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1 RJ Resumo: A cidade do Rio de Janeiro teve participação importante na história do Brasil. Em 2015, ela completa 450 anos de fundação e este pode ser um bom mote para estudar com os alunos as transformações da cidade nesses 450 anos e as referências que ainda permanecem em sua paisagem, PROJETO PEDAGÓGICO MULTIDISCIPLINAR – RIO DE JANEIRO Tema: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Perfil do grupo: Este projeto tem como foco os alunos do 5º ano, podendo ser adaptado para o Ensino Fundamental I e II e séries iniciais do Ensino Médio, suprimindo ou acrescentando conteúdos, a critério do professor. como os morros cariocas, em especial, o morro do Pão de Açúcar. Partindo dessa referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro, o projeto propõe estudos sobre a formação rochosa do planeta Terra e convida os alunos a investigar a história geológica do morro do Pão de Açúcar e seu entorno, chamando a atenção para a necessidade de preservação desse importante patrimônio da cidade. Ainda sob o enfoque do Pão de Açúcar, muito presente nas representações artísticas do Rio de Janeiro, investiga-se o momento da fundação da cidade pelos portugueses, após a expulsão dos franceses e, ao final, apresenta-se uma proposta para que os alunos observem, de cima, a localização do morro e a represente na forma de um croqui. Em cada etapa do projeto, o aluno tem a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre a história do Brasil e do Rio de Janeiro, assumindo a posição de um investigador, um observador científico da paisagem da cidade, um sujeito da história, e de estar vinculado aos valores culturais da comunidade a que pertence. Nesse processo investigativo, o aluno usa o que sabe e também o que aprende, tornando-se responsável pela construção de sua aprendizagem. Durante todo o processo, trabalha-se a construção de conceitos, procedimentos e atitudes. Suporte: Computador ou dispositivo com acesso à internet (ou projetor de slides), fotografias, fichas e roteiros de trabalho orientados, material escolar. RJPROJETOS REGIONAIS 1 RJ Justificativa para uso desse suporte: Os suportes selecionados visam atender às necessidades específicas de cada etapa do projeto para que o aluno construa seu percurso no aprendizado da leitura de imagens e de textos de época, elaboração de desenhos livres e técnicos, sistematização das informações levantadas e da produção de conhecimentos. Os sites indicados para a pesquisa contêm as informações e imagens necessárias para que o aluno tenha condições de 2 RJ compreender e construir conhecimentos sobre os temas sugeridos ao longo do projeto. A pesquisa orientada por meio de fichas e tarefas pré-determinadas também tem como função proporcionar ao aluno a familiaridade com o suporte da internet e com a leitura de textos e de imagens, com o objetivo de pesquisar informações e desenvolver o espírito investigativo, qualidade indispensável ao estudante. Saber buscar informações de fontes confiáveis e respeitáveis, seja na rede de computadores, seja em livros de referências, é uma habilidade importantíssima para formar um pesquisador autônomo, independentemente da profissão que deseje seguir em sua fase adulta. Objetivos: Trabalhar na perspectiva da multidisciplinaridade para o levantamento de aspectos da paisagem da cidade do Rio de Janeiro e sua importância como referência natural e histórica, dando ao aluno a oportunidade de explorar um elemento natural dessa paisagem, o morro do Pão de Açúcar, sob vários aspectos, mudando seu olhar sobre a cidade e, ao mesmo tempo, aprender História, Geografia, Geologia, Língua Portuguesa, Arte e vivenciar os conhecimentos que ele aprende na escola em novas situações que lhe permitirão conhecer, compartilhar, refletir sobre sua realidade e aspectos da história do estado onde vive. Disciplinas: História, Geografia, Ciências, Língua Portuguesa, Geologia e Arte. Temas transversais: Patrimônio Cultural; Cidadania; Ética; Sociedade e Meio Ambiente. Competências: ConCeituais: História — Brasil Colonial e fundação da cidade do Rio de Janeiro. Geografia — Compreensão de conceitos gerais da área: mapa, elementos do mapa (título, fonte, legenda), pontos de vista, croqui. Ciências — Natureza e ecossistemas e áreas de preservação ambiental. Língua Portuguesa — Leitura e interpretação de texto de época, mudança na grafia das palavras. Geologia — Formação geológica do planeta Terra, placas tectônicas, separação dos continentes sul- americano e africano, diferentes tipos de rocha, aspectos físicos do morro do Pão de Açúcar. Arte — Pintores do século XIX, diferentes técnicas artísticas, planos de paisagem em obras de arte; a obra de arte como fonte histórica. ProCedimentais: História — Leitura e interpretação de texto e pinturas de época; levantamento de dados históricos sobre a fundação da cidade do Rio de Janeiro. Geografia — Representação de objeto sob diferentes pontos de vista, construção de legenda, elaboração de croqui. Ciências — Reconhecimento dos temas referentes à natureza e ao meio ambiente e compreensão das relações existentes entre flora, fauna e aspectos físicos de um ambiente. Língua Portuguesa — Atividade de pesquisa sobre mudança na grafia das palavras; transcrição de texto do século XVI para a linguagem atual. Geologia — Pesquisa dirigida sobre a formação geológica da Terra e a geomorfologia do morro do Pão de Açúcar. Arte — Leitura e interpretação de pinturas que retratam paisagens; observação das diferentes técnicas usadas pelos artistas: pintura a óleo, aquarela e litografia. 2 RJ 3 RJ atitudinais: Trabalho cooperativo. Reconhecimento e respeito aos patrimônios naturais, históricos e culturais do país e estado onde vivem. Valorização da cultura, da história e das artes e respeito ao meio ambiente. Responsabilidades sobre os prazos, cumprimento das tarefas e compromissos assumidos com o grupo e com o professor. Comprometimento e envolvimento no próprio processo de aprendizagem. Duração e desenvolvimento Este projeto foi pensado para ser desenvolvido ao longo de um trimestre. O professor deve avaliar o momento de trabalhar as diferentes propostas considerando seu planejamento e o currículo tradicional da série. Está dividido em etapas que podem ser trabalhadas em sequência, em intervalos semanais, quinzenais, mensais, ou até em intervalos maiores. Por ser longo o processo de construção da aprendizagem, é preciso dar ao aluno o tempo necessário para a experimentação, a reflexão, o compartilhamento de ideias e descobertas e, finalmente, para a compreensão dos conceitos. Considerando-se a importância do estudo da história local e regional na Educação Básica, assim como da valorização da cultura e dos saberes locais, caberá ao professor equacionar esse tempo, levar em conta a realidade da escola e do grupo-classe. Se a opção for intercalar as atividades do projeto com as demais demandas escolares, a cada etapa, é importante retomar os conhecimentos sistematizados na etapa anterior para que o trabalho de investigação e de consolidação dos novos conhecimentos avance sem perder o foco. Na descrição a seguir, há uma sugestão do tempo gasto em cada etapa. Etapa 1: O morro do Pão de Açúcar e sua geologia. (duração: 5 aulas de 45 minutos.) Etapa 2: O Pão de Açúcar na história. (duração: 4 aulas de 45 minutos.) Etapa 3: O Pão de Açúcar visto de cima: elaboração de croqui e legenda. (duração: 4 aulas de 45 minutos.) 