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1 RESUMO Tributos Direito Tributário 2 Índice Tributos .............................................................................................................................................................. 3 Conceito: ........................................................................................................................................................ 3 Natureza Jurídica: .......................................................................................................................................... 3 Espécies Tributárias: ...................................................................................................................................... 3 Classificação dos Tributos:............................................................................................................................. 4 Impostos: ....................................................................................................................................................... 5 Taxas: ............................................................................................................................................................. 6 Taxa de polícia: .............................................................................................................................................. 6 Taxa de serviço público ................................................................................................................................. 7 Contribuição de melhoria .............................................................................................................................. 8 Empréstimos Compulsórios ........................................................................................................................... 9 Hipótese de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência ....................................................................................................................................................... 9 Hipótese de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional ........................... 9 Hipótese de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência ..................................................................................................................................................... 10 Contribuições Especiais ............................................................................................................................... 10 CIDE ............................................................................................................................................................. 11 Contribuições Corporativas ......................................................................................................................... 11 Contribuição de Iluminação Pública ............................................................................................................ 12 Direito Tributário – Tributos 3 Tributos Conceito: Natureza Jurídica: A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fator gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualifica-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei, bem como a destinação legal do produto da arrecadação (art.4, CTN). Com o efeito, para o CTN, o que importa para a definição da natureza jurídica do tributo é seu fato gerador, não importando qualquer outra característica. Espécies Tributárias: Art. 3º, CTN - Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Espécies Tributárias Impostos Taxas Empréstimo Compulsório Contribuição de melhoria Contribuiçoes Direito Tributário – Tributos 4 Classificação dos Tributos: •Impostos que incidem de forma subjetiva, ou seja, leva em consideração aspectos pessoais do contribuinte. •Imposto de Renda. Pessoais •Impostos que incidem sobre coisas. •IPTU, IPVA, ICMS, IPI e outros.Reais •Com o aumento da base de cálculo ocorre o aumento da alíquota. •Imposto de Renda. Progressivos •Com a diminuição da base de cálculo ocorre a diminuição da alíquota. •Imposto de Renda. Regressivos •Quem paga o tributo é o próprio sujeito.Diretos •O contribuinte de direito transfere o ônus ao contribuinte de fato.Indiretos •Tributo que incide em todas as etapas intermediárias dos processos de produção e/ou comercialização de um bem. •Efeito cascata Cumulativos •Tributo que na etapa posterior do processo de produção e/ou comercialização não incide sobre o mesmo tributo pago na etapa anterior. Não cumulativos •Tributo com valor determinado.Fixos •Tributo cujo valor é passível de variação de acordo com a alíquota e a base de cálculo.Variáveis •Imposto cuja alíquota é invariável e se aplica sobre a base de cálculo variável.Proporcionais Direito Tributário – Tributos 5 Impostos: Impostos são tributos não vinculados a uma atuação estatal, isto é, o tributo tem como fato gerador uma situação que não depende de uma determinada atividade estatal. Basta ao sujeito passivo praticar conduta prevista em lei para que o imposto exigido possa ser exigido. É importante ressaltar que não ocorre contraprestação direta ao sujeito passivo. O artigo supracitado trata do princípio da capacidade contributiva que se aplica aos impostos. Entretanto, de acordo com decisões do STF a aplicação é estendida as demais espécies tributárias. Impostos em espécie: Artigos 153 e 154, CF •Impostos Federais Artigo 155, CF •Impostos dos Estados e Distrito Federal Artigo 165, CF •Impostos dos Municípios Art. 16, CTN - Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Direito Tributário – Tributos 6 Taxas: Dessa forma, as taxas são instituídas por dois fatos geradores: o exercício do poder de polícia e a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público; É um tributo vinculado. Em que pese o § 2º do artigo 145, a Súmula Vinculante nº 29 do STF prevê que: Taxa de polícia: Primeiramente, é importante conceituar poder de polícia à luz do Direito Tributário: Art. 145, CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; § 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. Súmula Vinculante nº 29, STF - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. Art. 78, CTN - Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinandodireito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. Direito Tributário – Tributos 7 O fato gerador da taxa em questão é o exercício regular de poder de polícia. Tendo em vista que o rol do artigo supracitado não é taxativo, a quantidade de taxas instituídas pelo exercício da atividade de polícia administrativa é grande. Insta salientar que o STF considera a existência de órgão de fiscalização estruturado e em efetivo funcionamento para que o exercício de poder de polícia seja regular. Taxa de serviço público O fato gerador consiste na utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis. De acordo com Regina Helena Costa, serviço público específico é aquele que consiste em atividade estatal fruível individualmente por cada um de seus usuários, por exemplo: serviço de