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Higiene do Trabalho


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HIGIENE DO TRABALHO 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Esta unidade estudará o tema Higiene do Trabalho, correlacionando os riscos 
com as formas de se controlar, avaliar, reconhecer e atuar com vistas ao bem-estar 
do trabalhador. Apresenta os conceitos principais dos tipos de riscos ambientais, tais 
como os físicos, químicos, biológicos, as doenças com estes relacionadas, e as 
medidas de controle para mitigar ou eliminar por completo a presença de 
trabalhadores nestes tipos de ambientes. Especificamente, foram enfocados os 
temas que permeiam o assunto Higiene Ocupacional, estudando também o 
transporte, manuseio e armazenamento dos produtos ou substâncias agressivas, a 
insalubridade e periculosidade, a utilização dos Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI), e os programas de saúde do trabalhador, para que os problemas 
inerentes aos riscos não venham a ocasionar altos índices de acidentes do trabalho, 
de doenças ocupacionais e de falta de produtividade, em decorrência do 
absenteísmo e da perda de aptidão para o trabalho. 
 
Palavras- chave: Higiene Ocupacional; Riscos Ambientais; Fiscalização; 
Agentes Físicos; Agentes Biológicos; Insalubridade; Periculosidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 6 
CAPÍTULO 1 – HIGIENE OCUPACIONAL X RISCOS – ABORDAGEM 
HISTÓRICO-CONCEITUALE OS RISCOS DO AMBIENTE DE TRABALHO............ 8 
1.1 Conceito de Higiene Ocupacional - estudando os objetivos .......................... 8 
1.2 Histórico no mundo ........................................................................................ 8 
1.3 Histórico no Brasil .......................................................................................... 9 
1.4 Entendendo melhor as organizações no Brasil ............................................ 10 
1.5 Etapas da Higiene Ocupacional diante dos riscos ambientais ..................... 10 
1.5.1 Antecipação ................................................................................................. 10 
1.5.2 Reconhecimento .......................................................................................... 12 
1.5.3 Avaliação ...................................................................................................... 12 
1.5.4 Controle ........................................................................................................ 12 
1.6 Riscos Químicos .......................................................................................... 12 
1.6.1 Gases ........................................................................................................... 14 
1.6.2 Vapores ........................................................................................................ 14 
1.6.3 Grupos dos gases e vapores ....................................................................... 14 
1.6.4 Aerodispersóides: ........................................................................................ 15 
1.6.5 Avaliação dos Riscos Químicos ................................................................... 16 
1.6.6 Medidas para controle de riscos químicos ................................................... 16 
1.7 Riscos Físicos .............................................................................................. 17 
1.7.1 Exposição ao calor ....................................................................................... 17 
1.7.2 Valores aceitáveis de IBUTG (ºC) ................................................................ 18 
1.7.3 Efeitos adversos à saúde ............................................................................. 19 
1.7.4 Doenças do calor ......................................................................................... 19 
1.7.5 Medidas de controle relativas ao meio ambiente ......................................... 19 
1.8 Riscos Biológicos ......................................................................................... 20 
1.8.1 Diferença entre gotículas e aerossóis .......................................................... 21 
1.8.2 Doenças de transmissão respiratória por gotícula ....................................... 22 
1.8.3 Medidas de precaução indicadas para doenças transmitidas por gotículas. 24 
 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
1.8.4 Medidas administrativas para evitar a transmissão de doenças por via 
respiratória ................................................................................................................ 24 
1.8.5 Classificação de risco de agentes biológicos ............................................... 24 
1.8.6 Abordagem objetiva dos Programas de Proteção Respiratória (PPR) ......... 25 
CAPÍTULO 2 - INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE ........................................ 27 
2.1 Atividades e operações insalubres ............................................................... 27 
2.1.1 Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente ........................ 27 
2.1.2 Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto ............................................ 29 
2.1.3 Limites de Tolerância para Exposição ao Calor ........................................... 30 
2.1.4 Radiações Ionizantes ................................................................................... 30 
2.1.5 Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância 
e inspeção no local de trabalho ................................................................................. 31 
2.1.6 Limites de tolerância para Poeiras Minerais ................................................. 36 
2.2 Atividades e operações perigosas ............................................................... 38 
2.2.1 Atividades e Operações Perigosas com Explosivos: ................................... 39 
2.2.2 Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis: .................................. 40 
2.2.3 Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras 
espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou 
patrimonial ................................................................................................................. 41 
2.2.4 Atividades e operações perigosas com energia elétrica: ............................. 43 
2.2.5 Atividades perigosas em motocicleta: .......................................................... 44 
CAPÍTULO 3 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUALE OS 
PROGRAMAS DE SAÚDE DO TRABALHADOR .................................................... 46 
3.1 EPI – Equipamento de Proteção Individual .................................................. 46 
3.2 Quando usar o EPI ....................................................................................... 46 
3.3 Critérios para o uso de EPI ..........................................................................47 
3.4 Correlação entre o EPC e EPI ..................................................................... 47 
3.5 Tipos consagrados de EPIs ......................................................................... 48 
3.5.1 Proteção para as mãos ................................................................................ 48 
3.5.2 Proteção para a cabeça ............................................................................... 49 
3.5.3 Proteção visual e facial ................................................................................ 50 
3.5.4 Proteção auditiva ......................................................................................... 51 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3.5.5 EPIs para proteção respiratória .................................................................... 51 
3.6 Programas de saúde do trabalhador ............................................................ 52 
3.7 Programa de Conservação Auditiva – PCA ................................................. 52 
3.7.1 Níveis de som para conforto, segundo a NBR 10152:2017: ........................ 52 
3.7.2 Tipos de ruído .............................................................................................. 53 
3.7.3 Efeitos sociológicos da deficiência auditiva .................................................. 54 
3.8 Programa de Proteção Respiratória – PPR .................................................. 55 
3.8.1 Requisitos mínimos do PPR ......................................................................... 55 
3.8.2 Implementação do programa ....................................................................... 56 
3.8.3 Administração do programa ......................................................................... 56 
3.8.4 Regras e responsabilidades do PPR............................................................ 57 
3.8.5 A avaliação dos perigos no ambiente laboral ............................................... 57 
3.8.6 Adequação do dispositivo respirador à tarefa, ao usuário e ao ambiente de 
trabalho ..................................................................................................................... 58 
3.9 Programa de Proteção de Riscos Ambientais – PPRA ................................ 59 
3.9.1 Considerações iniciais .................................................................................. 60 
3.9.2 Abrangência de aplicação ............................................................................ 61 
3.9.3 Estrutura e conteúdo do PPRA .................................................................... 61 
3.9.4 Participação dos trabalhadores no PPRA .................................................... 63 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 64 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Iniciemos nosso estudo acerca do tema Higiene do Trabalho com os conceitos 
fundamentais, indispensáveis à formulação integral do entendimento desta que é 
uma das mais importantes áreas da Segurança do Trabalho. 
O que significa a palavra Higiene? O termo Higiene é originário da palavra 
grega Hygeia. Na mitologia grega é considerada a Deusa da Saúde. 
Isto posto, o que vem a ser Higiene Ocupacional? 
É a ciência e a arte voltadas para a antecipação, reconhecimento, avaliação 
e controle dos fatores de risco originados nos postos laborais e que podem 
prejudicar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, também tendo em vista 
o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral. 
(ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists, EUA, 
1973) 
 
