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Abordagem Pikler

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INTRODUÇÃO A ABORDAGEM PIKLER (0 Á 3 ANOS)
· A abordagem Pikler é mais do que móveis de madeira e brincar no chão com brinquedos não estruturados
· Trata-se de uma maneira humanizada de cuidar
· Emmi Pikler- Percurso e Contexto
· Emmi Pikler (1902-1984) foi uma pediatra austríaca que realizou seu trabalho profissional na Hungría. Trabalhou como pediatra de família e foi, durante mais de trinta anos, diretora de uma instituição de acolhida a crianças órfãs e abandonadas. 
· A abordagem surgiu a partir do de Emmi Pikler. Nascida em Viena, na Áustria, em 1902, Pikler mudou-se para Budapeste, capital da Hungria, durante a infância. Ela formou-se em medicina e decidiu, juntamente com o marido, deixar que a primeira filha do casal tivesse liberdade para movimentar-se e desenvolver-se no seu próprio ritmo durante os primeiros anos de vida. Pikler relatou a experiência em seu primeiro livro voltado para pais, que foi publicado em 1940. Assim, ela lançou as bases da abordagem praticada até hoje.
· Em 1946, Emmi Pikler fundou o Instituto Lóczy em Budapeste, uma instituição que acolhia crianças órfãs e abandonadas. Emmi continuou seu trabalho no instituto e escreveu outras publicações sobre suas experiências. Ela dirigiu o orfanato até 1979 e faleceu em 1984. A partir de meados da década de 1990 a abordagem Pikler foi se tornando cada vez mais conhecida e adotada por creches e espaços de educação infantil.
· Sofre influencias de Maria Montessori, Escola Nova entre outras
· Emmi Pikler escreveu vários livros e uma infinidade de artigos editados em diferentes línguas. Suas obras mais relevantes são:
· “O que sabe fazer seu filho” (1938) neste livro dedicado às famílias apresenta o desenvolvimento motor livre através de fotografias realizadas em observações de mais de cem crianças, assim como conselhos para a educação dos filhos desde a confiança em suas capacidades e o estabelecimento de relações afetivas saudáveis.
· “Mover-se em liberdade. Desenvolvimento da motricidade global” (1969) síntese de sua investigação científica sobre o desenvolvimento motor autônomo da criança.
· Abordagem Pikler
· A abordagem Pikler é um conjunto de ideias para a educação de bebês e crianças pequenas, de até três anos. A ideia central da abordagem é estimular as primeiras fases do desenvolvimento infantil por meio de atividades que estimulam a independência do bebê e práticas que podem ser adotadas pelos cuidadores (ou até mesmo pelos pais) na hora de lidar com a criança.
· Emmi Pikler tinha uma visão da criança como um ser ativo, competente e capaz de tomar iniciativas. Para ela, o bebê já nasce como um ser podendo se relacionar
· A criança é a protagonista do seu próprio desenvolvimento
· Princípios chaves que estão entrelaçados e norteiam essa abordagem:
· O bebê é um sujeito competente que necessita vivenciar a liberdade de movimentos, ou seja, as conquistas motoras se dão de “dentro para fora”, respeitando seu tempo e seu ritmo.
· Para que a criança possa aproveitar esses momentos de atividade espontânea e livre é muitíssimo importante que ela tenha momentos de encontros com a figura de referência nos momentos de cuidado corporal. É muito importante ter clareza que o bebê se constitui psiquicamente sustentado pelo corpo e pela relação com o adulto, sua figura de referência. Aliás, o corpo é a via régia pela qual o sujeito vai começar a se relacionar com o outro. É preciso de estabilidade e continuidade para que, aos poucos, o bebê possa nascer psiquicamente. Por isso, os momentos de cuidados corporais, troca de fralda, banho e alimentação são de suma importância. A dobra do olhar, os gestos e a voz dão um suporte e convidam o bebê a entrar gradativamente em contato com o adulto e descobrir o prazer de estar junto. Assim sendo, nesses momentos de encontro com o adulto é como se o bebê recebesse um aleitamento relacional, que lhe dá o sentimento de segurança e confiança para seguir adiante nos momentos em que precisará ficar sem o adulto por perto.
