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Erros Experimentais Será possível obter o valor verdadeiro pela medição? Podemos responder categoricamente que não! Devido às limitação experimentais, as medições sempre terão uma incerteza associada. Em uma análise química é preciso ter muita atenção em cada passo que será realizado, pois caso contrário, podem ocorrer erros. Esses erros algumas vezes são facilmente detectáveis e corrigidos, mas outras vezes não, por isso, saber como interpretar os dados obtidos é fundamental, pois, são eles que irão indicar a existência de um erro. Erros Experimentais Erros Grosseiros; Erros Sistemáticos; Erros Aleatórios. � As medidas invariavelmente envolvem erros e incertezas; � Muitos erros são causados por padronizações ou calibrações malfeitas ou variações aleatórias e incertezas nos resultados; � Calibrações frequentes, padronizações e análises de amostras conhecidas podem ser usadas, algumas vezes, para minimizar todos esses fatores, exceto os erros e as incertezas aleatórios. Os erros grosseiros podem ser provocados por falhas ocasionais, seja do equipamento, material utilizado ou do operador. Em relação ao equipamento pode ser em razão da perda da calibração; quanto ao material utilizado pode ser a utilização de reagente em más condições; e em relação ao operador pode ser consequência de imperícia ou distração. Portanto, este tipo de erro pode ser evitado e, normalmente, é facilmente detectável, pois produz medições fora do esperado. Dessa forma, após detectar este tipo de erro será necessário realizar a repetição da medida. Nota Erros Sistemáticos: São resultantes de desvios constantes nos resultados num mesmo sentido. Os Erros Sistemáticos podem ser determinados, evitados ou corrigidos. Classificam-se em: a) Erros Sistemáticos Aditivos – são erros constantes para qualquer que seja o valor medido; b) Erros Sistemáticos Proporcionais - são erros proporcionais ao valor medido Alguns Fatores que Contribuem para os Erros 1) Erros do método: Reações incompletas e ou paralelas, co- precipitação, indicador. 2) Erros operacionais e pessoais: Técnica incorreta e inexperiência do analista; 3) Erros instrumentais e erros de reagentes: Falhas nos equipamentos e vidraria volumétrica, equipamentos não calibrados ou com calibração imprópria, reagente com impurezas, etc. São resultantes da impossibilidade de se manter os fatores rigidamente idênticos, ou seja, são resultantes de efeitos de variáveis descontroladas nas medidas. As variações são, portanto inerentes ao sistema, irregulares e resultam em variabilidade. Erros Aleatórios ou Indeterminados Erros Aleatórios ou indeterminados não podem ser corrigidos 1) Precisão: Grau de concordância entre os resultados obtidos por aplicação do mesmo procedimento de ensaio várias vezes em materiais idênticos, em condições definidas (ISO 3534). 2) Exatidão: Grau de concordância entre o valor obtido e o valor convencionalmente aceito como verdadeiro (ISO 3534). Conceitos Importantes Observação Precisão: Quanto maior a dispersão dos valores de um dado experimento menor a precisão. Exatidão: Quanto menor o erro relativo, maior a exatidão de um dado experimento. Calculando o Erro Relativo 3) Repetibilidade: a repetibilidade refere-se à precisão obtida nas mesmas condições (mesmo laboratório, mesmo operador e equipamento, durante um curto intervalo de tempo 4) Reprodutibilidade: A reprodutibilidade refere-se à precisão obtida fazendo-se variar as condições (diferentes laboratórios, operadores, equipamentos e/ou tempos). Conceitos Importantes 5) Réplicas: são valores de variáveis obtidos nas mesmas condições experimentais e sobre a mesma amostra. 