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PULGAS - familia tungidae

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DOENÇAS PARASITÁRIAS
 
Família Tungidae | Subfamília Tunginae (penetrantes)
*Gênero Tunga (pronúncia: Tunga) - deixa o abdomem pra fora pois possui a estrutura ovipositora
São as pulgas penetrantes dos mamíferos, caracterizadas pela aparência no hospedeiro. São espécies pequenas, mal alcançam 1 mm de comprimento, porém, uma fêmea grávida pode chegar a medir o tamanho de uma ervilha. Possuem palpos maxilares serrilhados, segmentos torácicos curtos e ausência de cerdas ante-pigidiais e ctenídeos. Olho com pigmento preto. O adulto possui coloração marrom avermelhada. O bicho-do-pé ou bicho-do-porco é uma pulga, que, quando fecundadas tornam-se parasitos fixos, dentro da pele do hospedeiro ocasionando a tungíase, caracterizada por inchaços dolorosos localizados principalmente ao redor de onde o inseto penetrou sob as unhas do pé nas partes mais moles ou entre os dedos do pé. No entanto, pode-se pegar o bicho-do-pé em qualquer local do corpo, mas geralmente adquire-se andando descalço em áreas infestadas, tais como currais, chiqueiros e praias. Nos suínos os locais preferidos são as patas e o escroto.
É vulgarmente chamado de bicho de pé. As espécies e os hospedeiros de ocorrência no Brasil são:
**Tunga penetrans: preferem humanos e suínos, mas há relatos em bovinos, caninos, felinos, tatus e roedores
T. terasma: tatus
T. travassosi: tatus
T. bondari: tamanduá e seriema
T. caecata: roedores.
São pulgas semipenetrantes, cujas fêmeas, após a copula, ficam com a cabeça e o tórax dentro da pele do animal e o abdome para fora, promovendo a formação de nódulos subcutâneos. Esses nódulos podem levar a infecção secundária com desenvolvimento de tétano, gangrena, etc. A penetração causa prurido intenso e irritação na pele. As infestações são comuns na área rural em suínos, cães e homens,com freqüência nas tetas, no escroto e no pé (por isso a denominação bicho-de-pe ) respectivamente.
Ciclo biológico
Essas pulgas costumam ser frequentes em ambientes secos e arenosos. As fêmeas, somente depois de fecundadas, introduzem-se na pele (pode ser em qualquer lugar, mas a preferência são os dedos do pé, junto ao canto das unhas) do hospedeiro e deixam apenas a região posterior do abdome em contato com o meio externo, onde se encontra a abertura do ovipositor. Após a fêmea sugar sangue do hospedeiro, inicia-se o desenvolvimento dos ovos (em torno de 100), que permanecem no abdome da pulga até que ela alcance o tamanho de uma ervilha. Os ovos são expelidos para o meio externo pela abertura do ovipositor. Depois de ovipositar, a pulga murcha e cai ao solo ou é expelida pelo processo inflamatório que se forma no local da penetração. Dos ovos, após 3 a 4 dias, eclodem as larvas, que passam a pupas, que, por sua vez, tornam-se adultos em 2 a 3 semanas. Ciclo completo: em torno de 30 dias. Machos e fêmeas não fertilizadas sugam intermitentemente seu hospedeiro.
Importância em Medicina Veterinária e Saúde Pública
No início da penetração, ocorre um leve prurido, mas, com o intumescimento do abdome do inseto, surge a sensação dolorosa. A Tunga provoca feridas que propiciam o desenvolvimento de tétano (Clostridium tetani), gangrena gasosa (Clostridium perfringens) e micoses. A presença da fêmea no interior do tecido dos pés provoca dificuldade de locomoção, podendo causar alterações articulares e evolução do quadro para necrose, gangrena e amputação de dedos e pés. Em animais, há relatos de automutilação decorrente do desconforto produzido pelos insetos. Em bovinos, há descrição dessas pulgas penetrando em casco de vacas leiteiras, produzindo lesões e dor local.
Controle:
Hospedeiros:
*Deve ser feita a retirada do inseto por meios mecânicos. Usa-se uma agulha esterilizada, procurando alargar a abertura da cavidade onde está o inseto para que ele saia inteiro. A destruição no interior da pele pode causar uma infecção.
*Depois da retirada da pulga, o local deve ser tratado com iodo
*O uso de calçados e a orientação da população são meios importantes para reduzir a infestação.
Ambiente:
* Produtos químicos devem ser aplicados preferencialmente com máquinas de pressão, com o jato da pistola aberto em leque
* A pulverização deve ser feita nos locais ao redor das casas onde há solo de areia ou argila
* Como a maioria dos produtos químicos só matam larvas e adultos (ovos e pupas não são atingidos), as pulverizações devem ser repetidas a cada 15 dias para cortar o ciclo do parasito (três a quatro aplicações)
*O controle deverá ser realizado em todas as casas, inclusive nas desabitadas, em terrenos baldios e em ruas para evitar a presença de focos que possam vir a desencadear nova infestação.

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