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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/342561635 Manual descomplicado para interpretação de exames laboratoriais na medicina veterinária Book · June 2020 CITATIONS 0 READS 770 1 author: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Interação homem animal View project Neurobiologia do estresse em macacos-prego (Sapajus nigritus) de cativeiro View project Erika Zanoni Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais 40 PUBLICATIONS 3 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Erika Zanoni on 30 June 2020. 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O ser inteiro o animal se lança nessa luta, sem nenhuma reserva [...] todo o seu ser está na carne viva. (Coetzee) 02 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária 03Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária A Autora 04 1 - Apresentação ...........................................................................................................................................................................05 2 - Manual da coleta ....................................................................................................................................................................06 Procedimentos Gerais ......................................................................................................................................................07 Identificação do material ........................................................................................................................................07 Dicas para uma boa coleta de sangue ...............................................................................................................07 Exames realizados em sangue sem anticoagulante (tampa vermelha) .................................................07 Exames realizados em sangue com anticoagulante .....................................................................................07 Hemograma .........................................................................................................................................................................08 Eritrograma ..................................................................................................................................................................08 Anemias .........................................................................................................................................................................08 Policitemias ..........................................................................................................................................................................10 Alterações morfológicas de hemácias e inclusões .........................................................................................10 Leucograma ........................................................................................................................................................................14 Avaliação do leucograma combinados! .............................................................................................................16 Exame parasitológico de sangue..................................................................................................................................17 Hemostasia ..........................................................................................................................................................................18 Pesquisa de ácaros.............................................................................................................................................................19 Micológico direto e tricograma.....................................................................................................................................20 Exame de fezes....................................................................................................................................................................21 Citologia para diagnóstico de tumor venéreo transmissível ............................................................................22 Urinálise .................................................................................................................................................................................23 Derrames cavitários...........................................................................................................................................................25 Bioquímica sanguínea ......................................................................................................................................................27 Hemostasia ...........................................................................................................................................................................28 Mensuração fisiológica do estresse......................................................................................................................28 Hiperadrenocorticismo.............................................................................................................................................28 Hipoadrenocorticismo ..............................................................................................................................................29 Hipotiroidismo ............................................................................................................................................................29 Hipertireoidismo .........................................................................................................................................................29 Biomarcadores de função cardíaca..............................................................................................................................30 3 - Perfis ...........................................................................................................................................................................................31 4 - Referências.................................................................................................................................................................................32 Sumário 04 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Possui graduação Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (2003), especialização em Neurociência Clínica pela Unyleya (2019), mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Paraná (2005) e doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná (2019). Tem experiência na área de comportamento, atuando principalmente nos seguintes temas: patologia clínica, neurogestão, neurociência, estresse, transtornos mentais, intervenções assistidas por animais e meio ambiente. No ensino superior atua desde 2006, como docente. Escreveu um dos capítulos do livro "As vinte melhores estratégias do ensino do bem-estar animal” publicado