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Técnicas de Apreçamento Estratégico Classificação dos custos Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Fabiano Siqueira dos Prazeres Revisão Técnica: Prof. Ms Jean Carlos Cavaleiro Revisão Textual: Profa. Esp. Márcia Ota 5 • Custos semivariáveis • Métodos de custeio • Formas de custeio • Leia atentamente o conteúdo da disciplina. • Alguns conceitos exigirão que pesquise sobre o tema para entender em profundidade os custos. • Onde há calculo, é importante que se faça seguindo o modelo que está no material. • Não deixe de participar do fórum de discussão e de todas as atividades propostas. · Explorar mais alguns conceitos sobre custos a fim de ampliar o conhecimento acerca do tema; · Propiciar discussão técnica e detalhada sobre a composição dos custos e formas de custeio, promovendo a reflexão dos conceitos. Classificação dos custos 6 Unidade: Classificação dos custos Contextualização Até aqui conceituamos custos, definimos com conceitos teóricos, mas, na prática, o dia a dia das organizações é bem dinâmico e tem suas características bem específicas. Isso de forma a dificultar a alocação correta de cada custo existente, principalmente, quando os custos são comuns a vários produtos. Exemplificando, temos uma máquina de costura que trabalha com diversos produtos. Então, como fazer a alocação de depreciação, por exemplo, por tipo de produtos? Desse modo, essa unidade traz não só os conceitos tradicionais de rateio de custos fixos, como também os conceitos de custeio de absorção, custo ABC. Assim, apurar preço de venda é cada vez mais complexo pela dificuldade de entender essas alocações de custos. A micro e pequena empresa têm passado por dificuldades de competição por não conseguir discorrer sobre esse tema e apurar custos que expressem a realidade. Ao findar essa unidade, você deve, principalmente, conseguir aplicar o custeio ABC. 7 1. Custos semivariáveis A separação entre custos fixos e variáveis nem sempre é de fácil explanação. Por isso, devemos conhecer custos que permeiam na divisa entre fixos e variáveis, o que é denominado de semivariáveis. Como definição, pode-se dizer que esses custos são: • Aqueles que variam em função do volume de produção ou de venda, mas não exatamente nas mesmas proporções. • Tais custos têm uma parcela fixa a partir da qual passam a ser variáveis, por exemplo: a energia elétrica possui taxa mínima fixa, e outra parte é cobrada em função do consumo efetivo (variável). Custos semifixos Há custos fixos que variam em proporção mínima, conforme ampliação de produção. Desse modo, é possível dizer que esses custos são: • Aqueles que permanecem constantes dentro de certos intervalos, alterando-se em degraus até atingir um novo patamar de atividade. Exemplo: o valor relativo aos salários dos supervisores de produção permanece o mesmo (fixo) até a contratação; o custo com salários de supervisores aumentou (variável), mas a partir daí passa novamente a se manter fixo. Caso tenha dificuldade em classificar custos entre fixos, variáveis ou semivariáveis, não se preocupe, o importante é considerá-los.É válido ressaltar que só apresentei essa definição para atentar que custo fixo pode sofrer variação e custo variável pode ser linear até certo ponto. 1.1 Outras definições importantes em custos Relação custo-benefício É usada em ocasiões, nas quais, são confrontados valores de custos com os benefícios que tais gastos gerarão. Exemplo: pagar dez reais por uma matéria-prima que em uma produtividade de 1,5 peças por Kg ou pagar nove reais por outra que proporciona 1,2 peça por Kg comprado. O que é mais vantajoso? Ou melhor, qual é a relação custo-benefício? A matéria-prima mais cara rende mais, mas a ponto de ser menos onerosa? Devemos avaliar isso o tempo todo. Uma comparação bem simples é o que fazemos com cartuxos de impressora, é uma incógnita entre comprar cartuxo original ou recuperado? 8 Unidade: Classificação dos custos Original Custo R$ 99,00 Produtividade 500 páginas Recuperado Custo R$ 25,00 Produtividade 100 páginas Qual é mais vantajoso? Original – cada página impressa custa R$ 0,19 Recuperada – cada página custa R$ 0,25 Pergunto a você: deu para entender a relação custo-benefício? É a clássica situação em que podemos dizer que o barato sai caro. Trocando Ideias A ponderação dos benefícios (produtividade) em relação ao custo (valor desembolsado) é que determina qual matéria-prima deverá ser adquirida. Pode-se exemplificar por meio de outra situação, compra de fraldas: Compra-se uma fralda X-1 por R$ 7,80, mas que tem durabilidade de duas horas, e compra- se uma fralda de R$ 13,90, que tem durabilidade de oito horas. Qual compensa mais? Claro que o custo-benefício é para a que custa mais caro, porque o benefício é bem maior. 