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MATEMÁTICA A N O LIVRO DO PROFESSOR Matemática OBJETIVOS • Identificar ponto, reta e plano. • Reconhecer e classificar figuras planas. • Diferenciar uma figura poligonal de uma não poligonal. • Identificar padrões geométricos nas bandeiras do mundo. Capítulo 8 Grandezas e medidas, 120 Capítulo 7 Ângulos, polígonos e circunferências, 86 OBJETIVOS • Reconhecer diferentes unidades de medida e relacioná-las às grandezas correspondentes. • Utilizar as unidades do sistema internacional de medidas. • Resolver situações-problema que envolvam medidas. Grandezas e unidades de medida . . . . . . . . . . . . . . 122 Medidas de comprimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Perímetro de um polígono . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130 Medidas de superfície . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133 Unidades de área . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 Área de polígonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 Medidas de volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Volume de sólidos geométricos . . . . . . . . . . . . . . . . 142 Medidas de capacidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145 Medidas de massa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 Medidas de tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151 Tratamento da informação – Calcular média aritmética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154 Resolução de problemas – Fazer um desenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156 Somando cultura – Regras do futebol . . . . . . . . 158 Matemática e tecnologia – Média aritmética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160 Organizando o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161 Exercícios integrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 162 Amplie . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164 Ponto, reta e plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 Ângulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90 Medida e classificação de um ângulo . . . . . . . . . . . 92 Retas concorrentes e retas paralelas . . . . . . . . . . . . . 96 Polígonos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 Triângulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 Quadriláteros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 Circunferências e círculos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Tratamento da informação – Ler e intrerpretar gráfico de setores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112 Resolução de problemas – Diagrama de árvore . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 Somando cultura – Vexilologia . . . . . . . . . . . . . . . 116 Matemática e tecnologia – Construção de retas perpendiculares e de retas paralelas . . . . . . 118 Organizando o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_SUM_S_R2.indd 85 29/01/14 15:08 291GUIA DIDÁTICO 7capítulo Ângulos, polígonos e circunferências Cada povo elege para si alguns símbolos nacionais para representar seu país em eventos públicos. Os símbolos mais comuns são as armas nacionais – representadas por brasões –, os hinos nacionais e as bandeiras. Cidades, estados e até empresas também possuem suas bandeiras, que são hasteadas na comemoração de datas especiais. Muitas delas apresentam formas geométricas bem simples, como quadriláteros, triângulos e circunferências fáceis de desenhar. Outras, no entanto, têm um desenho mais sofisticado, como a bandeira brasileira, que tem o formato retangular, um losango ao centro e um círculo. Dentro do círculo há uma faixa com a inscrição “Ordem e Progresso”, além de 27 estrelas que representam os estados da nação e o Distrito Federal. Bandeira da Arábia Saudita Bandeira do Japão Bandeira do Sri Lanka Bandeira da Suíça 86 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 234 29/01/14 15:09 INFORMAÇÃO ADICIONAL O objetivo deste capítulo é abordar a geometria plana, desde conceitos primitivos, como o ponto, a reta e o plano, até construções como ângu- los, polígonos e formas circulares. Os alunos são motivados a compreen- der o significado desses conceitos, além de manusear instrumentos de desenho, como régua, esquadro, transferidor e compasso, para fazer construções geo métricas e efetuar medições com o intuito de estabe- lecer relações entre a teoria matemá- tica e suas aplicações. Neste capítulo, os temas abordados são: • Ponto, reta e plano • Ângulos • Medida e classificação de um ângulo • Retas concorrentes e retas paralelas • Polígonos • Triângulos • Quadriláteros • Circunferências e círculos • Tratamento da informação: Ler e interpretar gráfico de setores • Resolução de problemas: Diagra- ma de árvore • Somando cultura: Vexilologia • Matemática e tecnologia: Cons- trução de retas perpendiculares e de retas paralelas 292 GUIA DIDÁTICO A bandeira do Nepal, nas cores vermelha, azul e branca, tem a forma de dois triângulos superpostos. pesquise O estudo das bandeiras dos países é conhecido como vexilologia. A palavra vexilologia tem origem na palavra latina vexillum – nome das bandeiras dos exércitos romanos. Todos os países do globo possuem bandeiras oficiais, são 195 ao todo. A bandeira do Nepal é a única que não apresenta formato retangular. Pesquise qual é a bandeira do Nepal e qual é o seu formato. Para começar 1 Você conhece algum outro símbolo do Brasil diferente do hino nacional e da bandeira? 2 Indique o nome das figuras que aparecem nas bandeiras que ilustram a abertura deste capítulo. 3 Se você tivesse de separar essas figuras em dois grupos, conside- rando o formato de seu contorno, como ficaria essa divisão? O esperado é que os alunos falem dos demais hinos, das armas nacionais e do selo nacional. Círculos e regiões planas (poligonais e não poligonais). 3 Espera-se que os grupos sejam divididos em figuras poligonais e em figuras curvas. Bandeira do Brasil com as siglas dos estados posicionadas próximas às estrelas, indicando qual estado cada estrela representa. AM MS RO MT AP RR TO GO PA AC BA SP DF PIRJ MG MA CE RN PB PE AL SE PR SC RS ES 87 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 235 29/01/14 15:09 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Leia o texto inicial com os alunos e promova uma conversa sobre os sím- bolos nacionais dos países para veri- ficar se eles atribuem importância a esses símbolos. Comente sobre a composição da bandeira brasileira, suas cores, suas formas e seus signi- ficados. Em geral, as bandeiras apre- sentam desenhos constituídos de formas geométricas, figuras variadas e contêm cores associadas a caracte- rísticas culturais e geográficas do país. No caso da bandeira brasileira, por exemplo, as constelações que apare- cem no círculo azul retratam o aspec- to do céu no dia 15 de novembro de 1889 na cidade do Rio de Janeiro. Relacione o formato da bandeira eos desenhos nela representados às figu- ras geométricas planas e comente que esse estudo faz parte da área da matemática conhecida como geome- tria, que também trata das relações numéricas