pela World Animal Protection" em 2015. Publicou o capítulo “Ensaios de uma cosmovisão teleológica para uma elaboração de uma legislação específica da TAA” que foi a base do novo projeto de Lei do Congresso Nacional a respeito da Intervenção Assistida por Animais. É membro da Animal Behavior Society, da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e Sociedade Brasileira de Etologia. Atualmente atua como diretora das relações institucionais do Centro Superior de Ensino dos Campos Gerais (CESCAGE). Na graduação trabalhou por 10 anos como docente da disciplina de Patologia clínica. No setor de extensão, coordena o grupo Mascotes da Alegria que realiza intervenções assistidas por animais há 9 anos. Na pós-graduação é coordenadora da residência de saúde coletiva. Atua também na gestão do Colégio Vila Militar CESCAGE e como docente no ensino Fundamental II da disciplina de Cuidar de animais. A AUTORA Contatos: (clique para acessar) /erika.e.zanoni erika_zanoni erikazanbr@yahoo.com.br https://www.facebook.com/erika.e.zanoni https://www.instagram.com/erika_zanoni/ mailto:erikazanbr@yahoo.com.br Esse manual oferece aos médicos veteriná- rios informações úteis a respeito da coleta de material a ser enviado ao laboratório veteriná- rio. Contêm também, os passos a serem segui- dos, noções de armazenamento e a importân- cia de cada exame. A confiabilidade do testes laboratoriais realizados e a interpretação dos resultados dependem, primariamente, da qua- lidade da amostra recebida. Para cada exame há uma forma correta de coleta, conservação e envio. 1 - APRESENTAÇÃO 06 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora Existem diversos fatores que podem influenciar o processamento e o resultados dos exames. É impor- tante que os médicos veterinários e auxiliares prestem bastante atenção nas particularidades de cada espécie, nos horários, no tempo de jejum, estado emocional do animal e com isso realizem a coleta mais adequada possível evitando o risco da amostra ser rejeitada. A seguir tem-se os fatores que mais interferem na qualidade final do resultado: - Coleta inadequada 2 - MANUAL DA COLETA - Tempo prolongado entre a coleta e a realização do exame - Stress do animal - Volume inadequado - Conservantes (físicos e químicos) inadequados - Medicação que o animal recebeu - Contaminação da amostra - Alimentação do animal antes da colheita, provo- cando lipemia - Garroteamento prolongado, provocando hemóli- se - Temperatura inadequada de armazenamento da amostra 07Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Exames realizados em sangue sem anticoagu- lante (tampa vermelha): O soro é a porção do sangue após a separação do coágulo. É indicado para exames bioquímicos, soroló- gicos e hormonais. Depois de colhido, o material deve ser mantido em geladeira até sua manipulação (2º - 8ºC). Exames realizados em sangue com anticoagu- lante: Amostras com anticoagulantes são indicadas para hemograma completo (contagem global de hemá- cias, leucócitos, plaquetas, determinação do hemató- crito, VCM, HCM, CHCM e dosagem de hemoglobina), dosagem de pH e de metabólitos sanguíneos (glicose, ácido láctico, amônia), presença quantitativa de algum metal (chumbo, zinco, manganês, molibdênio e cádmio), dosagem de hemoglobina glicada para controle do diabetes, etc. Identi�cação do material: A identificação do material a ser enviado ao labora- tório é um passo muito importante para o bom anda- mento da rotina laboratorial. Os frascos devem estar rotulados com a correta identificação do paciente. Preencher sempre a requisição de exames fornecida pelo laboratório e nesta, deve constar o máximo de informações possíveis para facilitar à correta interpre- tação do resultado do exame. Os dados essências são: - História clínica - Espécie - Raça - Nome ou número - Sexo - Idade - Duração da doença - Suspeita clínica - Tratamento utilizado - Exames solicitados Dicas para uma boa coleta de sangue: Uma boa coleta pode influenciar todo o destino do paciente. - Verificar sempre, antes da coleta, a necessidade ou não de anticoagulante e o anticoagulante a ser utilizado. Se caso tiver dúvidas, consulte o laborató- rio. - Sempre que necessário depilar a região. - Realizar assepsia local. - Fazer garrote ou pressionar com o dedo sobre o vaso sanguíneo que vai ser puncionado. Este garrote não deve demorar. - Conservar em refrigeração até o horário do envio (NUNCA CONGELAR). PROCEDIMENTOS GERAIS Coleta em animais não convencionais: referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora 08 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Hemograma Coletar aproximadamente 3 ml de sangue e adicio- nar no tubo com EDTA, homogeneizar e manter sob refrigeração. Como fazer um esfregaço e sanguíneo? O esfregaço sanguíneo é amplamente utilizado para pesquisa de hemoparasitos, tais como: Anaplas- mose, Babesiose, Filariose, Erliquiose ente outros. Também é importante para verificar as características morfológicas dos eritrócitos, contagem diferencial de leucócitos e de contagem de plaquetas por campo. Para a realização deste exame é necessário colher sangue e seguir os seguintes passos: - Manter a lâmina horizontalmente entre o polegar e o indicador; - Colocar uma pequena gota de sangue na extre- midade da lâmina; - Com uma segunda lâmina (extensora) colocar o seu rebordo livre contra a superfície da primeira, em frente à gota de sangue, formando um ângulo de 45º; - Realizar um movimento para trás de modo que entre em contato com a gota de sangue, pressionan- do-a até que a gota se espalhe por toda a borda da lâmina; - Secar rapidamente ao ar, e enviar em porta-lâmi- nas fornecidas pelo laboratório. ***Observações: - É conveniente fazer, pelo menos, três esfregaços; - O esfregaço deve ser feito com sangue recém colhido sem anticoagulante; - A lâmina tem que estar limpa e desengordurada; - A gota de sangue não deve ser muito grande. Quanto maior for a gota, mais espesso será o esfrega- ço, dificultando a análise; - A distensão deve ser feita rapidamente, antes que comece a coagulação; - O esfregaço não deve cobrir toda a lâmina, devendo apresentar cauda ou franja. O eritrograma é um conjunto de análises para a averiguação da série vermelha do animal. Compreen- de o número total de hemácias/μl, concentração de hemoglobina (g/dl), volume globular (%), VCM (fl), CHCM (%), proteínas plasmáticas (g/dl), reticulóci- tos(%), metarrubrícitos/100 leucócitos. Observações no esfregaço sanguíneo. Fatores que afetam o hematócrito, hemoglobi- na e contagem de eritrócitos: - A anemia produz valores baixos que podem ser desproporcionais se o tamanho celular e/ou o conte- údo de hemoglobina também estiverem alterados; - A policitemia absoluta produz valores altos; - A contração esplênica produz valores altos e é especialmente comum em animais excitados; - Alterações na hidratação (volume plasmático) afetam os três parâmetros, portanto o exame deve ser Eritrograma referência: a autora interpretado conhecendo-se o estado de hidrata- ção do animal, através do exame físico e análise de proteínas plasmáticas totais; - Desidratação produz valores altos; - Hidratação excessiva causa redução no volume, o que pode estimular anemia. Hematócrito ou Volume Globular (%) O hematócrito (ou volume globular) é a percenta- gem de eritrócitos no sangue. O plasma normal é límpido e incolor (caninos e felinos) ou ligeiramente amarelado nos equinos e bovinos, devido ao carote- no e à xantofila presentes na alimentação dos herbí- voros. Às vezes só de olhar a cor do plasma podemos orientar um diagnóstico. IMPORTANTE!!! Ex: - Ictérico: problema hepático, anemia hemolítica, Leptospirose, erlichiose, etc. - Branco: pode ser fisiológico (lipemia após refeição) ou patológico (diabetes, hipotireoidismo, outros). - Vermelho: pode ser erro de técnica (hemólise), patológico (anemia hemolítica), lúpus, babesia, intoxicação, etc. Anemias Pode ser definida como a diminuição do valor da contagem de hemácias, hematócrito e hemoglobina (dos três!!! Importante!!!). 09Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Classi�cação das anemias: - Relativa: Desenvolve pelo aumento do volume plasmático. Ex: Fluidoterapia. - Absoluta: Patológicas: Defeitos nas hemácias Classi�cação Etiológica - Perda de sangue: Hemorragia Sinais no laboratório: sinais de regeneração, redu- ção da PP após anemia normocítica normocrômica a resposta de reticulócitos ocorre em 3 dias; - Destruição acelerada dos eritrócitos: Clostri- dium, Leptospira, AEAI, Lúpus anemia infecciosa equina; - Sinais no laboratório: resposta regenerativa, proteína normal, leucocitose neutrofílica com desvio e hiperbilirrubinemia. Classi�cação Morfológica Essa classificação é muito importante para a deter- minação da terapêutica do animal. Vejam como fica fácil tratar um animal quando se conhece a classifica- ção e a causa. Quanto ao tamanho: - Macrocítica - Microcítica - Normocítica Quanto á cromaticidade - hipocrômica - normocrômica - Anemias pseudomacrociticas: são as que podem ser observadas em processos hemorrágicos ou hemo- líticos. Esses processos estimulam a liberação de eritrócitos jovens que são maiores que os maduros; - Anemias macrocíticas verdadeiras: esse tipo de anemia se deve a deficiências de vitamina B12 e vitamina B9 que são importantes para síntese de DNA (ausência prejudica a mitose); - Anemias normocíticas: estão geralmente associadas à falha da medula na produção; - Anemias microcíticas: estão relacionadas com prejuízo na síntese de hemoglobina, pois são conse- quência da interrupção do processo de maturação. As principais causas são: deficiência de ferro, deficiência de vitamina B6, deficiência de cobre, hemorragias crônicas, intoxicação por cebola, hemorragias crôni- cas, intoxicações por chumbo, inflamações crônicas (ocorre porque os neutrófilos utilizam ferro na produ- ção de lactoferrinas), infecções bacterianas (seques- tro produz efeito bacteriostático). Quanto a resposta medular: - Regenerativa: quando se observa células jovens ou características de regeneração no esfregaço. Normalmente aparece em observações no laudo de hemograma. Exemplo: Presença de metarrubrícitos, anisocitose, corpúsculo de howell Jolly, etc. Entre as causas mais comuns de anemia regenerati- va: - helmintos hematófagos - ectoparasitas - coccidioses - sangramentos diversos - Arregenerativa: seria a hipoplasia da medula óssea. Principais causas: - doenças metabólicas - endocrinopatias - deficiências - neoplasias - agentes químicos - inflamações crônicas Particularidades: Anemia com Corpúsculo de Heinz De�nição: Anemia hemolítica que resulta em acúmulo de hemoglobina oxidada e desnaturada, causando sequestro esplênico e lise de eritrócitos; Prognóstico: bom; Causas: Intoxicação por cebola, acetaminofen, propilenoglicol. Anemia Imunomediada De�nição: acelerada destruição ou remoção de eritrócitos devido a anticorpos anti-eritrócitos; Prognóstico: reservado; Causas: Anemia hemolítica autoimune, LES, idiopático, Haemobartonela, babesia, leptospirose, erlichiose, vírus da leucemia felina, dirofilariose e drogas. Anemias Arregenerativa De�nição: diminuição dos eritrócitos sem evidên- cia de regeneração; Prognóstico: reservado; Causas: Insuficiência renal, Inflamação crônica, Distúrbios de metabolismo, Toxicidade e Infecções. Anemia por De�ciência de Ferro e Vitaminas De�nição: deficiência de ferro e vitaminas do complexo B; Prognóstico: bom; Causas: hemorragias ou perda crônica, Linfomas, Erro nutricional, Endo e ectoparasitas. Anemia Aplástica De�nição: Quando a medula produz quantidade insuficiente de hemácias, plaquetas; Prognóstico: reservado; Causas: Erlichia e Doenças Autoimunes. Anemia hemolítica: De�nição: Quando o organismo não reconhece os eritrócitos como sendo próprios; Prognóstico: reservado; Causas: Hemoparasitas, dirofilariose (hemólise mecânica), leptospirose, CID, hipofosfatemia, AHAI (anemia hemolítica auto imune), transfusões sanguí- neas incompatíveis, anemia hemolítica tóxica (cobre, cebola, repolho e couve) e anemia hemolítica congê- nita. 10 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Estomatócito: Significa anemia hemolítica. referência: a autora Fonte: http://biomedquest.blogspot.com/2012/03/estomatocitos.html Esquisócitos: hemácias deformadas que podem indicar vasculite, CID, doenças renais esplênicas e anemia ferropriva. Fonte: http://bmd-biomedicina3l.blogspot.com/2010/09/pecilocitose-eritrocitica.html Dacriócitos: problema na medula. Fonte: http://www.laborpad.xpg.com.br/hemato.htm Fonte: https://quizlet.com/br/455723198/anemia-hematoscopia-com-poiquilocitos-�ash-cards/ Esferócitos: Normalmente indicam intoxicação por chumbo. É o aumento do número de hemácias no hemogra- ma. Pode ser de dois tipos: verdadeira e falsa. Policitemia falsa: é causada por hemoconcentra- ção em consequência da desidratação. Outras causas são esplenocontração e estresse. Policitemia verdadeira: quando ocorre um aumen- to real do número de hemácias. Pode ocorrer por neoplasias e oxigenação insuficiente. Policitemias A avaliação dessas alterações morfológicas são de grande valia na arte do diagnóstico veterinário. Uma alteração poderá orientar um fechamento de caso ou até mesmo situações patognomônicas, como no caso do Corpúsculo de Lentz que indica cinomose. Essas alterações aparecem nas observações do hemogra- ma. Crenação: Indica que o paciente está desidratado ou que a coleta foi mal feita (espirraram sangue sem o devido cuidado e paciência no tubo). Alterações Morfológicas de Hemácias e Inclusões Metarrubrícito: É sempre bom encontrá-los, indicam que o animal que passou por um processo de anemia intenso, agora se recupera. Rouleaux: Indica que o paciente está desidratado. Ocorre também quando a proteína plasmática total está aumentada tanto em processos inflamatórios como infecciosos e até na gestação. Lembrando que essa alteração é comumente encontrada em equinos. referência: a autora Fonte: http://biomedquest.blogspot.com/2012/03/estomatocitos.html Fonte: http://biomedquest.blogspot.com/2012/03/estomatocitos.html Corpúsculo de Lentz: Patognomônico da