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Marcel Montanheri M arcel M ontanheri E co lo g ia EcologiaGe st ão A m b ie n ta l 49 UNIDADE III Sucessão Ecológica 51 Titulo: sucessão ecológica. Fonte: ecoblogando.wordpress.com Sucessão ecológica: é o nome dado à sequên- cia de comunidades que se desenvolve em um ecossiste- ma, desde a colonização pela comunidade pioneira até a comunidade clímax. Estas comunidades vão sofrendo mudanças ordenadas e graduais. A sucessão não surge repentinamente, de uma forma abrupta, mas sim num aumento crescente de es- pécies, até atingir uma situação que não se modifica com o ambiente, denominada clímax. Uma sucessão pode iniciar-se de diversas maneiras: numa rocha nua, numa lagoa, num terreno formado por sedimentação etc 52 Dada a variabilidade dos fatores climáticos, ge- ológicos e bióticos, a evolução ocorrerá de acordo com a velocidade e dinâmica das influências exercidas pelo meio ambiente sobre as comunidades, a influência exer- cida pela comunidade sobre o hábitat e a influência que os organismos exercem entre si. As etapas iniciais da sucessão não apresentam condições para o estabelecimento de uma fauna diver- sificada, por não apresentarem recursos suficientes para a sua instalação. Verifica-se nesta fase a ocorrência de poucos animais como ácaros, formigas e aranhas. Na medida em que as espécies intermediárias da sucessão conseguem se estabelecer e diversificar, a fauna vai au- mentando em espécies, até atingir as condições de uma comunidade clímax, com muitas espécies de insetos, répteis, anfíbios, aves e mamíferos. As regiões tropicais oferecem condições para abrigar uma grande diversida- de de plantas e animais, enquanto regiões temperadas, geladas, desérticas, esta diversidade é mais restrita. 53 54 Segundo a teoria descritiva da sucessão, pro- posta por Frederic Clements em 1916, que é hoje vista como uma teoria ecológica clássica, e de acordo com o autor, o processo envolve várias fases: Nudação: A sucessão começa com o acontecimento de uma perturbação e o surgimento de um sítio nu, despro- vido de vida. Migração: Chegada de propágulos ao ambiente. Ecese: Estabelecimento e crescimento das primeiras plantas (pioneiras). Concorrência: Fase em que o estabelecimento de novas espécies provoca uma competição por espaço, luz e nutrientes. Reação: Como resultado da concorrência que o habitat impõe, as espécies vão sendo substituídas, de uma co- munidade vegetal para outra. 55 Estabilização: A comunidade se estabiliza após as fa- ses de reação, e surge o estagio clímax. Comunidade pioneira ou Ecésis. São as primeiras espécies vegetais que conse- guem se estabelecer no ambiente é geralmente formada por líquenes, musgos ou gramíneas, que conseguem so- breviver em ambientes inóspitos, em condições adver- sas e que acabam modificando o substrato, permitindo o desenvolvimento de outras espécies. São espécies de grande amplitude e não espe- cializadas. Sua taxa de disseminação é alta e sua disper- são é facilitada por ação do vento. Tolera altos níveis de radiação solar para germinar e se desenvolver. Sua longevidade é baixa, e logo criam condições de som- breamento para o desenvolvimento de outras espécies vegetais denominadas intermediárias e tardias. Alguns seres, como os líquenes, podem instalar- -se produzindo ácidos que lentamente corroem a rocha, iniciando a formação do solo possibilitando o desen- volvimento de outras comunidades. De acordo com as 56 condições de geração deste novo substrato, seu desen- volvimento pode ser classificado como: • Hidrossere: comunidades em água doce • Lithosere: comunidades sobre rochas • Psammosere: comunidades em areia • Xerosere: comunidades em áreas secas • Halosere: comunidades em corpo salino (ex: pântanos) Comunidade secundária, intermediária ou Seral. Após o desenvolvimento da comunidade pio- neira, o ambiente vai se transformado favoravelmente ao desenvolvimento de outros organismos passando por um ou mais estágios intermediários, até atingir as condições de uma comunidade clímax. A cobertura ve- getal uma vez estabelecida protege o solo tornando-o mais fértil. Cada ecossistema apresenta diferentes