Por que algumas pessoas intitulam de Higiene Industrial? Apesar de estar 
associado a outras áreas da saúde (higiene dental, higiene sanitária, dentre outras), 
o termo higiene tem sido popularizado desde a década de 70 no campo da Higiene 
Ocupacional após a publicação do “Occupational Safetyand Health Act” de 1970, 
pela OSHA, EUA. 
Já o termo industrial foi adicionado devido à preocupação dos profissionais da 
época em proteger a saúde dos trabalhadores da indústria. 
Além do estudo sob o ponto de vista da evolução da Higiene Ocupacional, 
estudaremos outros desdobramentos conceituais que permeiam o tema principal, 
tais como: 
Os riscos x higiene do trabalho: como se associam os vários tipos de riscos 
com as avaliações e controles por meio da Higiene Ocupacional; 
Estudaremos os tipos de riscos que se apresentam no ambiente laboral, tais 
como: riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos ou de acidentes, além do 
transporte e manuseio de substâncias agressivas. 
Os temas periculosidade e insalubridade também serão associados à matéria 
Higiene Ocupacional, uma vez que o conjunto de situações onde se forma um 
cenário dotado de um ou mais elementos ora citados, propicia os ambientes 
insalubres e/ou perigosos, e através dos métodos de controle, da utilização 
adequada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e da aplicação eficaz dos 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
programas de saúde do trabalhador, esta situação pode ser resolvida ou, pelo 
menos, minimizada. 
Por fim, faz-se necessário estudar a eficácia destes diversos programas que 
são as ferramentas de registro e controle para a inspeção e a fiscalização do 
trabalho. 
 
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CAPÍTULO 1 – HIGIENE OCUPACIONAL X RISCOS – ABORDAGEM 
HISTÓRICO-CONCEITUALE OS RISCOS DO AMBIENTE DE TRABALHO 
 
1.1 Conceito de Higiene Ocupacional - estudando os objetivos 
 
O estudo do conceito de Higiene Ocupacional, ou do Trabalho, pode ser feito 
através do conhecimento dos seus objetivos. Conforme estabelece a Organização 
Mundial de Saúde, a OMS, são objetivos da Higiene Ocupacional: 
- Determinar e combater, no ambiente de trabalho, todos os riscos químicos, 
físicos, biológicos e psicossociais de reconhecida e presumida nocividade; 
- Conseguir que o esforço físico e mental, exigido de cada trabalhador para 
o exercício do trabalho, esteja adaptado às suas necessidades e limitações 
técnicas, anatômicas, fisiológicas e psicológicas; 
- Adotar medidas eficazes para proteger as pessoas que sejam 
especialmente vulneráveis às condições prejudiciais do ambiente de 
trabalho e reforçar sua capacidade de resistência; 
- Descobrir e corrigir as condições de trabalho que possam deteriorar a 
saúde dos trabalhadores, de modo a garantir que os índices de mortes 
ocasionadas pelo exercício do trabalho não sejam superiores a do conjunto 
de população; 
- Orientar a administração dasempresas e os trabalhadores no 
cumprimento de suas responsabilidades com a proteção e a promoção da 
saúde; 
- Aplicar nas empresas programas de ação sanitária que englobem todos os 
aspectos de saúde, o que ajudará o serviço público de saúde a elevar os 
padrões mínimos de saúde e coletividade. 
 
1.2 Histórico no mundo 
 
Desde a civilização greco-romana o homem já se preocupava com a 
Segurança e Higiene Ocupacional. Como exemplo, temos trabalhos na Grécia 
antiga, como os de Aristóteles, que estudou as afecções dos mineiros e como 
preveni-las. 
Hipócrates também identificou a origem das doenças relacionadas com os 
trabalhos em minas de estanho. E o próprio nome de Higiene deriva da deusa grega 
da saúde, Hygeia. 
No século XVI, temos Paracelso realizando estudos das doenças dos mineiros 
na região de Tyrol. Naquela época, a Higiene Industrial parecia ser ainda algo muito 
mística. As observações publicadas por Paracelso são baseadas em dez anos de 
trabalhos das minas do Tyrol. O livro cita algumas conclusões errôneas, como por 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
exemplo, atribui ao vapor de mercúrio, ácido sulfúrico e sal as doenças de pulmão 
identificadas nos mineradores. 
Em meados de 1700, Bernardo Ramazzini, um médico italiano considerado 
como o pai da medicina do trabalho, escreveu no seu livro, “De Morbis Artificum 
Diatriba” (as enfermidades dos trabalhadores) sobre a silicose, usando termos 
patológicos, como observado nas autópsias de mineiros. Infelizmente, os cuidados e 
a vigilância descritos para esses riscos foram ignorados por séculos. Todavia, este 
livro teve um efeito pródigo no futuro da Higiene. Ramazzini acreditava que o meio 
onde o trabalhador exercia a sua atividade afetava diretamente a saúde, e 
perguntava a seus pacientes:” Em que você trabalha?” 
No século XX, em 1910, a Dra. Alice Hamilton, uma americana e médica 
clínica, não só evidenciou a relação entre a doença e a exposição de trabalhadores, 
mas também propôs soluções para os problemas. Este foi o início do surgimento da 
Medicina Ocupacional. 
Entre 1908 e 1948, os governos Federal e Estaduais nos EUA estabeleceram 
as legislações relativas às indenizações a trabalhadores, e isso influenciou o 
desenvolvimento da Higiene Industrial nos Estados Unidos. Os administradores 
começaram a reconhecer que controlar o meio ambiente custava muito menos do 
que pagar altas somas indenizatórias. Assim, foram criadas nos EUA as mais 
importantes instituições ligadas ao tema, tais como: 
 AIHA - American Industrial Hygiene Association, em 1939; 
 ACGIH- American Conference of Governmental Industrial Hygienists, em 
1938 
 OSHA - Occupational Safety and Health Administration, em 1970; 
 NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health, 1970 
 
1.3 Histórico no Brasil 
 
Por meio da Norma Regulamentadora 15, Atividades e Operações Insalubres 
(NR 15) e seus anexos da Portaria 3214/78, passou-se a fixar os limites de 
tolerâncias para os agentes químicos e físicos. Não se têm, de maneira consistente, 
registros da História da Higiene Ocupacional no Brasil. 
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FIQUE ATENTO 
Muitos dos padrões estabelecidos nesta norma são os mesmos da época da sua 
elaboração, que utilizou como base os padrões estabelecidos pela ACGIH. No 
decorrer desses anos foram revisados alguns conceitos e critérios e introduzidas 
algumas modificações por meio de Portarias. 
 
1.4 Entendendo melhor as organizações no Brasil 
 
ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais é uma associação 
civil constituída com a finalidade do desenvolvimento de estudos e ações relativas à 
Higiene Ocupacional, e para fins de interesses individuais ou coletivos dos 
higienistas ocupacionais, tendo como princípio fundamental a autonomia, a liberdade 
de associação e de solidariedade profissional. Promove Seminários em diversos 
estados, com o objetivo de difundir conhecimentos aos higienistas e outros 
profissionais da área de segurança e saúde. 
 