Cinomo- se. Corpúsculo de Heinz: Normalmente indicam intoxicações, principalmente por cebola. Policromato�lia: Presença de hemácias em diferentes cores. Indicam regeneração nos casos de anemia. Comum em cães e gatos e em bovinos só aparece em recuperação de anemias graves. referência: a autora Fonte: http://saudeanimal-hf.blogspot.com/2011/05/x_4426.html 11Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Hipocromia: É o aumento do halo da hemácia. Lembrando que é fisiológico em cães, porém em outras espécies pode indicar recuperação de anemia. Na maioria das vezes é falta de ferro. referência: a autora Hemácias em alvo: Aparece em animais que foram esplenectomizados e em doenças hepáticas. Anisocitose: Corresponde a diferentes tamanhos de hemácias. Indica anemia regenerativa. Howell Jolly: É a inclusão mais comum e significa regeneração em caso de anemia. Obs: Nas aves, répteis, anfíbios e peixes; todas as células possuem núcleo, e as plaquetas são deste modo, chamadas de trombócitos. Esfregaço de sangue de gavião: referência: a autora Fonte: http://saudeanimal-hf.blogspot.com/2011/05/x_4426.html referência: a autora referência: a autora Esfregaço de sangue de marreco: 12 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora Esfregaço de sangue de jacaré: Esfregaço de sangue de peixe muçum: referência: a autora referência: a autora 13Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Esfregaço de sangue de papagaio: referência: a autora Esfregaço de sangue de pato: referência: a autora Agora chegamos na interpretação das células bran- cas sanguíneas. Como já enfatizamos, o hemograma completo é um exame simples, mas que contém muitas informações sobre todo o passado do animal, como ele está reagindo frente à doença e qual poderá ser o destino desse animal. Lembrando que para realizar a interpretação não se deve dar ênfase ao número relativo (em porcentagem-esqueça), mas sim o número absoluto (em relação ao número total-cor- reto). Alterações quantitativas de leucócitos, alguns termos: - Leucocitose: aumento do número de leucócitos; - Leucocitose Fisiológica: quando esse aumento se deve a condições fisiológicas tais como excitação, medo, exercícios, gestação, parto e esteroides; - Leucocitose Patológica: infecções bacterianas, necrose tecidual e inflamação severa, hemorragias, hemólise, desordens mieloproliferativas, corticoides, etc; - Degeneração: o agente ou a toxina compromete o comportamento da maturação causando, portanto, a predominância de células jovens; - Depleção: principalmente doenças crônicas que comprometem a multiplicação das células; - Exaustão: Consumo agudo para o local da inflamação; - Destruição: Caracterizado por pancitopenia (diminuição de todas as linhagens de células). ***Desvio para esquerda é o aumento de células jovens (bastonetes, metamielócitos, etc) no sangue e pode ser: - Regenerativo: quando o aumento de células jovens está acompanhado de leucocitose; - Degenerativo: quando o aumento de células jovens não está acompanhado de leucocitose. Desvio para a direita é caracterizado pelo aumento de células excessivamente maduras (hipersegmenta- das). Informações Importantes Leucograma A) Diferencial de leucócitos - Neutrófilos - Linfócitos - Monócitos - Basófilo - Eosinófilos - Bastonetes - Metamielócitos B) Alterações tóxicas dos leucócitos: significa inflamação grave; - granulações tóxicas e/ou difusa basofilia citoplas- mática; - corpúsculos de Döhle. C) Outras alterações - neutrófilos multisegmentados - presença de plasmócitos - presença de parasitas Neutró�los Neutrófilos na Corrente sanguínea: 3 a 5 dias. Reserva de neutrófilos: 4 a 8 dias. A depleção dos estoques da medula reflete-se numa neutropenia com desvio à esquerda no sangue periférico. A expansão do compartimento de multipli- cação com acréscimos da granulopoiese efetiva ocorre em resposta ao consumo gerando uma neutrofilia, no entanto este fato ocorre em 3 a 4 dias no cão e um pouco mais nos bovinos. Neutro�lia: Essas situações provocam aumento da adrenalina que age diminuindo a adesividade dos neutrófilos à perda do endotélio: - Exercícios intensos - Vômitos - Convulsões - Estresse - Excitação - Uso de corticoide - Dor - Trauma - Anestesia - Pós operatório - Intoxicações - Reação de hipersensibilidade - Envenenamento - Fase inicial da regeneração de hemorragias - Necrose - Leucemia - Doenças autoimunes - Queimaduras Neutropenia: sequestro, consumo excessivo: - Infecções bacterianas - Erlichiose - Viroses - Leishmaniose - Infecções graves com pacientes imunossuprimi- dos - Iatrogênica - Produtos químicos - Cirrose hepática Leucograma referência: a autora 14 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Eosinó�los Produção em torno de 2 a 6 dias e no sangue periférico 2 dias após. As principais funções dos eosinófilos são: atividade parasiticida e regulação das respostas alérgicas. Eosino�lia: - Reações alérgicas - Recuperação - Dermatites parasitárias - Doenças eosinofílicas - Pênfigo - Envenenamentos - Filtração eosinofílica bronco pulmonar Eosinopenia: - Corticoides - Fase aguda dos processos - Estresse Emocional - Após exercício físico - Parto - Toxemias - Choque - Cólicas - Sindrome de Cushing referência: a autora Fonte: https://www.plugbr.net/baso�los-resultado-exame-sangue-hemograma-o-que-signi�ca-quais-valores-normais/ Basó�los Raros Pouco estudados. Função semelhante à dos eosinófilose também relacionada à resposta inflama- tória e agregação plaquetária. Monócitos A meia vida de sobrevida na circulação sanguínea é estimada em torno de 8 a 71 horas. Indica inflamações crônicas. Monocitose: - Restos teciduais - Piometras - Acessos - Desnutrição e caquexia - Inflamações crônicas - Protozoários - Parvovirose - Distúrbios hematológicos - Hemólise - Neoplasias - Doenças imunomediadas - Doenças Granulomatosas - Envenenamentos referência: a autora 15Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária 16 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Linfócitos Produção dos linfócitos é entre 6 e 8 horas, e em alguns casos podem levar menos de 2 horas. A linfopoiese é estimulada por exposição antigênica e deprimida por corticoides, hormônios sexuais e má nutrição. Função: eliminação do agente e memória. Linfocitose: - Vacinas - Idade - Convalescência - Viroses - Protozoonoses - Fase crônica de processos inflamatórios - Subnutrição - Leucemias - Linfo adenopatias Linfopenia: - Fase aguda de processos inflamatórios - Doenças crônicas e progressivas - Iatrogênica - Quimioterapia - Enteropatias referência: a autora Avaliação do Leucograma COMBINADOS! 1ª fase: Gravidade: Leucopenia que cursa com neutro�lia e eosino�lia: Animal em provável recuperação; Leucocitose que cursa com neutro�lia com desvio a esquerda e presença de eosinó�los: Boa resposta; Leucocitose e neutro�lia: Infecção severa, mas boa resposta do organismo; Neutro�lia com linfopenia e eosinopenia: Processo grave; Desvio á direita: Processo grave; Leucocitose sem hipertermia: Processo grave. 