existentes nessas figuras. Explore a primeira atividade do boxe Para começar para verificar o conhe- cimento dos alunos sobre os símbo- los nacionais e motivar a descoberta de mais informações a respeito. Se possível, apresente alguns desses símbolos, como o Selo Nacional e um trecho do Hino da Independência. As atividades 2 e 3 pretendem levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre figuras geométricas e caracte- rísticas específicas, como nomencla- tura e classificação. No boxe Pesquise, introduz-se o ter- mo Vexilologia e seu significado. Contudo, esse estudo será retomado de maneira mais detalhada na seção Somando cultura. AMPLIE Acesse o link a seguir para saber mais sobre os símbolos nacionais. http://oxbr.cc/AMmP0W 293GUIA DIDÁTICO A r α α r s B A C O P CAP 7 ObjetivOs • Reconhecer os conceitos primiti- vos da geometria plana. • Diferenciar reta, semirreta e seg- mento de reta. O estudo da geometria baseia-se em três conceitos iniciais que não têm definição: ponto, reta e plano. O Egito antigo foi uma das maio- res civilizações da Antiguidade. O agrimensor era um funcio- nário nomeado pelo faraó para verificar se as fronteiras entre as propriedades estavam sendo respeitadas. O trabalho desse profissional é o que os egípcios chamavam de geometria, do grego, geometría, que significa medida (metría) da terra (geo). Mais ainda Quando encostamos um lápis no papel, fazemos uma marca. Essa marca é a representação de um ponto. Para nomear os pontos usamos as letras latinas maiúsculas. Uma reta é como uma linha sem curvas que não tem co- meço nem fim. Uma linha traçada com o auxílio da régua é a representação de uma reta. Para nomear as retas usamos as le- tras latinas minúsculas. Para denotar a reta que passa por A e B, escrevemos AB � �� . Há vários pontos em uma reta e vários pontos fora dela. Uma face de um poliedro é uma superfície plana. Para ter ideia do que é um plano, imagine essa superfície estendida em todas as direções, mantendo-se sempre plana. Os planos contêm retas e pontos. Há vários pontos tanto em um plano quanto fora dele. Para nomear os planos utilizamos as letras gregas minúsculas, como: a (alfa), b (beta), g (gama) e θ (teta). Uma semirreta é parte de uma reta com início determinado por um ponto, chamado origem da semirreta, mas que não tem fim. Para denotar a semirreta com origem em O que passa por P, escrevemos OP � �� . Os pontos A e B pertencem ao plano a, e as retas r e s estão contidas nesse plano. O ponto C está fora do plano, ou seja, não pertence a ele. Ponto, reta e plano 88 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 236 29/01/14 15:09 OBJETIVOS • Apresentar os conceitos primitivos da geometria plana. • Discutir a diferença entre reta, semirreta e segmento de reta. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Leia o texto inicial com os alunos para apresentar os conceitos primitivos da geometria plana. Dê exemplos do cotidiano que podem ser associados às ideias desses conceitos, por exem- plo: uma estrela no céu dá a ideia de um ponto; a faixa contínua de um trecho retilíneo de uma rodovia dá a ideia de reta; a superfície de um lago, sem oscilações, dá a ideia de plano. Além disso, use a lousa para represen- tar esses conceitos articulando-os aos exemplos. Deixe claro que os dese- nhos no estudo de geometria são representações de conceitos abstra- tos. Comente que a reta e o plano não têm extremidades, ou seja, são infinitos. Por outro lado, o ponto não tem dimensão. Mostre que há notações diferentes para esses três conceitos geométri- cos. Para representar o ponto, são usadas letras latinas maiúsculas; as retas são denotadas por letras minús- culas; e os planos, por letras gregas minúsculas. Peça aos alunos que atentem para a diferença entre o conceito de reta e o de semirreta. Enquanto a reta se estende indefinidamente em dois sentidos opostos, a semirreta tem uma extremidade, ou seja, inicia em um ponto e se estende indefinida- mente. Comente sobre a diferença entre a notação de reta e a de semir- reta e registre-a na lousa. Aproveite o boxe Mais ainda para correlacionar o desenvolvimento da geometria e a história da humanidade e mostrar como a matemática teve um papel relevante nas modificações do espaço e no avanço tecnológico. INFORMAÇÃO ADICIONAL A obra Os Elementos, de Euclides (século III a.C.), é constituída de 13 livros, nos quais ele reuniu todo o conhecimento geométrico conhecido da época. A matemática grega apresenta um diferencial relevante em relação à de outros povos. A geometria desenvolvida pelos egíp- cios, de caráter experimental, deu lugar a uma construção hipotética e dedutiva na Grécia. A obra escrita por Euclides apresenta, inicialmen- te, algumas noções comuns, definições e pos- tulados que são aceitos sem demonstração, além de teoremas e proposições, que são resul- tados demonstrados. 294 GUIA DIDÁTICO 0 cm 1 2 3 4 5 6 7 8 999 A B AB = 9 cm X A B C D rD A B C Ponto, reta e plano Um segmento de reta é parte de uma reta com início e fim de- terminados por dois pontos. Para denotar o segmento com extre- midades em A e B, escrevemos AB. Como um segmento tem início e fim determinados, podemos medi-lo. Para indicar a medida de AB, escrevemos apenas AB. Quando dois segmentos têm medidas iguais, dizemos que são segmentos congruentes. Como a medida de AB é 9 cm, escrevemos AB = 9 cm. exercícios ProPostos 1 Considere os pontos a seguir e, com auxílio da régua, trace: a) AB � �� b) CD � �� c) X, ponto onde cruzam AB � �� e CD � �� ObservaçãO Toda reta pode ser dividida em duas semirretas de mesma origem. Para isso, basta definir o ponto de origem: para um lado desse ponto, temos uma semirreta e, para o outro lado, outra semirreta. B O A OB OA (origem) 3 De acordo com a resposta do exercício 2, podemos afirmar que o com- primento de AB é maior ou menor do que o comprimento de CD? AB < CD, pois os pontos A e B pertencem a CD. 2 Na reta r, marque os pontos A, B, C e D distintos, de modo que AB esteja contido em AC e em BD. Exemplo de resposta. m a t e m á t ic a 89 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 237 29/01/14 15:09 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Apresente o conceito de segmento de reta e comente que os pontos que o limitam são denominados extremidades do segmento. A con- sequência direta dessa característica do segmento de reta é que ele pode ser medido; com isso, é possível dizer que o segmento tem comprimento, e a essa grandeza está associada uma medida, chamada medida de comprimento do segmento ou sim- plesmente medida do segmento. Comente com os alunos a diferença entre a notação de segmento e a de medida de segmento. Use o boxe Observação para corre- lacionar o conceito de reta e o de semirreta e mostre que toda reta pode ser dividida em duas semirretas. Aproveite a definição de congruência de segmentos para explicar o signifi- cado dessa palavra em matemática. Comente que se duas figuras geomé- tricas planas se sobrepõem perfeita- mente elas são congruentes. INFORMAÇÃO ADICIONAL Na obra de Euclides, são apresenta- das 15 definições. Veja como ele de- fine ponto, reta e plano. 