1.5 Etapas da Higiene Ocupacional diante dos riscos ambientais 
 
Quais são as principais etapas da Higiene Ocupacional? Responder a esta 
questão abre os precedentes para se entender a relação Higiene x Riscos. Através 
de tais etapas é que se faz possível controlar os riscos que provocam as doenças, 
prejuízos à saúde do trabalhador de toda a monta, além de ineficiência de 
produtividade, acarretando em desdobramentos de ineficácia produtiva de vários 
tipos. As etapas consistem em: 
 Antecipação 
 Reconhecimento 
 Avaliação 
 Controle 
 
1.5.1 Antecipação 
O termo antecipação significa a necessidade real de buscarmos sempre 
identificar os potenciais de riscos e perigos à saúde, antes que um determinado 
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processo industrial seja implementado ou modificado, ou que novos agentes 
geradores de riscos sejam introduzidos no ambiente de trabalho. 
A antecipação dos riscos pode ser feita, principalmente, pela implantação de 
projetos de modificações e/ou novas instalações, cuja aprovação está subordinada à 
análise prévia dos riscos do projeto, através de uma avaliação técnica. Esta 
avaliação, sob o panorama técnico, pode ser feita através de ferramentas como 
Análise de Risco, HAZOP (análise de riscos e operabilidade), FMEA (Análise de 
Modos de Falha e Efeitos) e APP (Análise Preliminar de Perigo). 
 
IMPORTANTE 
No quesito Antecipação, existem os formulários de antecipação que compreendem 
técnicas de análise de risco, que são por exemplo, HAZOP, ART (Análise de Risco 
da Tarefa), PT/PET (Permissão de Trabalho/Permissão de Entrada para Trabalho 
em espaço confinado). 
 
Muitas das vezes, esta etapa compreende em investimentos, tais como 
aquisição de novos equipamentos e/ou materiais (inclusive substâncias químicas). 
Entretanto, no processo de aquisição é pré-requisito a análise prévia do item 
relacionado aos aspectos e impactos de segurança e saúde ocupacional 
incrementados ao sistema/unidade. A aquisição não deverá ser concretizada em 
casos de não garantia do pleno gerenciamento e controle dos riscos oriundos da 
implantação e manuseio destes. 
A antecipação dos riscos também exerce influência nas instalações atuais das 
empresas, e são controladas através da implementação dos planos de manutenção 
preventiva, bem como da definição e controle dos equipamentos e sistemas críticos, 
sob o ponto de vista de segurança e saúde ocupacional. 
Outro panorama abordado pela antecipação é no âmbito dos processos de 
trabalho, pois, estes são controlados sobre o ponto de vista de segurança e saúde 
ocupacional, através dos processos e ferramentas de identificação dos perigos e 
riscos, tais como, a Permissão para Trabalho. 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
FIQUE ATENTO 
A antecipação dos riscos possui ligação relevante com a implantação de projetos de 
modificações e/ou novas instalações; a aquisição de novos equipamentos e/ou 
materiais; as instalações atuais das empresas e as ferramentas de identificação dos 
perigos e riscos. 
 
1.5.2 Reconhecimento 
O termo reconhecimento refere-se a toda análise e observação do ambiente do 
trabalho, a fim de identificarmos os agentes existentes, os potenciais de risco a eles 
associados e qual prioridade de avaliação ou controle existe nesse ambiente de 
trabalho. 
 
1.5.3 Avaliação 
O termo avaliação designa, principalmente, as medições e monitorações que 
serão conduzidas no ambiente de trabalho. 
 
1.5.4 Controle 
Pode-se definir controle como a associação à eliminação ou minimização dos 
potenciais de exposição, antecipados, reconhecidos e avaliados, no ambiente 
laboral considerado. 
 
1.6 Riscos Químicos 
 
Nenhum produto é tão perigoso que não possa ser manipulado. É prudente que 
se comece a estudar os riscos químicos com esta afirmativa, pois, ela traz uma 
reflexão importante. Isto denota que, para que esta manipulação se faça de maneira 
segura e, praticamente, com o perigo mitigado por completo, surge a necessidade 
de entender que nenhum produto pode ser manipulado, sem que se conheça os 
riscos que ele pode causar. 
Para tratar dos riscos químicos, devem-se definir os agentes químicos. São 
substâncias compostas que possam penetrar no organismo por via respiratória, ou 
que, pela natureza da atividade, possam ser absorvidas pelo organismo, através da 
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pele ou por ingestão. Podem estar presentes em um local de trabalho e entrar em 
contato com o organismo do trabalhador, agindo de forma localizada ou 
generalizada (quando distribuídos a diferentes órgãos e tecidos). Podem ser 
encontrados nos estados gasosos, líquidos ou sólidos. 
Os agentes químicos são classificados, de maneira geral, como gases vapores 
e aerodispersóides (poeiras, fumos, fumaças e neblinas). 
Em relação às vias de penetração, os agentes químicos possuem três vias 
básicas de penetração no corpo humano: 
Via respiratória: as substâncias penetram pelo nariz e pela boca, afetando as 
vias aéreas superiores e chegando aos pulmões. Por meio da circulação sanguínea, 
podem seguir para outros órgãos, onde manifestarão efeitos tóxicos conhecidos 
como a asma, bronquites, pneumoconiose (alterações no tecido dos pulmões 
provocada pela presença de poeiras ou partículas sólidas no aparelho respiratório). 
Via digestiva: a contaminação do organismo ocorre pela ingestão acidental ou 
não de substâncias nocivas, presentes em alimentos contaminados ou deteriorados, 
ou em contato com a saliva. Hábitos inadequados como alimentar-se ou ingerir 
líquidos no local de trabalho, umedecer ou limpar os lábios com a língua, usar as 
mãos para beber água e não ter higiene contribuem para a ingestão de substâncias 
nocivas. Conforme o tipo de produto ingerido, podem ocorrer: 
 queimaduras na boca 
 queimaduras no esôfago e estômago 
 intoxicação aguda 
 
Via cutânea: as substâncias químicas (a exemplo dos ácidos, álcalis e 
solventes) atingem a pele, podendo ser absorvidas e provocar lesões, tais como 
alterações na circulação e oxigenação do sangue, alterações dos glóbulos 
vermelhos, problemas na medula óssea, anemia, acne química dentre outros. 
 
 
 
 
 
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Figura 1 - Agentes de riscos químicos - Diversos tipos de partículas 
 
Fonte: Autor, 2019. 
 
Passemos a estudar os tipos de agentes contaminantes. 
 
1.6.1 Gases 
São substâncias que, à temperatura ambiente, estão no estado gasoso. Na 
maioria das vezes, são invisíveis. Os gases e os vapores podem alcançar os 
pulmões diretamente e são levados pela corrente sanguínea por todo o corpo, 
chegando ao cérebro, rins, fígado e outros órgãos. 
Tem-se como exemplo o monóxido de carbono dos escapamentos dos carros, 
hidrogênio, gás carbônico, gás de cozinha, etc. 
 
1.6.2 Vapores 
São substâncias que evaporam de um líquido ou de um sólido, da mesma 
forma que a água transformada em vapor d’água. Geralmente são caracterizados 
pelos odores. São exemplos clássicos os vapores de gasolina, querosene, thinner 
utilizado em pinturas, solventes de tinta, éter, nafta etc. 
 
1.6.3 Grupos dos gases e vapores 
Substâncias que irritam os olhos, as mucosas e vias respiratórias podem 
causar queimaduras. Temos como exemplo os ácidos (ácido sulfúrico) e as bases 
(soda cáustica); 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Substâncias que deslocam (roubam) oxigênio. Podemos citar como exemplos o 
Hélio, o Neon, o Argônio, o CO, o Nitrogênio e o CO2. 
Substâncias que geram efeito narcótico. Exemplos clássicos são os 
Hidrocarbonetos Alifáticos (octano), os Aromáticos (Benzeno, Xileno), os Álcoois 
(Etanol, Metanol), as Cetonas, dentre outros. 
 