2ª fase: Fase Aguda: Neutrofilia com ou sem desvio; Defensiva: Neutrofilia com presença de monócito; Curativa: Linfocitária – desaparecimento do desvio; Crônica: Monocitose, sem desvio. 3ª fase: Agente Bactérias: Neutrofilia; Vírus: Linfopenia; Eosino�lia: Parasitas. 4ª fase Reação do paciente Convalescência: Eosinófilos; Boa resposta orgânica: Leucocitose com desvio à esquerda e eosinopenia. 5ª fase Prognóstico Favorável: Desaparecimento de neutrófilos tóxicos e apareci- mento de eosinófilos; Desfavorável: desvio degenerativo, células velhas, pancitopenia. • Pesquisa de Erlichia • Pesquisa de Mycoplasma haemofelis (anemia hemolítica parasitária dos gatos) • Pesquisa de Mycoplasma haemocanis (anemia hemolítica dos cães) • Pesquisa de babésia • Pesquisa de Hepatozoon canis • Pesquisa de Microfilárias A) Protozoários e Rickétsias: - Esfregaço de ponta de orelha ou se não for possí- vel colocar em um frasco com EDTA; - Para Pesquisa de Haemobartonella é importante enviar o esfregaço sem o contato com EDTA, pois o parasita se desprende da periferia da hemácia. B) Micro�lárias: - Coletar no mínimo 3ml e colocar em um tubo com EDTA. Realizar nos horários de “filaremia” ao amanhe- cer ou entardecer. Micoplasma haemophelis Anaplasma platys Hepatozoom canis Exame parasitológico de sangue 17Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora referência: Google, domínio público referência: Google, domínio público Hemostasia Primária: - Vasos, plaquetas e fatores de adesão e agregação plaquetária. A duração é de segundos a minutos. Hemostasia Secundária: - Proteínas de coagulação, cálcio. Duração é nas primeiras horas. Hemostasia Terceária (�brinólise): Proteínas fibrinolíticas. A duração é com início concomitante à hemostasia primária. Patogênese dos defeitos de hemostasia: - Hemostasia Primária Possíveis alterações: defeitos vasculares, alterações de plaquetas. Sinais: Petéquias e equimoses. - Hemostasia secundária (coagulação) Possíveis alterações: deficiência nos fatores de coagulação, síntese defeituosa dos fatores, consumo excessivo. Sinais: equimoses, hematomas, hemartroses, sangramentos tardio. - Hemostasia terceária (�brinólise) Possíveis alterações: estímulos excessivos, libera- ção de substâncias que ativam a circulação. Sinais: Tromboses, infarto renal, infarto cardíaco e etc.; Defeitos vasculares (doenças autoimunes); Defeitos plaquetários; Deficiência na produção, doenças autoimunes, esplenomegalia ou transfusões incompatíveis; Defeitos nos fatores de coagulação (hemofilia, deficiência hepática ou de vitamina k); Consumo excessivo dos fatores de coagulação; Heparina; Vitamina k; Acidentes ofídicos. Possíveis causas: Petéquias: alterações da hemostasia primária. Equimoses: Alterações na hemostasia primária e secundária. Testes laboratoriais: =>Hemostasia primária - Contagem global de plaquetas (presença de macroplaquetas) =>Hemostasia secundária Tempo de coagulação Tempo de protrombina – Avalia a via extrínseca e a comum Tempo de Tromboplastina Parcial – avalia via intrínseca e a comum Tempo de Trombina Fibrinogênio Fibrina Tempo de coagulação: O tempo começa a ser contado a partir da primeira gota de sangue que vem na seringa de coleta O volume da amostra será de 3,5 a 4 ml Transferir o sangue para três tubos que deverão estar em banho maria a 37C. O tempo deve ser pausado quando o sangue contido nos três tubos coagular. Hemostasia 18 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Volume da amostra: 3,5 a 4 ml - Raspado profundo até sangrar quando a suspeita for de ácaros. Raspar em áreas diferentes da pele. O material do raspado para pesquisa de ectoparasito pode ser colocado em frasco ou envelope limpo e seco; - Demodex canis: agente causador da demodiciose. Pesquisa de ácaros 19Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Sarcoptes scabiei: agente causador da sarna sarcóp- tica. Otodectes cynotis: agente causador da sarna otodécica. Psoropts communis: Sarna coelho. Lesões causada pela demodiciose. referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora - Não raspar, puxar os pelos ou usar a técnica do cotonete, ou ainda, o método da fita adesiva. Tricograma: Tricograma avalia estresse, doenças parasitárias, endócrinas e fúngicas. Exame micológico direto: Lesão macroscópica e fungos. Micológico Direto e Tricograma 20 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora referência: a autora esporos de fungos Citologia de Pele: Tricograma avalia estresse, doenças parasitárias, endócrinas e fúngicas. (coloque isso no tricograma e deixe por último). referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora Lesão macroscópica na dermato�tose Malassezia sp Pelo com bainha aletrada Esporos de fungos Kit de citologia por decalque esporos de fungos - Pequenos animais: coletar fezes imediatamente após a defecação, preferencialmente a porção que não entrou em contato com o solo, e em quantidade suficiente (10 a 20g). Técnica de flutuação simples : Trichuris vulpis Exame de fezes 21Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora referência: a autora Exemplos de ovos encontrados: Ancylostoma ssp. Amostra Água Funil contendo gase (dobrado em 3) Adicionar NaCL saturado Adicionar lamínula depositar a lamínula lamina 1 2 3 4 5 6 Aguardar de 15 a 30 minutos - Grandes animais: coletar diretamente do reto. Em caso de rebanho pode-se fazer o O.P.G (ovos por gramas de fezes) que é um exame apenas quantitati- vo. Neste caso, deve-se colher uma pequena amostra de alguns animais do mesmo lote e envia-las para o exame. Refrigerar imediatamente (2-8°C). Nunca congelar amostras de fezes. Realizar imprint na região afetada e corar com a coloração de preferência. Observe nas 3 figuras os vacúolos citoplasmáticos característicos do TVT: Citologia vaginal normal, sem tvt: Lesão macroscópica de TVT: Citologia para diagnóstico de tumor venéreo transmissível 22 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora Exame de Urina É também um exame muito simples que pode revelar muitas informações, inclusive sobre outros órgãos e sistemas. É composta por testes laboratoriais que avaliam as propriedades físicas e químicas de uma amostra de urina. Além disso, o sedimento da urina também é avaliado microscopicamente. Formas de coleta: - Micção espontânea - Massagem da bexiga para induzir a micção. Muito utilizado para grandes animais pela facilidade de conseguir a amostra. - Cateterismo: Catéter estéril, lubrificado com antibióticos - Punção direta da bexiga: cada vez mais utilizada. Fazer tricotomia, palpar a região, introduzir uma agulha de fino calibre (25 a 7) seringa 20 ml. Ideal se for uma coleta guiada com auxílio de ultrassonogra- fia. Não indicada em casos de animais com bexiga muito repleta. - É importante após o procedimento de colheita armazenar em um recipiente apropriado e manter refrigerado até o momento da análise (que não deve passar de 2 horas). Recipientes: Limpos, transparentes e no volume mínimo de 10 ml Processamento: Máximo de 2 horas (conservado em geladeira) senão ocorre precipitação da amostra. Propriedades Físicas: Incluem a cor, transparência e gravidade específica da urina. Cor e transparência da urina: sem cor, amarelo pálido, amarelo escuro, âmbar, rosa, vermelho, casta- nho, castanho escuro e preto. Límpida, levemente turva, turva, floculente e sanguinolenta. Gravidade específica: Pode ser avaliada pelo método da tira reagente, urodensímetro ou refratô- metro. Determina a gravidade específica pela compa- ração do peso da urina e um volume de água. Propriedades Químicas: Feitas com tiras reagentes: 1- Teste de Proteína O método baseia-se no princípio da inexatidão proteica dos indicadores de PH. O quadradinho de Urinálise papel da tira reagente é tamponado em PH cons-tantemente baixo e uma alteração no Ph pode causar a alteração na cor indicando presença de proteína. Esse método é sensível para albumina e não para globulina e hemoglobina, proteínas e mucoproteínas. Uma amostra alcalina pode apresentar falso positi- vo! Cuidado!!!! 