Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL Complicações cirúrgicas São intercorrências que ocorrem no pós-operatório 1. Hemorragia Causas: Lesão vascular, distúrbio sistêmico ou medicamentoso Prevenção: Anamnese, conhecimento anatômico (técnica atraumática) e exames laboratoriais. Condutas: • Determinar a fonte do sangramento e tamponamento com gaze • Sutura efetiva ou termocoagulação • Hemostáticas absorvíveis: esponja de fibrina, colágeno e celulose oxidada 2. Hematoma e Equimose Hematoma: acúmulo de sangue nos tecidos com aumento de volume Equimose: acúmulo de sangue nos tecidos sem aumento de volume Pode ocorrer de 24h a 48h após a cirurgia. Prevenção: Hemostasia trans-cirurgica e frio por 24h Condutas: compressas mornas, pomadas anticoagulantes (hirudoid). Para hematomas extensos fazemos antibioticoterapia profilática 3. Alveolite Conceito Complicação frequente que provoca perturbação no processo do reparo alveolar com degradação do coágulo. Seca • Quadro infeccioso agudo com desintegração do coágulo • Terminações nervosas sujeitas aos microrganismos, causando dor. • Paredes desnudas, sensíveis, alvéolo recoberto por camada acinzentada Úmida • Tecido de granulação, supuração • Degeneração do coágulo – corpo estranho Processo normal de reparação alveolar Coágulo invadido nos primeiros dias por fibroblastos jovens > tecido de granulação INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL Atividade osteoplásticas após dez dias, e concluído aos 64 dias Quando temos alveolite: não há tecido de granulação na fase inicial de reparação, e a evolução do processo sem o tecido de granulação se torna uma necrose e como consequência temos a reabsorção da cortical óssea alveolar. Diagnostico – alveolite • Três a quatro dias após a exodontia • Dor intensa e irradiada para o ouvido, temporal, orbita e frontal • Odor desagradável • Mal-estar geral • Febre • Sudorese • Linfadenite Fatores predisponentes gerais • Diabetes não controlada • Estados anêmicos • Deficiências nutricionais • Tabagismo • Contraceptivos Fatores predisponentes locais • Infecção pré e pós-operatória • Trauma cirúrgico • Excesso de vasoconstritor • Fragmentos ósseos e raízes Medidas preventivas • Exame clínico • Princípio da cirurgia asséptica • Emprego de clorexidina 0,12% • Anestesia regionais • Evitar o uso demasiado de brocas • Irrigação com soro fisiológico • Não introduzir corpos estranhos no interior do alvéolo • Curetagem para remoção de focos infecciosos • Não deixar fragmentos ósseos • Antibioticoterapia Tratamento LOCAL Alveolite seca: anestesia, irrigação com soro fisiológico ou H2O2 seguida de clorexidina 0,12% e preenchimento do alvéolo com medicamento intra-alveolar. Alveolite úmida: anestesia, limpeza cirúrgica delicada com curetas, irrigação com soro fisiológico, clorexidina 0,12% e sutura. Tratamento SISTEMICO • Associado ao tratamento local • Analgésicos e antimicrobianos em sinais de disseminações sistêmicas • Amoxicilina 500mg associada ao Metronidazol 250mg 8/8h de 5 a 10 dias • Azitromicina 500mg ou Clindamicina 300mg: alérgicos 4. Déficits sensitivos Parestesia-neuropraxia Distúrbio neurossensorial com diminuição de sensibilidade de uma determinada região Causas: proximidade de nervos e traumatismos provocados pelas agulhas INTERVENÇÕES CIRURGICAS DA CAVIDADE ORAL Clinicamente: anestesia prolongada da língua, lábio entre 3 a 12 meses. Prevenção: uso controlado de anestésicos, cuidado na incisão e divulsão lingual. Condutas: medicação antineuritica e complexo B com ou sem associação de AIES Fisioterapia, infravermelho, TENS, laser, fonoaudiologia, acupuntura. Paralisia Reversível onde envolve os nervos motores que fornecem a motricidade para a musculatura e aos seus tecidos correspondentes Causas: Falhas nos procedimentos anestésicos Prevenção: Correta técnica anestésica Conduta: Aguardar o efeito anestésico 5. Fistula buco-sinusal ou buco- nasal Buco-sinusal: permanência de uma comunicação da cavidade bucal com o seio maxilar, devido a destruição do soalho e membrana durante exodontias. Buco-nasal: exodontia onde os ápices estão em íntima relação com a cavidade nasal Clinicamente: falta de continuidade da mucosa, presença de tecido epitelizado da cavidade sinusal ou nasal com a boca, escape de ar, saída de líquidos ingeridos pelo nariz, congestão nasal e rinorreia mucopurulenta. Condutas: • Tratamento diretamente relacionado com o tempo e tamanho • Antibioticoterapia, descongestionantes e retalhos rotacionados • Fechamento em dois planos (fistula/bichat/membrana/tela/ enxerto)
Compartilhar