de 
acessibilidade. 
Pela primeira vez, o Inep realizará o Enem Digital, com aplicação em janeiro e 
fevereiro de 2021. A prova em computador está prevista para mais de 96 mil participantes. 
 Durante mais de dez anos este exame foi usado única e exclusivamente para avaliar 
as habilidades e competências de concluintes do Ensino Médio, sem o objetivo de selecionar 
para o ensino superior. Os exames de seleção, osconcursos de vestibular ao ensino superior, 
eram formulados por equipes locais país afora e formatos diferentes ocorriam nas diversas 
universidades. Devido a esse fato, havia uma certa heterogeneidade entre os distintos 
concursos, o que proporcionava uma certa diversidade cultural e de formação dos ingressantes 
no ensino superior. Houve, porém, a partir de 2009, medidas governamentais de estímulo ao 
uso do ENEM não apenas como um processo de avaliação do Ensino Médio, mas como forma 
de acesso ao ensino superior no Brasil. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) passou a operar 
em larga escala no processo de alocação dos candidatos `as vagas. Um dos aspectos positivos 
de um exame nacional e de um sistema como o Sisu é a possibilidade de favorecer a 
mobilidade de estudantes de diversos locais do país favorecendo assim que sujeitos vindos de 
regiões menos desenvolvidas se desloquem para outras mais desenvolvidas. Essa mobilidade 
não só favorece a criação de um ambiente multicultural nas universidades, como também 
forma lideranças em todos os estados da federação. Entretanto o sucesso efetivo deste sistema 
depende de que as provas do ENEM sejam bem formuladas, apresentando questões 
consistentes com a avaliação das habilidades e competências preconizadas para o Ensino 
Médio, garantindo que a mobilidade pretendida se dê não só pela diversidade entre os 
ingressantes, mas também pelo domínio amplo das competências trabalhadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Ao observarmos como é realizada a avaliação institucional no Brasil na atualidade, 
verificamos os importantes instrumentos disponíveis no Sistema de Avaliação Básica. 
Contudo, tais instrumentos baseiam-se no levantamento de dados obtidos por meio de testes 
padronizados que tem como propósito organizar um arcabouço de informações que 
diagnostiquem e forneçam subsídios para criação ou manutenção de políticas públicas 
educacionais. 
Compreende-se que se faz necessário um monitoramento mais contínuo do sistema 
educacional no intuito de verificar os efeitos positivos ou negativos das políticas adotadas. 
Estamos longe de encontrar um caminho eficaz contra sérios problemas estruturais da 
educação em nosso país, como o analfabetismo, a evasão escolar e o analfabetismo funcional 
por exemplo. Na busca incessante por diminuir as disparidades de desenvolvimento entre as 
regiões do país e pela melhoria do desempenho dos nossos alunos, urge a necessidade de 
gerar medidas que permitam verificar a efetividade dos sistemas de ensino até que estes 
atinjam os patamares necessários de desempenho. Tais medidas devem contemplar a realidade 
do aluno, propiciando a construção de medidas contextuais, observando fatores intraescolares 
como a gestão e os docentes. A inclusão dos diversos atores é fator primordial na busca pela 
melhoria nos rumos das políticas educacionais brasileiras. 
Numa perspectiva mais ampla e sistemática, não apenas baseada em indicadores como 
fluxo escolar e desempenho dos alunos, os instrumentos de avaliação refletiriam uma 
realidade mais fidedigna da realidade da Educação Básica. 
Concluímos que há uma grande necessidade de ampliar os estudos no que concerne a 
avaliação de políticas sociais no âmbito da educação para que esta realmente englobe uma 
articulação entre avaliação interna e externa, que envolva elementos estatísticos e qualitativos, 
contemplando todos os atores educacionais buscando entender a realidade de cada escola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARAÚJO, Carlos Henrique; LUZIO, Nildo. Avaliação da Educação Básica: em busca da 
qualidade e eqüidade no Brasil. Brasília, DF: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais Anísio Teixeira, 2005. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: Informação e 
documentação – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. Rio de Janeiro, 2011. 
 
CASTRO, Maria Helena Guimarães de. Sistemas nacionais de avaliação e de informações 
educacionais. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 121-128, 2000. 
 
FERNANDES, Reynaldo. Índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb). Brasília: 
MEC, 2007. Disponível em: 
http://www.odetemf.org.br/curriculo/ideb_indice_de_desenvolvimento_da_educacao_basica.p
df Acesso em: 12 ago. 2012. 
 
HORTA NETO, João Luiz. Um olhar retrospectivo sobre a avaliação externa no Brasil: das 
primeiras medições em educação até o SAEB de 2005. Revista Iberoamericana de Educación, 
Madrid, n. 42/5, p. 1-14, abr. 2007. 
 
http://ideb.inep.gov.br/resultado/home.seam?cid=821410, acesso em abril de 2020. 
 
http://portal.inep.gov.br/web/guest/sobre-o-inep, acesso em maio de 2020. 
 
https://www.scielo.br/pdf/rbef/v37n1/1806-1117-rbef-S1806-11173710001.pdf, acesso em 
maio de 2020. 
 
 
 
 
http://ideb.inep.gov.br/resultado/home.seam?cid=821410
http://portal.inep.gov.br/web/guest/sobre-o-inep
https://www.scielo.br/pdf/rbef/v37n1/1806-1117-rbef-S1806-11173710001.pdf

Mais conteúdos dessa disciplina