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Esmalte: Esmalte: Tecido mineralizado de natureza exclusiva. Esse tecido provém do órgão do esmalte, através de células de revestimento da mucosa bucal. Propriedades físicas do esmalte: dureza, translucidez, baixa força tênsil (pouco elástico) e friável. Propriedades químicas do esmalte: 96% de composição inorgânica, 1% de composição orgânica e 3% de água. Do que a porção inorgânica do esmalte é formada? Grandes cristais de hidroxiapatita; carbonato de cálcio, magnésio, potássio, sódio e fluoreto. Do que a porção orgânica do esmalte é formada? Amelogeninas (90%) e não amelogeninas (10%). Não amelogeninas: tufelina, ameloblastina, amelina e bainhalina. NÃO há colágeno. Nós do esmalte: As células do órgão do esmalte aglomeram-se em cima do epitélio interno do órgão do esmalte em determinada região. A partir disso, o epitélio interno se dobrará, ocasionando as posteriores cúspides dos dentes. Após esse processo acontecer, é notável o desenvolvimento dos tecidos dentários de incisal para cervical (centro de sinalização para a morfogênese das cúspides). Esse processo ocorre no retículo estrelado. Obs: essas células que se condensam NÃO são proliferativas. Os nós primários são caracterizados pela aglomeração das células e de secundários quando as mesmas já movimentam o epitélio interno do órgão do esmalte para formação de cúspides. Com os dentes permanentes na boca, os ameloblástos “desaparecem”. Amelogênese: Processo de diferenciação das células em ameloblástos Ao analisarmos o do órgão do esmalte, retículo estrelado e estrato intermediário, notamos que vieram da mesma origem, o revestimento da mucosa bucal. Ciclo vital dos ameloblástos: O ameloblástos vai modificando a sua forma conforme vai mudando de fase no seu ciclo vital. 1- Fase Morfogenética: momento em que as células do epitélio interno do órgão do esmalte se dobram e ocorre alteração da morfologia celular. 2- Fase de Diferenciação: momento em que é possível ver a diferença na morfologia da célula. Essa célula passa a possuir mais organelas, fica mais alongada e polariza seu núcleo. Transforma-se em pré-ameloblásto. Essas células começam a reforçar suas junções (oclusivas, GAP, desmossomos). É notória a presença de lisossomos, os quais determinam a degradação da lâmina basal. Nesse momento também há a invasão do território do esmalte pelos prolongamentos odontoblásticos (formação dos fusos do esmalte). 3- Fase de Secreção: Momento em que a célula já é determinada como ameloblástos e passa a ser capaz de secretar sua matriz orgânica. Nessa fase há a eliminação dos componentes do órgão do esmalte (ex: o retículo estrelado) e consequentemente, a aproximação do epitélio externo do órgão do esmalte aos ameloblástos, ocasionando nutrição e oxigenação desses, através da papila dentária. Temos agora a camada papilar. O ameloblástos passa a apresentar uma extensão de seu citoplasma (processo de Tomes) Obs: O processo de Tomes orienta o direcionamento dos prismas do esmalte e caracteriza o esmalte prismático. Também há o esmalte interprismático. No começo e no fim da fase secretora o esmalte é aprismático. 4- Fase de Maturação: Determina a mineralização do esmalte de um dente que já está irrompendo. As células ficam menores e seu polo basal apresenta hora vilosidades, hora não. Quando esse polo basal apresenta uma face lisa, a água e os componentes orgânicos são retirados da célula e quando a rugosa está evidente, cálcio e fosfato são bombeados e ocorre a degradação de matriz orgânica (amelogeninas). Esse processo é denominado de ciclo de modulação. 5- Fase de Proteção: Protegem o esmalte até o dente irromper por completo. Essas células diminuem de tamanho e ficam cuboidais. O epitélio reduzido do órgão do esmalte é uma junção de ameloblástos e camada papilar. Aspectos histológicos do esmalte: Linhas incrementais de Retzius; linha neonatal; bastão; fuso; tufo; lamelas; rachaduras; bandas de Hunter-Schreger e esmalte nodoso. Ação do flúor: O flúor auxilia a diminuir a solubilidade da hidroxiapatita presente no esmalte, evitando assim doenças como a cárie. Ao adicionarmos flúor no dente, formamos a fluorapatita, mais resistente a ph ácidos. Obs: o excesso de flúor se torna tóxico ao ameloblástos, causando fluorose. Amelogenese imperfeita, manchamento do esmalte por tetraciclina e abrasão dental.
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