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Semiologia Médica Aula 2. Exame Físico Pulmonar Inspeção Estática o Forma do tórax o Abaulamentos Dinâmica o Tipo respiratório o Ritmo e frequência da respiração o Amplitude dos movimentos respiratórios o Tiragem intercostal o Expansibilidade dos pulmões Inspeção Estática Formas do Tórax Tórax Chato o Menor diâmetro anteroposterior o Escápulas proeminentes o Pacientes longilíneos Tórax em Tonel ou Barril o Diâmetro anteroposterior semelhante ao transversal o Paciente com enfisema pulmonar ou idoso Tórax Infundibuliforme (pectus excavatum) o Depressão no terço inferior do esterno o Acentuado: distúrbio pulmonar restritivo o Congênito ou adquirido o Pacientes com raquitismo Tórax Cariniforme (Pectus carinatum) o Saliência: peito de pombo o Não compromete a ventilação pulmonar o Congênito ou adquirido o Pacientes com raquitismo infantil Tórax em Sino ou Piriforme o Porção inferior alargada como a boca de um sino o Pacientes com hepatoesplenomegalia e com ascite volumosa Tórax Cifótico o Encurvamento posterior da coluna torácica o Pacientes com defeito de postura ou lesão de vértebra torácica (tuberculose, osteomielite, neoplasias, anomalias congênitas) Tórax Escoliótico o Desvio lateral da coluna vertebral torácica o Congênito Tórax Cifoescoliótico o Alteração cifótica + escoliose o Congênito ou adquirido o Restrição grave da expansão torácica e insuficiência respiratória Tórax Instável Traumático o Fraturas de várias costelas o Movimentos paradoxais Abaulamentos e Depressões Aneurisma da aorta: abaulamento pulsátil e arredondado na parte anterossuperior do tórax Os derrames pleurais provocam abaulamento na base do hemitórax correspondente As hipertrofias do ventrículo direito ocasionam abaulamento do precórdio Atelectasia ou lesões fibróticas causam retração do hemitórax esquerdo Más formações e consolidações de fraturas de costelas exteriorizam-se com abaulamentos da área em que se localizam Tiragem Tiragem Unilateral: oclusão do brônquio principal D/E. Causado por exsudato espesso, neoplasia, corpo estranho Tiragem Bilateral: oclusão acima da bifurcação traqueal ou estreitamentos generalizados de pequenos brônquios. Causado por laringite estridulosa, compressão extrínseca da traqueia, asma brônquica e enfisema pulmonar Inspeção Dinâmica Tipo Respiratório Movimentação do tórax e do abdômen 2 tipos de respiração o Costal superior: sexo feminino, músculos escaleno/esternocleidomastoideo, deslocam a parte superior do tórax para cima e para frente o Toracoabdominal: sexo masculino e crianças, movimentação da metade inferior do tórax e da parte superior do abdômen, musculatura diafragmática, na posição deitada a respiração é predominantemente diafragmática Ritmo Respiratório o Observar as incursões por minuto o Sequência o Forma o Amplitude o Ritmo respiratório normal: sucessão regular de movimentos respiratórios, de profundidade semelhante ou igual Alterações no Ritmo Respiratório o Respiração Dispneica: sucessão regular de movimentos respiratórios amplos e desconfortáveis. Pacientes com insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, bronquite, pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural, anemias graves o Platipneia: dificuldade pra respirar na posição ereta que se alivia na posição deitada. Pacientes com pneumectomia o Ortopneia: dificuldade pra respirar na posição deitada o Trepopneia: maior conforto em decúbito lateral, deita sobre o lado não comprometido, pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e derrame pleural o Respiração de Cheyne Stokes: incursões respiratórias cada vez mais profundas até atingir amplitude máxima, depois ocorre diminuição gradual até a apneia Pacientes com insuficiência cardíaca grave, AVC, traumatismos cranioencefálicos, intoxicações por morfina ou barbitúricos o Respiração de Biot: períodos de apneia que interrompem a sequência de incursões respiratórias, variações na amplitude dos movimentos torácicos, arritmia respiratória. pacientes com meningite, neoplasia, hematoma extradural – lesão no centro respiratório, mal prognóstico o Respiração de Kussmaul: amplas e rápidas inspirações, curtos períodos de apneia, expirações profundas e ruidosas, pequenas pausas de apneia. Pacientes com cetoacidose diabética, insuficiência renal com uremia e acidose o Respiração Suspirosa: inspiração mais profunda seguida de uma expiração mais demorada, suspiros passam a interromper o ritmo respiratório normal Frequência Respiratória FR normal: 16-20 irpm Expansibilidade dos Pulmões Através da inspeção e palpação Inspeção do Pescoço Músculos trapézio e esternocleidomastoideo Sinal precoce de obstrução