1.2 Custeio O termo designa ao ato de atribuir custos aos produtos (ou processos produtivos), independentemente do tipo de custo que está sendo atribuído, como fizemos na unidade um. Exemplo: o custeio de uma camisa envolve o cálculo do valor das matérias-primas utilizadas e dos demais custos de produção utilizados (mão de obra, energia elétrica, depreciações, etc.). Estamos conhecendo esse conceito agora, mas o fizemos na unidade anterior, é uma atividade importante para que se possa planejar as ações da empresa, ações de mercado, promoções etc. Essa é uma situação muito séria no Brasil, principalmente por termos uma formação empresarial maciça de micro e pequenas empresas. O Sebrae, que tem muita proximidade com as pequenas empresas, aponta que conhecer custos é uma deficiência da empresas, e a partir daí tem dificuldades de traçar ações de mercado. Dessa forma, temos que concordar com essa visão. Por isso, proponho para você um desafio: 9 Visite uma pizzaria na região onde mora e questione o dono da pizzaria se ele sabe quanto custa a produção da pizza de Mussarela. Verá que não sabe, então, fica a questão: se não conhece os custos, como define o preço? O que você acha? Ele pesquisa o preço da região e um vende por 30,00, outro por 25,00. Então, decide estar no meio, nem o mais caro, nem o mais barato, por exemplo, R$ 27,00. Mas pergunto: isso é seguro? 1.3 Rateios Corresponde à função de relacionar um tipo de custo com determinado produto ou centro de custos. Exemplo: os custos relacionados à matéria-prima têm sua atribuição aos produtos facilitada, pois geralmente são definidos seus parâmetros nas fichas técnicas, mas custos como a depreciação de máquinas produtivas, por suas características, necessitam de algum cálculo (rateio) para terem uma parcela atribuída ao produto. Exemplo: Uma máquina de valor R$ 100.000,00, com depreciação de 10% ao ano por dez anos, produz mil unidades por mês. Qual seria o rateio por unidade produzida? Produção anual: 1.000 x 12 = 12.000 unidades, em cinco anos 60.000 unidades. Como o custo de aquisição foi de R$100.000, temos: 100.000 x 10%= 10.000 ano 10.000 / 12.000 = 0,83 a unidade Cada unidade, produzida no período de vida útil do bem, custará R$ 0,873.. 1.4 Lucro X pró-labore Entende-se por lucro a remuneração do capital investido pelos sócios na empresa e como pró-labore a remuneração dos sócios quando estes exercem atividades na empresa. Logo, lucro não é custo, pró-labore sim. Exemplo: um engenheiro e um pintor integralizam capital em uma empresa, cada um integra a quantidade de R$ 500,00 (quinhentos reais), ao final do primeiro mês, o lucro da empresa foi de R$ 1.000,00 (mil reais). Cada sócio recebeu R$ 500,00 (quinhentos reais) cada uma por remuneração de seu capital investido na empresa. Também no final do mês foi pago o pró- labore de ambos, pois eles trabalharam na empresa, cada qual na sua atividade profissional. Assim, o Engenheiro recebeu da empresa um salário maior, pois seu trabalho é mais valorizadono mercado. Já o pintor recebeu um salário menor, de acordo com as características de cada profissão. 10 Unidade: Classificação dos custos Então, a parte salarial compõe o custo de produto, o lucro considera e diferença entre receitas e despesas. 1.5 Outras nomenclaturas de custos Custos primários Consistem na soma de matéria-prima com mão de obra. Não são a mesma coisa que custos diretos, já que nos primários só estão incluídos aqueles dois itens. Assim, a embalagem é um custo direto, mas não primário. Custos de transformação São a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias-primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa. Representam esses custos de transformação o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um determinado item (mão de obra direta e indireta, energia e materiais de consumo industrial). 2. Métodos de custeio Uma das grandes dificuldades de qualquer empresa é apurar o real custo de cada um dos itens comercializados, seja bem ou serviço, a questão é: qual a melhor forma para apurar os custos? A atribuição de valores verdadeiros aos produtos passou a constituir um dos principais objetivos da contabilidade de custos nas organizações, tanto para a divulgação em demonstração financeira periódica – do montante do estoque final e do custo dos produtos vendidos – quanto como base para decisão sobre o mix ótimo de produto. Portanto, torna-se necessário um sistema de custos que consiga mensurar e alocar os custos aos produtos da forma mais adequada possível. A atribuição dos custos variáveis aos produtos é efetuada facilmente pelas fichas técnicas ou lista de componentes de produtos, já no caso de custos fixos é apropriado o custeamento específico. Os métodos podem seguir três princípios de custeio: custo variável, integral, e por absorção. No custeio variável, consideram-se os custos dos produtos ou apenas os custos variáveis, enquanto os custos fixos são lançados como despesas no período. No custeio integral, as totalidades dos custos fixos são alocadas aos produtos, ou seja, são consideradas como custos e aceitas pela legislação para efeitos de avaliação de estoques. No custeio por absorção, os custos fixos também são computados como custos dos produtos. Por isso, vamos entender melhor o que significa. 