IMPORTANTE 
De maneira geral, os gases e vapores são classificados segundo os efeitos que 
causam ao organismo humano. Eles podem ser classificados em 3 grupos: irritantes, 
anestésicos e asfixiantes. 
 
1.6.4 Aerodispersóides: 
Definem-se como materiais sólidos produzidos mecanicamente pela ruptura de 
partículas sólidas maiores. Tem-se como principais exemplos a fibra de amianto e 
poeiras de sílica. 
Os aerodispersóides possuem uma característica interessante: quanto menor a 
partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, aumentando a chance de ser 
inalada. Neste caso, dá-se a formação de poeiras. 
No caso dos fumos, estes se formam quando um metal é fundido (aquecido) e 
vaporizado, se resfriando rapidamente, criando partículas muito finas que ficam 
suspensas no ar. Nas operações de soldagem e dos processos de fundição, ocorre 
a formação dos fumos. 
Quando são originadas pequenas gotículas que ficam suspensas no ar, 
usualmente criadas por operações com spray, tem-se a formação das névoas. 
Exemplos clássicos de formação são as névoas advindas da aplicação de 
agrotóxicos e pinturas em spray. 
Outro tipo de aerodispersóides são as neblinas, sendo partículas líquidas 
produzidas por condensação de vapores, tais como anidrido sulfúrico e gás sulfúrico. 
Exemplo: Chaminé de Siderúrgica com formação de neblina ácida em volta da 
mesma. 
A fumaça, muitas das vezes, é o aerodispersóide mais conhecido pela sua 
frequência nos processos industriais, sendo partículas produzidas pela combustão 
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incompleta. Um exemplo de fácil compreensão é a fumaça liberada pelos 
escapamento dos automóveis que contém Monóxido de carbono. 
 
1.6.5 Avaliação dos Riscos Químicos 
O nível de exposição é conhecido utilizando-se instrumentos que medem a 
concentração dos contaminantes ou do oxigênio no ar. Estas medições podem ser 
realizadas nos ambientes ou nas pessoas, dependendo do tipo de contaminante e 
dos equipamentos disponíveis para realizar tal avaliação. 
 
FIQUE LIGADO 
É importante saber os fatores que influenciam a toxicidade dos contaminantes. 
Aspectos como a concentração, índice respiratório (quantidade de ar inalado no 
trabalho), sensibilidade de cada indivíduo, a toxicidade (potencial tóxico) e o tempo 
de exposição aos contaminantes. 
 
Figura 2 - Equipamentos de medição de agentes químicos 
 
Fonte: Autor, 2019. 
 
1.6.6 Medidas para controle de riscos químicos 
De maneira objetiva, controlar os riscos químicos é, acima de tudo, manter a 
saúde do ambiente de trabalho por meio das seguintes medidas: 
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 Medidas ambientais: envolve a substituição ou alteração do processo, a 
ventilação diluidora de aerodispersóides e a ventilação exautora. 
 Medidas de controle individuais: são assim categorizadas por se tratar de 
ações aplicadas ao indivíduo, tais como educação e treinamento, 
limitação à exposição, uso dos equipamentos de proteção individual e 
acompanhamento médico. 
 
1.7 Riscos Físicos 
 
1.7.1 Exposição ao calor 
Em princípio, nota-se que o calor é um agente físico presente em uma série de 
atividades como a siderurgia, a fundição, a indústria do vidro e a indústria têxtil. 
 
ATENÇÃO 
O homem exposto a altas temperaturas tem os rendimentos físico e mental 
diminuídos. É sabido que a exposição não controlada ao calor induz a erros de 
percepção e raciocínio, o que pode desencadear acidentes. 
 
Reações do Organismo ao Calor: o organismo humano, no sentido de 
promover um aumento da perda de calor, processa uma série de reações 
fisiológicas buscando o equilíbrio térmico. Estas reações são mecanismos de defesa 
do organismo humano quando submetido ao calor intenso. A primeira ação 
processada pelo organismo implica num maior fluxo de sangue na superfície do 
corpo, com consequente aumento da temperatura da pele. Este fluxo de sangue 
transporta o calor do núcleo do corpo para a superfície, onde ocorrem as trocas 
térmicas. É a atividade das glândulas sudoríparas, proporcionalmente ao 
desequilíbrio térmico, onde a quantidade de suor em curtos períodos pode atingir até 
2 litros por hora. 
 
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1.7.2 Valores aceitáveis de IBUTG (ºC) 
Para se avaliar com eficácia os limites aceitáveis de exposição do trabalhador 
ao calor, faz-se necessário estudar a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), 
estabelecida por seu Anexo 3. Este anexo apresenta conceitos importantes a saber: 
A exposição ao calor é avaliada através do Índice de Bulbo Úmido Termômetro 
de Globo (IBUTG), onde se define pelas equações que se seguem: 
 Para ambientes internos ou externos sem carga solar, o IBUTG é: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 
 
 Em se tratando de ambientes externos com carga solar, o IBUTG sofre a 
influência do parâmetro temperatura de bulbo seco, o tbs, e fica: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 
 
Em que, 
tbn = temperatura de bulbo úmido natural 
tg = temperatura de globo 
tbs = temperatura de bulbo seco 
 
FIQUE LIGADO 
Figura 3 – Exposição ao calor 
 
Fonte: Autor, 2019. 
 
 
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1.7.3 Efeitos adversos à saúde 
O calor traz inúmeros efeitos à saúde do trabalhador, que vão depender de 
vários fatores, tais como o tipo de fonte emissora de calor, o tempo de exposição, 
umidade do ar, etc. De maneira prática, os efeitos acarretam em: 
 desidratação 
 internação 
 cãibra 
 perda eletrolítica 
 tontura 
 desmaio 
 em casos extremos, a morte 
 
1.7.4 Doenças do calor 
Estas se definem como sendo distúrbios fisiológicos que ocorrem quando os 
mecanismos de troca térmica não são suficientes para remover a troca adequada de 
calor. 
 Exaustão do calor: Decorre de uma insuficiência do suprimento de sangue 
do córtex cerebral, resultante da dilatação dos vasos sanguíneos. Uma 
baixa pressão sanguínea é o evento crítico resultante. 
 Desidratação: Inicialmente reduz o volume do sangue, promovendo a 
exaustão do calor, podendo chegar à deterioração do organismo. A 
desidratação acarretará a ineficiência muscular, redução da secreção, 
acúmulo de ácido nos tecidos, febre e morte, quanto mais elevada for a 
intensidade. 
 Cãibras de calor: São os espasmos musculares, seguindo-se uma 
redução do cloreto de sódio no sangue. 
 Choque térmico: Quando a temperatura do núcleo do corpo põe em risco 
algum tecido vital. 
 
1.7.5 Medidas de controle relativas ao meio ambiente 
As medidas de controle possuem relação intrínseca com o fator alterado em 
um determinado ambiente laboral. A partir daí, pode-se estabelecer: 
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 Fator temperatura do ar alterado: como medida adotada, tem-se a 
insuflação de ar fresco no local onde permanecer o trabalhador; 
 Fator velocidade do ar alterado: como medida adotada, tem-se a maior 
circulação do ar existente no local de trabalho; 
 Fator umidade relativa do ar: como medida adotada, tem-se a exaustão 
do vapor d´água emanados de um determinado processo; 
 Fator calor radiante: como medida adotada, tem-se a instalação de 
barreiras refletoras (alumínio polido e aço inoxidável), barreiras 
absorventes (ferro e aço oxidado) e barreiras contra radiação 
infravermelha; 
 Fator calor produzido pelo metabolismo: como medida adotada, tem-se a 
automação do processo. 
 