1. Ponto é aquilo de que nada é parte. 2. E linha é comprimento sem largura. [...] 4. E superfície é aquilo que tem somente comprimento e largura. Euclides. Os Elementos. Tradução de Irineu Bicudo. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 97. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe a representação dos pontos A, B e C na reta r. A B C r Responda: a) Considerando os pontos A, B e C como origem de semirretas distintas, quantas delas estão contidas na reta r? Quais são? b) Considerando os pontos A, B e C como extremidade de segmentos de reta distintos, quantos deles podem ser obtidos na reta r? Quais são? Resolução a)Seis semirretas. A semirreta de origem no ponto A, cuja linha se estende indefinidamente à esquerda de A; a semirreta de origem no ponto C, cuja linha se estende indefinidamente à direita de C; AB ou AC; BC ; CB ou CA e BA . b) Três segmentos: AB ou BA ; BC ou CB ; AC ou CA. 295GUIA DIDÁTICO A O B 12 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 12 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 12122 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 12 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 Em 1 hora, o ponteiro dos minutos percorre uma volta. Em 6 horas, o ponteiro das horas percorre meia volta. 12 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 122 6 9 8 7 11 2210 11 3 4 5 2 12 Em 15 minutos, o ponteiro dos minutos dá um giro de de volta.1 4 122 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 Em 2 horas, o ponteiro das horas dá um giro de de volta.1 6 ObservaçãO 12 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 12 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 6 39 12122 6 9 8 7 1 210 11 3 4 5 CaP 7 O movimento de cada ponteiro do relógio pode ser considera- do como um giro. Ângulos Os ponteiros do relógio gi- ram sempre no mesmo senti- do, o sentido horário. Mas um giro pode ser definido tanto no sentido horário quanto no anti-horário (sentido contrário ao do movimento dos pontei- ros do relógio). Além disso, é possível definir um giro com mais de uma vol- ta. Por exemplo, da 1 hora até as 4 horas, o ponteiro das ho- ras gira 1 4 de volta, e o pontei- ro dos minutos dá três voltas completas. Em um ângulo, a origem das semirretas é chamada vértice do ângulo, e cada uma das semirretas é um lado do ângulo. Para dar nome ao ângulo, coloca-se um acento circunflexo sobre o nome do vértice ou escolhem-se dois pontos, um em cada semirreta, e escreve-se o vértice com o acento circunflexo entre os nomes des- ses pontos. Por exemplo: Ângulo é a figura formada por duas semirretas de mesma origem. Cada um desses giros corresponde a um ângulo. O� ou AOB� ou BOA� ObjetivO • Identificar, classificar e construir ângulos. 90 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 238 29/01/14 15:09 OBJETIVOS • Discutir o conceito de ângulo. • Dar condições para que os alunos classifiquem e construam ângulos. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Use o exemplo do giro dos ponteiros do relógio para apresentar o concei- to de ângulo. Se possível, leve um relógio (de ponteiros) de parede para a aula e explore com os alunos outros ângulos relacionados aos movimen- tos dos ponteiros. Isso também pos- sibilita que se compreenda melhor a relação entre o ponteiro dos minutos e o ponteiro das horas. Trabalhe com as noções de giro em relação às frações de uma volta. A gra- duação dos minutos no visor do reló- gio facilita essa compreensão, que pode ser articulada ao conceito de fração equivalente. Aproveite para res- gatar essa ideia com os alunos. A visualização do movimento, associada à numeração do relógio, pode facilitar o entendimento sobre o sentido do giro, ou seja, se ele ocorre em sentido horário ou em sentido anti-horário. 296 GUIA DIDÁTICO Ângulos exercícios ProPostos 1 Um jogo consiste em descobrir qual é a regra de formação de uma sequência de figuras para adivinhar qual é a próxima. Em certo nível do jogo, as figuras mostradas foram: Nessas condições, responda: a) Qual é a regra de formação dessa sequência de figuras? Giro de um quarto de volta no sentido anti-horário. b) Qual das figuras a seguir é a próxima da sequência? A figura II. 2 O cofre é um dispositivo de segurança que consiste em uma caixa, normalmente metálica, lacrada com uma fechadura que contém um segredo. Uma vez fechado, a única maneira de abri-lo é conhecendo esse segredo. A sequência de giros que permite abrir o cofre abaixo, partindo do número 1, é: • Meia volta no sentido anti-horário. • 1 4 de volta no sentido horário. • 5 8 de volta no sentido anti-horário. • Duas voltas e um quarto no sentido horário. • Uma volta e meia no sentido anti- -horário. • 3 4 de volta no sentido horário. Ao final dessa sequência, a seta estará apontando para qual número? Para o número 6. 2 • Ao dar meia volta no sentido anti- -horário, a seta passa a apontar o número 5. • Ao dar um quarto de volta no sentido horário, a seta passa a apontar o número 7. • Ao dar cinco oitavos de volta no sentido anti-horário, a seta passa a apontar o número 2. • Ao dar duas voltas e um quarto no sentido horário, a seta passa a apontar o número 4. • Ao dar uma volta e meia no sentido anti-horário, a seta passa a apontar o número 8. • Ao dar três quartos de volta no sentido horário, a seta passa a apontar o número 6. m a t e m á t ic a 91 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 239 29/01/14 15:09 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No exercício 1, os alunos devem iden- tificar na imagem inicial os giros da- dos de maneira sequencial para que a disposição do círculo de cores se altere em cada passo. Chame a aten- ção para a divisão do círculo em 8 partes iguais, destacadas com dife- rentes cores. Logo, um giro de 1 8 de volta deslocaria uma cor em relação ao ponteiro. Se julgar conveniente, promova um debate com a turma para que os alu- nos tenham a oportunidade de refle- tir sobre objetos ou situações do cotidiano que funcionam segundo um movimento circular. Espera-se que surjam exemplos como a roda da bicicleta ou de automóveis, o pra- to do micro-ondas ou as hélices de um liquidificador. Verifique se eles percebem que há apenas dois senti- dos para algo que se movimenta se- gundo um giro: sentido horário ou sentido anti-horário. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Elabore uma sequência formada por 4 giros para abrir o cofre do exercício 2 desta página. Lembre-se de que a posição inicial da seta vermelha é o número 1. Além disso, adote a seguinte regra: alterne o sentido de rotação a cada passo da sequência. Criada a sequência, troque-a com um colega para que ele descubra qual número será apontado pela seta no final. Resolução Exemplo de resposta: a seguir, apresenta-se uma sequência de giros que tem a seta apontada para o número 7 no final. Veja: • 1 4 de volta no sentido anti-horário; • Uma volta e 3 4 de volta no sentido horário; • 1 4 de volta no sentido anti-horário; • Meia volta no sentido horário. 