11 2.1 Custeio por absorção Para Martins (2001), custos de absorção consistem na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e não só os de produção, todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. O custo absorção é empregado quando se deseja atribuir um valor de custos ao produto, atribuindo-lhe também uma parte dos custos indiretos. Consiste também na apropriação de todos os custos de produção aos produtos, de forma direta ou indireta mediante critérios de rateio. O custeio por absorção atribui aos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses definidos como custos diretos ou indiretos, ou como custos fixos ou variáveis. Para Martins (2001), a depreciação de máquinas e equipamentos e outros imobilizados amortizáveis, utilizados na produção, deve ser distribuída aos produtos elaborados. Aliás, foi o que fizemos nos cálculos da unidade anterior; portanto, vai para o ativo na forma de produtos e só vira despesa quando da venda do bem. Assim, devem integrar os custos dos bens e serviços vendidos: • O custo de: - aquisição de matérias-primas; - pessoal aplicado na produção, administração, supervisão, manutenção e guarda das instalações. • Os custos de locação, manutenção e reparos. • Os encargos de: - amortização diretamente relacionados com a produção; - exaustão dos recursos naturais utilizados na produção. Trocando Ideias Você sabe o que é o encargo de exaustão? Esse será nosso tema de fórum. Desse modo, pesquise e coloque no fórum sua visão conceitual e em que tipo de empresa estaria presente. Entre as vantagens do custeio de absorção, destacam-se : • atender à legislação fiscal; • permitir a apuração: - dos custos por centro de custos ou departamentos; - do custo total de cada produto, ao absorver todos os custos de produção. 12 Unidade: Classificação dos custos A principal desvantagem do custo absorção é a utilização de rateios para distribuir os custos entre os departamentos e ou produtos. Como nem sempre tais critérios são objetivos, podem distorcer os resultados, penalizando alguns produtos e beneficiando outros. Santos (1995) defende que o método de custeamento por absorção é falho em muitas circunstâncias, como instrumento gerencial de tomada de decisão, porque se fundamenta no rateio dos custos fixos que, apesar de aparentarem lógicos, levam à alocação arbitrária e até enganosa. Encargos financeiros Para Martins, os encargos financeiros são tratados como despesa, e não como custo. Se os juros e outros encargos decorrentes de empréstimos e financiamento fossem adicionados ao custo do produto, também deveriam sê-lo os relativos ao capital próprio. Também existe o raciocínio de que encargos financeiros não são itens operacionais, já que derivam da atividade da empresa e não provêm dos ativos trabalhados e utilizados em suas operações; são antes decorrência de passivos, representando muito mais a remuneração de capital de terceiro do que custo que integra formação do preço de venda do produto. Mesmo que identificados como financiamento de matérias-primas, são gastos destinados em decorrência da falta de capital da empresa. O Brasil está aceitando em alguns casos a inclusão de juros nos custos do produto, principalmente quando o ciclo de produção é muito grande. Então, até retornar o investimento, leva-se muito tempo; portanto, a necessidade incorre em alocação desses encargos em custos. É bastante fácil a visualização de onde começam os custos de produção, mas nem sempre é da mesma maneira simples a verificação de onde eles terminam. É relativamente comum a existência de problemas entre custos e despesa de vendas. A partir do momento em que o produto está pronto para venda, o restante de gastos efetivados são despesas. Um exemplo que Martins (2001) ilustra é o das embalagens, quando um produto é colocado para venda tanto a granel quanto em pequenas quantidades, seu custo terminou, ou seja, quando a produção findou-se. Como a embalagem só é aplicada após a venda, deve ser tratada como despesa. Mas, quando os produtos são colocados à venda embalados, só então, são considerado custo indireto de fabricação. Reflexão Trago aqui uma descrição comentada de cada um dos pontos sobre custos, é uma forma de você, aluno, aproximar todos os conceitos abordados. Custos e despesas não são sinônimos e têm sentido próprio, assim como investimento, gasto e perda. A utilização de uma terminologia homogênea simplifica o entendimento e a comunicação. Os custos só se referem a sacrifício na produção, isso segundo Martins (2000), salvo quando expressamente alertada a modificação da terminologia utilizada. 13 Logo, temos custos de produção e despesas de administração, de vendas e financeiras. Os sistemas de custos precisam sempre levar em consideração a qualidade do pessoal envolvido em sua alimentação e em seu processamento, a necessidade de informação do usuário final, segundo Martins (2000). A adequação de sua adaptação às condições específicas da empresa, a utilização de quantidade física associada aos valores monetários e, acima de tudo, a relação entre a sua utilidade ou a de cada informação e o sacrifício envolvido em sua obtenção. Custos diretos, indiretos, fixos e variáveis, Diretos e indiretos: dizem respeito ao relacionamento entre o custo e o produto feito: os primeiros são fáceis, objetivos e diretamente apropriáveis ao produto feito, eos indiretos precisam de esquemas especiais para a alocação, tais como bases de rateio, estimativas etc. Custos fixos e variáveis são uma classificação que não leva em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total do custo num período e o volume de produção. Fixos são os que num período têm seu montante fixado não em função de oscilações na atividade, e variáveis os que têm seu valor determinado em função dessa oscilação. Fixos e variáveis são uma classificação aplicável também às despesas, enquanto diretos e indiretos são uma classificação aplicável só a custos. O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos relacionados à fabricação. A principal distinção existente no uso do custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque as despesas são jogadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto apenas os custos relativos aos produtos vendidos terão o mesmo tratamento. Já os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos são ativados nos estoques desses produtos. 