3 Etapa final: Fechamento e sistematização das reflexões feitas ao longo do projeto. (duração: 2 aulas de 45 minutos + aulas a definir para apresentação dos trabalhos finais.) RJ 4 RJ Algumas considerações sobre o trabalho de conclusão do projeto: Elaboração e apresentação do produto final A consolidação e a apresentação dos resultados acontecerão em dois momentos distintos:1. Preparação para a produção do trabalho de conclusão do projeto. Duração: 90 minutos ou mais tempo, dependendo do perfil da turma, para troca de ideias e orientações do professor. Os trabalhos de conclusão podem ser desenvolvidos em duplas, em pequenos grupos, individualmente ou envolver toda a sala de aula. O professor deve estabelecer uma data para a apresentação dos resultados. 2. Data da apresentação dos trabalhos finais e fechamento do projeto com discussão e avaliação dos resultados. Os alunos deverão participar das decisões quanto à escolha, produção e formatação do trabalho de conclusão, assumindo dessa maneira o protagonismo na construção do conhecimento e em sua aprendizagem. Caberá ao professor: garantir a interação dos alunos com seus objetos de estudo; acompanhar os trabalhos para que não se perca o foco; estar atento e presente cada vez que for acionado, seja por demanda coletiva, seja individual; dar instruções claras e detalhadas em cada 4 etapa; avaliar e dar feedbacks ao término de cada tarefa e fornecer informações adicionais que possam subsidiar o projeto, toda vez que julgar oportuno; cuidar para que os alunos se mantenham, o tempo todo, ativos e motivados. O professor deve, por fim, exercer o papel de agente colaborador e facilitador e supervisionar os trabalhos de maneira atenta. RJ 5 RJ 5 Referências Ab’SAber, A. N. A baía de Guanabara através dos tempos. scientific american Brasil, n. 56, jan. 2007. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/a_baia_de_guanabara_atraves_dos_tempos_ imprimir.html>. Acesso em: 20 abr. 2015. ArrudA, J. J. atlas histórico básico. São Paulo: Ática, 1997. atlas Geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. bArroS, P. C. de. Onde nasceu a cidade do Rio de Janeiro? Um pouco da história do Morro do Castelo. Revista Geo-paisagem (on-line), v. 1, n. 2, 2002. Disponível em: <http://www.feth.ggf.br/origem%20 do%20rio%20de%20janeiro.htm>. Acesso em: 20 abr. 2015. bezerrA, H. G. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: Karnal, L. (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2004. p. 37-48. Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000. brASil. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília, 1997. brASil. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília, 1997. brASil. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: geografia. Brasília, 1997. brASil. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história. Brasília, 1997. brASil. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília, 1997. Ciência Hoje na escola, v. 10: geologia. São Paulo: Global/SPBC, 2000. Coll, C. et al. o construtivismo na sala de aula. 6. ed. São Paulo: Ática, 2009 (Fundamento). Coll, C.; Monereo, C. et al. Psicologia da educação virtual: aprender a ensinar com as tecnologias da informação e da comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010. dioníSio, A. P.; MAChAdo, A. R.; bezerrA, M. A. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002. FAzendA, I. C. A. interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 18. ed. Campinas, SP: Papirus, 2012. FernAndeS, J. R. O. Memória e Ensino de História. In: bittenCourt, C. (Org.). o saber histórico na sala de aula. 12. ed. São Paulo: Contexto, 2013. p. 128-148. FernAndeS, A. T. de C. História das cidades brasileiras. São Paulo: Melhoramentos, 2012 (Coleção Como eu ensino). MendeS, A. A. Pão de Açúcar: uma ou várias motivações de um mesmo topônimo? Disponível em: <http:// www.filologia.org.br/xiv_cnlf/tomo_4/3143-%203154.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. RJ 6 RJ 6 RJ neveS, A. M. B. interações: raízes históricas brasileiras. São Paulo: Blusher, 2012 (Coleção InterAções). SChMitt, R. S.; tupinAMbá, M.; vAleriAno, C.; rAgAtky, D.; MAnSur, K. O Projeto Caminhos Geológicos: Divulgação Científica dos Monumentos Geológicos do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: <https:// www.ufmg.br/congrext/Meio/Meio55.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2015. SerrA, M. V.; SerrA, M. T. F. (Orgs.). Guia de História natural do rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Instituto Cultural Cidade Viva, 2012. SilvA, L. C. da; rAMoS, A. J. L. de A. Pão de Açúcar, RJ: cartão-postal geológico do Brasil. Disponível em: <http://sigep.cprm.gov.br/sitio067/sitio067.pdf>. Acesso em: 1º abr. 2015. trabalhando com mapas: introdução à Geografia. 26. ed. São Paulo: Ática, 2009. Winge, M. O que é um sítio geológico? Disponível em: <http://sigep.cprm.gov.br/apresenta.htm>. Acesso em: 1º abr. 2015. Sugestões de endereços na internet (acessos em: 20 abr. 2015) Bondinho Pão de Açúcar <http://www.bondinho.com.br/> Google Maps <https://maps.google.com.br/maps> IBGE <http://www.ibge.gov.br> MoNa dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca <http://mona-pao-de-acucar.webnode.com/> Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleontológicos (Sigep) <http://sigep.cprm.gov.br/sitios.htm> Só Biologia <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/> Portal do Professor (MEC) <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/> 7 RJ ETAPA 1 O MORRO DO PÃO DE AÇÚCAR E SUA GEOLOGIA (duração aproximada: 5 aulas de 45 minutos) Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet e tela grande para projetar fotos; ou projetor de slides (se o professor preferir apresentar as fotos sugeridas em slides); folha grande de papel para desenho, lápis ou grafite, borracha, régua, gizes de cera coloridos (ou lápis de cor, ou tinta guache e pincéis). Antes das atividades: Exploração dos conhecimentos dos alunos sobre o Pão de Açúcar. 1. Perguntar: Quem conhece? Como e quando conheceu: já visitou, viu na TV, em filmes, fotos? O que sabe sobre esse morro famoso do Rio de Janeiro? 2. Apresentar em tela grande, para a visualização de todos, a foto da vista da baía de Guanabara, com o Pão de Açúcar visível. Perguntar: vocês conseguem visualizar o Pão de Açúcar nesta foto? Onde ele aparece? Reconhecem outros elementos da paisagem do Rio de Janeiro? Quais? Vista da entrada da baía de Guanabara, com o Pão de Açúcar e o Corcovado ao fundo, Rio de Janeiro. Iu o m an /i S to ck p h o to .c o m /I D /B R 8 RJ Atividade 1 – Do que é feito o morro do Pão de Açúcar? 1. Avaliar o conhecimento prévio dos alunos sobre a formação rochosa da Terra usando o que já aprenderam em anos anteriores. Perguntar: do que é composto o planeta Terra? Por que a superfície terrestre é irregular? Por que 3. Propor aos alunos um exercício de observação e reprodução da imagem por meio de um desenho, em papel grande. Depois, orientá-los a finalizar o trabalho com o uso de cores (giz de cera, lápis de cor, guache e outros). Lembrá-los de pôr o nome e a série no verso do desenho. Ao final da atividade, recolher os trabalhos e guardá-los, pois eles serão usados em momento oportuno. acontecem os terremotos? E as erupções vulcânicas? O que são rochas? Há diferença entre as rochas e as pedras? Quais são os três tipos de rocha existentes na Terra? 2. Questionar os alunos sobre o tipo de rocha de que é feito o morro do Pão de Açúcar. Apresentar uma imagem em que se possa ver o bloco único de rocha, quase totalmente sem vegetação, como na foto a seguir (Disponível em: <http://www.bondinho.com.br/galeria>. Acesso em: 20 abr. 2015). Perguntar: Do que é feito um morro? Como será que se formam as montanhas? 3. Após a primeira abordagem sobre o morro do Pão de Açúcar, propor novos questionamentos: Observando esse morro, o que é possível saber sobre a rocha que o compõe? Ela parece ser frágil ou resistente?Será que é muito antiga? Será que sempre teve esse formato? O morro do Pão de Açúcar, sob o ponto de vista do tipo de formação rochosa, em sua opinião, é semelhante ou diferente dos demais morros do Rio de Janeiro? Como você chegou às conclusões sobre as perguntas feitas? Atividade 2 – Pesquisa sobre a origem do morro do Pão de Açúcar. 