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PEÇA ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS FINAIS - TÍCIO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA___ VARA 
CRIMINAL DA COMARMA DE ___– UF 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÍCIO, já qualificado nos autos em epígrafe, vem respeitosamente, à presença de 
V. Exa., nos autos do processo-crime, que lhe move o MINISTÉRIO PÚBLICO 
ESTADUAL com fulcro no artigo 403, § 3º, do Código de Processo Penal, juntamente 
com o artigo 5º inciso LV da Constituição Federal de 1988, para apresentar suas 
 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
I. DA VERDADE DOS FATOS 
 
TÍCIO, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma após 
mais um dia de trabalho na empresa em que trabalham juntos. Ocorre que TÍCIO, no 
caminho de volta, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do veículo automotor e 
capotou. 
 
Os bombeiros que prestaram socorro ao acidente encaminharam Maria para o 
Hospital mais próximo onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido qualquer 
lesão. 
 
Contudo, na mesma ocasião constatou-se que a gravidez de Maria havia sido 
interrompida em razão da violência do acidente automobilístico, conforme comprovou o 
laudo do Instituto Médico Legal, às fls. 14 dos autos. 
 
Com base nessas informações, o Ministério Público da Comarca da Capital do 
Estado XXXXX ofereceu denúncia em face de TÍCIO e imputou ao mesmo a conduta 
descrita no delito de aborto provocado por terceiro e, assim, incurso nas penas do art. 125 
do CP. 
Diante dos fatos, a defesa vem para apresentação de memoriais. Conforme se verá, 
os pedidos deduzidos na Denúncia não devem ser acolhidos. 
 
 
II. DO MÉRITO 
 
Da absolvição do denunciado diante da atipicidade de sua conduta. 
 
Diante da síntese dos fatos, o denunciado deve ser absolvido, já que estão ausentes 
os requisitos essenciais para o prosseguimento da presente ação penal, conforme veremos 
a seguir. 
 
O acusado foi denunciado nos termos do artigo 125 do Código Penal, contudo, 
merece destaque que a modalidade não admite a forma culposa para a configuração da 
prática delitiva. Observa-se que o denunciado não tinha a intenção de causar o aborto da 
vítima, restando comprovado a ausência do dolo em sua conduta. 
 
Não obstante, o Código Penal prevê expressamente em seu artigo 18, em seu 
parágrafo único que, somente nos casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por 
fato previsto como crime, senão quando praticado dolosamente. 
 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer a absolvido do réu, com fulcro no artigo 415, inciso III 
do CPP diante da ausência de tipicidade; 
 
 
Termos em que pede deferimento 
 
Local, data 
 
Advogado, OAB/UF

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