3. Formas de custeio O sistema de custeio variável produz informações importantíssimas como a margem de contribuição, tal subsídio proporciona a tomada de decisão nas empresas, relacionando ao controle gerencial e planejamento financeiro. Porém, esse método de custeio não é aceito tanto para demonstrativos externos, como perante à legislação do imposto de renda. Para Rodney, a premissa básica do custeio variável é a de somente os custos claramente identificados com os produtos ou serviços vendidos devem ser apropriados. Os demais custos necessários para manter a capacidade instalada devem ser desconsiderados em termos de custo do produto. 14 Unidade: Classificação dos custos O sistema de custeio direto ou variável prevê uma apropriação de caráter gerencial, considerando apenas os custos variáveis dos produtos vendidos, enquanto os custos fixos ficam separados e são considerados como despesas do período. Esse método considera apenas os custos variáveis de produção e de comercialização do produto ou serviço como matéria-prima, mão de obra direta, serviços de terceiros aplicados ao produto, tributos sobre vendas e comissões de venda. Os demais gastos são transferidos para a apuração do resultado como despesas, sem serem apropriados aos produtos fabricados. Para Santos (1995), os custos fixos existem independentemente da fabricação ou não, desta ou daquela unidade, e acabam presentes no mesmo montante, mesmo que oscilações ocorram no volume de produção; são necessários muito mais para que a empresa possa operar ou manter instalada sua capacidade de produção, do que para fabricar uma unidade a mais do produto. Algumas características essenciais do método de custeio variável são a divisão dos custos em dois grupos principais: fixos e variáveis, atribuir ao custo final dos produtos somente os custos variáveis, obtendo-se, assim, um custo final variável dos produtos. A diferença do custo variável com a receita de vendas é chamada de margem de contribuição. Gerencialmente, os custos fixos são considerados integralmente como redutores do resultado, não se ativando os mesmos em estoques. Desta forma, no custeio variável ou direto aos cálculos dos custos finais por produto são computados somente os custos variáveis. Novamente, os fixos são considerados como despesas, levados integralmente ao resultado do período, por não serem considerados como elementos componentes do custo dos produtos. Obtêm-se, assim, o custo final variável dos produtos, ainda que sobrecarregado. Margem de contribuição Margem de contribuição é a parte do preço de venda excluídos os custos variáveis e destinada a cobrir os custos fixos e ainda gerar lucro para a empresa. Margem de Contribuição = Preço de Venda – Custos Variáveis Como exemplo: Vamos supor um produto, vendido por R$ 100,00, onde os impostos correspondem a R$ 8,36, o CMV – custo da mercadoria vendida é R$ 65,66, a comissão dos vendedores é de R$ 2,00 por unidade. Assim, qual seria a margem de contribuição? Custos variáveis: impostos R$ 8,36,o CMV – R$ 65,66,a comissão R$ 2,00 por unidade. 15 Total R$ 76,02 Então a margem de contribuição seria: PV – MC 100 - 76,02 = 23,98 MC = 23,98 Assim, se o custo fixo total for de R$ 10.000,00, o ponto de equilíbrio será: 10.000/23,98 x100=41.701,41 Sendo R$ 100,00, cada unidade deverá vender: 10.000 / 23,98 x 100=41.701,41 41.701,41 / 100= 417 unidades para cobrir todos os custos fixos e variáveis, não sobrará nenhum valor como lucro, mas cobrirá todos os custos. Para Santos (1995), o custeio variável prioriza o aspecto gerencial ao enfatizar a rentabilidade de cada produto sem as distorções ocasionadas pelos rateios de custos fixos aos produtos. Não é aceito pela legislação tributária para fins de avaliação de estoques; não envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o cálculo; exige uma estrutura de classificação rígida entre os gastos de natureza fixa e variável. A elevação do valor dos custos fixos não considera a análise de desempenho, que pode ser prejudicada e deve merecer considerações mais acuradas. Para Megliorini (2002), custeio variável ou direto consiste em alocar aos produtos somente os custos variáveis, quer sejam eles diretos ou indiretos, comparativamente o custeio de absorção. A diferença entre ambos reside no tratamento dado aos custos fixos. Enquanto no custeio por absorção eles são rateados ao produto, no custeio variável ou direto são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado, como as despesas. A forma de alocação dos custos variáveis, para Megliorini, como a matéria-prima, mão de obra direta e custos indiretos variáveis, obedece a critérios de alocação direta ao produto. Esse método permite aos administradores utilizar os custos como ferramenta auxiliar na tomada de decisões, quais produtos contribuem mais para a lucratividade da empresa. Além disso, determina: • Quais produtos devem ter suas vendas incentivadas, reduzidas ou mesmo ser excluídos da linha de produção. • Qual o preço mínimo a ser praticado em condições especiais, tal como venda de capacidade ociosa, decisão entre comprar ou fabricar e determinação do nível mínimo de atividade em que negócio passa a ser rentável. 