fornecimento de água tratada e de energia elétrica. Ainda segundo a doutrinadora supracitada, o serviço público divisível é aquele que, sendo específico possibilita a mensuração dessa fruição individual. Se inviável tal mensuração, descabida a exigência da taxa. A utilização efetiva significa que o administrado fruiu do serviço público. Já utilização potencial traduz a possibilidade de fruição, isto é, o sujeito não fruiu do serviço, mas o tinha à sua disposição, em razão da existência de aparelhamento administrativo adequado. Cumpre dizer que a utilização potencial de serviço público específico e divisível somente pode dar suporte à exigência de taxa quando se tratar de atividade de utilização compulsória, isto é, que deve ser obrigatoriamente colocada à disposição dos administrados, como por exemplo a taxa de coleta de lixo. Dessa forma, o STF considera constitucional esse tipo de cobrança. É preciso destacar que a antiga taxa de iluminação pública (TIP) foi declarada inconstitucional pelo STF. A TIP foi substituída pela contribuição para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP) Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Súmula Vinculante nº 41, STF - O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. Direito Tributário – Tributos 8 Como o assunto foi cobrado no Exame da OAB: FGV - XIII EXAME DE ORDEM (2014) Segundo o entendimento do STF, a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, é a) constitucional, por não violar o conceito constitucional de taxa. b) inconstitucional, por violar o conceito constitucional de taxa. c) constitucional, por não violar o conceito constitucional de taxa, mas ilegal por violar a definição de taxa contida no Código Tributário Nacional. d) inconstitucional, por violar o conceito constitucional de taxa, além de ilegal, por violar a definição de taxa contida no Código Tributário Nacional. Gabarito: A Contribuição de melhoria A instituição da contribuição de melhoria depende de alguma atividade estatal ao contribuinte. Logo, é um tributo vinculado. O fato gerador é a valorização imobiliária. Art. 145, CF - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Art. 81, CTN - A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Direito Tributário – Tributos 9 Empréstimos Compulsórios Hipótese de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência Não é preciso que o tributo atenda aos princípios da anterioridade e noventena. Hipótese de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional É preciso que o tributo atenda aos princípios da anterioridade e noventena. Como o assunto foi cobrado no Exame da OAB: FGV - XIII EXAME DE ORDEM (2014) José recebeu auto de infração pelo inadimplemento de determinado tributo instituído por lei ordinária. José contesta a exigência fiscal sob o argumento, correto, de que o tributo em questão deveria ter sido instituído por lei complementar. A partir da hipótese apresentada, assinale a opção que indica o tributo exigido no referido auto de infração. a) Contribuição de Interesse de Categoria Profissional. b) Contribuição de Melhoria. c) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. d) Empréstimo Compulsório. Gabarito: D Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. Direito Tributário – Tributos 10 Hipótese de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência Tal hipótese não configura fato gerador de tributo. , mas sim hipóteses que autorizam a instituição do mesmo. O fato gerador será, então, um fato econômico que será descrito pelo legislador. Contribuições Especiais Ainda há a Contribuição para o custeio do serviço de Iluminação Pública (EC 39/2002) Instituídas com o objetivo de alcançar finalidades relativas à seguridade social, à educação, à cultura e ao desporto, à ciência e à tecnologia, à comunicação social, ao meio ambiente, a família, à criança, ao adolescente, ao idoso e aos índios. As contribuições residuais são outras fontes de contribuições sociais. Contribuições Sociais De Intervenção no domínio econômico (CIDE) De interesse das categorias profissionais ou econômicas (contribuições corporativas) Art. 149, CF - Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titularesde cargos efetivos da União. Direito Tributário – Tributos 11 CIDE As contribuições de Intervenção no Domínio Econômico são instituídas exclusivamente pela União. Tem como função a intervenção no domínio econômico e são tributos extrafiscais. Desde que os princípios da ordem econômica que se fazem presentes no artigo 170, CF sejam respeitados, a União tem a competência de determinar as hipóteses de incidência das CIDEs. É importante ressaltar que somente a CIDE-combustíveis possui base econômica prevista pela Constituição. A instituição da CIDE é feita por lei ordinária ou por medida provisória. No que diz respeito à exportação e importação, não incide CIDE sobre a receita de oriunda de exportação. Entretanto, no caso das importações ocorre a incidência de CIDE e as alíquotas podem ser específicas ou ad valorem (conforme o valor). Contribuições Corporativas As contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas são instituídas exclusivamente ela União e são devidas por todos os trabalhadores ou membros das profissões regulamentadas. A finalidade consiste no financiamento de atividades de instituições representativas ou que fiscalizem categorias profissionais ou econômicas. As contribuições corporativas são parafiscais. A natureza jurídica das contribuições em comento ainda não é matéria pacífica. Art. 195, CF - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Direito Tributário – Tributos 12 Contribuição de Iluminação Pública A COSIP substituiu a TIP (Súmula Vinculante 41, STF); Sobre a COSIP é possível inferir que deve ser instituída por lei ordinária pelo ente que a instituir (município ou DF), é tributo vinculado e com arrecadação vinculada. O STF se posicionou no sentido de que a contribuição de iluminação pública não se mostra como imposto nem como taxa, ou seja, é um tributo sui generis. De acordo com o artigo 149-A da Constituição Federal, é facultada a cobrança da contribuição de iluminação pública na fatura da energia elétrica. Como o assunto foi cobrado no Exame da OAB: FGV - XIII EXAME DE ORDEM (2014) Determinado Estado, localizado na Região Norte do país, instituiu, mediante lei específica, a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Nessa linha, com base na competência tributária prevista nas normas constitucionais em vigor, tal contribuição instituída pelo respectivo estado-membro da Federação é a) constitucional, sendo possível sua cobrança com base nas regras constitucionais em vigor. b) inconstitucional, por ser o referido tributo de competência tributária da União Federal. c) inconstitucional, por ser o referido tributo de competência do Distrito Federal e dos Municípios. d) inconstitucional, visto que somente lei complementar poderá instituir o referido tributo. Gabarito: Letra C Bons estudos! Art. 149-A, CF - Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.
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