6) Material de Referência: Material ou substância com uma (ou mais) propriedade suficientemente bem estabelecida para ser usado na calibração de um equipamento, avaliação de um método de medida, ou atribuição de valores a materiais. Conceitos Importantes INCERTEZA parâmetro associado ao resultado de uma medição que caracteriza a dispersão de valores que se pode razoavelmente atribuir à grandeza medida. . Conceitos Importantes Erros e Incertezas Todas as medidas científicas estão invariavelmente sujeitas a erros e incertezas. Não há como evitar incertezas nas medidas, embora seja possível minimizar os erros. Os erros e as incertezas são refletidos na observação de que duas medidas sucessivas da mesma quantidade são diferentes entre si. Nas medidas experimentais uma única análise não fornece informações sobre a variabilidade e/ou confiabilidade dos resultados. Dessa forma, é necessário realizar várias análises numa medida experimental para que seja possível mensurar sua veracidade. Precisão x Exatidão Erros de mediçãoErros de medição Boa precisão: baixa dispersão de resultados. Erros fortuitos pequenos. Existência de erros sistemáticos: resultado não exato. Baixa precisão: grande dispersão de resultados. Erros fortuitos elevados. Não existência de erros sistemáticos. resultado não exato. Baixa precisão: grande dispersão de resultados. Erros fortuitos elevados. Existência de erros sistemáticos: resultado não exato. Boa precisão: baixa dispersão de resultados. Erros fortuitos pequenos. Não existência de erros sistemáticos: resultado exato. Na indústria, a Estatística associada à Análise Química é considerada uma forma de “garantir a qualidade dos resultados” ! (exigência da ISO 17025) Nota Fontes de Erros numa Pesagem de Massa. Correção do Empuxo. O erro devido ao empuxo afetará os dados se a densidade do objeto que está sendo pesado diferir significativamente da das massas-padrão. Esse erro tem sua origem na diferença da força de flutuação exercida pelo meio (ar) no objeto e nas massas. A correção do empuxo para balanças eletrônicas pode ser feita com as seguintes equações: É bom saber Tratamento Estatístico de Erros Aleatórios A distribuição de réplicas de dados da maioria dos experimentos analíticos quantitativos se aproxima da curva gaussiana. Se um experimento é repetido várias vezes, e se os erros são puramente aleatórios, então os resultados tendem a se agrupar simetricamente sobre o valor médio. Quanto mais for repetido o experimento, mais perto os resultados se agrupam de uma curva suave ideal chamada distribuição gaussiana. Expressando o Resultado de uma Análise 1. Valor médio de um conjunto de medidas (X) é a soma dos valores medidos dividida pelo número de medidas (n). X = X1+ X2 X3+ X4 X5+ … + Xn n Expressando o Resultado de uma Análise 2. O Desvio Padrão (S) expressa o quão próximo da média encontram-se os diversos valores de uma dada medida. Expressando o Resultado de uma Análise 3. O Coeficiente de Variância (CV) ou Desvio Padrão Relativo (RSD) expressa o desvio-padrão relativo em termos de percentagem. (Estima a precisão de uma medida.) CV = s X x 100 Aplicação O carboidrato presente em uma planta foi determinado pela análise de 5 replicas da amostra, obtendo-se os seguintes resultados: 11,9; 13,0; 12,7; 12,5 e 12,6 mg/g. a) Calcule a concentração média de carboidrato presente na amostra; b) Calcule o Desvio Padrão deste conjunto de análises; c) Expresse a concentração de carboidrato presente na amostra e sua incerteza associada. Intervalo de Confiança Com um número limitado de medidas, não podemos encontrar a média de população real (µ) ou o desvio-padrão verdadeiro (σ). Podemos, apenas, determinar a média da amostra (x) e o desvio- padrão da amostra (s); O intervalo de confiança é uma expressão condicionante de que a média real (µ), provavelmente tem uma posição dentro de certa distância da média medida (x). O intervalo de confiança nos permite estimar o valor no qual se esperamos encontrar a média. � Amostragem estatisticamente não representativa; � Inadequação de procedimentos de limpeza de materiais e acessórios analíticos; � Escolha erradado grau de pureza dos reagentes; � Escolha inadequada do método analítico. Referências: [01] Harris, D. A. Análise Química Quantitativa. 6ª ed. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro, 2005. [02] Ohlweiler, O. A. Fundamentos da Análise Instrumental. Livros Técnicos e Científicos Ed. RJ. 1981. [03] Ewing, G. W. Métodos Instrumentais de Análise Química. Vol. I, Ed da USP, SP, 1977. [04] Willard, H. H. et al. Instrumental Methods of Analysis. 7th ed. Wadswoth Publishing Company, California, 1988. [05] Christian, G. D.: Reilly, J. E. Instrumental Analysis. 2 th ed. Allyn and Bacon, Inc. Boston, 1986.
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