297GUIA DIDÁTICO 1o 360º 180º 90º 150º 210º 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 18018 0 17 0 16 0 15 0 14 0 13 0 1 20 110 100 80 70 60 50 40 30 20 10 0 centro do transferidor linha de fé 0 50 18 0 13 0 A O B 50 00 13 0 BB O0 188 A OA B 10 20 30 40 60 700 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 1880 17 0 16 0 15 0 14 0 120 110 100 80 70 60 50 40 30 20 10 00 CAP 7 ObjetivOs • Analisar como se mede e como se constrói um ângulo com o uso do transferidor. • Examinar a classificação de ân- gulos. Uma das unidades de medida usadas para medir a abertura de um ângulo é o grau, cujo símbolo é º. Para obter a medida de um grau, imagine uma circunferência dividida em 360 partes iguais. Cada uma dessas partes corres- ponde a um ângulo de 1º (lê-se: um grau). Um giro de uma volta completa determina um ângulo chama- do ângulo de uma volta, que mede 360º; um giro de meia volta de- termina um ângulo de meia volta, que mede 180º; um giro de um quarto de volta determina um ângulo de um quarto de volta, que mede 90º; e assim por diante. Medida e classificação de um ângulo O modo de contar dos babilônios Na atual região do Iraque, no Oriente Médio, viveu há cerca de 3 700 anos uma civilização conhecida por babilônia, que foi uma das mais avançadas da Antiguidade, deixando es- tudos de matemática, física e astronomia. A divisão da volta completa em 360º foi iniciada por eles, que tinham ainda 360 dias por ano em seu calendário. Divi- dir a hora em 60 minutos e os minutos em 60 segundos tam- bém foi uma contribuição dos babilônios. Mais ainda Em um ângulo, para indicar a medida que está sendo conside- rada, costuma-se desenhar um arcopróximo ao vértice. Transferidor O transferidor é um instrumento usado para medir e cons- truir ângulos. O transferidor da ilustração é o de 180º, mas exis- te também o de 360º. Ambos apresentam duas escalas gradua- das de grau em grau: uma no sentido horário e outra no sentido anti-horário. Para medir um ângulo com o transferidor, por exemplo, o ângu- lo AOB desenhado, deve-se proceder da seguinte maneira: I Sobreponha o centro do transferidor sobre o vértice do ângulo. II Alinhe um dos lados do ângulo com a linha de fé do transferidor. III Verifique o ponto em que o outro lado do ângulo cruzou com a escala do transferidor. A medida estará determinada.Neste caso, AOB� mede 47°. 92 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 240 29/01/14 15:09 OBJETIVOS • Mostrar como usar o transferidor para medir e construir ângulos. • Apresentar a classificação dos ângulos. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Leia o texto desta página com os alu- nos para apresentar a definição da unidade de medida de ângulo. Por convenção, divide-se o ângulo corres- pondente ao giro de uma volta com- pleta em 360 partes iguais e cada uma dessas partes é denominada grau. Explore a noção de giro para definir essa unidade de medida e aproveite para destacar a medida de ângulos como o de uma volta, o de meia vol- ta e o de quarto de volta. Aproveite o boxe Mais ainda para justificar, por meio de fatos históricos, a adoção do número 360 para a me- dida de um ângulo correspondente ao giro de uma volta. É uma possibili- dade de usar a história da matemática como recurso e reconhecer a impor- tância dos babilônios no estudo da astronomia e sua forma de medir o tempo. Apresente aos alunos o transferidor, instrumento usado para medir ângu- los. Como a régua é graduada em centímetros e milímetros, que são unidades de medida de comprimen- to, a graduação do transferidor é feita usando o grau como unidade. Apre- sente a linha de fé e o centro do transferidor. Mostre aos alunos como devem usar esse instrumento para medir ângulos. Comente com eles que alguns mode- los de transferidor têm duas gra dua- ções, uma interna e outra externa. Isso ocorre para facilitar o uso, de modo que é possível medir ângulos corres- pondentes a giros nos dois sentidos. Para evitar equívocos na determina- ção da medida de um ângulo, deve- -se observar cuidadosamente o zero correspondente ao lado do ângulo posicionado na linha de fé. Se for o zero localizado na graduação interna do transferidor, esta deve ser a refe- rência. Caso contrário, considera-se a graduação externa. INFORMAÇÃO ADICIONAL Na mesma época em que florescia a civilização egíp- cia à margem do rio Nilo, vários povos estabelece- ram-se na região da Mesopotâmia, [...] acádios, sumérios, babilônios, assírios e caldeus constituíram, ao longo de milênios, o que ficou conhecida na histó- ria como a civilização mesopotâmica. [...] Os mesopotâmios deixaram importantes contribui- ções nas ciências, na Arquitetura e na Literatura. [...] Todos os conhecimentos eram registrados com um estilete em tabuletas de barro, que depois eram cozi- das no fogo ou, então, secadas ao sol. O importante é que este sistema mostrou-se muito mais eficiente que o utilizado pelos egípcios, porque as tabuletas de ar- gila mostraram-se bem menos vulneráveis aos estra- gos do tempo do que os papiros. Enquanto todas as civilizações da Antiguidade usaram o sistema decimal, os mesopotâmicos adotaram um sistema de numeração com base 60. Não foi encontra- da explicação muito convincente sobre as causas dessa escolha, mas é possível que tenha sido adotada em vista da divisão da circunferência em 360o. Hélio Gordon. A História dos Números. São Paulo: FTD, 2002. pp.18-9. 298 GUIA DIDÁTICO F G 0 cm 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 E E F G E F G 65º 0 cm 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 130 140 150 160 170 1888088018 17 0 16 0 15 0 14 0 13 0 1 20 110 100 80 70 60 50 40 30 20 10 000000 GF B AO F G H Q P R T S U C D E K L M ângulo nulo ângulo agudo ângulo reto ângulo obtuso ângulo raso ângulo côncavo medida e classificação de um ângulo Para construir um ângulo com régua e transferidor, por exem- plo, um ângulo EFG de 65º, deve-se proceder da seguinte maneira: I Trace um lado do ângulo e marque o vértice. II Sobreponha o centro do transferidor sobre o vértice do ân- gulo, alinhando o lado desenhado com a linha de fé do transferidor. III Procure na escala graduada a medida desejada e marque o ponto que pertencerá ao outro lado. IV Trace o outro lado do ângulo. Classificação de ângulos Um ângulo pode ser classificado de acordo com sua medida. • Um ângulo de 0º é um ângulo nulo. • Um ângulo que mede entre 0º e 90º é um ângulo agudo. • Um ângulo de 90º é um ângulo reto. O símbolo indica um ângulo reto. • Um ângulo que mede entre 90º e 180º é um ângulo obtuso. • Um ângulo de 180º é um ângulo raso. • Um ângulo que mede entre 180º e 360º é um ângulo côncavo. m a t e m á t ic a 93 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 241 29/01/14 15:11 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Na segunda parte da aula, disponibi- lize um momento para que os alunos acompanhem os passos da constru- ção de um ângulo e os reproduzam com auxílio do transferidor. Se neces- sário, proponha outros exemplos de ângulos para serem construídos. Apresente a classificação de ângulos de acordo com a proposta da aula. Aproveite para classificar os ângulos correspondentes a giros já trabalha- dos pelos alunos em aulas anteriores. Por exemplo: O giro de um quarto de volta deter- mina um ângulo de 90º, ou seja, um ângulo reto. O giro de meia volta determina um ângulo de 180º, ou seja, um ângulo raso. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Siga as orientações a seguir para representar: a) um ângulo agudo Passo 1: desenhe dois pontos distintos. Nomeie esses pontos como O e A; Passo 2: trace a semirreta OA; Passo 3: posicione o centro do transferidor no ponto O e a linha de fé sobre a semirreta OA e desenhe um ponto localizado entre a graduação de 0º e de 90º. Nomeie esse ponto como B; Passo 4: trace a semirreta OB. b) um ângulo obtuso Passo 1: desenhe dois pontos distintos. Nomeie esses pontos como O e C; Passo 2: trace a semirreta OC; Passo 3: posicione o centro do transferidor no ponto O e a linha de fé sobre a semirreta OC e desenhe um ponto localizado entre a AMPLIE Maria Ignez de S. V. Diniz e Kátia C. S. Smole. O Conceito de Ângulo no Ensino de Geometria. CAEM – Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática do Instituto de Mate- mática e Estatística da Universidade de São Paulo. A leitura do livro pode contribuir com a reflexão sobre o ensino desse conceito no Ensino Fundamental. graduação de 90º e de 180º. Nomeie esse ponto como D; Passo 4: trace a semirreta OD. Resolução Exemplos de resposta: a) O A B b) O C D 299GUIA DIDÁTICO CAP 7 Giro Voltas Graus cisne-negro 4 voltas 1 440o cascata 1 980o turbilhão 2 610o ObjetivO • Identificar, classificar e construir ângulos. Exercícios exercício resolvido • Uma máquina é composta de duas engrenagens. A engrenagem maior gira 900º por segundo, e a menor gira 1080º por segundo. Qual é o número de voltas que cada engrenagem dá por segundo? Resolução Cada volta completa equivale a 360º. Então, para encontrar o número de voltas que cada engrenagem dá por segundo, precisamos dividir o total de graus percorridos em um segundo por 360º. =900º360º 2,5 = 1080º 360º 3 Portanto, a engrenagem maior dá duas voltas e meia por segundo, e a menor dá três voltas por segundo. exercícios ProPostos 1 Use o transferidor para medir os ângulos abaixo. Anote as medidas obtidas e, em seguida, classifique cada ângulo como agudo, obtuso, reto ou raso. a) b) c) d) 60º. Agudo. 90º. Reto. 180º. Raso. 140º. Obtuso. 2 Marina pratica patinação no gelo. Uma de suas melhores manobras é o giro em torno de si mesma. De acordo comas informações sobre os três giros que Marina executará em uma apresentação, complete o quadro a seguir. 5 1 2 voltas 7 1 4 voltas 2 cisne-negro: 4 × 360º = 1 440º cascata: 1980º 360º = 5,5 = 5 1 2 turbilhão: 2610º 360º 7,25 7 1 4 = = 94 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 242 29/01/14 15:11 OBJETIVO • Dar aos alunos condições de classificar e construir ângulos. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No Exercício resolvido, os alunos devem perceber que, se uma engre- nagem dá um número n de voltas por segundo, então em um segun- do o giro correspondente determina um ângulo que mede, em graus, n × 360º. No exercício 1, espera-se que os alu nos sejam capazes de medir os ân gulos representados usando o transferidor. Se necessário, oriente-os sobre a ma- neira de posicionar o instrumento para fazer a medição. Para completar a tabela do exercício 2, os alunos devem usar a relação entre o número de voltas e a medida do ângulo determinado pelo giro correspondente. Se julgar pertinente, comente que, para determinar o nú- mero de voltas, basta dividir a medi- da do ângulo dado por 360º. AMPLIE Marion Smoothey. Atividades e Jogos com Ângulos. Tradução de Sérgio Quadros. São Paulo: Scipione, 1997. (Investigação Matemática) A leitura do livro pode contribuir com a ela- boração de mais atividades relacionadas ao conceito de ângulo. 300 GUIA DIDÁTICO 75º 115º 90º 300º exercícios 3 Utilize régua e transferidor para desenhar um ângulo de: a) 75º b) 90º c) 115º d) 300º 4 A imagem ao lado mostra a roleta de de- terminado jogo, cujas regras são: • Em toda rodada, cada jogador esco- lhe um número diferente. • Gira-se então a roleta, fazendo a bo- linha metálica se mover nas casas da roleta. • Vence a rodada o jogador que escolheu o número da casa em que a bolinha parou. Caso o número não tenha sido escolhido por algum jogador, ninguém ganha. Em uma das rodadas, a bolinha metálica estava inicialmente sobre a casa do número 1 e percorreu uma trajetória que pode ser descrita da seguinte maneira: • giro de 270º no sentido horário; • giro de 180º no sentido anti-horário; • giro de 270º no sentido horário; • giro de 225º no sentido anti-horário. Se nessa rodada Carlos escolheu o número 1, Michele escolheu o número 2, Flávia escolheu o número 4, e Guilherme escolheu o nú- mero 7, algum deles ganhou a rodada? Quem? Sim. Flávia. 4 • Ao dar um giro de 270º no sentido horário, a bolinha fica sobre a casa do número 7. • Ao dar um giro de 180º no sentido anti-horário, a bolinha fica sobre a casa do número 3. • Ao dar um giro de 270º no sentido horário, a bolinha fica sobre a casa do número 1. • Ao dar um giro de 225º no sentido anti-horário, a bolinha fica sobre a casa do número 4. m a t e m á t ic a 95 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 243 29/01/14 15:11 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Se necessário, oriente os alunos a usar o transferidor para fazer a representa- ção de um ângulo de acordo com uma medida dada. Para resolver a situação-problema do exercício 4, os alunos devem atentar para a sequência de movimentos descrita. Pode ser usado um transfe- ridor ou eles podem determinar a correspondência entre as medidas apresentadas em graus e o giro. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe a roleta a seguir. 1 23 Escreva o número indicado pela seta em cada giro da roleta na sequência descrita. • 1 3 de volta no sentido anti- -horário; • 240º no sentido horário; • 2 1 3 de volta no sentido anti- -horário; • 360º no sentido horário. Resolução 3; 2; 1; 1. 301GUIA DIDÁTICO r = s p q m n ponto de intersecção t u ponto de intersecção CAP 7 ObjetivOs • Identificar as posições relativas entre duas retas no plano. • Analisar a construção de retas pa- ralelas e de retas perpendiculares com régua e esquadro. Se considerarmos as barras do portão da fotografia como retas, estas nunca vão se cruzar. Duas retas distintas no plano que nunca se cruzam são chamadas retas paralelas. Também podemos dizer que duas retas distintas de um plano que têm a mesma inclinação são retas paralelas ou, ainda, que retas paralelas são aquelas retas do plano que não têm pontos em comum. Ao observar o mapa a seguir, podemos notar que algumas vias não se cruzam. Por exemplo, a Avenida Doutor Altino Arantes não cruza com a Avenida 11 de Junho nem com a Rua Luís Góis. Já a Rua Napoleão de Barros intersecta essas três vias. As vias que se cruzam representam retas concorrentes. Diferentemente das retas paralelas, as retas concorrentes têm inclinações diferentes e exatamente um ponto comum, onde elas se cruzam, chamado ponto de intersecção. Retas concorrentes e retas paralelas Um caso particular de retas concorrentes ocorre quando duas retas se cruzam formando ângulos retos, ou seja, ângulos de 90º. Nesse caso, dizemos que são retas perpendiculares. Caso se cru- zem formando ângulos com quaisquer outras medidas, as retas con- correntes são oblíquas. Duas retas no plano podem ainda ocupar o mesmo espaço, ou seja, podem estar sobrepostas. Retas que satisfazem essa condição são retas coincidentes. As barras desse portão são paralelas. Elas não se cruzam, e todas têm a mesma inclinação. retas concorrentes perpendiculares retas coincidentes retas paralelas retas concorrentes oblíquas 96 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 244 29/01/14 15:11 OBJETIVOS • Dar aos alunos condições de analisar a posição relativa entre duas retas no plano. • Levar os alunos a desenvolver técnicas para traçar retas paralelas e retas perpendiculares usando régua e esquadro. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Apresente o conceito de retas para- lelas e o de retas concorrentes com base na leitura do texto e na obser- vação dos exemplos dados. Pergunte aos alunos se eles conhecem outros exemplos associados a essas ideias. Reforce a ideia de que retas paralelas têm a mesma inclinação, ou seja, elas nunca se encontram; por isso, não têm pontos em comum. Na leitura do mapa, comente que se retas distintas do plano não forem paralelas, então elas se intersectam em um único ponto; esse ponto é denominado ponto de intersecção, e as retas são concorrentes. Se julgar pertinente, faça uma representação na lousa. As retas concorrentes recebem duas classificações: perpendiculares ou oblíquas. Enfatize que o conceito de perpendicularidade é muito utilizado na matemática. Localize na sala de aula exemplos de objetos cuja super- fície tenha cantos, que dão ideia de ângulo reto (portas, janelas, armários etc.), e sugira aos alunos que citem outros exemplos. 302 GUIA DIDÁTICO r r t r r r s retas concorrentes e retas paralelas Construção de retas paralelas e de retas perpendiculares Vamos construir retas paralelas e retas perpendiculares utili- zando lápis, régua, esquadro de 45º e esquadro de 60º. Para traçar uma reta s paralela a uma reta r dada, deve-se pro- ceder da seguinte maneira: I Alinhe um dos lados de um dos esquadros com a reta r. esquadro de 45º: instrumento de desenho no formato de triângulo que tem um ângulo reto e dois ângulos de 45º. 45º 45º esquadro de 45º esquadro de 60º: instrumento de desenho no formato de triângulo que tem um ângulo reto, um ângulo de 60º e um ângulo de 30º. 30º 60º esquadro de 60º a/z Para traçar uma reta t perpendicular a uma reta r dada, proce- de-se da seguinte maneira: I Apoie na reta r um dos lados do esquadro que forma o ân- gulo reto. II Trace a reta sobre o outro lado do esquadro que forma o ângulo reto. III A reta t assim determinada é perpendicular à reta dada. III A reta s assim construída é paralela à reta r. II Apoie a régua sobre um dos outros lados do esquadro e des- lize-o. Depois, trace a reta s sobre o mesmo lado do esquadro que estava alinhado com a reta r. m a t e m á t ic a 97 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 245 29/01/14 15:12 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Apresente os dois tipos de esquadro aos alunose peça a eles que fiquem atentos às medidas de cada ângulo dos instrumentos. Verifique se eles percebem que a soma das medidas dos ângulos internos de um triângu- lo é 180º. Reproduza na lousa as construções apresentadas e oriente os alunos a fazer o mesmo no caderno. Aproveite para esclarecer possíveis dúvidas quan- to aos procedimentos de desenho. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Use a régua e o esquadro para traçar as retas s e t, de modo que s seja paralela a r e t seja perpendicular a s. O que se pode afirmar sobre a posição relativa entre as retas r e t? r Resolução t s r Pode-se afirmar que as retas r e t são perpendiculares. 303GUIA DIDÁTICO r s t w r t s A B O CAP 7 ObjetivOs • Identificar as posições relativas de duas retas no plano. • Construir com régua e esquadro retas paralelas e retas perpendi- culares. exercícios ProPostos 1 De acordo com a ilustração abaixo, classifique cada par de retas como paralelas, concorrentes oblíquas ou concorrentes perpendiculares. Se necessário, use transferidor e esquadros. Exercícios a) r e s Paralelas. b) r e t Concorrentes perpendiculares. c) r e w Concorrentes oblíquas. d) s e w Concorrentes oblíquas. e) t e w Concorrentes oblíquas. 2 Construa as retas r, s e t, distintas, tais que r seja perpendicular a s, e s seja perpendicular a t. Exemplo de resposta: Agora responda: qual é a posição relativa das retas r e t? As retas r e t são paralelas. 3 Use um transferidor e responda: qual é a medida do ângulo AOB re- presentado? 60º 98 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 246 29/01/14 15:12 OBJETIVOS • Rever o conceito de posições relativas entre duas retas no plano. • Promover situações para que os alunos tracem retas paralelas e retas perpendiculares. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Se considerar necessário, oriente os alunos a iniciar a construção propos- ta no exercício 2 pelas retas r e s ou pelas retas s e t, para concluírem que r e t serão paralelas nessa condição. Peça a eles que comparem as respos- tas, de modo que verifiquem que essa propriedade é sempre válida, independentemente da posição que as retas ocupam no plano. 304 GUIA DIDÁTICO A B C D E F G H Praça Professor José Ariolando Praça dos Revolucionários Praça da Independência Rua do Ouro Rua da Prata Rua Diamante Rua Granito Av . B ras il Av . B ras il Av. Tiradentes Av. Tiradentes Ru a Sã o Pa ul o Ru a Ri o de Ja ne iro Ru a Es pí rit o Sa nt o exercícios 4 No mapa abaixo está representada parte da hipotética cidade São José do Pará. Observe as ruas e as avenidas para responder às questões. a) Quais ruas mostradas no mapa são paralelas à Rua Granito? Rua do Ouro, Rua da Prata e Rua Diamante. b) Alguma das ruas representadas nesse trecho do mapa é perpendicular à Rua Diamante? Qual(is)? Sim. Rua São Paulo, Rua Rio de Janeiro e Rua Espírito Santo. c) Qual é a posição relativa entre a Avenida Brasil e a Rua Rio de Janeiro? E a posição relativa entre a Rua do Ouro e a Rua da Prata? A Avenida Brasil é concorrente oblíqua à Rua Rio de Janeiro, e a Rua do Ouro é paralela à Rua da Prata. 5 Observe a imagem a seguir. Ela mostra um cubo e, ao lado, apenas suas arestas. a) Determine um segmento de reta paralelo a AB . b) Determine um segmento de reta perpendicular a AB. c) É possível ligar dois vértices desse cubo e formar algum segmento de reta, não necessariamente uma aresta do cubo, que seja concorrente e oblíquo a AB? Caso seja possível, que segmento seria esse? Sim. BE AF AH BH AG BG, , , e, são respostas possíveis. CD EF GH, e são respostas possíveis. AD BC AE BF, , e são respostas possíveis. m a t e m á t ic a 99 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 247 29/01/14 15:12 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No exercício 4, os alunos devem fazer a correspondência entre cada rua do mapa e uma reta do plano. Desse modo, eles poderão associar a posi- ção relativa das ruas com base no conceito geométrico de posição re- lativa entre retas no plano. Para determinar as soluções dos itens do exercício 5, as arestas do cubo de- vem ser relacionadas com segmentos contidos em retas para analisar as po- sições relativas correspondentes. No item a é provável que os alunos verifiquem o paralelismo entre AB e EF e entre AB e CD por estarem conti- dos no mesmo plano. A percepção do paralelismo entre GH e AB é mais difícil de ocorrer, uma vez que visualizar o plano que contém esses segmentos é menos trivial e requer maior abstração. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Complete as frases de acordo com o que foi estudado sobre a posição relativa entre duas retas no plano. a) As retas r e s são __________ quando não têm nenhum ponto em comum. b) O ângulo formado por duas retas mede _____; portanto, essas retas são concorrentes perpendiculares. c) A medida do ângulo formado por duas retas é 45º; portanto, essas retas são _________________. d) Duas retas concorrentes possuem _________ ponto em comum. Resolução a) paralelas b) 90º c) concorrentes oblíquas d) um único INFORMAÇÃO ADICIONAL Duas retas são não coplanares se não existir um plano que as contenha. Nesse caso, dizemos que elas são re- versas. Essas retas nunca se intersec- tam, apesar de não possuírem a mesma inclinação. 305GUIA DIDÁTICO interior diagonal exterior vértice B C D EF lado ângulo interno A A B C D EF CAP 7 ObjetivOs • Reconhecer polígonos, suas carac- terísticas e suas nomenclaturas. • Diferenciar polígono de região poligonal. A figura a seguir tem algumas características que podemos destacar: • É uma figura plana. • É uma linha fechada. • É formada apenas por segmentos de reta. • Os segmentos de reta que a compõem são unidos pelas extremidades. As figuras planas que apresentam todas essas características são chamadas polígonos. Polígono é uma palavra de origem grega, polygon, que significa muitos (poly) ângulos (gon). Polígonos Um polígono é uma linha plana fechada formada por segmentos de reta que são unidos pelas extremidades. Elementos de um polígono Cada segmento de reta que forma o polígono é denominado lado. As extremidades dos lados são os vértices do polígono. Todo polígono divide o plano em duas regiões, uma interior e outra exterior. Um ângulo interno de um polígono é determinado por dois lados consecutivos. A medida é feita na região interior do po- lígono. Cada segmento de reta que une dois vértices não consecutivos em um polígono é chamado diagonal. ObservAçãO Um polígono sempre apresen- ta o mesmo número de lados e de ângulos internos. 100 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 248 29/01/14 15:12 OBJETIVOS • Apresentar o conceito de polígono. • Discutir a diferença entre polígono e região poligonal. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Neste momento, retoma-se o estudo de polígonos com o objetivo de apro- fundar a análise dos elementos que o constituem. Com base no texto da aula, apresente a origem etimológica da palavra po- lígono. Se julgar conveniente, pergun- te por que figuras com apenas um ou com apenas dois ângulos não podem ser consideradas polígonos. Espera-se que os alunos percebam que, nesses casos, se a figura for uma linha poli- gonal simples, ela não será fechada e, portanto, será um não polígono. Faça uma representação geométrica na lousa para indicar os elementos de um polígono. Enfatize que os lados do polígono são segmentos de reta (se julgar conveniente, recorde que polígonos não apresentam linhas cur- vas) e as extremidades desses seg- mentos são os vértices, que são pontos em que os segmentos se intersectam. Observe que dois lados de um polígo- no com o ponto de intersecção entre eles definem um ângulo. Como o po- lígono é uma figura fechada, ele di- vide o plano em duas regiões: a região interna ao polígono e a região externa. Use o boxe Observação e a repre- sentação feita na lousa para mostrar que o número de ângulos internos de um polígono é igual ao número de vértices e ao númerode lados. INFORMAÇÃO ADICIONAL Veja como Euclides apresenta o conceito de polígono em Os Elementos: [...] 19. Figuras retilíneas são as contidas por retas, por um lado, triláteras, as por três e, por outro lado, quadriláteras, as por quatro, enquanto multiláte- ras, as contidas por mais do que quatro retas [...]. Euclides. Os Elementos. Tradução de Irineu Bicudo. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 98. 306 GUIA DIDÁTICO triângulo quadrilátero pentágono hexágono octógono polígono convexo polígono não convexo ou côncavo Polígonos Polígonos convexos e polígonos não convexos Um polígono é classificado em convexo se, para quaisquer dois pontos que escolhemos no seu interior, o segmento de reta com ex- tremidades nesses pontos fica inteiramente contido no interior do polígono. Caso isso não ocorra, isto é, se o segmento passar pelo ex- terior do polígono, ele é chamado não convexo ou côncavo. côncavo: curvado para dentro, cavado. a/z para recOrdar Região poligonal Um polígono e o interior dele formam uma região plana poli- gonal ou, simplesmente, região poligonal. polígono região poligonal Número de lados Nome do polígono 3 triângulo 4 quadrilátero 5 pentágono 6 hexágono 7 heptágono 8 octógono Número de lados Nome do polígono 9 eneágono 10 decágono 11 undecágono 12 dodecágono 15 pentadecágono 20 icoságono Outra maneira de saber se um polígono é ou não convexo é checar a medida de seus ângulos internos. Caso apresente algum ângulo cuja medida seja maior do que 180º, o polígono é côncavo (não convexo). Já se as medidas de todos os ângulos internos forem menores do que 180º, ele é convexo. Nomenclatura dos polígonos Um polígono é nomeado de acordo com o número de lados que tem. Os quadros a seguir mostram o nome de alguns polígonos: m a t e m á t ic a 101 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 249 29/01/14 15:12 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Leia o texto com os alunos para mos- trar a eles como classificar os polígo- nos em convexos e não convexos. Se julgar pertinente, reproduza as figu- ras na lousa para reforçar essa ideia. Peça a eles que fiquem atentos à me- dida dos ângulos internos dos po- lígonos e relacionem essa observação à classificação correspondente. Os polígonos também são classifica- dos com base no número de lados (verifique se os alunos compreende- ram que esse número também cor- responde ao número de vértices ou de ângulos); isso pode ser observado analisando o prefixo do nome do po- lígono. Por exemplo: o pentágono (penta – gono) é um polígono de 5 lados (ou 5 ângulos, ou 5 vértices). ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Determine o número de lados, de vértices e de ângulos internos de: a) um icoságono; b) um undecágono; c) um octógono; d) um eneágono. Resolução a) 20 lados, 20 ângulos e 20 vértices. b) 11 lados, 11 ângulos e 11 vértices. c) 8 lados, 8 ângulos e 8 vértices. d) 9 lados, 9 ângulos e 9 vértices. 