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Prévia do material em texto

INSTITUTO EDUCACIONAL E PESQUISA DE OPINIÃO PUBLICA LTDA
CENTRO EDUCACIONAL GUARANY
TÉCNICO EM ANÁLISE CLÍNICA
KELINE DA SILVA E SOUZA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR E CONCLUÇÃO DE CURSO TÉCNICO EM ANÁLISE CLÍNICA
COARI – AM
2021
KELINE DA SILVA E SOUZA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR E CONCLUÇÃO DE CURSO TÉCNICO EM ANÁLISE CLÍNICA
Relatório apresentado ao Centro Educacional Guarany, para obtenção de título de Técnico em Análise Clínica, sob a orientação da instrutora de estágio a Biomédica Elisângela Barbosa Nazaré.
COARI –AM
2021
Relatório apresentado como requisito necessário para a obtenção de título de Técnico em Análise Clínica da educação profissional técnica de nível médio do Centro Educacional Guarany.
Relatório apresentado em: 19/05/2021
_____________________________________________
Keline da Silva e Souza
___________________________________________________
Elisângela Barbosa Nazaré
Orientadora do estágio
___________________________________________________
Maria Nelcinei de L. Nogueira
Coordenadora Pedagógica
___________________________________________________
Izaete Queiroz
Diretora de Ensino do Centro Educacional Guarany/Manaus
___________________________________________________
Merilange Cordovil Pinheiro de Melo
Coordenadora do centro educacional Guarany/Coari
TERMO DE RESPONSABILIDADE
	Declaro para os devidos fins que as informações prestadas neste documento são verdadeiras e foram transcritas fielmente dos registros de estudos e práticas no decorrer de 25/11/2020 a 19/05/2021, totalizando 400 horas de estágios curricular supervisionado no Laboratório Central (LACEN) e os assuntos aqui abordados são todos relacionados a área de conhecimentos específicos.
Ciente das atitudes e cooperação como estagio, assumo total responsabilidade de resguardar cada informação contida neste relatório de estagio tendo base a ética profissional. 
_____________________________
Keline da Silva e Souza
IDENTIFICAÇÃO 
Dados do estagiário.
Nome: Keline da Silva e Souza
Curso: Técnico em Análise Clínica
DADOS DO LOCAL DE ESTÁGIO.
Empresa: Prefeitura Municipal de Coari – Laboratório Central (LACEN)
Endereço: Rua Agamenon Silva nº 274, Urucu 
Área de atuação: Parasitologia, Urinálise, Bioquímica, Imunologia e Hematologia.
Supervisor: Elisângela Barbosa Nazaré
PERÍODO DE ESTÁGIO
Início: 25/11/2020 Término: 19/05/2021
Jornada de trabalho: 20 horas semanais
Totais de horas: 400 horas
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar agradeço a Deus, pois foi nele onde busquei sabedoria, força, saúde, disposição e coragem. Para que eu pudesse correr atrás dos meus sonhos. Obrigada aos professores do curso técnico em análises clínicas, pois transmitiram fontes de conhecimentos que fizeram parte da minha formação. Agradeço aos meus colegas de curso que me ajudaram bastante, principalmente minha família, meu pai Raimundo de Oliveira e Souza Filho, que há poucos meses faleceu e não pôde me ver formando, era um dos sonhos da minha mãe Maria das neves da Silva, quando estava viva me ver formando também. Sou grata também aos meus tios e tias que sempre me motivaram e me deram força. A minha orientadora Elisângela Barbosa por todo acompanhamento dessa formação do curso. Aos professores, Jair Amorim, Nathashila, Adriana Batista, Kleberson Oliveira. E finalmente a todos a quem tive a satisfação de conhecer no laboratório central - LACEN. Obrigada a todos que me acolheram e deram segurança, confiança para que me mantivesse sempre disposta a realizar meus sonhos.
