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prova proc penal

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ALUNO
	
	MATRÍCULA
	
	DISCIPLINA
	DIREITO PROCESSUAL PENAL III
	DATA DA PROVA
	13/04/2021
	PROFESSOR
	MILENA TRAJANO DOS ANJOS
	TIPO DE PROVA
	1ª AV.
	TURMA
	7NA
	CÓDIGO DA
TURMA
	GRA0040107NNA
	NOTA
	
CCG-MDL-13 Versão 01ATENÇÃO:
· A avaliação somente poderá ser entregue depois de decorridos 50 min de seu início.
· Caneta esferográfica azul ou preta. Provas entregues escritas a lápis NÃO serão corrigidas.
· Será atribuída nota zero a aluno que devolver sua prova em branco, independentemente de ter assinado a Ata de Prova.
· Ao aluno flagrado utilizando meios ilícitos ou não autorizados pelo professor para responder a avaliação será atribuída nota zero e, mediante representação do professor, responderá a Procedimento Administrativo Disciplinar, com base no Código de Ética.
1ª QUESTÃO - (2,0)
Jorge, defensor, não foi intimado para comparecer à audiência de inquirição de uma última testemunha de defesa, cujos esclarecimentos referiam-se apenas aos antecedentes do réu, tendo havido a nomeação de defensor ad hoc para acompanhar o ato. Nessa hipótese, não resultando nenhum mal ao acusado, discorra, fundamentadamente, acerca da possibilidade ou não de ser arguida nulidade processual.
R- Não há nulidade sem prejuízo. 
· Principio da instrumentalidade das formas – Se o ato praticado de forma diversa da que prevista em lei atingir a sua finalidade, não haverá nulidade. 
- 566 cpp - Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
- 572 cpp - As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão sanadas: 
II - se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
· Princípio do prejuízo – Para ocorrer nulidade é preciso que haja efeitos prejudiciais ao processo ou às partes, não basta só a imperfeição do ato. 
- 563 cpp - Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.
2ª QUESTÃO - (2,0)
Na comarca de Seráfia, localizada no Estado de Bambuluá, Ubirajara, juiz titular de uma vara criminal da justiça comum, proferiu uma sentença em determinado processo-crime cuja competência era da justiça militar. Com base em tal afirmativa, pode-se dizer que a não observância de Ubirajara à matriz legal gerará algum efeito? Se sim, qual e por quê? Se não, por quê?
R- Nulidade absoluta do ato.
Visto que no caso trata-se de competência em razão da matéria, ou seja, competência em relação à natureza da infração, o ato é nulo absolutamente. Isto, pois um dos dois tipos de competência absoluta é esta, em razão de matéria, e se o Juiz é incompetente absolutamente para este ato, sempre será incompetente. Lembrando que a incompetência absoluta pode ser alegada a qualquer tempo e inclusive de ofício pelo Juiz, já a incompetência relativa não pode ser alegada de ofício nem a qualquer tempo.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: ... 
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
3ª QUESTÃO - (2,0)
Na comarca de Guaratuba, Estado do Paraná, foi descoberto que o magistrado Samir aceitou suborno no decorrer do processo em face de Albérico. Insere-se, pois, no contexto da corrupção, razão pela qual não deixa de ser um motivo especial de suspeição. Se o réu, no entanto, foi absolvido, com trânsito em julgado, é cabível alguma medida? Justifique.
R- Se o réu, no entanto, foi absolvido, com trânsito em julgado, inexistindo revisão em favor da sociedade, nada se pode fazer para reabrir o processo. Responde, apenas, o juiz nos âmbitos criminal e administrativo. 
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
FACULDADE UNINASSAU CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL III
1ª AVALIAÇÃO
I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
4ª QUESTÃO - (4,0)
Francisco e Gildo possuem uma amizade de longa data e são aventureiros apaixonados pela prática de escaladas nas mais altas montanhas. Certo dia, ao escalarem a “Pedra Riscada”, no Estado de Minas Gerais, Francisco notou que a corda que o suportava começou a se romper, momento em que teve de cortá-la, acarretando com isso a queda de Gildo, também suportado pela mesma corda. Este comportamento resultou imediatamente na morte de Gildo, tendo Francisco conseguido se salvar. Devido a esta situação, Francisco foi denunciado pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 do CP, porque, segundo o Promotor de Justiça do feito, Francisco cortou dolosamente a corda que segurava tanto ele quanto à vítima, quando ambos encontravam-se escalando a montanha em questão.
Baseada nas provas obtidas no inquérito policial, a denúncia foi apresentada, não havendo, contudo, sido anexada perícia tanatoscópica que comprovasse a morte de Gildo. O magistrado da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de São José do Divino, Estado de Minas Gerais, recebeu a denúncia e mandou citar o réu para apresentar defesa, tendo este a apresentado no prazo legal. Durante a audiência de instrução, o réu foi ouvido e esclareceu que, de fato, havia escalado uma montanha junto com a vítima, no entanto, ao constatar que se encontrava numa situação de extremo perigo, uma vez que a corda que segurava os dois ia se romper, razão pela qual não teve alternativa senão cortar a corda para se salvar, o que ocasionou a morte de seu amigo.
Não havendo testemunhas arroladas ao processo, as alegações finais foram realizadas de oralmente, tendo o representante do Ministério Público se manifestado pela pronúncia do réu, nos mesmos moldes da denúncia. Já a defesa manifestou-se pela absolvição sumária do agente. O magistrado, em audiência, prolatou decisão de pronúncia pelo crime de homicídio simples, intimando as partes no referido ato. Com base nas informações de que dispõe, na condição de advogado de Francisco, responda:
a) Qual o recurso cabível? E qual a sua fundamentação legal?
R – Recurso em sentido estrito. Com fundamento no artigo 581, IV, do Código de Processo Penal.
b) Qual o prazo para apresentar a petição de interposição, e qual a sua previsão
legal?
R- O prazo para a interposição é de 5 dias. art. 586 do CPP.
c) Qual o prazo para interpor as razões, e qual a sua previsão legal?
R- Prazo para razões do recurso em sentido estrito 2 dias. Art. 588 do CPP.
d) Qual o endereçamento da petição de interposição?
R- a quo
e) Qual o endereçamento das razões do recurso?
R- ad quem 
f) Há juízo de retratação? Justifique.
R- No recurso em sentido estrito, há previsão de juízo de retratação (art. 589, caput, CPP), pondendo o juiz reformar sua decisão, após o oferecimento das razões e das contrarrazões.
g) Qual(is) tese(s) pode(m) ser alegada(s) no mérito?
R- Excludente da ilicitude do fato de estado de necessidade, art. 23, I em combinação com o art. 24, cp.
Falta de condição para o exercício da ação penal, qual seja, o interesse de agir, nos termos do art. 395, II cpc.

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