2- Teste de Cetona O Nitroprussiato de sódio reage com a urina contendo ácido aceto acético para produzir uma cor detectável no quadrado do teste. Esse teste detecta ácido acético, mas não detecta acetona ou ácido beta hidroxibutírico. As acetonas constituem o produto final do metabolismo das gorduras, apesar de livremente tóxicas são utilizadas como energia quando os carboidratos não estão disponíveis. A avaliação das cetonas é importante para pacientes com diabetes para detectar o desenvolvimento da cetoacidose. Falso positivo: Sangue 3- Glicose Na presença da Glicose, a oxidase catalisa a forma- ção de ácido glucânico e peróxido de hidrogênio. A enzima peroxidade então catalisa a reação peróxido de hidrogênio gerado com um cromógeno para criar cor no quadradinho. Este é específico para glicose e não para lactose, galactose ou frutose. Não detecta substâncias reduzidas ou açucares reduzidos. Falso positivo: amostra contaminada com produto de limpeza. Falso negativo: se estiver gelado ((enzima não vai ocorrer ) e na presença de Vit C. 4-Teste de PH Vermelho de Metila e azul de bromotimol quando mergulhados em uma amostra de urina, esses dois indicadores produzem cores claras. O Ph urinário é uma estimativa pura do estado ácido-base sistêmico porém não é muito confiável em estado patológicos e não deve ser usado como monitor ácido básico. A infecção do trato urinário pode afetar o PH várias bactérias (Proteus, Pseudomonas) que produzem uréase produzindo ambiente alcalino e inversamente a E.coli produz ambiente ácido. 5-Bilirrubina Utiliza a reação química da dicloanilina diazorreati- va e bilirrubina. O quadradinho do PH de teste está ácido. Quando a bilirrubina está presente o quadrado colore. Em cães é comum achar traços de bilirrubina e em gatos é totalmente patológica. 6-Teste Sanguíneo Um indicador de cor é a peroxidade estão presen- tes no quadradinho de teste. Na presença de hemo- globina esse indicador de cor é oxidade por meio da catálise de peróxido pela atividade da peroxidase da hemoglobina ou mioglobina, resultando em colora- ção. 7- Urobilinogênio Esse método une o urobilinogênio com a para dieti- laminobenzaldeído ou 4 metoxibenzeno-diazonio-te- trafluoborato para formar coloração. A maioria dos pesquisadores concorda que não são confiáveis pois dá positivo em todas as amostras escuras. 23Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora 8-Nitrito O Nitrato é derivado da dieta e o fato de ser conver- tido em nitrito é pela ação de bactérias gram-negati- vas se presentes na urina. 9-Leucócitos Se os leucócitos estiverem presentes a esterase catalisará a hidrólise de aminoácidos Ester em indoxil que reagia com sal e dá a cor. Microscopia - Centrifugação; - Identificar elementos formados na amostra de urina: células, cilindros e cristais; - Centrifugar por 5 minutos; - Usando uma pipeta descartável gentilmente suspenda o botão de sedimento e coloque na lâmina, aguarde 60 segundos; - Microscopia no aumento de 10 X; - Leucócitos: número contado e reportado por campo; - Hemácias: contados por campo; - Gotas de gordura: se confundir com eritrócitos colocar gotas de ácido acético que lisam as gorduras, contados com raro, pouco, moderado, muito. - Células epiteliais: são grandes, porém variam de acordo com a origem. As menores se originam de rim, ureteres, vesículas urinárias e uretra proximal. As maiores são da uretra distal, vagina e prepúcio. As células epiteliais podem ser contadas como um grupo ou célula presente; - Tipos : células descamativas: eliminadas esponta- neamente em decorrência da contaminação uretral ou vaginal. Transicionais: delineiam o trato urinário desde a pelve até a uretra arredondada, oval, fusiforme ou cavidade são < que as epiteliais e > que as renais. Tubulares renais: arredondadas; - Cilindros: São Formados no túbulo distal e na alça de Henle; Urina ácida, alta concentração de sal, reduzida taxa de fluxo tubular e presença de matriz muco proteica. Em geral os cilindros indicam graus variados de alterações renais: irritação, inflamação e degenera- ção. Dois cilindros hialinos e um granular são conside- rados normais em uma urina que está considerada normal. -Cristais; PH, gravidade, concentração e tempo. A cristalúria pode significar urolitíase, mas não necessariamente. Alguns cristais são encontrados em certos estados patológicos, mas a cristalúria quase nunca tem significado clínico. Como os cristais aparecem na lâmina? Causas de Poliúria - Diabetes insipidus - Diabetes Mellitus; - Hiperinsulinismo - Diuréticos; - Medicamentos - Glicosúria; - Psicogênica - Aumento da ingestão de sal; - Hiper-hidratação - IRC; - Hiperadrenocorticismo; - Piometra; - Hipertireoidismo; - Doenças hepáticas. Insu�ciência Renal Aguda: - Urinálise: Densidade acima de 1030, cilindros, proteinúria leve, glicosúria, leucócitos, eritrócitos, cristais e bactérias; - Bioquímica: Aumento de uréia e creatinina; - Hemograma : leucograma de estresse, anemia arregenerativa e microhematócrito aumentado. Insu�ciência Renal Crônica - Urinálise: Densidade abaixo de 1020, proteinúria leve; - Bioquímica: aumento de uréia, creatinina, hiperpotassemia e hipercalemia; - Hemograma: anemia arregenerativa. Glomeronefrite - Proteínúria leve (albumina entre 1,5 a 3,0 g/dL); - Proteínúria severa (albumina abaixo de 1,5 g/dL), grande perda muscular, ascite, hipercolesterolemia e hipercoagulabilidade; - Hipoalbuminemia e hipercolesterolemia e protenúria. Pielonefrite - Hemograma: Leucocitose com desvio à esquer- da; - Bioquímica: Aumento de uréia e creatinina; - Urinálise: bacteriúria, piúria, hematúria, cilindros celulares e granulares, baixa densidade. 