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	9
2.	FASES ANÁLITICAS	10
2.1 Fase Pré-Análitica	10
2.2	Fase Análitica	10
2.3	Fase Pós-Análitica	10
3.	PARASITOLOGIA	11
3.1 Método Direto	11
3.2 Método Hoffman	11
4.	URINALISE	12
4.1 Teste Físico	13
4.2 Teste Químico	13
4.3 Microscopia	13
5.	BIOQUÍMICA	14
5.1 Glicose	15
5.2 Colesterol Total	15
5.3	Colesterol HDL	16
5.4	Colesterol LDL	16
5.5	Colesterol VLDL	16
5.6	Triglicérides	16
5.7	Ácido Úrico	16
5.8	Creatinina	17
5.9	Uréia	17
5.10	Proteínas	18
5.11	Albumina	18
5.12	Transaminases (TGO e TGP)	18
5.13	Gama Glutamil Transferase	19
5.14	Fosfatase Alcalina	19
5.15	Bilirrubinas	19
5.16	Magnésio	19
5.17	Cálcio	20
5.18	Ferro	20
6.	IMUNOLOGIA	20
6.1 Proteína C-Reativa	21
6.2	Anticorpo antiestreptolisina O	22
6.3	Fator Reumatoide	22
6.4	Beta HCG qualitativo	22
6.5	VDRL	22
7.	HEMATOLOGIA	23
8.	CONCLUSÃO	25
9.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	26
1. INTRODUÇÃO
Este relatório descreve as observações e atividades desenvolvidas durante o estágio do curso Técnico em Análises Clínicas, ocorreu no Laboratório Central (LACEN), foi uma atividade executada como requisito para enriquecer o grau de conhecimento, desta forma tornando-se um profissional ainda mais capacitado com as práticas laboratoriais do dia a dia, com uma carga horária bem expressiva, onde visou colocar lado a lado as matérias ensinadas e as respectivas práticas ligadas a elas de maneira detalhada. Em Parasitologia, Urinálise, Bioquímica, Imunologia e Hematologia.
Nos estágios geralmente tem por objetivo aprimorar ainda mais a aplicação dos conhecimentos acadêmicos de forma prática e aprender com os profissionais que já atuam na área e tem muitos conhecimentos para compartilhar, nesse caso não foi diferente, de forma igual ao descrito, o estágio foi de proveito excelente e de uma expressiva contribuição. (DALLA; LEMKE, 2015)
2. FASES ANÁLITICAS
2.1 Fase Pré-Análitica
Essa fase inicia com a preparação do paciente nas unidades básicas de saúde de cada bairro, seguida da coleta do material — feita pelo técnico em enfermagem. Ainda são realizados a manipulação e o armazenamento da amostra até o momento em que o exame é feito no Laboratório Central.
2.2 Fase Análitica
A fase analítica equivale ao período de realização do teste propriamente dito. Aqui, existem maiores possibilidades de aplicação de técnicas de controle.
2.3 Fase Pós-Análitica
A fase pós-analítica inclui ações de validação e liberação dos resultados efetuados na fase analítica, além da emissão de laudos por profissional qualificado que o Laboratório Central Dispõe.
.
3. PARASITOLOGIA
A Parasitologia é uma importante ciência da saúde humana, apontando questões de interesse médico e biomédico, a detecção e identificação dos parasitos intestinais estão em relação direta com a qualidade da amostra fecal coletada e entregue no laboratório. Assim, há necessidade de instruir o paciente, pois sem explicações pormenorizadas podem ocorrer erros na coleta, tais como a contaminação com urina, terra, água e quantidade inadequada de fezes.
As instruções sobre a coleta devem ser claras e também entregues por escrito. O paciente não deve utilizar medicamentos ou produtos químicos por um período de 7 a 10 dias antes da colheita das fezes. As fezes devem ser colhidas em penico ou em um recipiente limpo e seco, ou em folha de papel limpo e transferidas para o frasco coletor limpo e seco, o qual deve ser de plástico, com boca larga e tampa de rosca. Recolher cerca de 20 a 30g de fezes recentemente emitidas.