16 Unidade: Classificação dos custos Leoni (1996) diz que o sistema de custeio variável ou direto é um método que considera apenas os custos variáveis de apropriação direta como custo do produto ou serviço. É o critério utilizado para acumular os custos de qualquer objeto ou segmento da empresa. Este sistema só agrega os custos variáveis aos produtos, considerando os custos fixos como despesas. O uso deste sistema exige a clara distinção entre custos diretos e indiretos, o que pode gerar o uso da arbitrariedade. O sistema de custeio variável procura as distorções existentes nos critérios de rateios exigidos no sistema de custeio por absorção. No custeio por absorção, os custos fixos são rateados aos produtos e/ou serviços enquanto no custeio variável estes custos são tratados como despesas, e vão direto para o resultado. Meglioni (2001) afirma que “enquanto no custeio por absorção eles são rateados aos produtos, no custeio variável, são tratados como custos do período, indo diretamente para o resultado igualmente como as despesas”. A diminuição da necessidade de rateio deve-se ao fato de que no sistemade custeio variável, são alocados aos produtos e/ou serviços, somente os custos variáveis e, como na maioria dos casos, os custos variáveis também são diretos, expurgando-se assim os rateios dos custos indiretos. A margem de contribuição é uma ferramenta utilizada neste sistema, a qual faz parte do preço de venda de um produto e serve para cobertura dos custos indiretos e para formação do lucro. Antes de determinar a margem de contribuição de qualquer segmento, atividade ou produto, é necessário identificar seus custos diretos e eleger o parâmetro representativo e classificar os custos fixos e variáveis diante deste parâmetro. Crepaldi (2002) salienta que método de custeio variável segue os princípios de contabilidade do regime de competência e confrontação. Por isso, não é reconhecido para efeitos legais. No entanto, é de grande auxílio para a tomada de decisão gerencial. Outro ponto negativo é que comparado ao sistema por absorção, o custeio variável tem sua utilização nas empresas de forma tímida por se tratar de um método mais sofisticado. 3.2 Método de custeio ABC Esse método foi sistematizado pelo professor Robin Cooper durante os anos 70, sendo desenvolvido posteriormente por consultores americanos. Com o processo de globalização, que vem aumentando, a competitividade das empresas ao passar dos anos. Surgiu, assim, a necessidade de obter melhores resultados, onde as empresas começaram um processo intenso e veloz de alteração em seus processos produtivos para produzirem produtos de melhor qualidade, visando a um menor custo. Os métodos e estilos gerenciais tiveram que ser reexaminados para serem adaptados ao novo cenário econômico. Foi assim que surgiu o critério ABC, que veio para atender a essas novas perspectivas do mercado socioeconômico. O ABC é uma técnica que acompanha a visão empresarial moderna de processos de negócios, onde a empresa e os recursos são consumidos por suas atividades e não pelos produtos que fabrica. Não são atividades desempenhadas pelos órgãos funcionais que garantem a satisfação dos clientes. 17 Para Marion (1993), as atividades realizadas por setores se integram em processos que visam a atingir os objetivos desejados pelos clientes de cada processo. No método ABC, as atividades são o foco do processo de custeio, os custos são investigados, relacionando as atividades aos produtos, com base na demanda por tais atividades pelo produto durante o processo de produção ou serviço em questão. As bases de alocação usadas no custeio são medições das atividades executadas, que podem incluir horas do tempo de ajuste de máquinas ou números de vezes em que isso foi feito, ou pela maneira de distribuição em função da atividade que está sendo analisada, sejam serviços industriais ou custos indiretos de fabricação. O sistema de custeio ABC tem como fundamento básico a busca de princípios da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para ele imputar valor. Esta metodologia de custeio é conhecida por procurar reduzir de forma sensível distorções causadas por rateios arbitrários dos custos indiretos. Para que possamos definir o conceito do custeio ABC é relevante levarmos em consideração o que foi relacionado anteriormente, pois podemos definir que este sistema, primeiramente, irá atribuir os custos às atividades e, posteriormente, atribuir custos das atividades aos produtos. Como já foi citado acima, primeiro serão rastreados os custos que cada atividade causou e depois verificados os portadores dos custos dessas atividades. Ainda vale ressaltar que muitos autores