24 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora referência: a autora O movimento do fluído e de substâncias é governa- do pelas relações entre a pressão hidrostática e oncó- tica. A pressão hidrostática no interior dos capilares move continuamente o líquido e as substâncias nele dissolvidas para o tecido conjuntivo. - Problemas com a troca de fluidos: Doenças inflamatórias, obstruções, doenças cardí- acas, deficiência de proteínas na dieta, etc. Quatro mecanismos básicos provocam a formação excessiva de líquido tissular: - Obstrução linfática; - Aumento da permeabilidade vascular; - Aumento da pressão hidrostática capilar; - Diminuição da pressão oncótica capilar. Passos da Coleta: Como são classificados os derrames cavitários? • Transudato puro – Características: incolor, pouca proteína, células nucleadas, PH alcalino, poucos neutrófilos, linfócitos e raros macrófagos e hemácias. – Causas: deficiência alimentar e hepatopatias. • Transudado modi�cado – Característica: turvo e poucas células – Causas: Aumento da pressão hidrostática: problemas cardíacos, bloqueios e tumores Derrames cavitários 25Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora referência: a autora Etapa de avaliação da citologia em Micros- cópio. Pode-se obser- var células tumorais, inflamatória e bactérias auxiliando muito no tratamento. Parâmetro PT (g/dL) CTCN / μL Densidade Bactérias Células: Transudato < 2,5 <1.500 <1017 ausentes mesoteliais Exsudato > 3,0 >7.000 >1.025 variável neutrófilos Trans. Modificado 2,5 - 7,5 1.000 - 7.000 1.017 -1.025 ausentes linfócitos, monócitos e hemácias 26 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora referência: a autora • EXSUDATO – Características: branco ou avermelhado, PH ácido, muitas células e ás vezes coagula. – Causas: infecções bacterianas e peritonites. Existem diversos marcadores bioquímicos que podem auxiliar o médico veterinário em seu diagnós- tico. Claro que nunca analisamos um único marcador de forma isolada, já que possuímos uma série de isoenzimas que podem confundir. Para uma boa leitura, interpretação e conclusão, deve-se usar as combinações. Lembrando que as amostras de sangue devem ser colhidas da veia cefálica ou jugular em tubos sem anticoagulante. As coletas devem ocorre- ram após captura com puçá e anestesia imediata ou contenção simples (menos de 10 minutos para evitar alterações). Provas de função Renal (principais marcadores) Conceitos • Azotemia – Aumento de compostos nitrogenados no sangue • Azotemia pré-renal • Azotemia renal • Azotemia pós renais • Uremia: Aumento de compostos nitrogenados no sangue mais sinais clínicos Insuficiência Renal Aguda. • Causas: Choque, diminuição do débito cardíaco, anestesia profunda, agentes nefrotóxicos, agentes infecciosos, Doença Imunomediada, obstrução e serpentes. Marcadores: - Uréia - Creatinina - Sódio - Potássio - Fósforo Uréia • Causas extra renais do aumento: alimentação, hemorragia gastrointestinal, febre e trauma; • Pré-renais: diminuição do fluxo renal, diminuição da pressão glomerular, choque, ICC e desidratação; • Renais: Quando ¾ dos rins são afuncionais; • Pós renais: ruptura ou obstrução do trato urinário. *** a diminuição pode ser cirrose hepática. Eletrólitos • Sódio: hiponatremia(redução); • Potássio: hipercalemia(aumento); • Cálcio: hipocalcemia (crônica); • Fósforo: hiperfosfatemia (crônica em pequenos animais). Creatinina • Não é afetada pela dieta ; • Causa pré-renal: filtração ; • Causa pós-renal: obstrução. Provas de função hepática • ALT (Alanina aminotransferase): normalmente está relacionada à lesão hepática. Lembrar que está relacionada aos problemas agudos. Em 15 dias a enzima normaliza e apesar da lesão permanece inalterada. BIOQUÍMICA SANGUÍNEA • AST (Aspartato aminotransferase): relacionada à lesão hepática, utilizada para herbívoros; • FA (Fosfatase alcalina): relacionada à obstrução hepática; • GGT (Gama-glutamil transferase): muito utilizada para diagnóstico de obstrução hepática; • Uréia: aparece aumentada nas hepatopatias; • Fatores de coagulação: lembrar que o fígado produz os fatores de coagulação se tiver problemas deve ter essa função prejudicada; • Proteínas Plasmáticas: albumina e globulinas estão abaixo dos valores de referências nas hepatopa- tias Provas de Função Pancreática • Dosagem sérica de Glicose: apresenta-se acima dos valores de referência; • Colesterol: alterado na pancreatite; • Teste de tolerância a glicose; • Lipase: aumentada na pancreatite; • Amilase: aumentada na pancreatite; • Exame de fezes (gordura): quando há problema pancreático encontra-se gordura nas fezes. Exames Laboratoriais nos problemas ósseos e musculares Causas dos problemas ósseos e musculares: • Doenças Infecciosas: Artrite Bacteriana • Doenças metabólicas Hiperadrenocorticismo Hipotiroidismo • Doenças Imunológicas – Lúpus – Artrite Reumatóide – Sinovite linfo plasmocítica, poliartrite idiopática Marcadores de problemas ósseos e musculares: • CK (creatina quinase) : aumentada • AST (aspartato aminotrasferase): aumentada • LDH (lactato desidrogenase): aumentada • FA (fosfatase alcalina) : aumentada (lembrando que filhotes apresentam aumento relacionado ao crescimento). • ANA (imunológico-anticorpo antinuclear) ou FAN (fator antinúcleo): positivo nas doenças auto-imunes. • CUIDADO COM AS ISOENZIMAS!!!! • FA – Fígado – Ossos • AST – Fígado – Músculo esquelético • LDH – Fígado, músculo esquelético, rim e intestino. • CK – Músculo esquelético – Músculo Cardíaco – Cérebro 27Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária Mensuração �siológica do estresse Cortisol plasmático A concentração dos glicocorticoides pode ser men- surada em vários líquidos corporais e excretas. A dosagem de cortisol plasmático é largamente utiliza- da na psiquiatria de seres humanos já que o aumento desse hormônio pode resultar em comportamentos do tipo depressivos. Relatos de estresse e depressão estão associados a altos níveis plasmáticos de cortisol. O cortisol está diminuído nos casos de estresse pós-traumático. A desvantagem maior desvantagem da dosagem plasmática é que a contenção química ou física de animais, pode potencializar o aumento dos níveis do cortisol. Um aumento dos níveis de cortisol pode ser observado 20 minutos após a captu- ra. Metabólitos fecais Metabólitos fecais de hormônios esteroides estão se tornando cada vez mais populares como parâme- tros para reprodução e estresse. A extração dos esteroides da matriz fecal representa o passo inicial antes da quantificação. Esses metabólitos são de variável polaridade e composição, então a seleção de um procedimento de extração é essencial. É impor- tante também validar o imune ensaio utilizado para cada espécie de primata antes da técnica ser aplicada a populações na natureza. Existem particularidades de excreção inerentes de cada espécie e estas devem ser estudadas. A dosagem de metabólitos fecais é um método não invasivo também utilizado para investi- gação de qualidade de vida animal. Cortisol livre na saliva As amostras de saliva são obtidas por procedimen- to simples, não invasivo, livre de estresse, podendo ser realizado por tratadores. Estudos indicam que existe uma correlação positiva entre cortisol salivar e plasmático. A desvantagem é que se o animal for agressivo, a coleta fica prejudicada. A análise do corti- sol salivar é muito vantajosa, pois não expõe o animal a qualquer estresse adicional o que influenciaria nos resultados, sendo efetiva tanto para a pesquisa de estresse agudo ou crônico. Cortisol no pelo