1.8 Riscos Biológicos 
 
As doenças transmissíveis não são só as que mais causam morte, apesar de 
ainda compõem uma expressiva quantidade de vítimas fatais. Tais tipos de doenças 
compõem um caso crítico de saúde pública no país e no globo e, desta forma, passa 
a exigir o uso efetivo das ações para controlar de maneira geral, precipuamente 
falando, e em segundo plano, de ordem particular. Dentre as medidas de ordem 
particular, pode-se destacar a utilização dos EPR- Equipamentos de Proteção 
Respiratória, que são recomendados com vistas à mitigação da contaminação de 
diversos transmissores de doenças através das vias aéreas. O vírus do sarampo e o 
Bacilo de Koch são alguns exemplos relevantes. O profissional da área de saúde e 
segurança,até mesmo pelo frequente contato com diversos grupos de pessoas e 
pela natureza de sua atribuição, é bastante suscetível ao contágio destes agentes. 
Em se tratando, por exemplo, da tuberculose, um procedimento adequado para 
controlar a infecção pelo bacilo demanda que se identifique, isole e execute o devido 
cuidado/tratamento dos indivíduos com tuberculose. Tais procedimentos requerem a 
aplicação prática das medidas de controle, que devem mesclar também medidas de 
caráter administrativo, com vistas à redução do risco de exposição a indivíduos 
portadores de tuberculose; a utilização de controles de caráter técnico (na área de 
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engenharia de segurança) para mitigar o aumento do contágio, reduzindo a 
concentração das gotículas infectantes e aerossóis, além da utilização dos EPRs em 
áreas, e até mesmo os procedimentos onde exista o risco de exposição ao bacilo. 
Bastante importante também é o investimento em materiais de divulgação de 
prevenção das doenças, dos hábitos ligados à higiene e ao comportamento em 
ambientes fechados e nos períodos mais frios. 
A exposição aos agentes biológicos dispersos por via aérea é a mais relevante 
no enfoque ao controle dos riscos biológicos, pois, as contaminações são, em sua 
grande maioria, por via aérea. O doente ou portador, quando fala, tosse ou espirra, 
dispersa agentes etiológicos de doenças de transmissão aérea. Deste modo, 
qualquer pessoa pode ser exposta a esses agentes quando em contato com o 
doente ou portador, ao entrar em ambientes contaminados, ou ainda ao realizar 
procedimentos nestas pessoas. 
A outra via de transmissão de notada relevância é a via de contato, sendo esta, 
porém, o foco de estudo secundário se comparada à via aérea. 
 
1.8.1 Diferença entre gotículas e aerossóis 
Saber tal diferença é fundamental para se estudar os riscos biológicos, em que 
se pode notar que há uma diferença sob o ponto de vista do tamanho das partículas 
(fator dimensional de particulado). As gotículas possuem uma dimensão maior do 
que cerca de 5μm e atingem o trato respiratória superior, isto é, as mucosas das 
fossas nasais e da boca/cavidade bucal. Em se tratando dos aerossóis, estas são 
menores, ficam flutuando no ar por mais tempo e, quando são inaladas, penetram de 
maneira mais profunda no sistema respiratório. A forma de se prevenir um tipo de 
doença causada por gotículas é sensivelmente diferente daquelas causadas por 
aerossóis. 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 4 - Indivíduo expelindo gotículas e aerossóis 
 
Fonte: Vaccine information, 2006. 
 
1.8.2 Doenças de transmissão respiratória por gotícula 
São aquelas que ocorrem pela disseminação de gotículas (partículas maiores 
do que 5μm), geradas durante tosse, espirro, conversação ou na realização de 
diversos procedimentos tais como, inalação, aspiração etc. 
O quadro a seguir traz algumas das doenças transmitidas por gotículas mais 
conhecidas: 
 
 
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Quadro 1 - Doenças transmitidas por gotículas 
 
Fonte: Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar, 2000. 
 
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1.8.3 Medidas de precaução indicadas para doenças transmitidas por gotículas 
Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um metro, deve 
ser utilizada, no mínimo, a máscara cirúrgica. De maneira prática, esta é a forma 
mais direta e simples de se prevenir de doenças transmitidas por gotículas. No 
ambiente hospitalar, onde os riscos biológicos se fazem bastante propícios, orienta-
se que seja utilizada máscara cirúrgica sempre que entrar em contato com o 
paciente. No caso do ambiente industrial, cabe aos profissionais que avaliam os 
riscos em ambientes laborais específicos, adotar o mesmo procedimento. 
 
1.8.4 Medidas administrativas para evitar a transmissão de doenças por via 
respiratória 
Aplicando este tópico especialmente no ambiente laboral hospitalar, o primeiro 
passo, neste caso, é a identificação rápida da patologia, seguida de isolamento do 
paciente, quando necessário, e tratamento adequado. Para cada patologia existe um 
período de transmissão próprio. 
Como exemplo, os pacientes com tuberculose pulmonar e/ou laríngea, 
adequadamente tratados, não transmitem o bacilo após aproximadamente duas 
semanas de tratamento. Outro importante meio de reduzir a disseminação da 
tuberculose é pela implantação de sistema de ventilação e controle adequados. 
No ambiente extra-hospitalar é difícil estabelecer tais tipos de controle, pois, 
quando se tem casos de suspeita de doenças como a tuberculose, por exemplo, o 
profissional da área de saúde e segurança do trabalho possui sua atuação limitada 
diante dos desafios do cotidiano profissional. Faltam, muitas vezes, mecanismos de 
avaliação com a dinâmica de controle necessárias, e outros trabalhadores acabam 
sendo contaminados antes de uma atuação de prevenção. 
 
1.8.5 Classificação de risco de agentes biológicos 
Ao se estudar a classificação de risco de agentes biológicos, torna-se 
indispensável tomar como referência a Norma Regulamentadora 32 (NR 32), em seu 
Anexo I. Segundo a referida norma, os agentes biológicos são classificados em: 
 Classe de risco 1: “baixo risco individual para o trabalhador e para a 
coletividade, com baixa probabilidade de causar doença ao ser humano.”. 
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Nesta classe, cabe aos profissionais de saúde e segurança do trabalho a 
criação de programas de monitoração para manter os riscos nesta classe 
ou mitigá-los, dentro das possibilidades operacionais e de recursos de 
cada empresa. 
 Classe de risco 2: “risco individual moderado para o trabalhador e com 
baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar 
doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de 
profilaxia ou tratamento.”. Nesta classe, cabe aos profissionais de saúde e 
segurança do trabalho a atuação de maneira mais estreita nas coletas e 
acompanhamentos de campo, a fim de se estabelecer uma monitoração 
para mitigar os riscos desta classe. A empresa necessita avaliar dentro 
das possibilidades operacionais e de recursos de cada empresa. 
 Classe de risco 3: “riscoindividual elevado para o trabalhador e com 
probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar 
doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais nem sempre 
existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.”. Nos ambientes 
laborais onde se têm esta classe de risco, os profissionais de saúde e 
segurança devem redobrar seus mecanismos de controle, agindo com 
eficácia nas avaliações e tomadas de decisão, a fim de, pelo menos, 
transformar um ambiente de classe de risco 3 para classe 2. 
 Classe de risco 4: “risco individual elevado para o trabalhador e com 
probabilidade elevada de disseminação para a coletividade. Apresenta 
grande poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro. Podem 
causar doenças graves ao ser humano, para as quais não existem meios 
eficazes de profilaxia ou tratamento.”. Neste cenário, a alta direção da 
empresa deve ser envolvida de maneira ainda mais rápida e direta, pois, 
programas de prevenção e mitigação de riscos devem fazer parte das 
decisões estratégicas da empresa. 
 
