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HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA UNIDADE 1 Trilha 2 HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA REITOR PROF. DR. RODRIGO CUTRI PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO PROF. DR. VANDER FERREIRA DE ANDRADE PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO PROF. DR. ROBERTO CARLOS SALLAI PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO PROF. DR. JOSÉ TURÍBIO DE OLIVEIRA COORDENAÇÃO EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PROF. ESP. DIOGO VERI Para melhor compreensão dos aspectos culturais e preciso considerar a divisão do continente em duas partes, a norte, chamada de Saariana (em cinza) e a sul, Subsaariana (em verde) A região norte, Saariana, manteve, ao longo da história, contatos forçados e espontâneos com povos fenícios, turcos, árabes, romanos, gregos e do extremo oriente. Ela é situada numa área árida, logo acima do Deserto do Saara. A população dessa região possui traços físicos peculiares, advindos da mistura entre povos do Oriente Médio, negros e brancos (não são brancas como os povos naturais da Europa nem negras como os povos naturais do sul da África). ASPECTOS CULTURAIS DO CONTINENTE AFRICANO Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial Figura 1: Mapa da África destacando a região subsaariana (verde) Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_subsariana Figura 2: Homem turco Figura 3: Homem da Argélia Fonte: https://www.pxfuel.com/en/free-photo-xtuwt https://www.pexels.com/photo/20-25-years-old-man-african-american-man-algeria-boy-2361394/ https://www.pikrepo.com/frhkg/selective-portrait-photography-of-man https://www.piqsels.com/es/public-domain-photo-otlxz Figura 4: Homem Marroquino Figura 5: Homem Egípcio Na África Saariana (norte do continente) os hábitos e costumes são tradicionalmente islâmicos. É comum nas sociedades, sobretudo a egípcia e a marroquina, a prevalência do uso do véu para as mulheres muçulmanas e a instituição de um modelo patriarcal de família, baseado nos costumes do islamismo. Já a região sul, a África subsaariana, é composta por povos de várias etnias diferentes que levavam um modo de vida tribal. Dentre as várias etnias, destacamos os povos Bantos, Nagô e Jeje. Essas tribos guerreavam entre si e seguiam diferentes religiões de mesma matriz, cultuando entidades (Orixás) que na mitologia Africana mantem um contato espiritual com a natureza. Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial TRADIÇÕES CULTURAIS AFRICANAS: HABÍTOS E COSTUMES Figura 7: Garota Angolana Figura 6: Mulher Islâmica Fonte: https://www.needpix.com/photo/download/882504/woman-headscarf-face-portrait- islamic-muslim-woman-traditionally-headwear-hijab Figura 8: Crianças do Sudão Figura 9: Vida em Moçambique Figura 10: Garota Africana Fonte: https://pixabay.com/pt/photos/nair-angola-xeron-design-sorridente-979218/ https://pixabay.com/pt/photos/crian%C3%A7as-sud%C3%A3o-darfur-menina-3277801/ https://www.dinero.com/economia/galeria/los-15-paises-mas-pobres-del-mundo/259371 https://pixabay.com/pt/photos/menina-mulher-feminino-175924/ A África Subsaariana (sul do continente) possui uma cultura mais vasta e, consequentemente, mais diversificada. Em alguns lugares, predomina-se a cultura cristã, sobretudo nos que a colonização estabeleceu-se com maior força, como na África do Sul. Já em outros, como o Congo, Moçambique, Serra Leoa, Somália e Quênia, a prevalência do modo de vida tribal nos interiores ainda é marcante, o que os remete às religiões politeístas nativas ainda existentes. Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial Figura 12: Tribo Massai - Quênia https://mmulher.com/tradicoes-africanas- antigas/ Figura 11: Tribo Himba - Namíbia https://pxhere.com/pt/photo/890405 Figura 13: Tribo Sul-africana http://www.kidal.info/afrique/le-mode-de-vie-sud-africain/ Com a descoberta e a colonização do continente americano, os países europeus que dominavam a arte da navegação iniciaram a diáspora africana, caçando e escravizando africanos e os trazendo (contra a vontade própria) em navios negreiros para trabalhar de forma forçada e não remunerada. As condições do transporte eram inadequadas e desumanas. Muitas pessoas ficavam doentes e morriam durante a viagem. Os que se rebelavam eram castigados e as vezes até assassinados no próprio navio. A expansão marítima-comercial durante o século XV foi o principal catalizador da dominação europeia no continente africano. Os europeus ocuparam o continente africano, se apropriando do território com a constituição de postos comerciais na costa litorânea ao longo dos oceanos Atlântico e Índico. Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial Figura 14: As primeiras grandes navegações Fonte: https://www.guiaestudo.com.br/as-primeiras-grandes-navegacoes EXPANSÃO MARÍTIMA-COMERCIAL EUROPÉIA Os escravos eram de diferentes regiões do continente africano e, muitas vezes, nem conheciam as etnias de outras tribos ou regiões que os acompanhavam nessa triste passagem da história do mundo. A pluralidade das pessoas escravizadas enriqueceu a cultura brasileira na gastronomia, música, dança e religião entre outras contribuições. O Candomblé, por exemplo, foi uma religião trazida pelos africanos para o Brasil. Já a Umbanda é uma religião afro-brasileira que incorpora práticas do candomblé, do catolicismo e do espiritismo. Alguns ritmos de origem africana são a capoeira (uma mistura de arte marcial com dança), o batuque, o lundu e o coco. A capoeira foi combatida e até proibida no Brasil, tornando-se um grande símbolo da resistência contra a escravidão. Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial Figura 15: Navio Negreiro Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Navio_negreiro Figura 16: Reunião de pais e mães de santos e praticantes de Umbanda e Candomblé – Fotos: Clara Angeleas / MinC via Wikimedia Commons / CC BY 2.0 Fonte: https://sb24horas.com.br/estudo-destaca- papel-central-da-musica-nos-ritos-de- incorporacao-da-umbanda/ Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial Figura 17: Roda de Capoeira, de Johann Moritz Rugendas (1835) Fonte: https://www.revistaprosaversoearte.com/por-que-a-capoeira-e-a-arte-mae-da-cultura- brasileira-e-da-identidade-nacional/ Os escravos também construíam e tocavam instrumentos típicos da cultura africana, como o Atabaque, o Berimbau, o Afoxé e o Agogô. Figura 18: Berimbau Fonte: http://grupozimba.weebly.com/instrumento s.html Figura 19: Agogô com 4 campânulas Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Agog%C3%B4#/me dia/Ficheiro:Agogo-4tons2.JPG Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial Na gastronomia, os africanos trouxeram para o Brasil pratos típicos como o Acarajé, o Vatapá, o Abará e o Caruru. Figura 20: Afoxé Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commo ns/0/0d/Axatse_Ghana.jpg Figura 21: Atabaque de cunha Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Atabaque_( candombl%C3%A9) Figura 22: Caruru Fonte: https://pt.wikipedia.org/wik i/Caruru_(prato) Figura 23: Acarajé Fonte: https://pt.m.wikipedia.o rg/wiki/Ficheiro:Acaraje. jpg Figura 24: Vatapá Fonte: https://pt.wikipedia.org/ wiki/Vatap%C3%A1 FERRAZ, Carolina V.; LEITE, Glauber S. (Organizadores) Direito a diversidade. São Paulo: Editora Atlas, 2015. Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522496532 /cfi/0!/4/4@0.00:0.00 acesso em 11 mar 2020. MUNANGA, Kabengele. Origens africanas do Brasil contemporâneo: historias, línguas, culturas e civilizações. 2a edição. São Paulo: Global editora, 2009. MUNANGA, Kabengele Negritude: usos e sentidos. 4a. ed. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2019. -(Coleção Cultura Negra e Identidades) Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788551306529 /cfi/0!/4/2@100:0.00 acesso em 11 mar 2020. WITTMANN, Luisa T. (organizadora). Ensino de Historia Indígena. Belo Horizonte: Autentica Editora, 2015. Disponível em:https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582174265 /cfi/0!/4/2@100:0.00acesso em 11 mar 2020. Educação em Direitos Humanos e Educação das Relações Étnico-racial Referências
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