As alterações de curto prazo na atividade do siste- ma hipotalâmico-hipofisário-adrenocortical (HPA) são rotineiramente avaliadas pela medição de concentrações de glicocorticoide ou metabólito no plasma, saliva, urina ou fezes como já mencionado, mas estas avaliam um curto espaço de tempo. Dosar o cortisol do pelo permite longos períodos de análise. HIPERADRENOCORTICISMO • Hiperadrenocorticismo Hipó�se-Dependente: Decorrente de um excesso na elaboração de ACTH pela hipófise, em decorrência de carcinomas simples ou múltiplos. • Hiperadrenocorticismo Adrenal-Dependente: Resulta de uma hiperplasia idiopática do córtex adrenal, ou de neoplasias funcionais. Secretam grande quantidade de cortisol. O teste de estimulação com ACTH consiste na administração intravenosa ou intramuscular de ACTH sintético na na dose de 5 μg/kg, e coleta de sangue ENDOCRINOLOGIA 28 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora antes e após uma hora da administração da droga para mensuração dos níveis de cortisol. Níveis pós-estimulação de 2 μg/dL de cortisol confirmam o diagnóstico, enquanto concentrações de 2,1 μg/dL até 5 μg/dL são inconclusivos. Resulta- dos superiores a 5 μg/dL descartam qualquer possibi- lidade de insuficiência adrenal. HIPOADRENOCORTICISMO “O hipoadrenocorticismo (síndrome de Addison) é resultante da secreção hormonal adrenocortical (glicocorticóide e mineralocorticóide) insuficiente para manter as necessidades fisiológicas básicas do organismo.” ***Aldosterona (mineralocorticóide) e Cortisol (glicocorticóide). Classi�cação: • Hipoadrenocorticismo primário: apresentam evidência apenas de deficiência glicocorticóide; • Hipoadrenocorticismo secundário: resultado de produção inadequada de ACTH pela hipófise; • Hipoadrenocorticismo terciário: causado por disfunção da secreção de CRH (hormônio liberador de corticotrofina) pelo hipotálamo. Testes: 29Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária • Teste de estimulação com ACTH; • Hiponatremia e hipercalemia (K e Na); • Hipoglicemia ( diminuição do cortisol) ; • Achados hematológicos: incluem a presença de anemia normocítica normocrômica arregenerativa. HIPOTIROIDISMO De�nição: É a produção diminuída dos hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) pela glândula tireóide. Causas: • Destruição da glândula; • Auto-imune; • Malformações e neoplasias hipofisiárias que levam a uma deficiência do TSH (tirotropina hipofisiá- ria) são causas de hipotireoidismo secundário (não é comum). Testes: • Determinação de T3, T4 livre e TSH : diminuídos e TSH variável. HIPERTIREOIDISMO De�nição: Hipertireoidismo é um quadro clínico resultante da excessiva produção e secreção de tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) pela glândula tireóide. referência: a autora A patologia clínica também pode auxiliar na cardio- logia. Existem marcadores específicos que podem indicar determinada patologia. Os principais são: - Albumina: Alterações nos níveis estão associados a doenças cardíacas e tumores; - Colesterol : Utilizado para realização de diversas reações no organismo. Elevado nível de colesterol pode indicar aterosclerose; - PCR (Proteína C reativa) : Indica predisposição à doença cardíaca, arteriosclerose e doenças inflamató- rias; BIOMARCADORES DE FUNÇÃO CARDÍACA 30 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária referência: a autora - LDH (Lactato desidrogenase) O aumento está relacionado a doenças cardíacas. referência: a autora referência: a autora • Hemograma • ALT • AST • FA • GGT • Uréia • Glicose • Proteína Total • Albumina • Globulina • Colesterol Check up 1 • Hemograma • Pesquisa de hemoparasita • ALT • AST • Fosfatase alcalina • GGT • Ureia • Creatinina • Glicose • Poteínas totais • Colesterol • Sódio • Potássio • Cálcio Ionizável Check up 2 • Hemograma completo • Amilase • Lipase • Colesterol • Glicose • Albumina • T4 livre • ALT • Ácidos biliares Diagnóstico de doença intestinal: • Hemograma completo • Urinálise • ALT • Albumina • Creatinina • Uréia • Cálcio • Fósforo • Sódio • Potássio Doença renal crônica • Hemograma • ALT • Creatinina • Ureia • Cálcio • Fósforo • Sódio • Potássio Piometra • Hemograma completo • ALT • AST • LDH • FA • GGT • Albumina e albumina • Glicemia • Lactato sérico Animais Atletas e de trabalho • Hemograma completo • ALT • AST • Glicose • Amilase • Lipase • FA • TLI sérica • Triglicerídeos • Colesterol total • Pesquisa de gordura nas fezes Doenças do Pâncreas • Hemograma completo • ALT • AST • FA • GGT • Albumina • Glicose • Uréia • Bilirrubinas • Fatores de coagulação • Teste de coagulação • Ácidos biliares Hepatopatias • Hemograma completo • Urinálise • CK • LDH • FA • ANA (ou FAN- doenças autoimunes) • Análise de líquido sinovial Doenças ósseas e musculares 3 - PERFIS 31Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária • Hemograma completo • Urinálise • T4 livre • TSH • Triglicerídeos • Colesterol total • Glicemia • ALT • CK • Frutosamina Hipotireoidismo • Hemograma completo • Urinálise • Cortisol • Triglicerídeos • Colesterol total • Glicemia • ALT • Frutosamina • Curva Glicêmica Diabetes Mellitus • Hemograma completo • Urinálise • T4 livre • Cortisol • TSH • Triglicerídeos • Colesterol total • Glicemia • ALT Obesidade • Hemograma • Urinálise • Glicemia • Ácidos biliares • Albumina • ALT • Cálcio • Dosagem de fenobarbital Convulsões • Hemograma • Urinálise • T4 livre • TSH • Triglicerídeos • Colesterol total • Glicemia • ALT • CK • Uréia • Creatinina Hipertireoidismo • Hemograma • Urinálise (com bacterioscopia) • Triglicerídeos • Colesterol total • Glicemia • ALT • Uréia • FA • Creatinina • Teste de estimulação com ACTH (não diferencia causas) • Teste de supressão com baixa dose de dexametasona Hiperadrenocorticismo • Hemograma • Urinálise • Triglicerídeos • Colesterol total • Glicemia • ALT • Uréia • FA • Creatinina Estresse • Hemograma • Raspado Cutâneo • Citologia por decalque • Tricograma Dermatopatias AZULAY, R.D. Dermatologia. Rio de Janeiro: Guana- bara Koogan, 1992. 364 p. BUSCH, B. M. Interpretação de Resultados Labora- toriais para Clínicos de Pequenos Animais. São Paulo: Roca, 2004. MUELLER, R.S. Dermatologia para o clínico de pequenos animais. São Paulo: Roca,2003. 632p. RASKIN, R. E.; MEYER, D. J. Atlas de Citologia de Cães e Gatos. São Paulo: Roca. 2003. REBAR, A. H. et al. Guia de Hematologia para cães e gatos. São Paulo: Roca – 2003. SCOTT D.W., MILLER JR. W.H. & GRIFFIN C.E. Derma- tologia de pequenos animais. Rio de Janeiro: Interli- vros, 2001. THRALL, M. A. et al. Hematologia e Bioquímica Vete- rinária. São Paulo: Roca – 2006. 4 - REFERÊNCIAS 32 Manual descomplicado para interpretaçãode exames laboratoriais na medicina veterinária A Patologia clínica fala sobre a história em si do paciente, seu pas- sado, seu presente e seu futuro. Não é necessário termos uma bola de "cristal", mas sim a sensibilidade para enxergar além dos valo- res de referência. (Dra. Erika Zanoni Fagundes Cunha) View publication statsView publication stats https://www.researchgate.net/publication/342561635