1.8.6 Abordagem objetiva dos Programas de Proteção Respiratória (PPR) 
O Programa de Proteção Respiratória precisa ser implementado e gerido, além 
de requerer avaliação periódica no que tange aos serviços de segurança e saúde do 
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trabalhador, se for exigido algum tipo de tarefa/atividade, em que necessite usar os 
Equipamentos de Proteção Respiratória- EPR. O PPR deve abranger a política da 
empresa acerca do uso de EPR, deve acrescentar, no mínimo, alguns 
procedimentos elaborados acerca dos seguintes temas: 
 Implementação de ações de teor prático acerca da utilização dos EPRs, 
inclusive a não utilização de barba por parte dos trabalhadores; 
 Gestão continuada do PPR; 
 Os tipos de EPR recomendados nas diversas tarefas; 
 Adoção de testes de estanqueidade/vedação; 
 Treinamento sobre proteção respiratória; 
 Limpeza, inspeção, higienização, guarda e manutenção dos EPRs; 
 Definição de itens na avaliação médica relativas ao uso dos EPRs; 
 Monitoração da utilização por parte de quem usa os referidos EPRs; 
 Monitoração do risco de maneira efetiva; 
 Avaliação do programa, para que sejam instituídas ações de 
aperfeiçoamento e cumprimento de metas. 
 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 - INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE 
 
2.1 Atividades e operações insalubres 
 
Ao estudar o tema em questão, faz-se necessário tomar como referência 
primordial a Norma Regulamentadora 15 (NR 15), juntamente com os seus 14 
anexos (13 anexos em vigor, sendo o anexo 4 revogado), pois é neste arquétipo 
conceitual que se aprofunda com fluência em tema tão relevante para o trabalhador 
e o profissional de saúde e segurança do trabalho, em específico o higienista 
ocupacional. 
O profissional se enquadra em atividades insalubres, se este desenvolver 
atividades acima dos limites de tolerância previstos nos anexos de nº 1, 2, 3, 5, 11 
e 12, a saber: 
 Anexo I - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente 
 Anexo II - Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto 
 Anexo III - Limites de Tolerância para Exposição ao Calor 
 Anexo V - Radiações Ionizantes 
 Anexo XI - Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracterizada por 
Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho 
 Anexo XII - Limites de Tolerância para Poeiras Minerais 
 
Para que se possa entender com os detalhes necessários o conceito de 
insalubridade, serão estudados os anexos acima informados. 
 
2.1.1 Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente 
Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de 
Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Esta conceituação foi 
trazida pelo Anexo I da NR 15 com o objetivo de dar uma referência primária no 
estudo de limite de tolerância. 
Mas o que vem a ser limite de tolerância? De acordo com a conceituação 
trazida nesta NR, é o parâmetro que retrata a concentração ou intensidade máxima 
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não 
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causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral. A última assertiva, 
isto é, “durante a sua vida laboral”, tem um peso considerável, pois, muitas vezes o 
trabalhador muda de empresa e esta rastreabilidade se perde. Portanto, não é tarefa 
fácil se estabelecer o real impacto dos agentes na vida laboral dos indivíduos. 
Em se tratando de limite de tolerância aplicado aos níveis de ruído contínuo ou 
intermitente, segundo conceito normativo, devem ser medidos em decibéis (dB) com 
instrumento de nível de pressão sonora, sendo que as leituras devem ser feitas 
próximas ao ouvido do trabalhador. 
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de 
tolerância fixados no quadro a seguir: 
 
Quadro 2 - Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
 
Fonte: NR15, 2019. 
 
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a 
máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. 
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Esta assertiva visa beneficiar o trabalhador, protegendo o mesmo sob limites mais 
altos, arredondando para cima os valores em questão. 
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para 
indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. Em relação a esta regra, a 
norma é clara e taxativa, pois, não deixa margem de subjetividade, o que também 
beneficia diretamente o trabalhador. 
Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de 
exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos 
combinados, conforme a seguinte equação de média ponderada: 
 
C1 + C2 + C3 ____________________ + Cn 
T1 T2 T3 Tn 
 
Se a soma exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de 
tolerância, devendo ser tomadas as medidas de controle e de atenuação de ruídos. 
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um 
nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este 
nível, conforme estabelecido no quadro imediatamente anterior. 
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, 
contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, 
oferecerão risco grave e iminente, conforme estabelecido em norma. 
 
2.1.2 Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto 
Para se estudar este tópico, apresentando peloAnexo II da NR15, deve-se em 
primeiro lugar definir ruídos de impacto. Entende-se por ruídos de impacto aqueles 
que apresentam picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a 
intervalos superiores a 1 (um) segundo. Desta forma, a característica deste tipo de 
ruído é bem peculiar, pois, correlaciona intensidade ou pressão sonora com 
periodicidade deste ruído. Estes níveis de impacto sonoro deverão ser avaliados em 
decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora, operando de maneira a 
captar níveis de pressão sonora adequada para impacto. As leituras também devem 
ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de 
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impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente 
deverá ser avaliado como ruído contínuo. 
 
FIQUE ATENTO 
Quando não for possível efetuar a medição deste tipo de ruído de impacto com o 
tipo de medidor do nível de pressão sonora adequado, será válida a leitura feita no 
medidor adequado para ruído contínuo ou intermitente. Neste caso, o limite de 
tolerância será de 120 dB(C). 
 
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção 
adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB, medidos com o 
medidor adequado, ou superiores a 130 dB, medidos com o medidor adequado para 
ruído contínuo ou intermitente, oferecerão risco grave e iminente. 
 
2.1.3 Limites de Tolerância para Exposição ao Calor 
O estudo desta incidência de percentual de insalubridade sob exposição ao 
calor foi estudado em um contexto dos riscos físicos, item 1.7, deste material. 
 
2.1.4 Radiações Ionizantes 
Nas atividades ou operações em que trabalhadores possam ser expostos a 
radiações ionizantes, os limites de tolerância, os princípios, as obrigações e 
controles básicos à proteção do homem e do seu meio ambiente contra possíveis 
efeitos indevidos causados pela radiação ionizante, são os constantes da Norma 
CNEN-NN-3.01. 
Esta norma do CNEN trata, dentre outros assuntos que não serão o foco deste 
estudo, dos limites de dose individual, onde se estabelece que a exposição normal 
dos indivíduos deve ser restringida, de tal modo que nem a dose efetiva, nem a dose 
equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse, causadas pela possível combinação 
de exposições, originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose 
especificado na tabela a seguir: 
 
 
 
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Quadro 3 – Limites de dose 
 
Fonte: CNEN -NN-3.01, 2019. 
 
_________________________________________________________ 
Notas: 
[a] Para fins de controle administrativo efetuado pela CNEN, o termo dose anual deve ser considerado como dose no ano 
calendário, isto é, no período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano. 
[b] Média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv em qualquer ano. 
[c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose efetiva de até 5mSv em um ano, desde que a dose 
efetiva média em um período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano. 
[d] Valor médio em 1 cm² de área, na região mais irradiada. 
 
