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BLOQUEIO DE NERVOS PERIFÉRICOS

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Página 1 
 
BLOQUEIO DE NERVOS PERIFÉRICOS CAMILA MARTINS 
 
BLOQUEIO DE NERVOS PERIFÉRICOS 
INTRODUÇÃO 
Introdução de anestésicos locais em nervos 
periféricos, de forma seletiva e versátil (posso 
fazer só ele ou junto com outra técnica 
anestésica – posso fazer de várias formas). 
Qualquer administração de anestésico local fora 
do neuroeixo. 
Dependendo do estado fisiológico do paciente 
posso usar essa forma de maneira isolada, por 
ser a que menos afeta o estado geral do 
paciente. 
CONTRAINDICAÇÕES 
1- Infecção no sítio de punção 
2- Doença neurológica que leve a déficit 
motor ou doença desmielinizante 
(temos que ter certeza de que a técnica 
não vai levar à progressão da doença – 
geralmente não é feito) 
3- Coagulopatia congênita (se a estrutura 
vascular for puncionada pode produzir 
um hematoma que comprima essa 
estrutura) 
4- Anticoagulação (mesma coisa da 
coagulopatia congênita) 
TÉCNICAS DE LOCALIZAÇÃO 
Onde está a estrutura que queremos atingir? 
1- ANATOMIA DE SUPERFÍCIE ou 
anatomia por ultrassonografia 
2- PARESTESIA: quando chegar no ponto 
a ser atingido, o estímulo mecânico e 
convertido em um pequeno choque 
elétrico 
3- ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA: o pulso 
elétrico é transduzido até o órgão 
efetor e percebemos a eferência desse 
estímulo – assim sabemos exatamente 
quando a ponta da agulha chega ao 
local a ser anestesiado. Somente a 
ponta da agulha não e revestida por 
isolamento elétrico. Quanto menor o 
estímulo elétrico necessário para gerar 
eferência, mais próximos estamos do 
nervo (consideramos próximo quando 
é menor do que 0.5 Coulomb e 
podemos fazer a administração do 
anestésico) 
4- USG: permite ver as estruturas 
anatômicas e a dispersão do líquido 
anestésico. É muito utilizado durante 
cirurgias. São utilizados dois planos de 
visualização: o axial e o transversal. 
5- FLUOROSCOPIA 
6- TC 
Geralmente usamos a agulha de estímulo plex 
associada ao ultrassom) 
BLOQUEIO DO PLEXO BRAQUIAL 
QUATRO VIAS DE ACESSO: 
INTERESCALÊNICA, SUPRACLAVICULAR, 
INFRACLAVICULAR E AXILAR. 
Formado pelos ramos anteriores dos nervos 
espinhais de C5 a T1. Se tiver a participação de 
C4 é um plexo pré-fixado, e se tiver a 
participação de T2 é um plexo pós-fixado. 
Ocorrem divisões em troncos, fascículos, ramos, 
até chegar nos nervos periféricos. 
 
O tronco superior é facilmente bloqueado, o 
tronco médio tem um pouco mais de 
dificuldade, e o tronco inferior dificilmente é 
atingido pela dispersão de anestésico (e não 
podemos levar a agulha até lá para não lesionar 
diretamente o plexo. 
JANELA INTERESCALÊNICA: 
Página 2 
 