No setor de parasitologia os trabalhos iniciam quando as amostras Biológica de fezes chegam das unidades básicas de saúdes, antes de ser realizada as análises, é conferida para saber se está de acordo com as solicitações medicas do paciente, logo após são realizadas as análises aplicando o método direto, uma vez que o laboratório está impossibilitado de realizar o método de Hoffman devido alguns reparos que precisam ser realizado na parte hidráulica . Através do acompanhamento e realização pude aprender a importância de seguir a técnica para uma boa obtenção de resultados.
3.1 Método Direto
O exame direto a fresco permite visualizar a motilidade de trofozoítos dos protozoários em fezes recém emitidas, analisadas até 30 minutos após a evacuação. Para a identificação de cistos de protozoários e larvas de helmintos, a preparação deve ser corada com lugol.
3.2 Método Hoffman
É utilizado para apesquisa de cistos, oocistos, ovos e larvas. Fundamenta-se na sedimentação espontânea em água, sendo indicado para recuperação de ovos considerados pesados como os de Taenia spp, S. mansoni e ovos inférteis de A. lumbricoides.
Técnica de Hoffmann
1.     Colocar aproximadamente 2 g de fezes num copo descartável.
2.     Acrescentar aproximadamente 20 ml de água morna aos poucos.
3.     Homogeneizar as fezes totalmente com o auxílio de um palito.
4.     Transferir para um cálice afunilado coando em filtro para fezes.
5.     Acrescentar água da torneira até encher o cálice.
6.     Deixar em repouso até a sedimentação (2 a 24 horas).
7.     Com o auxílio de uma pipeta Pasteur recolher o sedimento, gotejar sobre uma lâmina e adicionar uma gota de lugol, homogeneizar o preparado com uma lamínula e cobrir com a própria lamínula.
8.     Examinar ao microscópio.
Figura 1 Diluição em Cálice de fundo cônico
 Fonte: http://biovidaajuda.blogspot.com/2017/05/exame-parasitologico-de-fezes-objetivo.html
 Dentre os tipos de Helmintos e Protozoarios que vi no setor de parasitologia foram os seguintes tipos: Áscaris lumbricoides, Enterobius vermiculares, Hymenolepis nana, Trichuris trichiura, Ancilostomideo, Entamoeba coli, Entamoeba histolytica e Giárdia lamblia.
4. URINALISE
Ao passar por este setor de Urinálise aprendi que o exame de urina, pode ser necessária na avaliação de distúrbios nos rins e trato urinário e também pode ajudar a avaliar distúrbios sistêmicos, como diabetes ou problemas no fígado. Uma amostra de urina é normalmente coletada usando um método de coleta asséptica ou outro método estéril.
A análise da urina é dividida em três etapas, teste físico, teste químico e Sedimentoscopia.
4.1 Teste Físico
O Teste Fisico é onde podemos avaliar a aparência física, cor, aspecto e odor.
4.2 Teste Químico
Os Testes químicos para detectar e medir o nível de diversas substâncias presentes na urina, procuram por proteínas, glicose (açúcar), cetonas, sangue e outras substâncias. Esses exames usam uma tira fina de plástico (tira reagente) impregnada com produtos químicos que reagem com as substâncias na urina e rapidamente mudam de cor. Por vezes, os resultados dos exames são confirmados através de outras análises laboratoriais mais sofisticadas e precisas.
Figura 2 - Fita Química
Fonte: https://blog.pat.com.br/exame-de-urina-detecta-quais-doencas/
A partir do momento que as amostras chegam das unidades básicas de saúde, a rotina inicia, antes de tudo são conferidas as amostras, e colocadas para centrifugar, varia de 6 a 10 minutos e de 2800 a 3500 rpm são aceitáveis.
4.3 Microscopia
O estudo do sedimento urinário compreende a análise dos elementos orgânicos (células epiteliais, células tumorais, leucócitos, hemácias, cilindros, estruturas diversas) e dos elementos inorgânicos (cristais). Para visualização, uma amostra é colocada em lâmina para se fazer a observação dos elementos, análise e contagem com o auxílio de um microscópio, onde podemos observar alguns elementos do sedimento.Figura 3 - Analisando sedimento da urina
Fonte: https://br.freepik.com/fotos-premium/
5. BIOQUÍMICA
O setor de bioquímica é o local onde são realizados exames que averíguam o funcionamento dos processos metabólicos do organismo. Em outras palavras, mede e revelada quimicamente as alterações normais e patológicas. É um dos setores do laboratório central que mais aproveita o avanço tecnológico para conseguir precisão em seus exames.