1. Propor aos alunos uma pesquisa na internet sobre a origem do morro do Pão de Açúcar e dos demais morros da cidade do Rio de Janeiro. 2. Antes de iniciar a pesquisa, convidar os alunos a explorar o site do Bondinho do Pão de Açúcar (disponível em: <http://www.bondinho.com.br/>), fazendo anotações sobre o que despertou a curiosidade deles. Perguntar: o que há de interessante neste site? Foi fácil ou difícil navegar nele? O que você aprendeu sobre o parque onde se localizam os morros do Pão de Açúcar e da Urca? Você já andou no bondinho do Pão de Açúcar? Como foi a experiência? Se não andou, gostaria de visitar o local? Por quê? 3. Distribuir aos alunos as fichas (Anexo 1) com o roteiro para pesquisar nos sites. A turma pode ser dividida em duplas, trios ou grupos de quatro para a realização da pesquisa, caso não haja equipamento suficiente para todos os alunos. Para a pesquisa, os alunos poderão acessar os seguintes links (acessos em: 20 abr. 2015): • Só Biologia – <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Solo/> • Artigos científicos: o que é um sítio geológico?, de Manfredo Winge: <http://sigep.cprm.gov.br/apresenta.htm> O Pão de Açúcar do Estado do Rio de Janeiro (p. 3144 a 3147): <http://www.filologia.org.br/xiv_ cnlf/tomo_4/3143-%203154.pdf> 9 RJ FEChAMENTO DA ETAPA 1 1. Conversar com os alunos sobre o que aprenderam até aqui em relação ao morro do Pão de Açúcar e prepará-los para a etapa seguinte. Perguntar: Por que é importante conhecer a geologia de um lugar? Vocês imaginavam que seria possível descobrir tantas informações sobre o morro do Pão de Açúcar estudando seus aspectos físicos? 2. Distribuir a Ficha de Autoavaliação (Anexo 2) para ser respondida individualmente na sala de aula e devolvida ao professor. 4. Compartilhar em roda de conversa o conteúdo das fichas preenchidas. Perguntar: O que de mais interessante vocês aprenderam com essa pesquisa? Quais foram as principais dificuldades vencidas durante a atividade? Os sites indicados foram suficientes para a busca das informações solicitadas na ficha? Ficou alguma dúvida, alguma lacuna sem preencher? 5. Anotar no quadro de giz as observações dos colegas, procurando elucidar os temas que não tenham ficado claros para eles. 10 RJ ANTES DAS ATIvIDADES Item 1 • Anotar no quadro de giz as informações que os alunos trouxerem; explorar aspectos desses relatos, especialmente as referências daquilo que será abordado ao longo do projeto: o morro do Pão de Açúcar, a floresta, a história, a paisagem, o cartão-postal da cidade. Orientar os alunos a registrar no caderno as anotações do quadro de giz. Item 2 • Ajudar os alunos na identificação dos elementos da foto. A vista é a chegada à baía de Guanabara. Em primeiro plano, o Pão de Açúcar (bem visível) do lado esquerdo da foto, o morro da Urca e o morro da Babilônia (direita); em segundo plano, o morro Cara de Cão (esquerdo; seguindo mais à esquerda está a entrada da baía de Guanabara) e o morro do Corcovado, onde está o Cristo Redentor (está mais ou menos no centro da foto; é o mais pontudo); também é possível visualizar parte da floresta da Tijuca; em terceiro plano, há outro conjunto de morros. À direita do Pão de Açúcar está a praia de Botafogo e, mais à direita, a praia do Flamengo. ATIvIDADE 1 Item 1 • A Terra é formada pela crosta, manto e núcleo; na crosta está a superfície terrestre (litosfera), ela sofre transformações lentas provocadas pelos movimentos internos da Terra e das placas tectônicas (de texturas, tamanhos e formatos variados) que, quando colidem, causam terremotos; as erupções vulcânicas ocorrem quando o magma que está no interior da Terra – que se constitui de substâncias que se fundem por conta de temperaturas muito altas – é lançado para o exterior da Terra por ação dos gases tóxicos (que se formam por causa das altas temperaturas do magma), se acumulam sob a crosta terrestre e sua grande pressão acaba por rompê-la. Esse fenômeno pode demorar muito tempo para ocorrer e acontece, em geral, sob as montanhas formadas por sedimentos calcários (menos resistentes). A atividade do vulcão começa com a eliminação de gases, fumaça e cinzas, seguidos da lava que, ao atingir o solo, introduz na paisagem novas formações rochosas (as rochas ígneas ou magmáticas). Os morros, montes e montanhas são feitos de rochas que, por sua vez, são agrupamentos sólidos compostos por um ou mais minerais presentes na litosfera. As rochas podem ter três origens diferentes: ígneas ou magmáticas (formada do resfriamento do magma após ter sido lançado na crosta, por exemplo, por uma erupção vulcânica); as metamórficas (que se formam pela transformação de uma rocha já existente na crosta, assumindo outra forma) e sedimentares (resultado dos sedimentos que se desprendem das rochas por erosão e, por meio de um processo lento, voltam a se compactar; são as rochas mais recentes). As pedras são fragmentos de rochas. ORIENTAÇõES AO PROFESSOR E SUGESTõES DE RESPOSTAS 10 RJ 11 RJ 11 RJ Item 2 • Estimular os alunos a levantar hipóteses para tentar responder às perguntas feitas. Usar o quadro de giz para anotar as hipóteses dos alunos e orientá-los a registrar no caderno as informações do quadro de giz. Item 3 • Auxiliar os alunos a levantar hipóteses sobre as questões apresentadas, recorrendo sempre à foto do morro do Pão de Açúcar que foi apresentada, para que tenham oportunidade de observar os detalhes, comparar com o que já conhecem das rochas, ver de novo. Fazer observações como: vejam como é a superfície dessa face do morro: o que se pode observar e inferir sobre esse tipo de formação rochosa? Há vegetação? Será que não há vegetação porque o solo é muito rochoso, duro, difícil de ser penetrado pelas raízes? E quanto a sua superfície: é lisa? Parece ter sido esculpida? Pela natureza ou por pessoas? Se foi esculpida pela natureza, você diria que ela sofreu modificações com o tempo? Que tipo de intervenção da natureza pode modificar uma rocha (erosão, terremotos, vulcões, água, vento)? E quanto à antiguidade do morro: sabemos que ele já estava ali quando chegaram os primeiros conquistadores europeus na América. Mas, em geral, as formações geológicas acontecem muito vagarosamente e, muitas delas, tiveram origem há milhares de anos. Será que este é o caso do Pão de Açúcar? Explorar, ao máximo, as possibilidades de investigação dos elementos da foto, por meio da sua observação e de perguntas que mobilizam o tema. Anotar no quadro de giz as hipóteses levantadas e as conclusões a que chegaram, orientando os alunos a registrar essas informações no caderno. ATIvIDADE 2 Itens 1 e 2 • Obs.: se a escola estiver situada na cidade do Rio de Janeiro, avalie a possibilidade de agendar uma visita dos alunos ao morro do Pão de Açúcar. Neste caso, faça as adaptações devidas ao projeto, inserindo a etapa de estudo do meio, em que os alunos poderão realizar in loco atividades de observação e coleta de informações sobre esse monumento natural, histórico e turístico da cidade do Rio de Janeiro. No próprio site do Bondinho do Pão de Açúcar há informações sobre como agendar a visita de escolas. ANEXOS Ficha 1 – Anexo 1 Parte A 1. Crosta terrestre, manto e núcleo; cerca de 4,6 bilhões de anos. 2. A litosfera se localiza entre a parte mais externa do manto e a crosta terrestre; a astenosfera localiza-se logo abaixo da litosfera e tem como característica ser menos rígida que a primeira. Ambas fazem parte do manto externo da Terra. 3. Placas tectônicas são grandes fragmentos de rocha que formam a litosfera e quedeslizam lentamente pela astenosfera como consequência do calor que exala do núcleo da Terra, esquentando o manto. São 12 placas, divididas em placas oceânicas – que estão submersas nos mares e oceanos – e placas continentais – que se localizam sob os continentes. 