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Sistema Endócrino

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POR: AMANDA CALFA
PARTE: 01
COD: AMANDA6995
FISIOLOGIA DO CONTROLE ENDÓCRINO
A endocrinofisiologia é o ramo mais novo da fisiologia, pois os estudos só começaram com o
pesquisador Claude Bernard no século XIX. Ele percebeu que algumas células possuíam a capacidade de
secretar substâncias para a circulação sanguínea. A partir disto, foi notado que o controle do corpo não se
dá apenas por meio do sistema nervoso, mas também de forma lenta e precisa pelo sistema endócrino. De
forma que a lentidão se contrabalanceia com a rapidez do sistema nervoso, de forma a manter a homeostasia
(capacidade do organismo se manter em equilíbrio diante das oscilações do ambiente).
Mais tarde, Cushing descreveu a Síndrome de Cushing, uma condição causada pela exposição a níveis
elevados de cortisol por um longo período. Mais tarde, também se começou a estudar os fenômenos que
envolvem o estresse: o que é estresse, as situações que levam ao estresse, qual a diferença do estresse
fisiológico para o patológico. E algo importante é que nem sempre uma situação estressora para um é
também estressora para o outro.
Mais tarde Lee, em 1940, isolou o hormônio do crescimento e o hormônio adrenocorticotrófico. Berson e
Yalow descrevem uma das técnicas muito importantes na época chamada Radioimunoensaio. Este foi um
método bastante empregado até um tempo atrás para se quantificar elementos hormonais do sangue. Hoje
existem técnicas mais avançadas para isso como o método ELISA. Nas décadas de 60 e 70 houve um
grande aumento das descobertas hormonais. Praticamente todos os hormônios que conhecemos hoje foram
descobertos nesta época.
Com o desenvolvimento de organismos multicelulares, que possuem tecidos e órgãos especializados,
dois sistemas principais se desenvolveram para comunicar e coordenar as funções do corpo:
1. O sistema nervoso integra as funções dos tecidos por uma rede de células e processos celulares
que constituem o sistema nervoso e todas as suas subdivisões;
2. O sistema endócrino integra a função dos órgãos por meio de substâncias químicas que são
secretadas a partir de tecidos endócrinos ou “glândulas” para o líquido extracelular. Esses
produtos químicos, chamados hormônios, são então carregados pelo sangue para os tecidos-alvo
situados à distância, onde são reconhecidos por receptores específicos de alta afinidade; estes
receptores podem estar localizados na membrana celular, dentro do citosol ou no núcleo da
célula-alvo. Essas moléculas receptoras permitem que a célula-alvo reconheça um sinal hormonal
único dentre os numerosos produtos químicos que são transportados pelo sangue e que banham os
tecidos do corpo. A precisão e a sensibilidade desse reconhecimento são notáveis, levando-se em
consideração a baixa concentração (10-9 a 10-12 M) em que muitos hormônios circulam. Uma vez
que um hormônio é reconhecido pelo seu tecido-alvo (ou tecidos-alvo), pode exercer a sua ação
biológica por um processo conhecido como transdução de sinal.
Alguns hormônios desencadeiam respostas imediatas, dentro de segundos (como o caso do aumento
da frequência cardíaca provocado pela adrenalina ou a estimulação do metabolismo hepático do
glicogênio causada pelo glucagon), enquanto outros podem exigir muitas horas ou dias (por exemplo, as
alterações na retenção de sal induzidas pela aldosterona ou os aumentos na síntese de proteínas provocados
pelo hormônio de crescimento [GH]).
O sistema endócrino se sustenta por meio de princípios básicos de comunicação nos organismos, estes
que ocorrem a partir de uma sinalização química através de via endócrina, parácrina ou autócrina.
● Sinalização endócrina
clássica: um hormônio transporta um sinal a
partir de uma glândula secretora através de
uma grande distância para um tecido-alvo;
● Sinalização parácrina:
regulação hormonal realizada por uma
hormônio produzido e secretado no espaço
extracelular, que atua na regulação nas células
vizinhas, sem nunca alcançar a circulação
sistêmica;
● Sinalização autócrina:
finalmente, os produtos químicos podem
também se ligar a receptores na superfície ou
dentro da célula que está secretando o
hormônio, e podem, assim, afetar a função da
própria célula secretora do hormônio.
Os principais hormônios do corpo humano são produzidos por uma de sete glândulas endócrinas
clássicas ou pares de glândulas: a hipófise, a tireoide, as paratireoides, os testículos, os ovários, a adrenal
(córtex e medula) e o pâncreas endócrino. Adicionalmente, outros tecidos que não são classicamente
reconhecidos como parte do sistema endócrino produzem hormônios e desempenham um papel vital na
regulação endócrina. Esses tecidos incluem o sistema nervoso central (SNC), particularmente o hipotálamo, e
o trato gastrointestinal, fígado, coração, rim e outros. Em algumas circunstâncias, principalmente em certas
neoplasias, tecidos não endócrinos podem produzir hormônios que normalmente julgamos serem produzidos
somente pelas glândulas endócrinas (quadro intitulado Produção Hormonal Neoplásica).