Neste local, utiliza-se tubos com tampa amarela e vermelha com identificação, utiliza um analisador multicanal com sistema de acesso randômico, controle de qualidade incorporado com gráfico de Levey-Jennings e regras de Westgard para assegurar a integridade dos resultados.
Figura 4 - Maquina de Bioquímica URIT 8210
Fonte: https://www.mh.com.br/urit-8210/
Durante os dias que passei no setor de bioquímica absorvi bastante conhecimento com a Biomédica e os Técnicos, que passaram bastante conhecimentos que vou levar para minha vida profissional. Aprendi o funcionamento da máquina URIT 8210, ela faz 320 testes hora, tem três braços, cada um tem sua função especifica, possui sistema de fácil utilização, uma vez por semana é realizada calibração, ou quando há mudança de reagente de lotes diferentes.
As principais dosagens são realizadas no setor são: glicose, colesterol total e frações, triglicérides, ácido úrico, creatinina, uréia, proteínas, Albumina, transaminases (TGO/TGP), gama glutamil transferase, fosfatase alcalina, bilirrubinas, magnésio, cálcio, ferro sérico.
5.1 Glicose
A glicose é a principal fonte de carboidrato do organismo e sua concentração sérica está intimamente ligada à ação da insulina. Após uma refeição rica em carboidratos, a glicose que é absorvida para o sangue causa uma rápida secreção de insulina. Esta, por sua vez, provoca a captação, armazenamento e uso rápido da glicose por quase todos os tecidos corporais, especialmente pelos músculos, tecido adiposo e fígado. Valores elevados de glicose ocorrem nos vários tipos de diabetes primária, nos estados de intolerância à glicose e nas diabetes secundárias a várias doenças (hipertireoidismo, hiperpituitarismo, hiperadrenocorticismo, etc.). Valores diminuídos de glicose ocorrem nas hipoglicemias que têm várias causas. Quando a ocorrência de sintomas de hipoglicemia é relacionada à alimentação, duas formas de hipoglicemia podem ser definidas, hipoglicemia do jejum e hipoglicemia pós-prandial. As causas mais comuns de hipoglicemia do jejum são: hiperinsulinismo endógeno (insulinoma e sulfonilurea), hiperinsulinismo exógeno (factício), tumores extra pancreáticos, síndrome auto imune (formação espontânea de anticorpos para receptores da insulina), insuficiência supra renal e ou hipofisária, doença hepática grave e alcoolismo. A hipoglicemia pós-prandial dependendo da história clínica e da resposta ao teste oral de tolerância à glicose, é classificada em: 1) hipoglicemia alimentar; 2) hipoglicemia do diabético tipo 2 e do paciente com intolerância à glicose; 3) hipoglicemia funcional ou reativa.
5.2 Colesterol Total
Colesterol é necessário ao organismo - O colesterol é um tipo de gordura que faz parte da estrutura das células do cérebro, nervos, músculos, pele, fígado, intestinos e coração. Ele é essencial para o funcionamento destas células. É importante para a formação de hormônios de vitamina D e até ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras da alimentação.
5.3 Colesterol HDL
 É conhecido como o tipo "bom" de colesterol, pois está ligado a uma proteína que o transporta do sangue para o fígado, onde é eliminado nas fezes, caso esteja em excesso.
5.4 Colesterol LDL
É o popular colesterol "ruim", que está ligado a uma proteína que o transporta do fígado para as células e veias, onde acaba se acumulando e pode causar problemas cardiovasculares.
5.5 Colesterol VLDL
Ele transporta os triglicerídeos e também aumenta o risco de doenças cardíacas.
