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etm-8-2016-2

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MÉTODOS TÉCNICOS DO ESTUDO DO TRABALHO
ESTUDO DO TRABALHO ERGONOMIA
ESTUDO DE TEMPOS
ESTUDO DE MÉTODOS
RELAÇÃO DAS PESSOAS 
COM O AMBIENTE DE 
TRABALHO
incorpora
MÉTODOS HUMANOS
DEFINIÇÃO INTERNACIONAL DE ERGONOMIA (2000)
International Ergonomics Association (IEA) 
http://ergonomics-iea.org
Ergonomia (ou Fatores Humanos) é a disciplina científica que trata 
da compreensão das interações entre os seres humanos e outros 
elementos de um sistema, é a profissão que aplica teorias, princípios, 
dados e métodos, a projetos que visam otimizar o bem estar humano 
e o desempenho global dos sistemas.
ERGONOMIA FÍSICA
ERGONOMIA COGNITIVA
ERGONOMIA ORGANIZACIONAL
Estuda o que concerne às características da anatomia humana, 
antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação à 
atividade física.
Os tópicos relevantes incluem:
-Postura no trabalho, 
-Manuseio de materiais, 
-Movimentos repetitivos, 
-Distúrbios músculo esqueléticos relacionados ao trabalho, 
-Projeto de postos de trabalho, 
-Segurança e saúde.
ERGONOMIA FÍSICA ETM
Arranjo Físico
A avaliação ergonômica destes aspectos pode ter como resultado a necessidade de tempos 
de descanso maior que o regulamentado
TIPOS DE PAUSAS
1. PAUSAS PRESCRITAS: Descanso determinado por uma 
análise ergonômica e de organização do trabalho 
D: tempo de descanso;
T: tempo total de trabalho;
K: média de kilocalorias por minuto de trabalho na 
atividade (Gasto energético da atividade medido 
ou de tabelas)
S: padrão de kilocalorias por minuto (adotado de 3 
a 4 kcal/min) ou calculado (capacidade de trabalho 
físico) 
EXPRESSÃO DE MURREL
( )
( )5,1−
−⋅
=
K
SKT
D
COMO O VALOR DE “D” SE RELACIONA COM O FATOR DE TOLERÂNCIA 
NECESSÁRIO PARA O CÁLCULO DO TEMPO PADRÃO? 
FT = 1/(1-p) p = tempo inativo/tempo total 
Tempo inativo: pode ser por várias causas dentre elas o Descanso 
para repor energia física ou mental na realização do trabalho
1. CAPACIDADE DE TRABALHO 
FÍSICO (VO2 máx)
Máxima quantidade de oxigênio que uma pessoa é capaz inspirar, combinar com o 
sangue nos pulmões e transportar às células que se contraem permitindo a 
remoção de subprodutos do metabolismo (litros de O2 /min ou kcal/min)
TESTES ERGOMÉTRICOS
BANCO BICICLETA ESTEIRA
Relacionam freqüência 
cardíaca com máxVO2
CAPACIDADE DE TRABALHO FÍSICO (valor S na 
expressão de descanso “D”)
S = máxVO2
MEDIÇÃO DA CAPACIDADE DE TRABALHO FÍSICO
TESTE DO 
BANCO
O objetivo é medir capacidade aeróbica dos indivíduos
Banco de altura = 40 cm
Mulheres 22 subidas/descidas por minuto (durante 3 minutos)
Homens 24 subidas/descidas por minuto (durante 3 minutos)
Ritmo constante
Resultado medir freqüência cardíaca (FC) por 1 minuto após 
finalizar a prova e calcular 
Homens
Mulheres
( )FCVO
máx
⋅−= 42,033,1112
)1847,0(81,652 FCVO máx ⋅−=
ml de oxigênio/ 
kg,min de 
trabalho
Aplica 1 ou 2 cargas de 5 minutos de duração, após esse 
tempo medir freqüência cardíaca (a qual deve estar no 
intervalo entre 120-170 bpm) 
A carga deve estar contida no intervalo (17-25 watts)
Ajuste adequado da altura do assento (discreta flexão do 
joelho quando o pé estiver sobre o pedal na sua posição 
mais baixa)
Ritmo constante
Resultado medir freqüência cardíaca (FC) por 1 minuto 
após finalizar a prova e calcular: 
C: Carga em watts
FC: Freqüência cardíaca após o quinto minuto
litro de 
oxigênio/min 
de trabalho
TESTE DA 
BICICLETA 
ERGOMÉTRICA
60
629,100884,02 −⋅⋅=
⋅−
FC
CeVO
Idade
máx
MEDIÇÃO DA CAPACIDADE DE TRABALHO FÍSICO
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h
Sentado, em repouso 100
TRABALHO LEVE
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex: datilografia) 125
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex: dirigir) 150
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada principalmente com os braços 150
TRABALHO MODERADO
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas 180
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, c/ alguma movimentação 175
De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, c/ alguma movimentação 220
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar 300
TRABALHO PESADO
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos
(ex: remoção com pá)
440
Trabalho fatigante 450
GASTO ENERGÉTICO ESTIMADO PARA ATIVIDADES GE (K na expressão de descanso
“D”)
Metabolismo Basal (homem): 1800 kcal/d (de 24 horas)
Metabolismo Basal ( mulher): 1600 kcal/d (de 24 horas)
GE = A+B+MB
Norma Regulamentadora 15 (08/06/78)
K = GE
AVALIAÇÃO DO TRABALHO FÍSICO PARA 
DETERMINAR O FATOR DE TOLERÂNCIA
• PROCEDIMENTO:
1. Determinar a capacidade de trabalho físico do 
indivíduo ( S ou )
2. Avaliar o gasto energético da atividade(K ou GE)
MB homem: 1800 kcal/d (de 24 horas)
MB mulher: 1600 kcal/d (de 24 horas)
3. Calcular o valor do descanso “D”
4. Estabelecer o Fator de Tolerância
DEPENDE:
- Postura e movimentos (A)
-Tipo de trabalho (B)
- Metabolismo Basal (MB)
Os valores de A e B podem ser obtidos em 
tabelas e o MB pode ser um valor fixo para 
homem e mulher
máxVO2
EXEMPLO
• Determinar o fator de tolerância para estabelecer o Tempo 
padrão da seguinte atividade:
• Testes ergométricos determinaram que a capacidade de trabalho 
físico do indivíduo (VO2max) foi de 4,8 kcal/min.