· O engajamento e trabalho de equipe por parte dos profissionais que atuam com os bebês e profissionais. Uma grande ênfase é dada ao trabalho de observação do bebê. Para trabalhar com crianças tão pequenas é preciso saber observá-las e saber o que esperar delas, de acordo com a fase de desenvolvimento. Não existe um cuidador sozinho, é preciso que haja uma rede de apoio para sustentá-lo para que ele possa desempenhar de forma profissional e respeitosa sua função. Um dos recursos que o Instituto Pikler utiliza muito para o estudo é o registro audiovisual, que permite que uma cena ou um gesto do educador seja trabalhado com cuidado. Esses vídeos são extremamente ricos, pois ilustram na prática esses conceitos.
· Além disso a abordagem conta com alguns princípios importantes, são eles:
· Movimento livre: A criança deve ter liberdade para se movimentar, descobrir o potencial do seu próprio corpo e entender, pouco a pouco e de maneira espontânea, como funcionam suas habilidades motoras. Além disso, os adultos não devem forçar movimentos que o bebê ainda não saiba fazer sozinho (como colocá-lo de pé, por exemplo). Para a criança o movimento representa muito mais que um prazer funcional, é o instrumento e o modo de expressão de sua orientação no ambiente, de suas ações inteligentes de seu comportamento social e de seus afetos. Nas palavras da própria Emmi: “Enquanto aprende a contorcer o abdômen, rolar, rastejar, sentar, ficar de pé e andar, (o bebê) não apenas está aprendendo aqueles movimentos como também o seu modo de aprendizado. Ele aprende a fazer algo por si próprio, aprende a ser interessado, a tentar, a experimentar. Ele aprende a superar dificuldades. Ele passa a conhecer a alegria e a satisfação derivadas desse sucesso, o resultado de sua paciência e persistência.”
· O tempo da criança: A criança irá andar no seu momento, quando o seu corpo estiver pronto e quando se sentir segura. No meio tempo, enquanto engatinha, rola, se arrasta e faz os movimentos que puder, ela está também aprendendo e experimentando. Quando alcança determinado êxito, se sentirá mais seguro para ir adiante. Não se deve apressar o bebê e nem interromper as suas ações. É muito importante não antecipar posturas que ele ainda não conquistou por conta própria. Por exemplo: colocar o bebê sentado, quando ele ainda não descobriu por conta própria essa posição. É como colocar uma pessoa para andar de bicicleta sem antes ter experimentado andar de bicicleta com rodinhas. Como o bebê não se sente seguro em uma posição, ele vai se tornar tenso e se curvar para sustentar sua coluna, que talvez ainda não esteja pronta para tal postura. 
· Autonomia: Os adultos não devem intervir nas atividades dos bebês. Os cuidadores devem deixar que as crianças descubram o ambiente e interajam umas com as outras. Mesmo que os pequenos façam coisas que podem parecer “estranhas”, pois essa é a maneira que elas têm de descobrir o mundo. Entretanto, cabe aos adultos oferecer atenção quando chamados e garantir que as crianças estejam em segurança. Adultos não entretêm ou impõem atividades aos pequenos. Os bebês aprendem a entreter e estimular a si próprios, explorando o que os seus corpos podem fazer, interagindo com o ambiente preparado e com os outros bebês ao seu redor.
Os bebês “estudam” o mundo e os objetos a sua volta. São capazes de passar longos minutos desvendando seus mistérios, descobrindo seu peso, sua textura, seus diferentes ângulos e formas de interação. Assim eles se locomovem para chegar ao que lhes interessa, compartilham e têm a oportunidade de voltar a empreender os movimentos e descobertas para seguirem se aperfeiçoando.
· Rotina compreendida: É importante que cada atividade da rotina – tomar banho, comer, cuidados diários, etc. – deve ser explicada pelo adulto e este deve solicitar a participação da criança. Isso irá gerar um vínculo de confiança e senso de responsabilidade.   