5.6 Triglicérides
Valores elevados representam um fator de risco para doença coronariana isquêmica (DCI). São verificados valores aumentados em várias patologias como nas doenças cardiovasculares, doenças hepatobiliares, pancreatite, no diabetes mellitus, síndrome nefrótica, uremia, hipotireoidismo e alcoolismo crônico.
Níveis altos de triglicérides podem apresentar em gestantes ou com uso de anticoncepcionais. A hipertrigliceridemia encontra-se associada também ao uso de corticosteroides, diuréticos tiazídicos, retinóides e bloqueadores beta-adrenérgicos.
5.7 Ácido Úrico
O ácido úrico é um produto metabólito das purinas, ácidos nucleicos e nucleoproteínas. A concentração no organismo depende do equilíbrio entre a produção e a eliminação que é feita pelos rins. Algumas doenças, alterações bioquímicas, condições fisiológicas e fatores sociais estão associados a elevações na concentração do urato plasmático. 
Na maioria dos pacientes com gota ocorre a hiperuricemia. A elevação de urato está relacionada a hiperlipidemia, obesidade, aterosclerose, diabetes mellituse hipertensão, embora os mecanismos destas elevações ainda não sejam bem entendidos. As hipouricemias são pouco frequentes, ocorrendo na síndrome de Fanconi, doença de Wilson e doenças malignas como linfoma de Hodgkin e carcinoma broncogênico.
5.8 Creatinina
Sintetizada principalmente no fígado e nos rins, a creatinina é produzida e excretada constantemente independente do grau de hidratação, da dieta, e metabolismo proteico. Essa constância na formação e excreção faz dela um marcador muito útil de função renal, principalmente da filtração glomerular. 
A determinação da creatinina plasmática é um teste de função renal mais seguro do que a uréia. Nas doenças renais, a creatinina se eleva mais vagarosamente do que a uréia e se reduz mais vagarosamente com a hemodiálise. A dosagem elevada indica disfunção renal e o grau de evolução da enfermidade. 
Níveis diminuídos podem ser observados: nas distrofias musculares, desnutrição diminuição da massa muscular, doença renal severa.
5.9 Uréia
Produzida no fígado, uréia é a principal fonte de excreção do nitrogênio do organismo e é um produto da destruição de proteínas, sendo que a sua maior parte é excretada pela urina, e pequenas quantidades podem ser excretadas pelo suor e degradadas por bactérias intestinais. Grande parte da uréia filtrada pelos rins é reabsorvida.
No indivíduo saudável, sua concentração varia de acordo com diferentes fatores tais como o conteúdo de proteínas da dieta e a hidratação.
Por isso, a uréia é um marcador de função renal. A lesão renal provoca uma retenção de substâncias tóxicas como a uréia através de distúrbios da filtração, reabsorção, secreção e excreção.
Os valores de uréia estão aumentados na insuficiência renal (falência aguda e crônica dos rins), dieta rica em proteínas, tumores, infarto do miocárdio, trauma, infecções e uso de corticosteroides. Os valores de uréia poderão estar diminuídos em casos de desnutrição, dieta pobre em proteínas, insuficiência hepática, gestação, doença celíaca.
A diminuição da uréia pode ocorrer na soroterapia com carboidratos, redução do catabolismo proteico e aumento da diurese.
5.10 Proteínas
A concentração de proteína total do soro está aumentada em pacientes com desidratação, mieloma múltiplo, macroglobulinemia, crioglobulinemia, lúpus eritematoso, artrite reumatoide, sarcoidose, infecções crônicas, linfo granuloma e endocardite bacteriana subaguda.
Os valores de proteinúria podem também estar elevados nas hemorragias e nos estados febris. Valores aumentados na urina, mesmo em indivíduos sadios, podem apresentar após exercícios físicos vigorosos e na desidratação. Na nefropatia diabética ocorre proteinúria intensa com valores de 3 a 4 g/24 horas. Valores de proteína total estão diminuídos na hiper-hidratação, desnutrição grave, insuficiência renal, nefrose, queimaduras graves, síndrome de má absorção, deficiência de cálcio e de vitamina D.