12 RJ 12 RJ 4. Uma placa pode se movimentar de 2 a 10 centímetros por ano, em relação a uma placa vizinha; em geral, esse movimento não é perceptível porque ele ocorre muito lentamente. 5. Essa sobreposição pode transformar significativamente o relevo, formando cadeias de montanhas, as cordilheiras. Mas essa modificação vai acontecendo aos poucos, só depois de muito tempo é que se percebe a mudança. 6. Aparentemente, não é possível observar nenhuma mudança, mas, ao longo de milhares de anos, a distância entre as duas placas vai ficando cada vez maior. Isto ocorreu no passado remoto: há cerca de 135 milhões de anos, os continentes sul-americano e africano, antes unidos, começaram a se afastar; entre os dois territórios formou-se o oceano Atlântico; por volta de 65 milhões de anos, esse afastamento já era bem grande, os dois continentes estavam completamente separados. 7. O atrito entre as duas placas provoca uma tensão e a energia que se acumula é liberada em forma de ondas, as chamadas “ondas sísmicas”. Como consequência, a Terra sofre tremores que podem ter baixa, média, alta ou altíssima intensidade. São os terremotos. 8. Vibração do solo, abertura de falhas, deslizamentos de terra, tsunamis, mudanças na rotação da Terra. 9. As rochas magmáticas ou ígneas originam-se do magma presente no manto terrestre, onde seus componentes se fundem devido à altíssima temperatura. Quando há uma erupção vulcânica, o material líquido é expelido para a superfície da Terra e lá se solidifica, formando rochas escuras e muito resistentes; as rochas metamórficas são formadas quando outro tipo de rocha sofre transformações depois de terem sido submetidas a pressões intensas e/ou altíssimas temperaturas. Há, nesses casos, uma alteração na composição dos minerais resultando em uma nova rocha; as rochas sedimentares se formam a partir dos sedimentos de outras rochas, que são liberados pela ação do vento, da chuva, das ondas do mar, da força dos rios e também pelas mudanças de temperatura. Esses sedimentos vão se acumulando e se compactando no solo. O processo pode levar milhares de anos. Parte B 1. O morro é formado por um bloco único de rocha magmática, que se constitui, basicamente, por granitos e gnaisses. 2. Pão de Açúcar, morro da Urca e outras formações rochosas do Rio de Janeiro se originaram dos movimentos conversores de placas tectônicas, ainda quando os continentes sul-americano e africano estavam unidos. A colisão entre os dois corpos rochosos provocou o levantamento de ambas as bordas, formando uma cadeia de montanhas. A idade aproximada dessa cadeia de montanhas que deu origem aos morros do Rio de Janeiro, como Pão de Açúcar, é de 540 milhões de anos (há fontes que defendem que o fenômeno de levantamento das bordas que formou as cordilheiras teria se iniciado há mais de 600 milhões de anos). 3. 392,42 m. 4. O parque compreende uma área de 91,5 hectares com resquícios de Mata Atlântica e vegetação típica dos costões rochosos. 5. Insetos (borboleta-azul, lavadeira-vermelha), aves (sabiá-laranjeira, tiê-sangue, jacupemba, beija-flor- de-fronte-violeta, urubu-de-cabeça-preta), anfíbios (perereca-de-bromélias, rã-das-pedras), répteis (lagarto teiú, calango), mamíferos (morcego, gambá). 6. Por serem animais de hábitos onívoros (comem de tudo) e se reproduzirem com facilidade, a espécie tem provocado desequilíbrio ambiental, não só nessa área de conservação como em outros ambientes naturais do estado do Rio de Janeiro. Esses micos atacam ovos e filhotes de aves e répteis nativos do parque, e podem ser transmissores de raiva aos humanos. 13 RJ ETAPA 2 O PÃO DE AÇÚCAR NA hISTÓRIA (duração aproximada: 4 aulas de 45 minutos) Recursos necessários: Computador e/ou dispositivo com acesso à internet (tela grande ou projetor de slides), caderno de anotações, lápis ou caneta. Antes das atividades: Levantamento de hipóteses sobre o nome Pão de Açúcar. 1. Perguntar: De onde veio o nome dado ao morro? Será que ele teve outros nomes antes desse? 2. Apresentar em uma tela de computador, ou por uma projeção em tela, uma foto de fôrmas de pão de açúcar usadas nos engenhos dos séculos XVII e XVIII, para que os alunos as comparem com o formato da rocha do morro do Pão de Açúcar. Perguntar: vocês acham que o formato desses objetos e do morro são mesmo parecidos? Por que será que o açúcar era tão importante para os colonizadores, a ponto de inspirar o nome do morro? Formas de pão de açúcar em tábua de purgar e tachos utilizados na época do Brasil colonial. Essa forma cônica deu nome ao famoso morro da cidade do Rio de Janeiro, o Pão de Açúcar. Museu Nacional do Açúcar e do Álcool, popularmente chamado de Museu da Cana. Data da foto: 23 de janeiro de 2014. M ar co A u ré lio E sp ar za 14 RJ Atividade 1 – Pão de Açúcar: guardião da baía de Guanabara. 1. Recordar com os alunos os principais fatos do início da colonização portuguesa no Brasil: Grandes Navegações; Tratado de Tordesilhas; chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral ao litoral da Bahia, em 1500, e primeiros contatos com os indígenas; sistema de Capitanias Hereditárias, o ciclo da cana-de-açúcar e invasões francesa e holandesa. Fazer perguntas para acionar os conhecimentos prévios dos alunos sobre as primeiras décadas de colonização. 2. Explicar aos alunos que eles vão investigar aspectos da época da fundação da cidade do Rio de Janeiro. Perguntar: vocês sabem quando a cidade foi fundada? Em que data se comemora o aniversário da cidade? Quem sabe por que a cidade foi chamada de São Sebastião do Rio de Janeiro? 3. Entregar Ficha 1 (Anexo 1) para os alunos trabalharem individualmente. A ficha vai explorar os conhecimentos de Língua Portuguesa e História. Ao final da atividade, facilitar o compartilhamento das fichas e uma discussão para que reflitam sobre o que aprenderam. Atividade 2 – Leitura de imagem de época: a representação do Pão de Açúcar pelos artistas europeus que visitaram o Brasil. 1. Apresentar aos alunos algumas imagens da entrada da baía de Guanabara feitas por artistas de época. A apresentação pode ser por meio de slides, preparados com antecedência, ou navegando com os alunos pela internet. A seguir, algumas sugestões de obras de arte que retratam o Pão de Açúcar. • Apresentar uma imagem de cada vez, explorando os elementos do quadro. Iniciar a leitura da obra, perguntando: onde está representado o morro do Pão de Açúcar? O morro é o elemento principal ou um elemento secundário? Se não é o Pão de Açúcar, qual seria o elemento de destaque dessa obra? O que o artista quis retratar nela? Chegada de Villegagnon na Baía de Guanabara em 10 de novembro de 1555. Óleo sobre tela, Jean Antoine Théodore de Gudin, 1845. P al ác io d e V er sa lh es . Fo to g ra fi a: ID /B R • Depois, explorar os elementos da legenda: em que época o quadro foi pintado? Quem é o artista? Qual foi a técnica usada pelo artista para produzir essa obra? Onde a obra está guardada (ou exposta), hoje? • Explorar também o fato de as cenas dos dois primeiros quadros terem sido pintadas em época posterior aos fatos que ela representa. Já as duas últimas reproduzem cenas contemporâneas dos artistas. Perguntar: todas as obras observadas retratam cenas da época em que seus artistas viveram? Quais retratam e quais não? Seria coincidência as quatro obras selecionadas terem sido produzidas no século XIX? 15 RJ Esse quadro (óleo sobre tela), chamado Fundação da Cidade do Rio de Janeiro (s/d), foi pintado pelo artista carioca Antônio Firmino Monteiro (1855-1888) e está exposto no hall de entrada do Palácio PedroErnesto, onde funciona a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A