· Conversar com o bebê: É possível que as crianças não compreendam perfeitamente quando conversamos com elas, mas é importante que ocuidador ou a mãe converse com o bebê em todas as atividades do dia, pois assim estimula a comunicação e a compreensão, além de se sentir mais seguro com este vínculo.
· Rotinas e cuidados privilegiados: Essas atividades livres e espontâneas somente são possíveis porque as crianças, antes de tudo, estabelecem um vínculo de confiança e respeito com o adulto que está responsável pelos seus cuidados. Existem momentos e uma maneira específica para se criar esse vínculo. Ele se forma quando o adulto e a criança podem dedicar uma atenção exclusiva e afetiva que ocorre nos momentos de cuidados, alimentação e higiene.
A criança é tratada com todo respeito, e deve ter uma participação ativa no seu próprio desenvolvimento, ao invés de receber passivamente os estímulos e atenções vindos dos adultos. Assim poderá conquistar sua autonomia de maneira segura e com bons referenciais para vida É preciso estabelecer uma relação de confiança entre a criança e os adultos, e essa relação deve basear-se na atenção que o adulto dá ao bebê ao cuidar do mesmo. Ao dar banho, vestir, trocar fraldas ou alimentar a criança, por exemplo, o adulto deve explicar o que está sendo feito e até mesmo pedir a participação do bebê, que aos poucos passa a adquirir confiança e responsabilidade por suas ações. 
· Brincar Livre: Garantir que a criança tenha um espaço seguro para brincar livremente. No momento de brincar livre o adulto deve estar por perto, mas deve intervir o mínimo possível nas atividades dos bebês. O espaço deve ter piso de madeira ou tecido, objetos lúdicos ao alcance das crianças e móveis (também de madeira e bem apoiados no piso) para que as crianças possam desenvolver suas habilidades motoras. Além disso, é preciso disponibilizar brinquedos que despertem naturalmente a curiosidade e o prazer de agir do bebê.
· Na prática
· Para que a abordagem funcione, é preciso, em primeiro lugar, que o adulto cuidador estabeleça o vínculo de confiança com o bebê. Com essa relação a criança se sente confortável e segura, o que possibilita que ela se desenvolva através do brincar livre.
· Pikler faz algumas recomendações que os adultos devem seguir na hora de lidar com o bebê. Veja alguns exemplos:
· Conversar com o bebê. Explicar o que está sendo feito nos momentos de cuidados pessoais. Responder (com palavras) às reações naturais do bebê. Dessa forma, a criança se sente compreendida e adquire confiança para o próprio desenvolvimento.
· Não apressar o bebê durante esses momentos de cuidados pessoais. Deixar que ele siga o próprio ritmo. Evitar movimentos bruscos nesse momento para que a criança tenha tempo de entender o que vai acontecer.
· Não pegar a criança de surpresa, ou pegá-la enquanto ela está dormindo. Quando for necessário levar a criança a outro lugar, avisar que você vai carregá-la, pois desse modo você não interrompe subitamente o que a criança está fazendo.
· Não colocar o bebê em posições em que ele não consegue se colocar sozinho. Não se deve, por exemplo, colocar em pé o bebê que ainda não consegue fazer isso sozinho, pois esse tipo de atitude apressa o desenvolvimento que deveria ser espontâneo.
· A segunda etapa da abordagem é garantir que a criança tenha um espaço seguro para brincar livremente. No momento de brincar livre o adulto deve estar por perto, mas deve intervir o mínimo possível nas atividades dos bebês.
· O espaço deve ter piso de madeira ou tecido, objetos lúdicos ao alcance das crianças e móveis (também de madeira e bem apoiados no piso) para que as crianças possam desenvolver suas habilidades motoras.
· Falando de vantagens da Abordagem Pikler a principal vantagem da abordagem Pikler é, com certeza, a formação de crianças mais saudáveis física e mentalmente. Com o desenvolvimento espontâneo e natural do bebê, ele se torna mais confiante e adquire conhecimento sobre o próprio corpo e as próprias atitudes.
· Ao ter seu tempo de desenvolvimento respeitado, a criança alcança um maior domínio sobre as habilidades psicomotoras, o que pode inclusive ser notado no dia-a-dia, durante brincadeiras e atividades que exigem coordenação motora.