5.11 Albumina
A elevação da albumina sérica está relacionada à desidratação. Diminuições da albumina ocorrem nas cirroses e demais doenças hepáticas como alcoolismo crônico, na síndrome nefrótica, nas doenças inflamatórias como as doenças autoimunes, falência cardíaca.
5.12 Transaminases (TGO e TGP)
Elevações das transaminases ocorrem nas hepatites (viral e tóxica), na mononucleose, cirrose, colestase, carcinoma hepático primário ou metastático, pancreatite, traumatismo extenso e no choque prolongado.
Nas hepatopatias agudas geralmente os valores de TGP excede o TGO.
O TGO está quase sempre elevado após o infarto agudo do miocárdio. Esta começa a se elevar entre 6 e 12 horas após a dor precordial, alcançando o pico máximo entre 24 e 48 horas, retornando aos valores de referência após o 5° ou 6° dia. Deve-se ressaltar que a sensibilidade e especificidade da dosagem de TGO no diagnóstico de infarto agudo do miocárdio são baixas, tornando a determinação desta enzima a menos indicada para este - diagnóstico.
5.13 Gama Glutamil Transferase
A Gama Glutamil Transferase é uma enzima que está presente em praticamente todos os tecidos humanos, porém origina-se basicamente do Sistema Hepato Biliar. É um indicador sensível de doenças inflamatórias e de lesão hepática, estando expressivamente elevada nas doenças obstrutivas hepatobiliares.
5.14 Fosfatase Alcalina
A fosfatase alcalina está aumentada nas doenças hepáticas e do trato biliar, na acromegalia, no hipertireoidismo, na metástase do fígado e metástase óssea, no raquitismo, na mononucleose infecciosa e na doença de Paget. Observou-se que quando da sua elevação paralelamente ocorre a elevação da bilirrubina sérica. Valores diminuídos da fosfatase alcalina podem ser observados no hipotireoidismo, retardo de crescimento nas crianças, hipofosfatasia e em casos de desnutrição grave.
5.15 Bilirrubinas
O exame de bilirrubina auxilia o diagnóstico de problemas no fígado, vias biliares ou anemia hemolítica, por exemplo, já que a bilirrubina é produto da destruição das hemácias e para ser eliminada pelo organismo necessita ser conjugada a um açúcar no fígado e sofrer a ação da bile.
5.16 Magnésio
Níveis de Magnésio diminuídos no plasma estão associados com tetania, fraqueza, desorientação e sonolência, que refletem a deficiência do Magnésio ionizado. Quadros clínicos de convulsões associados a hipocalcemia e hipomagnesemia, atribuídos a um defeito seletivo de absorção intestinal do Magnésio, acentuam a importância da dosagem deste íon em pediatria. As causas mais frequentes de concentrações baixas de Magnésio são: diarreia crônica, pancreatite aguda, alcoolismo, hepatite crônica, diabetes mellitus, hipoparatireoidismo, hipertireoidismo, hiperaldosteronismo. 
A hipermagnesemia, embora rara, pode ser registrada nos casos de insuficiência renal, desidratação grave, tratamento intensivo com sais de Magnésio.
5.17 Cálcio
O cálcio encontra-se ligado às proteínas e na forma livre, sendo muito importante na composição óssea, na coagulação sanguínea, no sustento do transporte, integridade e permeabilidade das membranas celulares, na estimulação dos músculos esqueléticos e cardíacos, no controle neuromuscular. A homeostase do cálcio é regulada por diversos hormônios e envolve a participação do intestino, rins e esqueleto. 
A hipercalcemia aponta a presença de hiperparatireoidismo, mieloma, neoplasias, hipertireoidismo e hepatopatias. Na hipocalcemia são encontrados a osteomalácia, hipomagnesemia, pancreatite, hipervolemia e má absorção do cálcio.