das vias aéreas Palpação Estrutura da parede torácica: pele, tecido subcutâneo, músculos, cartilagens, ossos Expansibilidade ou mobilidade: ápices e bases. o Redução ou ausência de mobilidade dos ápices indica pneumonia e pleurite o Expansibilidade das bases: altura das apófises espinhosas da 9° ou 10° vértebra torácica. A respiração tranquila e incursões respiratórias profundas o Diminuição da Expansibilidade Unilateral 1. Apical: processo infeccioso ou cicacatricial do ápice pulmonar 2. Basal: derrame pleural, hepatomegalias, esplenomegalias 3. Difusa: pneumotórax, hidrotórax, atelectasia, traumatismo torácico o Diminuição da Expansibilidade Bilateral 1. Ápice: processo infeccioso ou cicatricial 2. Basal: gravidez, ascite, obesidade grave, derrame pleural bilateral 3. Difusa: pulmonar, esclerodermia, senilidade Frêmito Toracovocal Vibrações percebidas na parede torácica pela mão do examinador quando o paciente emite algum som O examinador põe a mão sobre as regiões do tórax, ao mesmo tempo em que o paciente pronuncia, seguidamente, as palavras “trinta e três” Avalia intensidade – maior intensidade no ápice direito e região interescapular direita Aumento do frêmito: consolidação pulmonar, infarto pulmonar Diminuição ou desaparecimento: derrame pleural, espessamento da pleura, atelectasia por oclusão brônquica, pneumotórax, enfisema pulmonar Percussão Faces anterior e lateral: sentado ou deitado Face posterior: sentado Faces laterais: mão na cabeça Inicia-se na parte anterior passando para regiões laterais e posterior Alterações na Percussão do Tórax Normal: sonoridade pulmonar/som claro pulmonar exceto em região de outros órgãos Hipersonoridade pulmonar: mais clara e mais intensa, aumento de ar nos alvéolos. Causa: enfisema pulmonar Submacicez/Macicez: Diminuição da sonoridade pulmonar, redução ou inexistência de ar nos alvéolos. Causas: derrames ou espessamentos pleurais, condensação pulmonar (pneumonias, tuberculose, infarto pulmonar, neoplasias) Timpânico: pneumotórax, caverna tuberculosa – áreas de aprisionamento de ar entre as pleuras Ausculta Tórax total ou parcialmente descoberto Sons Normais o Som traqueal: inspiratório e expiratório na região de projeção da traqueia (pescoço e região esternal), passagem de ar da fenda glótica e traqueia o Respiração Brônquica: audível na zona de projeção dos brônquios de maior calibre, na face anterior do tórax, nas proximidades do esterno. Semelhante ao som traqueal, com componente expiratório menos intenso o Murmúrio Vesicular: turbulência do ar circulante ao chocar-se com as saliências das bifurcações brônquicas e ao passar por cavidades de tamanhos diferentes. Componente expiratório mais intenso, duradouro e tom mais alto. Ausculta em quase todo tórax (exceto regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3° e 4° vértebras dorsais – respiração broncovesicular). Mais forte na parte anterossuperior, nas axilas e nas regiões infraescapulares e mais fraco em pessoas com parede torácica aumentada. MV maisintenso quando o paciente respira de forma ampla e com a boca aberta. A diminuição ocorre em casos de: 1. presença de ar – pneumotórax 2. presença de líquido – hidrotórax 3. Tecido sólido – espessamento pleural 4. Dor torácica que atrapalha a movimentação do tórax 5. Obstrução das vias aéreas superiores 6. Oclusão parcial ou total de brônquios e bronquíolos o Respiração Broncovesicular: Normal: região esternal superior, interescapular direita, nível da terceira e quarta vértebra dorsal Anormal: condensação pulmonar, atelectasia por compressão, presença de caverna Sons Anormais Descontínuos Estertores finos: mais audíveis no final da inspiração, frequência alta, duração curta, não se modificam com a tosse, atrito de punhado de cabelos. Ocorre por abertura das vias aéreas que anteriormente estavam fechadas em razão da pressão exercida pela presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar e alteração no tecido de suporte das paredes brônquicas Estertores grossos: frequência menor, duração maior, alteram com a tosse, ocorre em todas as regiões do tórax, início da inspiração e durante toda a expiração. Ocorre por abertura e fechamento de uma via aérea que possui secreção viscosa e espessa, afrouxamento da estrutura de suporte das paredes brônquicas – bronquites e bronquiectasia Sons Anormais Contínuos Roncos: sons de baixa frequência, vibrações das paredes e do conteúdo gasoso quando há estreitamento desses ductos. Ocorre em espamos, edema de parede, secreção aderida a parede, asma, bronquite, bronquiectasia e obstruções localizadas. Ocorrem tanto na inspiração quanto na expiração, na qual predominam Sibilos: sons de alta frequência, vibrações