• O método de trabalho é mostrado a seguir (para 8 horas de 
trabalho)
• Atividade realizada por homens MB = 1800kcal/d = 1,25 kcal/min
ETAPAS DO TRABALHO (TRABALHO REPETITIVO PARA 8 horas/d)
Trabalho em pé colocando ítens dentro de uma caixa (10 ítens de 200 g cada)
Fechar caixa com durex
EXEMPLO
1. Segundo Norma Regulamentadora 15 (08/06/78) 
qual seria o gasto energético da atividade?
• K = GE =A+B+MB (CALCULAR) (kcal/tempo)
2. Capacidade de trabalho físico S =VO2max (kcal/tempo)
3. Calcular o descanso necessário e traduzir esse 
descanso para Fator de Tolerância
( )
( )5,1−
−⋅
=
K
SKT
D
Gasto energético
150 kcal/h (2,5 kcal/min)
150 kcal/h (2,5 kcal/min)
Norma Regulamentadora 15 (08/06/78
EXEMPLO: SOLUÇÃO
( )
( )
( )
( )
min52,146
min/5,1min/25,6
min/8,4min/25,6min480
5,1
=
−
−•
=
−
−⋅
=
kcalkcal
kcalkcal
K
SKT
D
p =146,52/480 = 0,31
K = GE = 5 kcal/min + 1,25 kcal/min = 6,25 kcal/min
FT = 1/(1-p) = 1,44
ETAPAS DO TRABALHO (TRABALHO REPETITIVO 
PARA 8 horas/d)
Trabalho em pé colocando ítens dentro de uma caixa (10 ítens de 
200 g cada)
Fechar caixa com durex
QUAIS OUTROS ASPECTOS 
ERGONÔMICOS PODEM SER 
CONSIDERADOS PARA AVALIAR O 
TRABALHO ?
AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO
Conjunto de fatores objetivos do meio ambiente que influem 
sobre os trabalhadores na hora de desenvolver o trabalho
Temperatura Ruído Vibrações Iluminação Contaminação
Na vida fora do trabalho, no descanso, na saúde
De formas variadas e complexas dependendo de fatores subjetivos e 
características fisiológicas próprias
Constituído por:
Repercutem
Reage 
A fadiga no trabalho ocorre não somente pelo trabalho realizado, mas também pelas 
condições ambientais do local de trabalho. 
• Excesso de ruído, mais que 80 dB, 
• iluminação insuficiente, menos que 200 lux, 
• condições de conforto térmico inadequadas, temperatura ambiente fora da faixa de 
20°C a 24°C e umidade relativa abaixo de 40% ou acima de 60%, 
• vibrações, cores inadequadas das paredes e desrespeito a ergonomia nos postos de 
trabalho, entre outras razões, são exemplos de geração de fadiga. 
• Em função da intensidade dos diferentes fatores que dificultam o trabalho, haverá 
muita diferença no tempo destinado ao descanso. As tolerâncias concedidas para a 
fadiga têm um valor entre 10% (trabalho leve em um bom ambiente) e 50% do tempo 
(trabalhos pesados em condições inadequadas). 
• Geralmente, adota-se uma tolerância variando entre 15% e 20% do tempo (fator de 
tolerância entre 1,15 e 1,20) para trabalhos normais realizados em um ambiente 
normal, para as empresas industriais.
TOLERÂNCIAS 
SITUAÇÕES DO AMBIENTE
ÓTIMAS PERMISSÍVEIS CRÍTICAS
CONFORTO MAL-ESTAR AFETAÇÃO DA 
SAÚDE
DESCONFORTO
CONDIÇÕES INSALUBRES

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