ensinam que é preciso distinguir dois tipos de direcionadores: • o direcionador de custo de recursos; e • os direcionadores de custos de atividades. O primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos e serve para custear atividades; o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para custear produtos. Uma das razões, para o surgimento desse novo critério, baseia-se na evolução tecnológica, que alterou bastante a composição dos custos dos fatores de produção, tornando mais significativos os custos indiretos de fabricação e menos insignificativos, como consequência, os custos do fator mão de obra direta. Tem por objetivo a apropriação dos custos e despesas indiretas, as várias unidades através de algumas bases que não estão relacionadas com o volume de produção, mas sim das atividades executadas. Comparando com os demais sistemas de custeio, o ABC representa uma apropriação mais direta. O custeamento corrente considera como custos e despesas diretos dos produtos fabricados apenas os materiais diretos e a mão de obra direta. Em troca, o ABC reconhece como diretos custos e despesas, antes tratados como indiretos, não em relação aos produtos fabricados, mas às muitas atividades necessárias para fabricar os produtos. Nesse método, assume-se como pressuposto que os recursos de uma empresa são consumidos por suas atividades e não pelos produtos que ela fabrica. 18 Unidade: Classificação dos custos Os produtos surgem como consequência das atividades consideradas estritamente necessárias para fabricá-las ou comercializá-las, e como forma de se entender as necessidades, expectativas e anseios de clientes (Nakagata, 1994). Esse sistema parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas pela empresa geram custos e que os diversos produtos consomem essas atividades. Na operacionalização do sistema, procura-se estabelecer a relação entre atividades e produtos, utilizando-se de cost drivers, direcionadores de custos. Apuram-se os custos das diversas atividades, sendo esses custos alocados aos produtos via direcionadores (CATELLI; GUERREIRO,1994). Podemos dizer que é um sistema de custeio voltado para a análise das atividades significativas desenvolvidas nas empresas, e o centro de interesse do sistema concentra-se nos gastos indiretos. O objetivo imediato do sistema é atribuição mais rigorosa de gastos indiretos ao bem ou a serviços produzidos na empresa, permitindo um controle mais efetivo desses gastos e oferecendo melhor suporte às decisões gerenciais. O ABC é uma nova forma de medir os custos, mediante à destinação de gastos nas atividades, as quais devem efetuar-se em torno da cadeia de valor, e que podem definir como aquelas que agregam valor ao produto, em qualquer das distintas etapas no caminho que chamamos da produção cliente. Em todos os critérios de custeamento as bases de rateio têm a mesma natureza, devem representar o uso que as atividades e os centros de responsabilidades fazem dos recursos indiretos comuns. Para Leone (2000), os contadores que empregam o critério ABC dizem que as atividades que consumiram os recursos e as bases para proceder a alocação são chamadas de “direcionadores de recursos”. O procedimento é o mesmo e as limitações, portanto, são as mesmas, porém uma vez que o critério ABC faz sua análise mais minuciosa das operações, as limitações tendem a crescer de importância. A importância do custeio ABC A importância que se dá a utilização do sistema de custeio ABC é relevante em virtude de ele não ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas sim por proporcionar informações gerenciais e necessárias para a tomada de decisão. Portanto, proporciona melhor gerenciamento dos custos da empresa para manter sua competitividade. Além disso, ele é extraordinário em termos de identificar o custo das atividades, dos processos e de permitir uma visão muito mais adequada aos seus processos. O sistema de custeio, baseado em atividades, é importante porque procura amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, principalmente, no que se refere ao sistema de custeio por absorção. 19 Vantagens do ABC Fornece informações gerenciais relativamente fidedignaspor meio da redução do rateio; adequar-se mais facilmente às empresas de serviços pela dificuldade de definições do que sejam custos, gastos e despesas nessas entidades. Além disso, há outras vantagens do ABC: • Procura ter menor rateio arbitrário; • Atende os princípios fundamentais da contabilidade; • Obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos; • Proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos; • Identifica de forma mais rápida e transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos e também podem ser empregadas em vários tipos de empresa e segmento; • Pode fornecer subsídios para a gestão econômica, custo de oportunidade e custo de reposição; • Possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto. Desvantagens do custeio ABC Os gastos são elevados para implantação, alto nível de controle interno a ser implantado e avaliado. Assim, existe a necessidade de revisão constante, levando em consideração muitos dados correlatos. Há algumas informações de difícil extração, impossibilitando a gestão dos custos eficientemente, ocasionando muita dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa. A reorganização da empresa antes de implantar a gestão do ABC é um problema, pois as pessoas são introvertidas, ou seja, há muita dificuldade de integração das informações entre os departamentos; falta de mão-de-obra especializada para implantar o sistema ABC, ocasionando, dessa forma, a necessidade de formulação de procedimentos padrões, ocorrendo mais preocupação em gerar informações estratégicas do que em usá-las. Direcionadores de custos O custeio por atividades pressupõe que as atividades consumam recursos, gerando custos e que os produtos usem tais atividades, absorvendo seus custos. A primeira fase do sistema é calcular o custo de cada atividade, isto é feito de forma semelhante aos sistemas tradicionais de duas fases direcionando os itens de custos para cada atividade, através dos cost drivers. Desse modo, chega-se a um custo por atividades. Com a utilização dos direcionadores de custos, o ABC objetiva encontrar os fatores que causam os custos, isto é, determinar a origem dos custos de cada atividade para, desta maneira, alocá-los corretamente aos produtos considerando- os “ consumo” das atividades por eles. 20 Unidade: Classificação dos custos Existem custos, cujos comportamentos são ditados por bases relacionadas apenas com o volume da produção, esses são os custos variáveis. Para esses custos, os direcionadores de custos a serem utilizados também são relativos ao nível de atividades como horas de mão de obra direta, horas-máquina e custos de matéria-prima. Tais direcionadores de custos, no entanto, não são apropriados para determinar o comportamento da maioria dos custos fixos, que variam a médio e longo prazo. No decorrer do tempo, esses custos adaptam-se não só à demanda, mas também à estrutura de produção. O fator determinante do custo deste tipo de atividade é o número de vezes em que é efetuado o serviço básico desta atividade para a fabricação do produto. Na verdade, podemos dizer que o conceito de direcionadores de custos é o mesmo que da base de rateio dos sistemas tradicionais. A única diferença é que como os custos estão associados a uma atividade específica no ABC, é mais fácil de determinar, interpretar e utilizar o direcionador de custos do que a tradicional base de rateios. Descrição do modelo Em algumas fábricas, determinados produtos são designados de “especiais”. Eles representam uma pequena parte do volume total da produção das citadas fábricas. O produto “especial” normalmente é idêntico ao produto “standard”, com a exceção de pequenas adições ou eliminações. Essa pequena modificação resulta aparentemente numa pequena diferença de custos entre o regular e o especial. E essa diferença somente é pequena porque o método tradicional de custeio não consegue detectar as despesas que, na realidade, acarretam um produto fora de linha para todos os setores da empresa. O produto especial, como o próprio nome indica, é diferente. E como tal exige um custo maior de preparação, pois somente poucas unidades são produzidas. Quando a ordem de produção for processada, provavelmente far-se-á o necessário trabalho extra de engenharia para a emissão de uma lista de materiais, específica para aquela ordem, a fim de garantir que ela será montada e empacotada corretamente. Possivelmente, exigirá, ainda, o acompanhamento de algumas pessoas como o engenheiro do produto, o engenheiro de produção, o comprador e o planeador da produção, tendo em vista tratar-se de um trabalho diferente do padrão. Inclusive o pessoal da garantia da qualidade terá de dar uma atenção especial, pois ninguém sabe exatamente como testar esse produto – ele foge do usual com que todos na empresa já se acostumaram. O engenheiro industrial jamais o havia estudado anteriormente e não existem nos arquivos da empresa dados históricos. Finalmente, para todo esse tempo extra, demandado no produto especial, o pessoal das vendas adiciona, tão somente, uns poucos por centos extras, porque o marketing deseja-o no catálogo. Embora o produto “especial” se comparado com o produto “padrão” não aparente sensíveis diferenças de custos, na realidade, ele passou mais tempo na produção, exigindo cuidados específicos de cada setor. O custeio ABC justamente procura identificar esse tempo extra no qual incidem custos e providencia uma correta distribuição desses custos pelas diversas atividades que consomem recursos. 21 O modelo simplificado, ora sendo exposto, pressupõe a criação de um grupo de trabalho na empresa, formado pelas pessoas-chave da organização, como o próprio empresário, os responsáveis pela produção, comercialização e área financeira, além de outras pessoas que exerçam funções importantes na empresa. Eles terão como tarefa precípua alimentar, com as informações necessárias, o modelo que a seguir será descrito, a fim de se determinar as taxas de alocação das despesas, que serão aplicadas a cada um dos produtos da empresa. Esse grupo de trabalho deverá ter um caráter permanente e atualizará os dados periodicamente, por exemplo, a cada seis meses, e/ou se um novo produto ingressar na empresa, e/ou se um fato marcante determinar nova apuração do custeio. Esse grupo se utilizará dos seus conhecimentos e experiências adquiridos no dia a dia da