5.18 Ferro
As principais alterações do metabolismo do ferro são a deficiência de ferro e a sobrecarga do mesmo. No entanto, podemos encontrar alterações de ferro em diversas doenças. O ferro sérico encontra se aumentado em casos de hemocromatose, na intoxicação aguda por ferro, na cirrose ativa e hepatite aguda.
A concentração de ferro no soro está diminuída em muitos casos, mas não em todos os pacientes com anemia por deficiência de ferro e em distúrbios inflamatórios crônicos. A medição do ferro sérico não deve ser usada como teste para identificação de deficiência de ferro. O diagnóstico clínico não deve ser feito com base nos resultados de um único teste, mas deve integrar dados clínicos e laboratoriais.
6. IMUNOLOGIA
Um dos setores técnicos dos laboratórios de análises clínicas mais importantes é a imunologia. Neste local, são realizados testes sorológicos para identificar doenças relacionadas a alterações na capacidade de defesa do organismo (imunidade) e resposta contra infecções.
Para realizar os exames, são utilizados métodos específicos com técnicas de enzimaimunoensaio, fluorimetria, soroaglutinação, quimioluminescência e imunofluorescência. Toxoplasmose, hepatites, rubéola, HIV, citomegalovírus, testes de gravidez e marcadores tumorais são alguns exemplos.
No Laboratório Central trabalham com o básico, Proteína C-reativa (PCR), Anticorpo antiestreptolisina O (ASLO), Fator Reumatoide, beta HCG qualitativo e VDRL.
Antes de iniciar os procedimentos de analises, é realizado a separação do material das amostras na macro centrifuga, devido o tempo de coleta atéa chegada das amostras no laboratório, assim que chega é conferido e em seguida centrifugada em apenas seis minutos, para separação do soro. Diferente caso a coleta estivesse sido realizada no próprio laboratório, teria que aguardar a completa coagulação à temperatura ambiente seguida de centrifugação a 3.000 rpm, por um período de 10 minutos. Os tubos com as amostras devem ser centrifugados com tampa para evitar evaporação, formação de aerossóis
Figura 5 - Realizando o Exame de PCR, ASLO e Fator Reumatoide
Fonte: Souza 2021
6.1 Proteína C-Reativa
A proteína C-reativa, também conhecida por PCR, é uma proteína produzida pelo fígado que, geralmente, está aumentada quando existe algum tipo de processo inflamatório ou infeccioso acontecendo no corpo, sendo um dos primeiros indicadores a estar alterado no exame de sangue, nessas situações.
6.2 Anticorpo antiestreptolisina O
O Anticorpo antiestreptolisina O (ASLO) é um anticorpo que o nosso organismo produz para combater o estreptococo durante ou logo após uma infecção de garganta.
6.3 Fator Reumatoide
A identificação de fator reumatoide no sangue é importante para investigar a presença de doenças auto-imunes, como por exemplo lúpus, artrite reumatoide ou síndrome de Sjögren, que normalmente apresentam valores elevados dessa proteína.
6.4 Beta HCG qualitativo
O exame de BETA HCG qualitativo é o principal teste para comprovação de gravidez, sendo feito a partir da coleta de uma amostra de sangue da paciente, para avaliar os níveis do hormônio gonadotrofina coriônica presentes na corrente sanguínea.
Figura 6 - Teste de Beta HCG
Fonte: Souza 2021
6.5 VDRL
É a sigla usada para Venereal Disease Research Laboratory que, em tradução literal para o português, é o Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas. O método é usado para identificar pacientes portadores da sífilis, uma doença sexualmente transmissível, causada pela bactéria Treponema Pallidum.
7. HEMATOLOGIA
O setor de hematologia é o local onde condições relacionadas ao sangue e suas frações são investigadas. A hematologia compreende a hematologia geral, o estudo da coagulação e a imunohematologia.