· O papel do adulto
· O papel do cuidador é primordial, tem vital importância, pois ele é o mediador dos estímulos do entorno.
· O papel do adulto na abordagem Pikler deve ser algo natural e delicado, com presença, diálogo e de certo modo lentidão. É importante evitar ao máximo que tudo se torne uma rotina e fique algo mecânico e automático. 
· Além disso, deve haver um vínculo com a criança, de forma que gere segurança e confiança na relação. Sendo a criança ativa na relação. Vínculo é a base da vida de uma pessoa. O ser humano é essencialmente um ser social, ele nasce em uma família, em uma comunidade. 
· Para isso o bebê necessita ser aceito, se sentir amado e cuidado: isso é vínculo. Relações carregadas de afeto, sensíveis às demandas e ao processo de desenvolvimento do bebê provocam respostas igualmente afetivas. Este “diálogo” é fundamental para o desenvolvimento de pessoas competentes, seguras, autônomas e capazes de estabelecer relações afetivas.
· Importante lembrar também que o adulto deve ser instrumento de autonomia para a criança. Não fazer por ela o que ela consegue fazer sozinha. O deve adulto transmita ao bebê o sentimento de competência, respeitando seu ritmo e tempo. O adulto precisa estar por perto e atento sem, no entanto, interferir continuamente e invadir o tempo do bebê
· O adulto não precisa estimular o bebê, pois se o ambiente estiver bem preparado é esse espaço que será um convite para que o bebê explore os brinquedos, objetos e outras crianças. Um chão seguro e estável é a base para que ele se sinta em confiança para, aos poucos, explorar novas posturas. O bebê repete inúmeras vezes, em diferentes momentos, os movimentos que estão despertando curiosidade. O bebê ou criança pequena só consegue explorar o ambiente se tiver recebido uma segurança afetiva para dar conta desse momento de exploração
· Observação
· Um dos princípios desta abordagem é saber “ouvir” o bebê ao cuidar dele, como também saber responder ao seu “pedido”, por isso a observação profunda dos gestos, da direção do olhar, das expressões faciais e, claro, dos sons de satisfação ou insatisfação de um bebê, desde o momento em que nasce, é a verdadeira escuta. E, ao ouvir o bebê, podemos ponderar e falar com firmeza. 
· Com carinho e firmeza podemos ser claros e respondermos às demandas da criança.
· Porém, vale ressaltar que a observação não se trata de apenas olhar, é importante participar, sem intervir, é claro.
· Vínculo afetivo
· É necessário um adulto de referência para essa criança
· A construção do vínculo entre bebê e educadora se estabelece através dos cuidados diários, no banho, na troca de fraldas, na alimentação e na preparação para o sono. Nestes momentos a educadora tem um encontro singular e sem pressa com o bebê, conversa com ele olhando em seus olhos, informa sobre cada uma das atividades que irá realizar, convidando-o a participar de maneira ativa. 
· A educadora estimula a reciprocidade ao pedir desde muito cedo a colaboração da criança nas atividades dos cuidados cotidianos. A criança se torna protagonista da ação, e não ela. Em muitas situações, o sentimento de competência da criança é bloqueado pelo adulto. Sob o pretexto de ajudá-la ou estimulá-la, ele priva a criança de finalizar a ação que ela começou.
· Por que utilizar a metodologia Pikler?
· A abordagem Pikler visa desenvolver crianças mais saudáveis e felizes, suas capacidades físicas e mentais, de forma espontânea, respeitando cada fase dos bebês. 
· A principal vantagem da abordagem Pikler é, com certeza, a formação de crianças mais saudáveis física e mentalmente. Com o desenvolvimento espontâneo e natural do bebê, ele se torna mais confiante e adquire conhecimento sobre o próprio corpo e as próprias atitudes.
· Ao ter seu tempo de desenvolvimento respeitado, a criança alcança um maior domínio sobre as habilidades psicomotoras, o que pode inclusive ser notado no dia-a-dia, durante brincadeiras eatividades que exigem coordenação motora.

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