obra do artista francês Nicolas Antoine Taunay (1755-1830), morro de santo antônio, de 1816 (óleo sobre tela), retrata a paisagem urbana do Rio de Janeiro do início do século XIX, com seus prédios baixos e vegetação abundante. P al ác io P ed ro E rn es to . F o to g ra fi a: ID /B R M u se u N ac io n al d e B el as A rt es , R io d e J an ei ro . F o to g ra fi a: ID /B R 16 RJ A aquarela Casa de Chamberlain no Catete com Pão de Açúcar ao fundo (c. de 1820), do pintor inglês Henry Chamberlain (1796-1844), retrata o bairro do Catete no início do século XIX. Pinacoteca do Estado, São Paulo. P in ac o te ca d o E st ad o, S ão P au lo . F o to g ra fi a: ID /B R 2. Avaliar, em roda de conversa, a observação das obras de arte. Perguntar: como foi a experiência com a leitura das imagens? É possível aprender História e resgatar a memória de um lugar observando cenas retratadas por artistas? Qual a diferença em observar uma fotografia e uma pintura do século XIX, como as que foram apresentadas? Além de expressar o que o artista pensou, que outra função têm essas pinturas? Sobre as técnicas usadas pelos artistas, deu para perceber diferenças entre elas? Quais? FEChAMENTO DA ETAPA 2 1. Comentar e esclarecer dúvidas sobre as atividades em roda de conversa. Perguntar: depois de trabalhar vários assuntos referentes ao morro do Pão de Açúcar, vocês conseguem vê-lo de outra maneira? É possível enxergar mais do que um simples morro, nesse monumento natural do Rio de Janeiro? 2. Distribuir a Ficha de Autoavaliação (Anexo 2) para ser preenchida em sala de aula. 17 RJ ANTES DAS ATIvIDADES Item 1 • A origem do nome é controvertida. A hipótese mais aceita é que o nome foi dado pelos conquistadores portugueses, em meados do século XVI, pela semelhança do morro com as formas de metal ou barro que eram usadas para purificar o caldo de cana já purgado, até que se transformasse num grande torrão de açúcar, e que eram chamadas assim. Outra hipótese é que esse nome seria uma adaptação da língua indígena do povo Tapua, que já habitava aquele litoral antes dos europeus, e chamavam o morro de Pau-nh-açuquã, que significa morro alto, isolado, pontudo. Os franceses também nomearam o morro: durante a invasão francesa (1555-1560), o morro foi chamado de Pot du beurre (pote de manteiga), quando instalaram perto dali uma colônia de exploração. Vencidos pelos portugueses, alguns franceses se aliaram a indígenas da região, os Tupinambá, e assim que o comandante da ação, o governador-geral português Mem de Sá, retornou a Salvador, então capital da Colônia, eles voltaram a frequentar a baía de Guanabara, instalando novas bases. Nessa época, que durou até 1567, com a expulsão definitiva dos franceses, o morro era chamado por eles de Pot du sucre (pote de açúcar). Item 2 • Permitir aos alunos que explorem os ângulos dos objetos, para que imaginem como era fabricado o açúcar no período colonial: a cana era colhida, transportada para a moenda, de onde se extraía o caldo; depois, o caldo era levado para um tacho de ferro grande para ser cozido lentamente, depois, purificado até se obter o melaço. Esse melaço já resfriado era depositado em fôrmas de pão de açúcar para purgar, isto é, perder o excesso de líquido que saía pelo buraco da parte inferior da fôrma. Depois de endurecido, esse grande torrão de açúcar era desenformado e posto ao sol para secar; quando pronto, era armazenado e transportado para a Europa, onde seria comercializado. ATIvIDADE 1 Item 1 • Você pode usar também, como suporte, um livro didático de História do Brasil que trate desses temas. Se esse conteúdo ainda não foi trabalhado, será uma oportunidade de integrar as atividades do livro didático a este projeto. Neste caso, será necessário fazer um planejamento de aulas para balizar o tempo de uso do livro didático com as propostas de atividade. Aqui, nosso objetivo será explorar o período da fundação da cidade do Rio de Janeiro, ressaltando, mais especificamente, o aspecto da mudança da paisagem para dentro da baía, no morro de São Januário, depois chamado morro do Castelo. ORIENTAÇõES AO PROFESSOR E SUGESTõES DE RESPOSTAS 17 RJ 18 RJ 18 RJ Item 2 • Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil, teve atuação decisiva na expulsão dos franceses; em 1563, nomeou seu sobrinho, Estácio de Sá, para fundar um núcleo populacional na região, expulsando definitivamente os franceses e os impedindo de retornar. Em 1º de março de 1565, Estácio de Sá fundou o núcleo populacional na entrada da baía de Guanabara, entre os morros Cabeça de Cão e Pão de Açúcar/Urca, erguendo, ali, algumas casas e uma igreja. O local era estratégico para defender a baía de novas esquadras francesas que viessem pelo mar. A cidade foi batizada de São Sebastião do Rio de Janeiro em homenagem ao rei de Portugal, Dom Sebastião, e porque até então se pensava que a entrada da baía era a foz de um rio, batizado de Rio de Janeiro pelos primeiros exploradores portugueses que lá estiveram, em janeiro de 1502. O nome Rio de Janeiro permaneceu nos mapas da costa brasileira até a ocupação definitiva da baía de Guanabara por Estácio de Sá. No entanto, muitos consideram o 20 de janeiro, Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade, feriado no Rio de Janeiro, como a data de aniversário da cidade: até 1956, comemorava-se o aniversário nesse dia; a partir dali, a data da fundação da cidade por Estácio de Sá passou a ser a oficial. Dois anos depois, em 1567, com os franceses definitivamente expulsos, seu tio, Mem de Sá, voltou à região e transferiu a sede da nova cidade. ATIvIDADE 2 Item 1 • Em todas as quatro obras, o morro do Pão de Açúcar aparece como elemento secundário, porém, o fato de estar lá indica que essa era a principal referência da cidade. Permitir aos alunos a exploração dos títulos das obras para que concluam o tema principal de cada uma. • As respostas para as perguntas são facilmente localizáveis nas legendas. • Fornecer informações sobre a biografia dos artistas e os contextos em que as obras foram feitas. Explicar que, no século XIX, vieram muitos artistas para o Rio de Janeiro; a cidade recebeu a Família Real Portuguesa, em 1808, e esse fato mudou de vez as feições e os costumes locais, pois parte da Corte portuguesa foi transferida para o Rio de Janeiro, que abriu os portos brasileiros às nações amigas, entre outras realizações. A partir de 1815, quando o Brasil foi alçado a Reino Unido a Portugal e Algarve, artistas e cientistas vinham explorar as terras brasileiras, em geral, começando a visita pelo Rio de Janeiro. Questioná-los também sobre a pintura e o desenho serem os recursos de registros usados antes da fotografia. • Se achar oportuno, propor aos alunos uma pesquisa na internet para encontrar outras obras de arte que retratem o Rio de Janeiro e o Pão de Açúcar. Ver os sites: <http://www.urca.net/pinturas.htm>; <http://www.catalogodasartes.com.br/Lista_Obras_Biografia_ Artista.asp?idArtista=2607>; <www.pintoresdorio.com>. Acessos em: 20 abr. 2015. 