Tipos de Hormônios
São divididos em três grupos a partir da sua estrutura química eda forma como são sintetizados no
organismo proteínas (ou peptídeos), esteróides e derivados de aminoácido (aminas):
● Os hormônios peptídicos conhecidos por serem hidrossolúveis, os hormônios proteicos
constituem a maioria dos hormônios e são sintetizados na forma de pré – pró – hormônios,
incluem um grande grupo de hormônios sintetizados por vários tecidos endócrinos. A insulina,
o glucagon e a somatostatina são produzidos no pâncreas. A glândula hipofisária anterior
produz: GH; as duas gonadotrofinas, (hormônio luteinizante (LH) e hormônio
folículo-estimulante (FSH)); hormônio adrenocorticotrófico (ACTH); tireotrofina (também
chamada de hormônio estimulante da tireoide ou TSH) e prolactina (PRL). O hormônio
paratireoidiano (PTH) é produzido nas glândulas paratireoides, e a calcitonina é produzida na
glândula tireoide.
Adicionalmente, outros hormônios peptídicos, como somatostatina e vários hormônios
estimulantes da liberação de outros hormônios (p. ex., hormônio liberador de GH [GHRH]),
são produzidos pelo hipotálamo. Secretina, colecistocinina e outros hormônios são
produzidos pelo trato gastrointestinal; contudo, esses tecidos não são considerados tecidos
endócrinos clássicos.
● Um número mais restrito de tecidos produz catecolaminas e hormônios esteróides. Os
esteróides derivam do colesterol e são sintetizados no córtex da suprarrenal, nas gônadas e
na placenta. São lipossolúveis, circulam no plasma ligados às proteínas (como a globulina
ligadora de corticosteróides ou albumina, uma proteína plasmática inespecífica) e atravessam
a membrana plasmática para se ligarem a receptores intracelulares. Seus receptores
encontram- -se tanto no citoplasma quanto no núcleo. O complexo receptor-hormônio pode
atuar como fator de transcrição, se ligando ao DNA e ativando ou desligando um ou mais
genes. Os genes ativados geram um novo RNAm, que determina a síntese de novas
proteínas.Eles podem ser divididos em cinco categorias: progestinas, mineralocorticóides,
glicocorticóides, androgênios e estrogênios, além do metabólito ativo da vitamina D. A
complexidade da ação dos hormônios esteroides é aumentada pela expressão das múltiplas
formas de cada receptor. Além disso, existe certo grau de inespecificidade entre os hormônios
esteróides e os receptores aos quais se ligam.
● Com relação aos hormônios do grupo das aminas estes são sintetizados a partir do
aminoácido tirosina e incluem as catecolaminas, como epinefrina, dopamina e norepinefrina e
os hormônios tireoidianos, os quais derivam da combinação de dois resíduos de tirosina que
foram iodados. Sua síntese depende da disponibilidade intracelular do aminoácido, do
conteúdo e atividade das enzimas envolvidas no processo de metabolização da molécula do
aminoácido. As catecolaminas obtêm sua especificidade por modificações enzimáticas do
aminoácido tirosina e são estocadas em vesículas secretóriasque fazem parte da via
secretória regulada.
A síntese desses hormônios (a partir de tirosina e colesterol, respectivamente) requer
determinados passos enzimáticos. Apenas tecidos muito especializados são capazes de
efetuar a série de conversões enzimáticas necessárias para produzir o hormônio ativo a partir
da substância inicialmente disponível. A síntese de hormônios da tireoide é ainda mais
complexa, e é essencialmente restrita à glândula tireóide.
Diversas glândulas produzem dois ou mais hormônios. Exemplos disso são a hipófise,
as ilhotas pancreáticas e a medula adrenal. No entanto, em sua maioria, células individuais
dentro dessas glândulas são especializadas para secretar um único hormônio. Uma exceção
são as células produtoras de gonadotrofina da hipófise, que secretam tanto FSH quanto LH.
Controle e regulação hormonal
A regulação de certas funções fisiológicas
complexas requer a ação complementar de vários
hormônios. Esse princípio é válido tanto para a homeostase
minuto a minuto quanto para processos de longo prazo. Por
exemplo, adrenalina (epinefrina), cortisol e glucagon
contribuem para a resposta do organismo a um período
curto de exercício (p. ex., nadar o estilo borboleta por 50 m
ou correr os 100 m rasos). Se qualquer um desses
hormônios está ausente, o desempenho do exercício é
prejudicado e, ainda mais seriamente, podem-se
desenvolver hipoglicemia grave e hipercalemia (aumento
dos níveis plasmáticos da [K+ ]).
A chave para qualquer sistema de regulação é a
sua capacidade para sentir quando deve aumentar ou
diminuir sua atividade. Para o sistema endócrino, essa
função é realizada por retroalimentação do sistema de
controle da secreção hormonal. A produção hormonal baseia
– se no equilíbrio entre estímulo e inibição da síntese e
secreção do hormônio. Este equilíbrio tem como base
funcional o mecanismo de feedback (ou retroalimentação), negativo na maioria dos sistemas hormonais e tem
por objetivo assegurar o nível apropriado de atividade hormonal no tecido – alvo. Para isso, uma vez que a
concentração do hormônio aumenta, são ativados mecanismo inibidores da sua produção (retroalimentação
negativa); e, uma vez que a concentração do hormônio diminui, são ativados mecanismos estimuladores da
sua produção (retroalimentação positiva), mas são poucos os casos em que isso acontece. Dessa maneira,
ao longo do tempo, a concentração do hormônio se mantém oscilando em torno de um valor constante, o que
chamamos de manutenção do equilíbrio de secreção. Além disso, os hormônios podem estimular a liberação
de um segundo hormônio em um mecanismo conhecido como retroalimentação, como é o caso do aumento
de LH mediado pelo estradiol na metade do ciclo menstrual.

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