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PEÇA V - EMBARGOS À EXECUÇÃO

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AO JUÍZO DE DIREITO DA 100ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
Processo nº xxx
CELIO RIBAS, devidamente qualificado nos autos e epígrafe, representado por intermédio de seu advogado seu representante legal que esta subscreve, com endereço profissional constante na procuração em anexo vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 884, Caput da CLT e dos arts. 835 e 917, II do CPC, apresentar;
EMBARGOS À EXECUÇÃO
Nos autos da execução movida por Pedro Castilho devidamente qualificado nos autos, pelos motivos de fato e direito que passa a expor.
1- DA TEMPESTIVIDADE
Tendo em vista o que prescreve o art. 884 da CLT, o prazo previsto para apresentar os Embargos à Execução é de 5 dias, quando for garantido a execuçã0 ou penhorado os bens.
Portanto, como o embargante assinou o documento referente ao auto de avaliação e penhora no dia 24 de agosto de 2020, o presente recurso encontra-se tempestivo.
2- DOS FATOS
Pedro Castilho, buscou por intermédio de todos os meios cabíveis para ter reconhecido o vinculo trabalhista e consequentemente o pagamento das verbas rescisórias devidas pela Construtora Viver Bem. 
Depois do processo ter percorrido por várias fazes, o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região proferiu acordão, mantendo a integralmente a sentença, que declarou a de existência do vínculo trabalhista entre 7 de janeiro de 2019 e 19 de janeiro de 2020, assim como determinou o pagamento das verbas rescisórias.
Foi realizado a faze de cálculos, e com isso foi apurado um valor de R$22.500,00 (vinte e dois mil e quinhentos reais), a ser pago pela executada Construtora Viver Bem. Com isso, ela foi intimada para pagar o valor devido num prazo de 48 horas sob pena de penhora de bens como prescreve o art. 880 da CLT.
Como a executada não adimpliu com sua obrigação, a 100ª Vara do Trabalho de São Paulo/SP determinou a penhora de dinheiro na sua conta bancária, por intermédio do “BacenJud”. Ocorre que nada foi encontrado nas contas da empresa.
Ademais, foi tentado e sem êxito a penhora de bens na sede da empresa, assim como de veículos de sua propriedade.
Sendo assim, foi pedido a desconsideração da personalidade jurídica da Construtora Viver Bem Ltda. aos moldes do art. 855 -A, com a intenção de alcançar o patrimônio pessoal dos sócios. Com isso, foi deferido o pedido e foi inserido no polo passivo os Srs. Anderson Figueiras e Célio Ribas, pois eles sempre foram sócios da construtora.
Ocorre que foi requerido a penhora de bens da propriedade dos sócios e com isso foi expedido mandado de penhora e avaliação de imóveis localizado na Rua Capote Valente, nº 20, apartamento 101, bairro Pinheiros, São Paulo/SP, de propriedade de Célio Ribas.
O oficial de justiça compareceu ao referido local para lavrar o competente auto de avaliação e penhora do apartamento mencionado, com isso, foi avaliado em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), sendo que o documento foi assinado pelo executado no dia 24 de agosto de 2020.
Ocorre que esse imóvel é o único bem imóvel do executado, onde ele e sua família residem, não podendo ser objeto de penhora e para demonstrar foi expedido certidões de todos os cartórios de imóvel de São Paulo/SP onde fica comprovado que ele não possui outro bem. No entanto fica demonstrado por intermédio de Declaração de Imposto de Rendas em anexo, que também comprova ser o bem penhorado o único de sua propriedade. Consta em anexo, as cópias de conta de energia, condomínio, telefonia e cartão de créditos que demonstram que ele reside nesse apartamento.
3- DOS FUNDAMENTOS
O embargante vem demonstrar que a penhora não pode prosperar, pois é o único bem que possui e além disso é utilizado para fins de moradia com sua família.
A Constituição Federal em seu art. 6º traz em seu bojo uma garantia de moradia para com isso garantir o mínimo de dignidade do devedor, com isso fica o bem é considerado impenhorável.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (BRASIL. 1988).
Ademais, na Lei 8.009/90 que dispõe sobre a impenhorabilidade traz os requisitos para que o bem seja considerado impenhorável, e para isso deve se atentar ao que prescreve os artigos 1º e 5º da referida lei.
Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.
Art. 5º Para os efeitos de impenhorabilidade, de que trata esta lei, considera-se residência um único imóvel utilizado pelo casal ou pela entidade familiar para moradia permanente.
Parágrafo único. Na hipótese de o casal, ou entidade familiar, ser possuidor de vários imóveis utilizados como residência, a impenhorabilidade recairá sobre o de menor valor, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis e na forma do art. 70 do Código Civil (BRASIL. 1990). 
Tendo em vista que foi juntado nos autos todas as certidões dos Cartórios de Registro de Imóveis de São Paulo/SP, sendo que ficou comprovado ser o único bem de propriedade do embargante, fica demonstrado um dos requisitos de impenhorabilidade.
Foi demonstrado também por intermédio de Declaração de Imposto de Rendas, que o apartamento localizado na Rua Capote Valente, nº 20, apartamento 101, bairro Pinheiros, São Paulo/SP, é o único bem de propriedade de Célio Ribas.
Ademais, fica demonstrado o outro requisito previsto na referida legislação, que é o de residir no imóvel, por intermédio das cópias dos seguintes documentos: as cópias de conta de energia, condomínio, telefonia e cartão de créditos. Logo, o outro requisito de impenhorabilidade fica cumprido, sendo, portanto, proibido a penhora do objeto em discussão, com isso a penhora não pode ser levada em consideração e com isso deve ser retirado qualquer averbação referente a penhora do imóvel em comento.
4- DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer:
a) Que seja desconsiderada a penhora do apartamento, localizado na Rua Capote Valente, nº 20, apartamento 101, bairro Pinheiros, São Paulo/SP, pois é o único bem do embargante, além de ser o local onde ele e seus familiares residem.
b) Que seja retirado toda averbação referente a penhora realizada neste imóvel.
Nesses termos, pede e espera deferimento.
Local: São Paulo/SP, xx, de xxx, de xxx.
Assinatura: ADV. xxx
OAB nº xxx/xxx

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