19 RJ 19 RJ Item 2 • O objetivo é levar os alunos a refletir sobre a importância histórica desses registros, feitos em um tempo em que não existia a fotografia. Chamar a atenção para o fato de esses artistas procurarem retratar as cenas da maneira mais real possível, como se fossem fotografias; lembrá-los que também há subjetividades e intenções nos trabalhos de fotógrafos, que escolhem o ângulo e o objeto que desejam registrar da cidade, assim como o artista do século XIX também era subjetivo ao retratar na tela seu olhar sobre o objeto retratado. Comentar que, no caso das pinturas que retratam os dois momentos do início da ocupação do território da atual cidade do Rio de Janeiro, o “olhar” sobre aquele momento histórico também estava impregnado das referênciasartísticas do século XIX, época em que viveram. Portanto, ao analisarmos uma obra das artes plásticas ou da literatura, é muito importante levar em consideração o contexto e a época em que viveu seu autor, mesmo que essas obras retratem histórias e cenas de outros tempos. ANEXOS Ficha 1 – Anexo 1 Item 1 a) Mem de Sá assinou o texto; ele foi o terceiro governador-geral do período colonial, governando entre 1558 a 1572. Os dois governadores-gerais anteriores foram: Tomé de Sousa (1549-1553) e Duarte da Costa (1553-1558). b) Mem de Sá comandou a primeira expulsão de franceses instalados na atual costa do Rio de Janeiro e baía de Guanabara, em 1560; como a região não foi ocupada por portugueses, os franceses retornaram à região. Mem de Sá nomeou seu sobrinho, Estácio de Sá, para fundar na região um núcleo populacional, expulsando os invasores, definitivamente. c) • O texto trata da transferência da sede da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro para o morro de São Januário, dentro da baía de Guanabara. • Foi escrito em 1567, ocasião de estada de Mem de Sá em São Sebastião do Rio de Janeiro, quando ocorreu a transferência da sede. Item 2 a) Assaz: bastante, suficiente; sítio: local, terreno a ser ocupado; edificar: erguer, construir; artilharia: conjunto de materiais de guerra; baluarte: local seguro, alicerce (fig.). b) Hedificar (edificar); nelle (nele); hera (era); Hum (um); espeço (espesso); cheo (cheio); asaz (assaz); huma (uma); serqueada (cercada); Jhesus (Jesus); artelharia (artilharia). c) Pelo contexto da frase, “serqueada de muro por sima de baluartes”, é possível deduzir o que se está dizendo: cercada de muros por cima de baluartes (local seguro); antes, essas duas palavras eram escritas com “s”, em vez de “c”, como usamos atualmente. 20 RJ 20 RJ Item 3 • escolhi um local que parecia mais conveniente para erguer nele a cidade de são sebastião e tal local era de um grande mato espesso cheio de muitas árvores grossas que deu bastante trabalho para cortar e limpar o dito local e construir/erguer uma cidade grande cercada de muro por cima com muitos alicerces e fortes cheios de artilharia, e fiz a igreja dos padres de Jesus onde agora reside, (a igreja está) telhada e bem construída. Item 4 • Respostas pessoais. O texto fala da transferência da sede da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, justificando a mudança e informando sobre as condições do local e o que foi feito nele; considerando que Mem de Sá era o governador-geral do Brasil e que deveria prestar contas à Coroa portuguesa sobre suas ações na colônia, muito provavelmente, esse texto foi escrito ao rei de Portugal. Item 5 • Resposta pessoal. 21 RJ ETAPA 3 O PÃO DE AÇÚCAR vISTO DE CIMA: ELABORAÇÃO DE CROQUI E LEGENDA (duração aproximada: 4 aulas de 45 minutos) Recursos necessários: Cartolina, papel vegetal, lápis, borracha, régua, fita-crepe, canetinhas coloridas ou lápis de cor, papel para desenho, cola. Antes das atividades: Conversa sobre os diferentes pontos de vista que podemos ter de um mesmo objeto. 1. Perguntar: como podemos observar um objeto de diferentes pontos de vista? 2. Propor aos alunos que desenhem o estojo (ou outro objeto escolar) de diferentes pontos de vista: de frente, de lado, do outro lado, de trás e de cima. Depois de terminados os desenhos, perguntar: qual dessas representações é a mais adequada para desenhar uma área ou um território? Por quê? Que nome se dá ao tipo de representação do espaço em tamanho reduzido? O que é necessário para que essa representação em tamanho reduzido seja fiel às proporções do objeto em tamanho natural? Atividade 1 – Elaboração de croqui. 1. Propor aos alunos a observação de uma imagem do Google Maps em que a península onde se localiza o Pão de Açúcar é vista de cima. Orientar: vejam esta imagem. Onde vocês acham que está o Pão de Açúcar? E o morro da Urca? O que mais se vê na imagem? Península onde se localizam o Pão de Açúcar, o morro da Urca e a enseada de Botafogo. D is p o n ív el e m : < h tt ps :/ /w w w .g o o g le .c o m .b r/ m ap s/ p la ce / P % C 3% A 3 o + d e+ A % C 3% A 7% C 3% B A ca r/ @ -2 2 .9 4 9 6 4 8 ,- 4 3. 15 6 5 15 ,7 5 8 4 m /d at a= !3 m 1! 1e 3 !4 m 2 !3 m 1! 1s 0 x9 9 8 0 3 f6 c3 9 11 19 :0 x8 e3 e 5 a5 b 75 f7 33 ef >. A ce ss o e m : 2 0 a b r. 20 15 . 22 RJ 2. Entregar a Ficha 1 – Parte A (Anexo 1) para os alunos trabalharem individualmente. Atividade 2 – Construção de legenda. 1. Orientar os alunos a construir uma legenda para o croqui, trabalhando individualmente a Ficha 1 – Parte B (Anexo 1). 2. Ao final da atividade, formar duplas para o compartilhamento e a comparação das fichas. FEChAMENTO DA ETAPA 3 1. Retomar os desenhos que os alunos fizeram na Etapa 1, com base em uma foto de paisagem em que aparece o morro do Pão de Açúcar, e orientar a comparação com o croqui. Perguntar: qual das duas representações é a mais útil para localizar o morro do Pão de Açúcar, caso alguém queira visitá-lo? Os outros elementos representados no croqui ajudam nessa localização? Por que é importante ter mais referências no croqui, além do elemento principal que queremos representar? 2. Distribuir a Ficha de Autoavaliação (Anexo 2) da Etapa 3. 23 RJ ANTES DAS ATIvIDADES Itens 1 e 2 • O ponto de vista mais adequado para representar uma área ou território é olhá-lo de cima; representações do espaço em tamanho reduzido são chamadas de mapas; para ser considerado um mapa, no entanto, essas representações devem ser fieis às proporções originais, isto é, ter escala; além da escala, essa representação precisa ter outros elementos para ser chamada de mapa: rosa dos ventos (direção); legenda (interpretação); título e fonte. ATIvIDADE 1 Item 1 • Na ponta da península está o morro da Babilônia; o Pão de Açúcar está na outra ponta: rocha sem vegetação; a praia que está entre esses dois morros é a praia de Fora; atrás do Pão de Açúcar está o morro da Urca; à direita da península está a praia Vermelha e, à esquerda, a enseada de Botafogo; a área coberta de vegetação na península corresponde à Unidade de Conservação chamada de Monumento Natural dos morros do Pão de Açúcar e da Urca; à entrada da baía de Guanabara estaria mais à direita, após a praia Vermelha; vê-se também área urbanizada. ANEXOS Ficha 1 – Parte B Item 2 a. Mar, áreas verdes, construções, praias, rochas sem vegetação são os elementos principais do desenho; são suficientes para representar o croqui. b. ORIENTAÇõES AO PROFESSOR E SUGESTõES DE RESPOSTAS 23 RJ Área de preservação: MoNa dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca <A> Pão de Açúcar <B> Morro da Urca <C> Morro da Babilônia <D> Praia de Fora <E> Praia Vermelha <F> Enseada de Botafogo <G> Praia de Botafogo Área de vegetação Mar Formações rochosas sem vegetação Área construída 24 RJ ETAPA FINAl FEChAMENTO E SISTEMATIZAÇÃO DAS REFLEXõES FEITAS AO LONGO DO PROJETO (duração: 2 aulas de 45 minutos + aulas a definir para montagem e apresentação do trabalho final) Recursos necessários: Produção dos alunos nas quatro etapas do projeto; material escolar, outros materiais a definir de acordo com os suportes que serão propostos pelos alunos para a exposição. Para refletir – Reflexão 1. Propor a cada um que pense e escolha um ou dois momentos que foram marcantes neste projeto e anote no caderno. Para retomar – Montagem da exposição 1. Organizar uma roda de conversa para que os alunos compartilhem suas experiências e opiniões a respeito deste projeto. 2. Propor aos alunos a montagem de uma exposição coletiva que apresente, por meio de cartazes, maquetes, desenhos, micro palestras, fotos, etc., o morro do Pão de Açúcar como referência natural, histórica e turística da cidade do Rio de Janeiro. 