Para entender melhor os limites de dosagem das radiações ionizantes, faz-se 
necessário definir o Sv. O sievert (Sv) consiste na unidade usada para dar uma 
avaliação do impacto da radiação ionizante sobre os seres humanos. É a unidade do 
Sistema Internacional de Unidades da dose equivalente e da dose eficaz, e que leva 
em conta os efeitos biológicos em tecidos vivos, produzidos pela radiação absorvida. 
O Sv é a unidade, portanto, utilizada pela normatização que trata deste tema no 
Brasil. 
 
2.1.5 Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de 
tolerância e inspeção no local de trabalho 
Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a 
agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá, de maneira objetiva, 
quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes no quadro a seguir: 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Quadro 4 - Limites de tolerância 
 
 
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Fonte: Anexo XI da NR15, 2019. 
 
Há várias considerações a serem feitas acerca do quadro em epígrafe, a saber: 
 Todos os valores fixados no quadro de Limites de Tolerância são válidos 
para absorção apenas por via respiratória; 
 Todos os valores fixados no quadro como "Asfixiantes Simples" 
determinam que nos ambientes de trabalho, em presença destas 
substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18% em 
volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo 
deste valor serão consideradas de risco grave e iminente. 
 Na coluna "valor teto", estão assinalados os agentes químicos cujos 
limites de tolerância não podem ser ultrapassados em momento algum da 
jornada de trabalho. 
 Na coluna "absorção também pela pele", estão assinalados os agentes 
químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto, exigindo 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
na sua manipulação o uso da luvas adequadas, além do EPI necessário à 
proteção de outras partes do corpo. 
 Na avaliação das concentrações dos agentes químicos através de 
métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser 
feita pelo menos em 10 amostragens, para cada ponto - ao nível 
respiratório do trabalhador. 
 Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não 
deverá ultrapassaros valores obtidos na equação que segue, sob pena 
de ser considerada situação de risco grave e iminente. 
 
Valor máximo = L.T. x F. D. Onde: 
 
L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o quadro limites de 
tolerância, F.D. = fator de desvio, segundo definido no quadro a seguir: 
 
Quadro 5 - Relação de LT e FD 
 
Fonte: Anexo XI da NR15, 2019. 
 
2.1.6 Limites de tolerância para Poeiras Minerais 
As poeiras minerais das quais se referem a norma são as estabelecidas a 
seguir: 
 Asbesto 
 Manganês e seus compostos 
 Sílica livre cristalizada 
 
Tais tipos de poeiras são foco das instituições que estudam a Higiene 
Ocupacional, por conta de seus danos à saúde, causando um histórico triste de 
doenças ocupacionais. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Asbesto: Tal poeira é uma das substâncias mais severas quando se estuda 
Higiene Ocupacional. Os profissionais de saúde e segurança do trabalho devem 
estar atentos às atividades nas quais os trabalhadores estão expostos ao asbesto no 
exercício do trabalho. 
Definição de asbesto: Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, 
a forma fibrosa dos silicatos minerais pertencentes aos grupos de rochas 
metamórficas das serpentinas, que consiste na crisotila (asbesto branco), e dos 
anfibólios, ou seja, a actinolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a crocidolita 
(asbesto azul), a tremolita ou qualquer mistura que contenha um ou vários destes 
minerais. Esta definição permite que se assimile a amplitude dos tipos de 
substâncias que são compreendidas pelo termo asbesto. 
Amianto (do latim) ou asbesto (do grego) significam sem mancha, 
incorruptível e inextinguível. Trata-se de um grupo heterogêneo de 
substâncias, com diferentes composições químicas e cristalográficas, 
facilmente separáveis em fibras. São descritos mais de 350 minerais com 
estrutura fibrosa, encontrados como minerais essenciais ou acessórios nas 
rochas magmáticas e metamórficas. Define-se como fibra o particulado cujo 
comprimento seja pelo menos três vezes maior que o diâmetro. (ALGRANTI 
Et AL, 2003; Scliar, 2005). 
 
Em novembro de 2017, o STF estabelece a proibição da utilização de asbesto 
no país, instituindo um marco evolutivo na saúde e segurança no trabalho de grande 
relevância. 
Manganês e seus compostos: o anexo XII da NR15 também estuda o limite de 
tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à 
extração, tratamento, moagem, transporte do minério, ou ainda a outras operações 
com exposição a poeiras do manganês ou de seus compostos é de até 5mg/m³ no 
ar, para jornada de até 8 (oito) horas por dia. A norma fala acerca do limite de 
tolerância para as operações com manganês e seus compostos referente à 
metalurgia de minerais de manganês, fabricação de compostos de manganês, de 
baterias e pilhas secas, de vidros especiais e cerâmicas, de eletrodos de solda, de 
produtos químicos, tintas e fertilizantes, ou ainda outras operações com exposição a 
fumos de manganês ou de seus compostos é de até 1mg/m³ no ar, para jornada de 
até 8 (oito) horas por dia. 
De maneira geral, o tema é tratado de forma bastante objetiva, uma vez que 
sempre que os limites de tolerância forem ultrapassados, as atividades e operações 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
com o manganês e seus compostos serão consideradas como insalubres no grau 
máximo. 
Em última instância, o pagamento do adicional de insalubridade por parte do 
empregador não o desobriga da adoção de medidas de prevenção e controle, que 
visem minimizar os riscos dos ambientes de trabalho. 
 
Sílica livre cristalizada: 
A norma estabelece as seguintes regras para trabalho com sílica ou areia, 
sendo as quais: para jornadas de trabalho que excedem a 48 (quarenta e oito) horas 
semanais, os limites deverão ser deduzidos, sendo estes valores fixados pela 
autoridade competente; fica proibido o processo de trabalho de jateamento que 
utilize areia seca ou úmida como abrasivo. Esta segunda limitação traz um avanço 
também para os quesitos ligados ao meio ambiente. As máquinas e ferramentas 
utilizadas nos processos de corte e acabamento de rochas ornamentais devem ser 
dotadas de sistema de umidificação capaz de minimizar ou eliminar a geração de 
poeira decorrente de seu funcionamento, e esta regra acarreta em proteção ao meio 
ambiente, assim como a regra anterior. 
Tanto a concentração, como a percentagem da sílica, para a aplicação deste 
limite, deve ser determinada a partir da porção que passa por um seletor 
(equipamento que mede a granulometria através de seleção de “passa ou não 
passa” das microesferas), conforme o quadro a seguir: 
 
Quadro 6 – Diâmetro versus passagem pelo seletor 
 
Fonte: Anexo XII da NR15, 2019. 
 
2.2 Atividades e operações perigosas 
 
Assim como as atividades e operações insalubres, ao estudar o tema 
atividades perigosas, faz-se necessário tomar como referência primordial a Norma 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Regulamentadora 16 (NR16), juntamente com os seus 05 anexos, pois é neste 
arquétipo conceitual que se aprofunda com fluência em tema tão relevante para o 
trabalhador e o profissional de saúde e segurança do trabalho, em específico o 
higienista ocupacional. 
Consideram-se atividades e operações perigosas as seguintes: 
 Anexo I: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos; 
 Anexo II: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis; 
 Anexo III: Atividades e Operações Perigosas com Exposição a Roubos ou 
outras Espécies de Violência Física nas Atividades Profissionais de 
Segurança Pessoal ou Patrimonial; 
 Anexo IV: Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica; 
 Anexo V: Atividades Perigosas em Motocicleta. 
 
