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Atividade 6 - Transação Penal

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL UNIFICADO DA COMARCA DE CUIABÁ/MT
Autos nº: xxxxx COD xxxxx
XXXXXX, (qualificação completa), por intermédio de sua advogada infra assinado, com escritório profissional situado a Rua xxxxx, vem respeitosamente perante Vossa Excelência apresentar proposta de transação penal.
No dia 12/03/2016 uma das vítimas estacionou o carro na frente da garagem da acusada, impossibilitando a saída de carros da casa da acusada, houve discussão após o pedido da retirada do veículo. As vítimas registraram o BO nº 2016.87545, o qual gerou notificação para audiência de conciliação no presente juizado.
Diante do não comparecimento das vítimas em audiência realizada em 20/05/2016 e da não conciliação em audiência preliminar, realizada em 01/07/2016, considerando que a Acusada tem idade avançada (83 anos), é hipertensa, que não tem o hábito de participar de audiências ou responder a processos, visando tão somente poupar sua saúde física e, especialmente, o estado emocional que desde este episódio para cá foi fragilizado, de forma que, tem sido recorrente as idas ao médico. Além de diversas vezes verbalizar aos familiares e amigos que este processo ainda vai matá-la.
A acusada, após realizar o pedido de perdão as vítimas, que não foi aceito, durante a audiência preliminar (01/07/2016), considerando o seu estado de saúde e ciente que não implica em culpa, se demonstrou interessada em aceitar a transação penal no valor de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais) a uma instituição beneficente, contudo foi proposto para parcelar em 5 (cinco) meses, e a ora Requerente vem esclarecer que não tem condições financeiras para efetuar o pagamento desta forma.
Insta salientar que a Requente percebe como renda mensal o valor de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais) referente a um benefício previdenciário de pensão por morte, conforme depreende-se de comprovante de renda em anexo.
Ressalta-se que a Requerente, pessoa idosa, possui além das contas de luz, agua, telefone, um gasto mensal com remédios em farmácia, além das despesas com mantimentos para sua alimentação.
Desta forma, requer o parcelamento do valor em 8x de R$ 110,00 (cento e dez reais).:
Pelo exposto, REQUER: Seja o pagamento da transação penal dividido em 08 (oito) parcelas iguais, a serem quitadas mensalmente, após a oitiva do Ministério Público.
Termos que, Pede Deferimento.
Cuiabá, 05 de Julho de 2016.
Advogado
OAB nº
César Castro (com antecedente criminal, mas sem condenação com trânsito em julgado), brasileiro, casado, servente de pedreiro, residente e domiciliado na Rua Tamandaré, n. 20, Bairro 25 de agosto, Caxias, Cep xxxxxxx, na obra que realizavam em Magé há 3 meses atrás, caluniou Pedro Santos, brasileiro, convivente, Engenheiro Civil, residente e domiciliado na Rua A, Bairro Centro, Belford Roxo, cep xxxxxx . Na audiência de conciliação o membro do Ministério Público não ofereceu transação penal. Após a instrução processual, César foi condenado pela prática do crime de calúnia. Considerando que o Ministério Público não ofereceu a transação penal, na qualidade de advogado da vítima, ofereça a peça cabível em busca dos interesses, sugerindo 5 cestas básicas.
APELAÇÃO CRIMINAL. REÚS ABSOLVIDOS PELO CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O MESMO FIM E UM DELES CONDENADO PELO USO PRÓPRIO. IRRESIGNAÇÃO MINISTERIAL COM PRETENSÃO À CONDENAÇÃO DE AMBOS OS ACUSADOS PELO CRIME DO ARTIGO 33 DA LEI 11343/06. RECURSO DEFENSIVO ABSOLUTÓRIO QUANTO AO DELITO DO ART. 28 DA LEI 11343/06. AUSÊNCIA DE PROVA CABAL DA DESTINAÇÃO MERCANTIL DA DROGA APREENDIDA. DÚVIDA EM BENEFÍCIO DOS RÉUS. PRETERIÇÃO DA TRANSAÇÃO PENAL.
ART. 33 DA LEI 11343/06 - TRÁFICO DE DROGAS - Insuficiência de provas da traficância. Ônus da prova da acusação. Destinação de traficância do material apreendido incomprovada. Dúvidas sobre a destinação comercial das drogas apreendidas que reverte em benefício dos acusados. O contexto probatório é frágil e sem a segurança necessária para a formação de um juízo de certeza, o que inviabiliza acolher-se a pretensão punitiva estatal. Absolvição mantida. 
ART. 28 DA LEI ANTIDROGAS - USO PRÓPRIO - 
Quanto ao apelo interposto pela Defensoria Pública, houve clara violação de todo o rito processual
Efetivamente, desde a acusação inicial, o Ministério Público maltratou a imputação de posse de droga para uso próprio.
Em momento algum das suas alegações finais, efetivamente, o órgão acusador busca a condenação pela posse de drogas.
Demais disso, o tipo hibrido do art. 28 da Lei de Drogas, de duvidosa constitucionalidade, demanda sempre a oferta de transação penal, nunca a imposição de sentença condenatória com seus consectários.
Nesse sentido o Enunciado nº 124 do FONAJE estabelece que: "A reincidência decorrente de sentença condenatória e a existência de transação penal anterior, ainda que por crime de outra natureza anterior ou contravenção, não impedem a aplicação das medidas despenalizadoras do art. 28 da Lei 11.343/06 em sede de transação penal".
O próprio STJ já reconheceu que a condenação pela prática do crime de posse de droga para consumo pessoal (HABEAS CORPUS Nº 618973 - SC 2020/0269915-6 - 13/10/2000 - Rel. Min. Ribeiro Dantas) não será considerada para fins de maus antecedentes ou reincidência, nos moldes do Enunciado 126 do FONAJE.
Assim, era devida, e foi preterida, proposta de transação penal quanto ao tipo do art. 28 da Lei de Drogas, o que fulmina de nulidade insanável a sentença quanto a esse capítulo.
RECURSO MINISTERIAL DESPROVIDO. RECURSO DEFENSIVO PROVIDO.
(0073383-42.2019.8.19.0001 - APELAÇÃO. Des(a). JOAQUIM DOMINGOS DE ALMEIDA NETO - Julgamento: 25/02/2021 - SÉTIMA CÂMARA CRIMINAL)

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