3. Definir com a turma quais serão as estações dessa exposição. Sugestões:• Apresentação da exposição com dados gerais sobre a cidade do Rio de Janeiro e a unidade de conservação que compreende os morros do Pão de Açúcar e da Urca. • Pão de Açúcar: aspectos naturais. • Pão de Açúcar: aspectos históricos. • O Pão de Açúcar como cartão de visita da cidade do Rio de Janeiro: o bondinho. • O ecossistema da Unidade de Conservação do Pão de Açúcar e da Urca: por que preservar? 4. Dividir a turma em grupos de trabalho e distribuir as tarefas que foram determinadas com base nas discussões na roda. Cada grupo poderá se encarregar de uma das estações dessa exposição. 2. Perguntar o que cada um anotou e por que acha que tais momentos foram especiais. 3. Estimular a discussão e a troca de ideias. 4. Propor que escrevam um texto dissertativo sobre a experiência para entregar ao professor. 25 RJ 5. Definir a data para a abertura da exposição e as providências que deverão ser tomadas: elaboração dos convites para as famílias e para a comunidade escolar, hora da chegada à escola para a finalização dos detalhes da exposição, etc. Para finalizar – Reflexão 1. Após a apresentação da exposição, pedir aos alunos que se organizem na roda para uma reflexão sobre o que produziram e sobre o resultado final. 2. Ouvir a opinião dos alunos sobre o desenvolvimento das etapas e dar feedbacks sobre o desempenho e o comprometimento da turma com as tarefas e com o trabalho final. 3. Entregar a última Ficha de Autoavaliação (Anexo 1) para eles preencherem. 4. Perguntar se gostariam de propor outros temas para projetos futuros sobre o estado do Rio de Janeiro, envolvendo várias disciplinas. 5. Em outra data a ser definida pelo professor, apresentar um resumo das opiniões dos alunos sobre o projeto em três gráficos de barra. Ver Ficha de Avaliação Final – Professor (Anexo 2). ANEXOS RJ ETAPA 1 ANEXO 1 Projeto: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Professor(a): Data: / / Nome: Número: Ano/turma: F IC h A 1 Roteiro de pesquisa na internet Milhões de anos foram necessários para que a atual paisagem da cidade do Rio de Janeiro ficasse tal e qual ela é hoje, com seus morros, a baía de Guanabara e os traçados das praias. Em dupla, trio ou grupo de quatro alunos, acessem os endereços da internet indicados pelo professor e façam uma pesquisa para compreender como se formam os relevos e as paisagens de um lugar. O desafio dessa atividade será buscar informações sobre a antiguidade do relevo do Rio de Janeiro, sua composição e origem, mais particularmente no que se refere ao morro do Pão de Açúcar. Durante a pesquisa, vocês vão explorar os links indicados para encontrar as respostas às perguntas do roteiro a seguir. Parte A – Estrutura interna e externa do planeta Terra e suas modificações ao longo do tempo 1. Como se divide a estrutura interna da Terra? Qual é a idade do planeta Terra? 2. Onde se localiza a litosfera? E a astenosfera? 3. O que são placas tectônicas? Em quantas placas se divide o interior da Terra e como essas placas se dividem? RJ E TA P A 1 • F IC h A 1 4. Quantos centímetros uma placa pode se movimentar em relação à outra e por que essa movimentação, em geral, não é perceptível? 5. O que acontece quando a movimentação de duas placas tectônicas é convergente, isto é, as duas se encontram e uma se sobrepõe à outra? 6. O que acontece quando a movimentação de duas placas tectônicas é divergente, isto é, uma se afasta da outra? 7. O que acontece quando as placas se deslocam lateralmente, fenômeno conhecido por “placas transformantes”? 8. Que consequências os terremotos podem causar? 9. Explique os três tipos de rocha presentes na crosta terrestre. RJ E TA P A 1 • F IC h A 1 Parte B – Sobre o morro do Pão de Açúcar Pesquise e registre na ficha: 1. O tipo de rocha e qual é o principal mineral presente na constituição dessa rocha. 2. Origem e idade aproximada dessa formação rochosa. 3. Altitude máxima. 4. Área total do Monumento Natural dos morros do Pão de Açúcar e da Urca e tipo de vegetação. 5. Tipo de fauna silvestre encontrada no parque. 6. O mico-estrela, ou sagui, é uma espécie exótica de ocorrência abundante no parque. Que problemas essa espécie tem trazido ao ecossistema local? RJ F IC h A 1 E TA P A 1 • F IC h A 1 URL (endereço) Nome do site Informações Avaliação: bom / ruim; por quê? Data de acesso Preencher as informações sobre os sites PESQUISADOS RJ ANEXO 2 Projeto: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Professor(a): Data: / / Nome: Número: Ano/turma: E TA P A 1 • F IC h A D E A U T O A v A L IA Ç Ã O 1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê? 2. Qual foi sua principal dificuldade? Por quê? 3. O que você mais gostou de aprender? Por quê? 4. Que outras observações você gostaria de fazer sobre esta etapa do projeto? RJ ETAPA 2 ANEXO 1 Projeto: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Professor(a): Data: / / Nome: Número: Ano/turma: F IC h A 1 Ficha 1 Leitura de texto de época O fragmento de texto a seguir foi publicado no Jornal do Brasil, em 20 de janeiro de 1965, por ocasião das comemorações do aniversário de 400 anos da cidade do Rio de Janeiro. Leia-o com atenção e faça o que se pede. escolhi um sítio que parecia mais conveniente para hedificar nelle a cidade de são sebastião e o qual sítio hera de hum grande mato espeço cheo de muitas árvores grossas em que se levou asaz de trabalho em as cortar e a limpar o dito sítio e hedificar huma cidade grande serqueada de muro por sima com muitos baluartes e fortes cheo de artelharia, e fiz a igreja dos padres de Jhesus onde agora residem telhada e bem consertada. mem de sá Fonte: bArroS, P. C. de. onde nasceu a cidade do rio de Janeiro? Um pouco da história do Morro do Castelo. Revista geo-paisagem (on-line), v. 1, n. 2, 2002. 1. Em dupla, use seus conhecimentos sobre a história do Brasil Colonial para responder às questões que seguem. a. Quem assina o texto acima? Quem foi essa figura histórica? b. Qual é a relação do autor do texto com a história do Rio de Janeiro? RJ c. A cidade do Rio de Janeiro foi fundada em 1º de março de 1565, por Estácio de Sá, em local onde estão os morros Cabeça de Cão, Pão de Açúcar e Urca, mas, dois anos mais tarde, sua sede foi transferida para dentro da baía, no morro de São Januário, depois, morro do Castelo, local onde se ergueu também o forte de São Januário, depois, forte de São Sebastião. Essa transferência foi determinada pelo então governador-geral, quando esteve novamente na região. Considerando o que diz este enunciado, respondam: • Sobre o que trata o texto? • Em que ano foi escrito? 2. Como o texto foi escrito no século XVI, muitas palavras – e também a maneira de empregá-las – são diferentes de como escrevemos hoje. A proposta, aqui, é fazer um exercício de compreensão do texto, tentando descobrir significados de palavras pouco usuais atualmente e decifrar grafias antigas. a. Procurem no dicionário os significados das palavras: sítio, assaz, edificar, artilharia, baluarte. b. Selecionem palavras cuja grafia é diferente da que usamos hoje em Língua Portuguesa e procurem identificar qual é a grafia atual dessas palavras. c. Considerando o contexto em que as palavras “serqueada” e “sima” foram empregadas, é possível deduzir seus significados? O que essas duas palavras antigas têm em comum, se considerarmos as respectivas grafias atuais? F IC h A 1 E TA P A 2 • F IC h A 1 RJ 3. Transcrevam otexto de época que vocês leram, empregando grafias atuais e termos mais usuais que ajudem na compreensão da mensagem. 4. Agora, leiam novamente o texto que vocês transcreveram. Na opinião da dupla, ele ficou mais claro? O que se pode deduzir sobre as intenções de Mem de Sá ao escrevê-lo? A quem esse texto seria destinado? 