pa- drões de clima e substrato. Na medida em que se esta- belece a dinâmica dos eventos que envolvem a sucessão das formas vegetais, as condições de luz, a ocupação e proliferação dos microorganismos e animais também 57 Comunidade secundária, intermediária ou Seral. O último estágio alcançado por comunidades ecológicas ao longo sucessão ecológica. Este estágio é caracterizado por compreender espécies que são as me- lhores competidoras da comunidade local. Geralmente as espécies vegetais climáxicas (e.g. típicas do estagio Clímax) além de mostrar alta eficiência entre produção e consumo de nutrientes. No estágio clímax, quando uma espécie é extinta, outra espécie típica de clímax a substitui, mantendo a ciclagem entre as comunidades de florestas. Esta comunidade representa uma situação natural em que permanece com um nível estável em frequência de espécies (biodiversidade), onde a varia- bilidade dos recursos ambientais mantém-se pouco ociosa. Em clímax, a comunidade apresenta apenas leves modificações, causadas por pequenos distúrbios, que não a descaracterizam e rapidamente normalizam sua eficiência funcional. vai se apresentar de forma diferenciada em cada etapa. 58 Ao se aproximar do clímax, uma comunidade demons- tra uma tendência ao aumento na variedade de espécies, na complexidade funcional e alimentar das populações de plantas e animais mantendo-se nesta condição, até que algum evento catastrófico natural ou antrópico a transforme. Para entender essa comunidade, deve-se le- var em conta o tempo de desenvolvimento para chegar ao nível de clímax, pois tendo uma biota mais comple- xa, utiliza-se mais tempo, podendo-se permear vários séculos, para estabilizar-se. Clímax Padrão: Proposta por Whittaker (1953) reconhece uma variedade de clímax regido pelas respos- tas da comunidade às condições de estresses bióticos e abióticos do ambiente. É definida como clímax climático a comunidade central e mais difundida na região. Uma teoria apresentada recentemente, chamada Teoria Alternativa dos Estados Estáveis, sugere que não há um ponto final na sucessão, mas muitos estados de transição ao longo do tempo ecológico (Jackson, 2003). 59 Questões para Reflexão 1) Sucessão ecológica é o nome dado à sequência de comunidades que se desenvolvem em um ecossistema. A correlação entre estas comunidades pode ocorrer: a) Em vários tipos de seres vivos, mas os tipos de am- biente seguem sequência devido sua morfologia. b) Em vários tipos de ambiente, mas os tipos de seres vivos seguem sequência devido sua morfologia. c) Em vários tipos de ambiente, mas os tipos de seres vivos seguem sequência devido sua especialidade. d) Em vários tipos de seres vivos, mas os tipos de am- biente seguem sequência devido sua especialidade. e) Em vários tipos de ambiente, mas os tipos de seres vivos seguem sequência devido sua generalidade. 2) Segundo a teoria descritiva da sucessão, proposta por Frederic Clements em 1916, de acordo com o autor, o processo envolve várias fases são elas: a) Nudação, Migração, Ecese, Concorrência, Reação, Estabilização. b) Migração, Ecese, Concorrência, Reação, Nudação, Estabilização. 60 c) Ecese, Migração, Concorrência, Reação, Nudação, Estabilização. d) Ecese, Migração, Concorrência, Reação, Nudação, Estabilização. e) Nudação, Reação, Migração, Concorrência, Ecese, Estabilização. 3). De acordo com as condições de geração deste novo substrato, seu desenvolvimento de comunidades pode ser classificado como: a) Hidrossere: em água doce, Lithosere: sobre rochas, Psammosere: em areia Xerosere: em áreas secas, Halo- sere: em corpo salino. b) Hidrossere: sobre rochas, Lithosere: em água doce, Psammosere: em areia Xerosere: em áreas secas, Halo- sere: em corpo salino. c) Hidrossere: em água doce, Lithosere:em areia, Psam- mosere: sobre rochas Xerosere: em corpo salino, Halo- sere: em áreas secas. d) Hidrossere: em corpo salino, Lithosere: sobre rochas, Psammosere: em areia Xerosere: em áreas secas, Halo- sere: em água doce. e) Hidrossere: em água doce, Lithosere: em áreas secas, 61 Psammosere: em areia Xerosere: sobre rochas, Halose- re: em corpo salino.
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