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Teoria das Relações Humanas

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RESUMO 4:
Teoria das Relações Humanas
As origens da teoria das relações humanas mostra a influência das ideias do pragmatismo e da iniciativa individual nos EUA, berço da democracia. Na prática, essa teoria surgiu com a Experiência de Hawthorne, conduzida por Elton Mayo e baseada em aspectos humanísticos da administração.
A experiência teve inicio em 1927, na fábrica de Hawthorne da Western Electric Company, responsável pela produção de equipamentos e componentes de telefone. A princípio, o objetivo era analisar o efeito da iluminação dos locais de trabalho sobre a eficiência das operárias. 
Elton Mayo, juntamente com seus assistentes, dividiu a experiência em quatro fases, conforme indicado no quadro abaixo:
	EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE
	Fase
	Resultado
	1º Observar dois grupos de operárias, executando as mesmas tarefas. Porém, o primeiro grupo tinha a iluminação variável e o segundo, constante. 
	Ao invés de encontrarem uma relação entre iluminação e produtividade, foi identificado um fator psicológico ligado à motivação, que afetava a eficiência das operárias. 
	2º O primeiro grupo contava com seis moças e enquanto cinco delas montavam o equipamento, a sexta fornecia as peças necessárias. O segundo grupo atuava nas mesmas condições, mas era acompanhada de um contador de peças que marcava a produção.
	Com o primeiro grupo, foi observado que as moças não temiam a supervisão porque a consideravam branda. No segundo grupo, foi constatado um ambiente amistoso que aumentava a satisfação no trabalho e que consequentemente aumentava a produtividade. 
	3º início de um programa que tinha como objetivo incentivar as funcionárias a dar sugestões e manifestar opiniões referentes ao trabalho que executavam. 
	Dentro de pouco tempo, observou-se que as moças se sentiam mais confiantes e que se posicionavam com maior liberdade. 
	4º O sistema de pagamento foi organizado de acordo com a produção de cada grupo. Conforme a produção aumentava, maior era a remuneração. 
	Constatou-se a presença de uma solidariedade grupal, mais tarde identificada como organização informal, uma espécie de código interno entre os próprios grupos. 
Fonte: autoral. 
As conclusões desta experiência incluíram novas dimensões ao cenário organizacional. A partir dela, iniciou-se o estudo dos grupos e da organização informal, dando ênfase nos aspectos emocionais e não racionais do comportamento humano, como por exemplo, as necessidades psicológicas e sociais, as sanções e as recompensas não materiais, a importância do conteúdo do cargo que ocupam. Daí a necessidade de um tratamento preventivo ao conflito industrial: o choque entre os objetivos da organização e os objetivos individuais dos colaboradores. 
Deste modo, o foco passou a ser dado às pessoas que participam das organizações e não somente na tarefa ou estrutura organizacional. E como disse Chiavenato, este resultado só se fez possível devido ao desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a Psicologia do Trabalho.
Referência: 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6ª. Ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

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