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ITCMD FATO GERADOR Neste caso trata-se de um dos impostos Estatuais, onde compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: Incide sobre a transmissão “Causa Mortis”, o sujeito morre e transmite seu patrimônio por Herança, e incide também sobre a transmissão por Doação (Intervivos), esse é o fato Gerador do ITCMD, de uma forma ou de outra, morto ou vivo, a pessoa transfere a título gratuito quaisquer bens ou direitos, e o Governo cobra sobre essa transferência de Bens Móveis ou Imóveis, devendo ser uma transmissão que envolva a transferência de titularidade, de forma Onerosa. Trata-se de um imposto com uma função fiscal, sua finalidade é arrecadar, trazer dinheiro para os cofres públicos. Está sujeito à legalidade e a anterioridade, tanto anual, como nonagésimal. Por tanto a alteração de suas alíquotas deve obedecer a esses princípios. Qual seria o Estado Competente para tributar a transmissão? Neste caso a constituição prevê que relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal, por tanto se o bem é imóvel, não importa se é causa mortis ou doação, compete ao Estado da situação do bem, por exemplo, se está situado em Belo Horizonte, o ITCMB é de Minas Gerais. Já relativamente a Bens Móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicilio o doador, ou Distrito Federal. Logo a duas possibilidades quando se trata de Bens Móveis, Títulos e créditos, sendo causa mortis, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, no caso de doação cabe ao Estado onde estiver domiciliado o doador. A ordem determina Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir os seguintes impostos: Previsto do art. 155, inc. I, da CF: Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) E previsto também nos art. 35 a 42, do CTN. Os impostos Estaduais, alguns deles, nos termos de uma Lei Geral e Lei complementar. É a transmissão ITCMD de qualquer bem ou direito, então o fato gerador do ITCMD vai ser a transmissão por causa da morte ou por causa da doação, é uma entrega gratuita de qualquer bem ou de direito. Haverá a transferência de um patrimônio, essa ocorrência ocorreu por causa de que a pessoa faleceu e com isto deixou o patrimônio para os herdeiros, ou a pessoa doou um imóvel, um carro, realizando a doação, nesta doação vale também ser tributada pelo ITCMD. Então esse é o fato Gerador. A Lei n° 10.011/2013 nos traz tudo que ocorre no campo de transmissão para ser um fato gerador do imposto do ITCMD: Art. 6º Ocorre o fato gerador do imposto: I - na transmissão causa mortis, na data da: a) abertura da sucessão legítima ou testamentária, mesmo no caso de sucessão provisória, e na instituição de fideicomisso e de usufruto; b) substituição de fideicomisso; c) ocorrência do fato jurídico ou da formalização do ato jurídico, nos casos não previstos nas alíneas “a” e “b”; II - na transmissão por doação, na data: a) da instituição de usufruto ou de qualquer outro direito real; b) da lavratura do contrato de doação, ainda que a título de adiantamento da legítima; c) da desistência da herança ou do legado em favor de pessoa determinada; d) da homologação da partilha ou adjudicação, decorrente de inventário, divórcio ou dissolução de união estável, em relação aos excedentes de meação e quinhão que beneficiar uma das partes; e) da lavratura da escritura pública de partilha ou adjudicação extrajudicial, decorrente de inventário, divórcio ou dissolução de união estável, em relação aos excedentes de meação e quinhão que beneficiar uma das partes; f) do arquivamento na Junta Comercial, na hipótese de transmissão de quotas de participação em empresas ou do patrimônio de empresário individual; g) da formalização do ato ou negócio jurídico, nos casos não previstos nas alíneas “a” a “f”; h) do ato ou negócio jurídico, nos casos em que não houver formalização. A transmissão do bem se da no momento da morte, a Lei que está em vigência no momento, com tudo temos a Súmula 114 do STF, o imposto só pode ser cobrado após a homologação dos cálculos. A doação se dá no momento da transferência do bem doado, no caso de Bem Imóvel é no momento da tradição, da entrega, ocorrendo à entrega do bem, ocorrerá à transferência acarretando o fato gerador que é o ITCMD, do bem Imóvel é diferente a sua transmissão, ocorre na regra geral, só por escritura pública, seja de compra e venda, seja por doação, ou por um contrato particular, sua transferência se dará somente no momento de seu registro no Cartório de Registros de Imóveis, valerá a partir da data de seu registro em Cartório, pois é neste momento que ocorre a transferência do Bem Imóvel. REFERÊNCIAS CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: Março/2021. LEI nº 10.011, de 20 de maio de 2013, Dispõe sobre o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD). (Material do Professor). LEI Nº 5.172, DE 25 DE OUTUBRO DE 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm>. Acesso em: Março/2021. PAULSEN, Leandro Curso de direito tributário completo / Leandro Paulsen. – 11. Ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2020. 616 p. Bibliografia 1. Direito tributário – Brasil. I. Título. (Material do Professor).
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