BLOQUEIO DE NERVOS PERIFÉRICOS CAMILA MARTINS 
 
Abordagem dos ramos superiores com muita 
facilidade, ramos de C5, C6 e C7 bem 
visualizáveis. Se encontra entre o escaleno 
médio e o escaleno anterior. É uma região fácil 
de ser localizada por anatomia de superfície até 
mesmo em obesos. 
INDICAÇÕES: ombro e clavícula 
COMPLICAÇÕES: bloqueio do nervo recorrente, 
bloqueio do nervo frênico (por isso só pode ser 
feito de um lado, para o paciente não ter 
insuficiência respiratória), peridural inadvertida 
(por migração do anestésico para o espaço 
peridural), raquianestesia total (punção 
subaracnóidea inadvertida), injeção 
intravascular (circunvizinho de estruturas 
vasculares importantes), bloqueio ulnar e 
bloqueio simpático do olho (Síndrome de 
Claude-Bernard-Horner = ptose palpebral + 
miose + enoftalmia – é comum e reversível) 
VIA SUPRACLAVICULAR: 
Pega o plexo braquial entre a clavícula e a 
primeira costela. É um bloqueio extremamente 
simples até mesmo sem USG. 
INDICAÇÕES: braço, antebraço e mão. 
COMPLICAÇÕES: bloqueio do nervo frênico, 
bloqueio do gânglio estrelado (muito frequente 
pela dispersão do anestésico), pneumotórax 
(está logo acima da primeira costela) e 
hematoma (veia e artéria subclávia) 
VIA INFRACLAVICULAR: 
Não é feita sem USG, a chance de punção da 
pleura e de punção vascular é maior. 
INDICAÇÕES: cotovelo antebraço e mão. 
VIA AXILAR: 
É a via mais distal do plexo braquial. Palpamos 
perto da artéria braquial e vemos os nervos 
mediano, ulnar e radial. Não pegamos os ramos, 
e sim os nervos bem formados, assim as 
complicações podem ser maiores. Nós palpamos 
a artéria radial e puncionamos. Geralmente há 
uma falha do músculo cutâneo, que é 
sobreposto aos 3 nervos em questão. 
INDICAÇÕES: antebraço e mão 
COMPLICAÇÕES: injeção intravascular, 
pseudoaneurisma (muito fácil puncionar a 
artéria de forma acidental), hematoma. 
BLOQUEIO DO COTOVELO: 
Abordagem do mediano e do radial. Não é muito 
feita pois eles são muito superficiais e é fácil 
ocorrer uma lesão direta do nervo. Quando é 
necessária uma complementação de uma das 
janelas anteriores, geralmente fazemos um 
pouco mais distal. Uma lesão direta desses 
nervos pode levar a uma parestesia mais 
prolongada, por 6 a 9 meses. 
BLOQUEIO DO PUNHO: 
Feita com muito mais frequência – é o bloqueio 
do ulnar ou do mediano. 
O nervo ulnar é um pouco mais lateral do que a 
artéria ulnar, e o mediano está entre os 
músculos palmar longo e o flexor radial do carpo 
– mas geralmente também e feita com USG. 
O bloqueio do radial na região do punho é feito 
de forma subcutânea, pois ele é muito 
superficial. 
BLOQUEIO DIGITAL: 
É extremamente simples, pode ser feito por 
qualquer médico até para suturas em upa ou 
medidas no leito ungueal. Temos uma rede 
digital dorsal e uma rede digital palmar. 
Fazemos duas punções, uma de cada lado do 
dedo, e cada punção pega tanto a rede dorsal 
quanto a palmar (a agulha entra na região dorsal 
e vai até a palma). 
BLOQUEIO DO PLEXO LOMBOSSACRO 
TÉCNICAS: PERIVASCULAR INGUINAL, 
CIÁTICO, FOSSA POPLÍTEA E 
PENTABLOQUEIO. 
O PLEXO LOMBAR é formado pelos ramos 
anteriores e posteriores dos nervos espinhais de 
Página 3 
 
BLOQUEIO DE NERVOS PERIFÉRICOS CAMILA MARTINS 
 
L1 a L5. Os 3 principais nervos são o 
Femorocutâneo lateral o Femoral e o Obturador 
para a analgesia de membros inferiores. 
 
O PLEXO SACRAL é formado pelos ramos 
anteriores e posteriores dos nervos espinhais de 
L4 a S3. O nervo mais importante nesse caso é o 
ciático que se divide tem Tibial e Fibular Comum. 
 
 
PERIVASCULAR INGUINAL: é um bloqueio 
inguinal que utiliza os vasos como referência 
anatômica. Por essa via não conseguimos 
acessar o ciático, que está na face posterior. 
Indicações: quadril, fêmur, joelho, coxa (exceto 
face posterior, que é pelo ciático), face medial 
da perna. 
CIÁTICO: sua abordagem é por via posterior. 
Não temos nenhuma referência vascular para 
identificá-lo, mas são feitas outras referências 
anatômicas. 
FOSSA POPLÍTEA: lá temos o nervo tibial de 
forma mais superficial, ele atravessa toda a 
fossa. 
TORNOZELO – PENTABLOQUEIO: nessa técnica 
bloqueamos 5 nervos: o tibial posterior, o fibular 
superior, o fibular profundo, o safeno e o sural. 
BLOQUEIO INTERCOSTAL 
Extremamente utilizado em cirurgias torácicas. É 
muito simples e superficial. Pegamos a borda 
inferior da costela superior e vamos migrando 
dorsalmente. O procedimento é feito em vários 
espaços intercostais consecutivos. 
COMPLICAÇÕES: perfuração da pleura 
pneumotórax. Lembrar também que esse é o 
local com maior absorção sistêmica, então 
sempre associar com vasoconstrictor. 
INDICAÇÕES: Cirurgias torácicas, de mama e do 
abdome superior.

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