das paredes bronquiolares e de seu conteúdo gasoso ocorrendo na inspiração e na expiração. Múltiplos e disseminados: asma/bronquite. Localizados em casos de obstrução por neoplasia ou corpo estranho Estridor: inspiratório por obstrução na laringe e traqueia. Ocorre em difteria, laringite aguda, câncer de laringe, estenose de traqueia Som Anormal de Origem Pleural o Atrito Pleural: ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, duração maior e frequência baixa, ranger de couro atritado, regiões axilares inferiores. Causa principal: pleurite seca Ausculta da Voz Ausculta-se a voz falada e a voz cochichada “Trinta e três” Os sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica constituem a ressonância vocal Os sons devem ser incompreensíveis, pois o parênquima pulmonar normal absorve muitos componentes sonoros. Na transmissão facilitada as palavras ficam nítidas (mais conteúdo sólido) – pneumonia, infarto pulmonar Mais intenso no ápice do pulmão direito, regiões interescapulo vertebrais e esternal superior Aumento patológico: condensação pulmonar – inflamatória, neoplásica, pericavitária Diminuição: atelectasia, espessamento pleural, derrames Quando se ouve com nitidez a voz falada chama-se pectoriloquia fônica e a voz sussurrada chama-se pectoriloquia afônica Egofonia: tipo especial de broncofonia, quando essa adquire qualidade nasalada e metálica. Surge na parte superior dos derrames pleurais e condensação pulmonar , TGPI 1) Qual a alternativa mais correta quanto a inspeção no exame físico pulmonar? a. A inspeção do tórax é dividida em 3: estática, dinâmica e mista. b. Inspeção estática compreende a forma do tórax e a presença ou não de abaulamentos e depressões. Correto. c. Na inspeção dinâmica deve-se avaliar pele e estruturas superficiais da parede torácica. d. Forma do tórax é avaliada na inspeção mista. 2) Qual a alternativa correta em relação às formas do tórax encontradas no exame físico pulmonar? a. A forma do tórax não sofre variação de acordo com a idade. b. Tórax chato é sinônimo de tórax atípico. c. Tórax cariniforme também é chamado de pectus excavatum. d. No adulto em geral, o diâmetro lateral do tórax é maior que o anteroposterior 3) Qual a alternativa mais correta em relação ao tipos e ritmos respiratórios? a. Ritmo respiratório é divido em 2: costal superior e toracoabdominal b. Para o reconhecimento do tipo respiratório, observa-se atentamente a movimentação do tórax e do abdome. Conceito correto. c. Tipo respiratório pode ser divido em: Kussmaul, Biot, Suspirosa e Cheyne-Stokes. d. Tipos e ritmos respiratórios são sinônimos. 4) Qual das alternativas está correta quanto a palpação no exame físico pulmonar? a. Durante a palpação, investigam-se três parâmetros: estrutura da parede torácica, expansibilidade ou mobilidade e frêmito toracovocal. b. A expansibilidade dos pulmões é avaliada apenas na região anterior do tórax ao nível do ápice pulmonar. c. Frêmito toracovocal é a percepção das vibrações na parede torácica pelo estetoscópio do examinador. d. Frêmito toracovocal deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal. 5) Qual das alternativas é a mais correta em relação a percussão pulmonar? a. A percussão pulmonar deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal e posteriormente em decúbito lateral direito e esquerdo. b. Som maciço e submaciço são sinônimos. c. O som hipertimpânico é mais comum na área da projeção do coração. d. Hipersonoridade indica aumento de ar dentro do alvéolo. 6) Qual a alternativa correta em relação a ausculta pulmonar? a. A ausculta pulmonar por cima da roupa é permitida em caso de pacientes críticos contidos no leito. b. Som traqueal apresenta componentes inspiratórios e expiratórios, sendo denominado um som normal da ausculta do aparelho respiratório. c. Os sons anormais são dividos em: contínuos, descontínuos e intercalados. d. Atrito pleural é um som normal presente na ausculta do aparelho respiratório. 7) Qual a alternativa correta em relação a ausculta da voz no exame do aparelho pulmonar? a. Os sons produzidos pela voz e ouvidos na parede torácica constituem a ressonância vocal. b. Na ressonância vocal deve-se ausculta apenas a voz falada. c. Em condições normais a voz falada constitui-se de sons compreensíveis. d. Broncofonia refere-se a redução da ressonância vocal. 8) Qual a alternativa correta sobre as síndromes brônquicas? a. Pneumotórax é uma síndrome brônquica. b. Asma é caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas inferiores. c. Atelectasia é uma síndrome pleural. d. A consolidação pulmonar está relacionada com síndromes brônquicas.
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