5. Conversem sobre a experiência de ler um documento de época e conseguir decifrá-lo, atualizando as grafias e levantando hipóteses sobre o contexto em que foi escrito, a importância histórica de quem escreveu e para quem se destinava. Vocês sabiam que é assim que os historiadores trabalham quando pesquisam documentos? Que tal vocês se sentirem experimentando um dos ofícios do historiador? Cada um deve registrar nas linhas a seguir as impressões pessoais sobre a experiência e as conclusões a que chegou após a conversa com o colega. E TA P A 2 • F IC h A 1 RJ ANEXO 2 Projeto: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Professor(a): Data: / / Nome: Número: Ano/turma: E TA P A 2 • F IC h A D E A U T O A v A L IA Ç Ã O 1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê? 2. Qual foi sua principal dificuldade? Por quê? 3. O que você mais gostou de aprender? Por quê? 4. Depois das atividades realizadas nesta etapa, ficou mais claro para você o trabalho do historiador e a importância das obras de arte como fontes históricas? Registre seus comentários sobre esse tema nas linhas a seguir. 5. Escreva outras observações que você queira fazer sobre esta etapa do projeto. RJ ETAPA 3 ANEXO 1 Projeto: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Professor(a): Data: / / Nome: Número: Ano/turma: F IC h A 1 Ficha 1 Parte A – Elaboração de croqui Para esta atividade, você precisará de folha de papel vegetal, lápis, borracha, régua, canetas coloridas, pedaços de fita-crepe. Siga as instruções. 1. Na segunda folha desta ficha há uma imagem capturada por satélite que mostra a área onde está o Pão de Açúcar e as imediações vistas de cima. 2. Você vai decalcar o papel vegetal sobre a imagem para reproduzi-la em um croqui. 3. Primeiro, prenda em sua mesa de trabalho a folha onde está a imagem, usando pedaços de fita-crepe. 4. Sobre essa imagem, coloque uma folha de papel vegetal do tamanho aproximado da folha desta ficha. Prenda-a também para que ela não se movimente quando você estiver decalcando a imagem. 5. Passe o lápis por cima das linhas da imagem, que estão visíveis no papel vegetal. Realize esse trabalho com atenção e calma. Não é necessário forçar a ponta do lápis sobre o papel, pois, assim, ficará mais fácil apagar alguma linha, caso você cometa algum erro na hora de reproduzir o desenho. 6. Consulte o endereço <http://mona-pao-de-acucar.webnode.com/o-mona/mapa- delimita%C3%A7%C3%A3o> (acesso em: 20 abr. 2015) para verificar a área que delimita o Monumento Natural dos morros do Pão de Açúcar e da Urca. Use uma cor que se destaque no desenho para contornar essa área (de preferência, que não seja azul, pois essa cor é normalmente usada para representar a água: mar, rios, nascentes, etc.). 7. Após finalizar o trabalho, desprenda as fitas com todo o cuidado e termine o desenho, usando canetas coloridas e procurando reproduzir no mapa as cores de cada área desenhada: mar, praias, construções, áreas verdes, etc. 8. Sobre a área onde está o topo do Pão de Açúcar, escreva a letra A; sobre o topo do morro da Urca, escreva a letra B; sobre o morro da Babilônia, escreva a letra C; na área de praia entre o morro da Babilônia e o Pão de Açúcar, escreva a letra D; na praia, à direita do Pão de Açúcar, escreva a letra E; à esquerda do Pão de Açúcar, onde há uma enseada, escreva a letra F; na praia dessa enseada, escreva a letra G. 9. Lembre-se de que você não precisa reproduzir fielmente as construções e os detalhes pequenos que aparecem. Basta usar uma cor (ou um padrão: xadrez, listras, bolinhas, etc.) para representá-los, já que o objetivo é desenhar um croqui. RJ Parte B – Elaboração da legenda e finalização do trabalho. Para essa atividade, você precisará de um pedaço de cartolina que dê para colar o croqui que desenhou em papel vegetal, escrever o título do croqui, a fonte e um quadro com a legenda. 1. Calcule o tamanho da cartolina para finalizar o croqui e construir a legenda. Cole o croqui na cartolina e escreva um título para seu desenho. Por exemplo: Cidade do Rio de Janeiro: área do entorno do Monumento Natural dos morros do Pão de Açúcar e da Urca. 2. Use a área em branco desta ficha para fazer um esboço da legenda que você vai construir ao lado do croqui. Antes de construir a legenda, siga a orientação: a. Escreva nas linhas a seguir os elementos que você vai representar no croqui. b. Agora, faça o esboço: c. Finalmente, copie na cartolina a legenda que você construiu nesta ficha. O croqui está pronto! E TA P A 3 • F IC h A 1 RJ Península onde se localizam o Pão de Açúcar, o morro da Urca e a enseada de Botafogo. D is p o n ív el e m : < h tt ps :/ /w w w .g o o g le .c o m .b r/ m ap s/ p la ce / P % C 3% A 3 o + d e+ A % C 3% A 7% C 3% B A ca r/ @ -2 2 .9 4 9 6 4 8 ,- 4 3. 15 6 5 15 ,7 5 8 4 m /d at a= !3 m 1! 1e 3 !4 m 2 !3 m 1! 1s 0 x9 9 8 0 3 f6 c3 9 11 19 :0 x8 e3 e5 a5 b 75 f7 33 ef >. A ce ss o e m : 2 0 a b r. 20 15 . E TA P A 3 • F IC h A 1 RJ ANEXO 2 Projeto: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Professor(a): Data: / / Nome: Número: Ano/turma: E TA P A 3 • F IC h A D E A U T O A v A L IA Ç Ã O 1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê? 2. Qual foi sua principal dificuldade? Por quê? 3. O que você mais gostou de aprender? Por quê? 4. Você achou interessante aprender a desenhar um croqui com legenda? Esse conhecimento pode ser aplicado para outros usos em sua vida escolar e particular? Quais? 5. Escreva outras observações que você queira fazer sobre esta etapa do projeto. RJ ETAPA FINAL ANEXO 1 Projeto: Pão de Açúcar: referência natural e histórica da cidade do Rio de Janeiro Professor(a): Data: / / Nome: Número: Ano/turma: E TA P A F IN A L • F IC h A D E A U T O A v A L IA Ç Ã O 1. Qual foi sua participação no trabalho de conclusão do projeto? 2. Em sua opinião, as tarefas definidas por sua turma para montar a exposição foram suficientes? Justifique sua resposta. 3. Em que aspectos esse trabalho final poderia ser melhorado? Justifique. 4. Qual foi sua principal dificuldade durante o desenvolvimento e/ou execução do trabalho? Explique. 5. O que você achou mais interessante nessa experiência de estudar por meio de projetos envolvendo vários conteúdos e disciplinas? Explique. RJ 6. O que você aprendeu com essa experiência? 7. Esse projeto despertou em você mais alguma curiosidade sobre o estado em que vive? Que tema (ou temas) você gostaria de pesquisar agora? E TA P A F IN A L • F IC h A D E A U T O A v A L IA Ç Ã O RJ F IC h A 1 F IC h A D E A v A L IA Ç Ã O F IN A L – P R O F E S S O R Sugestão para o professor Como avaliação de feedback, reunir as informações fornecidas pelos alunos nas autoavaliações e apresentar a eles alguns gráficos de barras representando um resumo das opiniões da turma. Os gráficos poderão ser afixados no mural da classe e nortear novos projetos envolvendo conteúdos locais e regionais. É importante que os gráficos sejam apresentados de maneira correta, segundo os padrões estabelecidos, ou seja, com título,data (ano), universo pesquisado (alunos do 5º ano), fonte (nome do professor que tabulou os dados e montou os gráficos ou da instituição a que pertence); o eixo vertical poderá trazer a quantidade de alunos que indicou cada sugestão, e o eixo horizontal, as opções sim, não, não opinaram e/ou cada um dos temas sugeridos e a categoria outros, com * e a descrição dos temas sugeridos e menos votados pelos alunos. • Quantos acharam a experiência válida? Quantos não acharam? Quantos não opinaram? • O que aprenderam com a experiência (três ou quatro mais citados e a categoria outros, com uma legenda relacionando os demais temas apontados por eles). • Que temas relacionados ao estado em que vivem os alunos gostariam de estudar em seguida? (Indicar os três ou quatro mais citados e a categoria outros, com uma legenda relacionando os demais temas apontados por eles). ANEXO 2
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