empresa para alimentar o sistema que fornecerá uma avaliação adequada das taxas de rateio a serem aplicadas aos custos indiretos. Deverão seguir a seguinte metodologia, e que foi inspirada em Gilligan (1990). Exemplo prático A empresa JCC services dedica-se à prestação de dois serviços na área de informática: • Montagem e manutenção de homepages: serviço A: receita líquida no período = R$ 860.965,00. • Instalações e manutenção de rede interna em empresas: serviço B, receita líquida no período= R$ 1.262.273,00. Como foi visto na teoria, quando se atua com mais de um produto ou serviços, há custos que são bem específicos para cada produto, ou etapas de produção. Mas, há os custos comuns para a empresa, ou que sejam de fácil identificação, sem necessidade de rateio. Alguns custos diretos foram identificados: Custos Serviço A Serviço B Depreciação de veículos 0 20.000,00 Salários e encargos sociais do pessoal 100.000,00 130.000,00 Depreciação dos equipamentos de processamento de dados 80.000,00 15.000,00 Software e software utilizados 45.000,00 380.000,00 Energia elétrica 170.000,00 0 Esses custos são facilmente identificáveis, mas os custos comuns aos produtos diferentes podem trazer certas dificuldades. Os custos indiretos, comunsaos dois serviços, foram de R$ 500.000,00 para o mesmo período. Por meio de entrevistas, análise de dados na contabilidade etc. verificou-se que os custos indiretos referiam-se às seguintes atividades: 22 Unidade: Classificação dos custos Atividade Custos R$ Treinar e aperfeiçoar pessoal 150.000,00 Realizar manutenção preventiva 110.000,00 Realizar manutenção corretiva 80.000,00 Supervisionar serviços 70.000,00 Controlar a qualidade dos serviços 90.000,00 Total 500.000,00 Lista de possíveis direcionadores de custos: Serviço A Serviço B N° de horas de manutenção preventiva 200 1400 N° de horas de manutenção corretiva 80 320 Tempo dedicado pelos supervisores 15% 85% N° de horas de treinamento 100 400 N° de pontos de inspeção de controle de qualidade 2 8 Quantidade de homepage montada 80 0 Quantidade de redes instaladas 0 15 Vamos, então, calcular os custos indiretos segundo o custeio baseado em atividades (ABC). Solução Primeiro passo: Escolher os direcionadores para as atividades. Atividade Direcionadores Treinar e aperfeiçoar pessoal N° de horas de treinamento Realizar manutenção preventiva N° de horas de manutenção preventiva Realizar manutenção corretiva N° de horas de manutenção corretiva Supervisionar serviços Tempo dedicado pelos supervisores Controlar a qualidade dos serviços N° de pontos de inspeção de controle de qualidade Podemos calcular, agora, a proporção de cada custo: 23 Serviço A Serviço B soma Proporção A % Proporção B % N° de horas de manutenção preventiva 200 1400 1600 12,5% 87,5% N° de horas de manutenção corretiva 80 320 400 20% 80% Tempo dedicado pelos supervisores 15% 85% 1 15% 85% N° de horas de treinamento 100 300 400 25% 75% N° de pontos de inspeção de controle de qualidade 2 8 10 20% 80% Alocação dos custos das atividades aos serviços: Atividade Custos R$ % % Custo A Custo B Treinar e aperfeiçoar pessoal 150.000,00 0,250 0,750 37.500,000 112.500,000 Realizar manutenção preventiva 110.000,00 0,125 0,875 13.750,000 96.250,000 Realizar manutenção corretiva 80.000,00 0,200 0,800 16.000,000 64.000,000 Supervisionar serviços 70.000,00 0,150 0,850 10.500,000 59.500,000 Controlar a qualidade dos serviços 90.000,00 0,200 0,800 18.000,000 72.000,000 Total 500.000,00 95.750,000 404.250,000 Esses custos foram apontados acima. Proporção calculada acima Vimos também que o serviço A produziu 80 unidades. Então, cada unidade teve custo indireto de: R$ 95.750,00 / 80 = R$ 1.196,87. Os custos diretos dos serviços foram oferecidos, para verificação dos valores unitários. Assim, devemos colocar todos os custos diretos em custos mensais, nos mesmos moldes que foi feito no exercício da unidade anterior. 24 Unidade: Classificação dos custos Material Complementar Tendo em visa que a EaD é uma forma diferente, porém interativa de acesso a estudos de diversos assuntos, é muito importante que você amplie seus conhecimentos de modo qualitativo e tenha também compromisso em buscar outros meios de estudo. Por isso, sugiro alguns artigos para enriquecer acerca do tema proposto nesta unidade: http://www.fecap.br/adm_online/art12/eolo.htm http://www.contabeis.ufba.br/Site/arquivos/Editor/file/Mestrado/Artigos/2010/conccustos_ cbc_v2-1.pdf Além disso, indico vídeos abertos na internet, que contribuirão para formação dos conceitos: http://www.youtube.com/watch?v=m7684egoFHI http://www.youtube.com/watch?v=cfUx3br_8Fk 25 Referências NAGLE, T. T.; HOLDEN, R. K. Estratégia e táticas de preços: um guia para decisões lucrativas. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2007. SANTOS, J. J. Fundamentos de custos para formação do preço e do lucro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012. WIND, Y.; MAHAJAN, V.; GUNTHER, R. E. Marketing de convergência: estratégias para conquistar o novo consumidor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. 26 Unidade: Classificação dos custos Anotações www.cruzeirodosulvirtual.com.br Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, 868 CEP 01506-000 São Paulo SP Brasil Tel: (55 11) 3385-3000