2.2.1 Atividades e Operações Perigosas com Explosivos: 
São consideradas operações perigosas as estabelecidas conforme atividades a 
seguir: 
 Armazenamento de explosivos 
 Transporte de explosivos 
 Operação de escorva dos cartuchos de explosivos 
 Operação de carregamento de explosivos 
 Detonação 
 Verificação de detonações falhadas 
 Queima e destruição de explosivos deteriorados 
 Operações de manuseio de explosivos 
 
Conforme o anexo I da NR16, todo o trabalhador que exerce estas atividades 
faz jus ao adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, sem os acréscimos 
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa, 
sendo-lhe ressalvado o direito de opção por adicional 
de insalubridade eventualmente devido. 
Áreas de risco para avaliar atividades perigosas: conforme dita a norma, são 
consideradas áreas de risco: 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados– sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 Nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos 
e produtos químicos usados na fabricação de misturas explosivas ou de 
fogos de artifício, de explosivos iniciadores, de explosivos de ruptura e 
pólvoras mecânicas. A norma também estabelece a relação entre 
quantidade armazenada em quilos e a faixa de terreno até a distância 
desta quantidade. 
 
2.2.2 Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis: 
São consideradas atividades ou operações perigosas, de acordo com a NR 16, 
as realizadas: 
 
Quadro 7 - Tipos de atividades que fazem jus ao adicional de periculosidade 
ATIVIDADES ADICIONAL DE 30% 
a. 
Na produção, transporte, processamento e 
armazenamento de gás liquefeito. 
Na produção, transporte, processamento e 
armazenamento de gás liquefeito. 
b. 
No transporte e armazenagem de inflamáveis 
líquidos e gasosos liquefeitos e de vasilhames 
vazios não-desgaseificados ou decantados. 
Todos os trabalhadores da área de operação. 
c. Nos postos de reabastecimento de aeronaves. 
Todos os trabalhadores nessas atividades ou que 
operam na área de risco. 
d. 
Nos locais de carregamento de navios-
tanques, vagões-tanques e caminhões-
tanques e enchimento de vasilhames, com 
inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos. 
Todos os trabalhadores nessas atividades ou que 
operam na área de risco. 
e. 
Nos locais de descarga de navios-tanques, 
vagões-tanques e caminhões-tanques com 
inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos ou 
de vasilhames vazios não-desgaseificados ou 
decantados. 
Todos os trabalhadores nessas atividades ou que 
operam na área de risco 
f. 
Nos serviços de operações e manutenção de 
navios-tanque, vagões-tanques, caminhões-
tanques, bombas e vasilhames, com 
inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, ou 
vazios não-desgaseificados ou decantados. 
Todos os trabalhadores nessas atividades ou que 
operam na área de risco. 
g. 
Nas operações de desgaseificação, 
decantação e reparos de vasilhames não-
desgaseificados ou decantados. 
Todos os trabalhadores nessas atividades ou que 
operam na área de risco. 
h. 
Nas operações de testes de aparelhos de 
consumo do gás e seus equipamentos. 
Todos os trabalhadores nessas atividades ou que 
operam na área de risco. 
i. 
No transporte de inflamáveis líquidos e 
gasosos liquefeitos em caminhão-tanque. 
Motorista e ajudantes. 
 
j. 
No transporte de vasilhames (em caminhões 
de carga), contendo inflamável líquido, em 
quantidade total igual ou superior a 200 litros, 
quando não observado o disposto nos 
subitens 4.1 e 4.2 deste anexo. 
Motorista e ajudantes. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
l. 
No transporte de vasilhames (em carreta ou 
caminhão de carga), contendo inflamável 
gasosos e líquido, em quantidade total igual 
ou superior a 135 quilos. 
Motorista e ajudantes. 
m. 
Nas operações em postos de serviço e 
bombas de abastecimento de inflamáveis 
líquidos. 
Operador de bomba e trabalhadores que operam na 
área de risco. 
Fonte: Anexo II da NR16, 2019. 
 
Para todas estas atividades, é conferido aos trabalhadores adicional de 30%, 
bem como àqueles que operam na área de risco. 
Áreas de risco: o Quadro 10 - Enumeração de áreas de risco enumera as 
considerações acerca das áreas de risco, conforme dita a NR16. 
 
2.2.3 Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras 
espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal 
ou patrimonial 
As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física 
são consideradas perigosas. 
Conforme estabelece a diretriz normativa, são considerados profissionais de 
segurança pessoal ou patrimonial os trabalhadores que atendam a uma das 
seguintes condições: 
 Empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de 
segurança privada ou que integrem serviço orgânico de segurança 
privada, devidamente registradas e autorizadas pelo governo; 
 Empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou 
pessoal em instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, 
aeroportuárias e de bens públicos, contratados diretamente pela 
administração pública direta ou indireta. 
 
As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou outras 
espécies de violência física são as estabelecidas no quadro abaixo: 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Quadro 8 - Enumeração de áreas de risco 
ATIVIDADE ÁREA DE RISCO 
a 
Poços de petróleo em produção de 
gás. 
Círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com centro na 
boca do poço. 
b 
Unidade de processamento das 
refinarias. 
Faixa de 30 metros de largura, no mínimo, contornando a 
área de operação. 
c 
Outros locais de refinaria onde se 
realizam operações com 
inflamáveis em estado de 
volatilização ou possibilidade de 
volatilização decorrente de falha ou 
defeito dos sistemas de segurança 
e fechamento das válvulas. 
Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, contornando a 
área de operação. 
d Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança. 
e 
Tanques elevados de inflamáveis 
gasosos 
Círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de 
vazamento eventual (válvula registros, dispositivos de 
medição por escapamento, gaxetas). 
f 
Carga e descarga de inflamáveis 
líquidos contidos em navios, chatas 
e batelões. 
Afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a 
operação, com extensão correspondente ao comprimento 
da embarcação. 
g Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação. 
h 
Enchimento de vagões –tanques e 
caminhões –tanques com 
inflamáveis líquidos. 
Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de 
enchimento dos tanques. 
i 
Enchimento de vagões-tanques e 
caminhões-tanques inflamáveis 
gasosos liquefeitos. 
Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de vazamento 
eventual (válvula e registros). 
j 
 
Enchimento de vasilhames com 
inflamáveis gasosos liquefeitos. 
Círculos com raio de 15 metros com centro nos bicos de 
enchimentos. 
l 
Enchimento de vasilhames com 
inflamáveis líquidos, em locais 
abertos. 
Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de 
enchimento. 
m 
Enchimento de vasilhames com 
inflamáveis líquidos, em recinto 
fechado. 
Toda a área interna do recinto. 
n 
Manutenção de viaturas-tanques, 
bombas e vasilhames que 
continham inflamável líquido. 
Local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de 
largura em torno dos seus pontos externos. 
o 
Desgaseificação, decantação e 
reparos de vasilhames não 
desgaseificados ou decantados, 
utilizados no transporte de 
inflamáveis. 
Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de 
largura em torno dos seus pontos externos. 
p 
Testes em aparelhos de consumo 
de gás e seus equipamentos. 
Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de 
largura em torno dos seus pontos extremos. 
q Abastecimento de inflamáveis 
Toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, 
círculo com raio de 7,5 metros com centro no ponto de 
abastecimento e o círculo com raio de 7,5 metros com 
centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 
7,5 metros de largura para ambos os lados da máquina. 
r 
Armazenamento de vasilhames