O hemograma é o exame mais comum entre as solicitações médicas dentro deste grupo, sendo frequentemente solicitado pela capacidade do sangue revelar alterações em diferentes partes do organismo, em média o LACEN realiza entre 100 a 150 hemogramas por dia. Neste setor trabalham com uma maquina Utilizando três tecnologias de fluxo principal, o novo Analisador automático de hematologia BC-5380 pode fornecer testes rápidos e confiáveis com apenas 20 uL de sangue. Para economizar tempo e facilitar a automação, um carregador automático está equipado para manter 30 tubos por vez e obter 60 amostras por hora. Com o software baseado no popular Windows, é fácil executar testes de rotina, gerenciar os resultados do paciente, configurar a limpeza automática. 
Figura 7 - Analisador Hematológico
Fonte: https://www.mindray.com/pt/product/BC-5380.html
Este analisadore hematológico de 5 partes coletam resultados de Linfócitos, Monócitos, Neutrófilos, Eosinófilos e Basófilos em cada amostra, e disponibilizam informações de sinalizadores (flags) mais detalhadas e específicas, onde os usuários podem entender com facilidade os significados clínicos e tomar uma decisão a respeito.	
A calibração é realizada toda semana ou, se houver alteração. A forma de calibração deste analisador que os técnicos realizam é manual, para operar este tipo de máquina o ideal é ter conhecimento técnico das possíveis alterações morfológicas e conhecer o funcionamento da máquina.
Neste setor, são realizados exames de Velocidade de Hemossedimentação Sanguínea (VHS), diluição de Leucócitos em câmara de Neubauer quando necessária para confirmar exames realizados na máquina, coloração e observação ao microscópio do esfregaço de sangue periférico, caso haja necessidade de verificar.
Figura 8 - Câmara de Neubauer
 
Fonte https://www.forlabexpress.com.br/analises-clinicas/camara-de-neubauer-melhorada-olen?parceiro=3512&gclid=EAIaIQobChMIx-XZ0OvP8AIViYeRCh1sFwRLEAYYASABEgKEyfD_BwE
8. CONCLUSÃO
Chegando ao fim, posso assegurar, sem equívoco, o estágio foi a experiência mais marcante de todo o curso técnico. Tive a oportunidade de adquirir uma experiencia bastante enriquecedora, tendo trabalhado com ótimos profissionais, prontos a instruir-me. Nem sempre foi bom, tive momentos complexos de aprender, surgiram dúvidas, algumas técnicas mais difíceis que outras, não consegui fazer com tanta facilidade. Embora todas as dúvidas que surgiram no estágio, hoje estão dando lugar à confiança e as dificuldades foram ultrapassadas pela prática e o estudo. Hoje a mais extraordinária é saber que aprendi e acredito que daqui para a frente tenho as bases necessárias para ser um bom professional.
Portanto o estágio veio mostrar o conceito sobre o trabalho de um laboratório e confirmar quão é atraente a área de análises clínicas, onde tanto se pode aprender e tanto conhecimento se pode aplicar. Continuo ciente de que tenho um longo caminho a trilhar e que a tão sonhada formação tem que ser constante, sinto-me, preparado para o desafio da vida profissional com a confiança de que ficarei na profissão certa.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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https://parasitologiaclinica.ufsc.br/index.php/info/conteudo/diagnostico/helmintoses-protozooses/parasitologico-fezes/ Acessado em 05/05/2021
https://www.unilab.com.br/materiais-educativos/artigos/fase-pre-analitica/
Acessado em 05/05/2021
Carli, Geraldo Attilio De, Parasitologia Clínica. 2ª ed. São Paulo Atheneu, 2010
https://laboratoriomarcosdonadon.com.br/exame/beta-h-c-g-qualitativo/
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Acessado em 05/05/2021.
https://www.rededorsaoluiz.com.br/exames-e-procedimentos/analises-clinicas/vdrl Acessado em 16/05/2021
https://www.tuasaude.com/exame-de-bilirrubina/ Acessado em 13/05/2021
https://kasvi.com.br/analises-clinicas-urinalise/ Acessado em 16/05/2021
https://autolac.com.br/blog/setores-tecnicos-do-laboratorio-de-analises-clinicas/
Acessado em 16/05/2021
http://bioanalitica.com.br/produtos/ acesssado em 16/05/2021
https://www.tuasaude.com/ acessado em 16/05/2021
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