307GUIA DIDÁTICO CAP 7 Exercícios exercícios ProPostos 1 Observe as figuras e circule apenas os polígonos convexos. exercícios resolvidos 1 Determine quais são as diagonais de cada um dos polígonos. a) A B C D EF b) M N O Resolução a) As diagonais desse hexágono são ,AC ,AD ,AE ,BD ,BE ,BF ,CE CF e .DF b) O triângulo não tem diagonais. 2 Verifique se os polígonos são convexos ou não convexos. a) b) Resolução a) Convexo. Qualquer segmento de reta com início e fim no interior do polígono fica inteiramente contido em seu interior. b) Não convexo. Podemos traçar um segmento de reta com extremi- dades no interior do polígono que passe por fora dele, conforme vemos na figura ao lado. ObjetivOs • Reconhecer polígonos, suas carac- terísticas e suas nomenclaturas. • Diferenciar polígono de região poligonal. 102 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 250 29/01/14 15:12 OBJETIVOS • Levar os alunos a identificar os elementos de um polígono. • Enfatizar a diferença entre um polígono e a região poligonal correspondente. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No Exercício resolvido 1, retome o conceito de diagonal e peça aos alunos que tracem as diagonais no polígono representado no item a. Verifique se eles percebem quantas diagonais “partem” de cada vértice. Aproveite o Exercício resolvido 2 para retomar o conceito de polígono convexo e o de polígono não convexo. Espera-se que no exercício 1 os alu- nos identifiquem quais dos polígonos representados são convexos com base no que foi estudado (observação da existência de segmentos de reta com extremidades no interior do polígono e com pontos pertencentes à região externa a ele; observação das medidas dos ângulos internos). Se possível, incentive-os a usar o transferidor para resolver esse exercício e retomar o procedimento de medição de ângulos. Aproveite para analisar se os alunos compreenderam como manusear esse instrumento de medida. Os es- quadros também são uma possibili- dade de trabalho. 308 GUIA DIDÁTICO exercícios 2 Escreva o nome de cada polígono formado pelo contorno dos es- quadros unidos a seguir. a) b) c) 3 Determine o número de diagonais dos polígonos. a) Pentágono 5 diagonais. b) Quadrilátero 2 diagonais. c) Hexágono 9 diagonais. 4 Observe as planificações de alguns sólidos. Assinale os itens em que as planificações são compostas somente de regiões poligonais. a) b) cone cubo poliedro com 14 faces não poliedro Hexágono. Pentágono. Dodecágono. Itens b e c. c) d) m a t e m á t ic a 103 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 251 29/01/14 15:12 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Para responder ao exercício 2, os alu- nos devem identificar o número de lados (ou de vértices) dos polígonos correspondentes ao contorno das composições feitas com esquadros. A proposta da Atividade complementar foi feita com base nessas imagens. Para determinar o número de diago- nais de um polígono, como pedido no exercício 3, espera-se que os alunos usem a representação geométrica como estratégia ou usem o raciocínio dedutivo. Considere que, nesse mo- mento, eles ainda não conhecem a fórmula que relaciona o número de diagonais de um polígono ao número de lados. No exercício 4, espera-se que os alu- nos percebam que a planificação de um sólido geométrico é constituída apenas de polígonos quando se tra- tar de um poliedro. Se necessário, retome algumas ideias e conceitos que considere relevantes para que essa conclusão seja alcançada. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe atentamente as composições feitas com esquadro no exercício 2 e responda às questões com base na medida dos ângulos internos. a) O contorno de alguma das composições é um polígono convexo? b) O contorno de alguma das composições é um polígono não convexo? Resolução a) Sim. O contorno da figura do item a é um polígono convexo, pois as medidas dos ângulos internos são menores do que 180º. b) Sim. O contorno da figura dos itens b e c é um polígono não convexo, pois a medida de pelo menos um dos ângulos internos é maior do que 180º. INFORMAÇÃO ADICIONAL Para determinar a quantidade de dia- gonais, representada por d, de um polígono de n lados, pode-se usar a seguinte expressão: d = −n n( 3) 2 309GUIA DIDÁTICO A B C D E F CAP 7 ObjetivOs • Identificar triângulos e suas carac- terísticas. • Classificar triângulos conforme as medidas dos lados e de acor- do com as medidas dos ângulos internos. Um triângulo é um polígono de três lados. Observe os triângu- los a seguir. Triângulos Podemos classificá-los de acordo com as medidas dos lados: • O triângulo A tem todos os lados congruentes, isto é, com medidas iguais. Os triângulos que têm essa característica são chamados equiláteros. • Os triângulos B, C e F apresentam dois lados congruentes. Os triângulos que têm essa característica são chamados isósceles. • Os triângulos D e E têm os três lados com medidas diferen- tes. Os triângulos que têm essa característica são chamados escalenos. Também podemos classificar os triângulos de acordocom as medidas de seus ângulos internos: • Os três ângulos internos dos triângulos A e C são agudos. Por isso, são chamados de triângulos acutângulos. • Os triângulos B e D têm um ângulo interno reto, isto é, que mede 90º. Por isso, são chamados retângulos. • Os triângulos E e F têm um ângulo interno obtuso. Por isso, são chamados de triângulos obtusângulos. Dadas as medidas dos lados de um triângulo, é possível formar dois triângulos diferentes, ou seja, com formatos diferentes? Para responder a essa pergun- ta, você pode realizar a ativida- de a seguir. Você vai precisar de canudos retos de refrigerante e linha de pesca (ou similar). i Corte os canudos em peda- ços com diferentes compri- mentos (por exemplo, com 5 cm, 6 cm, 7 cm, 8 cm, 9 cm e 10 cm de comprimento). ii Escolha três pedaços de ca- nudo diferentes, passe a li- nha por dentro deles e tente formar diferentes triângulos, considerando como lados os canudos. É possível? Para refletir Os alunos devem concluir que não é possível formar triângulos diferentes se as medidas dos lados são conhecidas. Isso ocorre porque o triângulo é uma figura rígida. Os alunos estudarão mais sobre o assunto no 8o ano. Para auxiliá-los a chegar a essa conclusão, peça que formem outras figuras; por exemplo, quadriláteros, que não são rígidos, ou seja, podem ser deformados para formar diversos quadriláteros com lados de medidas iguais entre si e ângulos internos de medidas diferentes entre si. ClassifiCação dos TRiÂNgulos Quanto aos lados Quanto aos ângulos três lados congruentes dois lados congruentes lados de medidas distintas três ângulos agudos um ângulo reto um ângulo obtuso equilátero isósceles escaleno acutângulo retângulo obtusângulo 104 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 252 29/01/14 15:12 OBJETIVOS • Apresentar as principais características de um triângulo. • Discutir a classificação de um triângulo de acordo com a medida dos lados e, posteriormente, com base na medida dos ângulos internos. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O triângulo é o polígono com o me- nor número de lados. Se considerar pertinente, inicie a aula reproduzindo as figuras na lousa, para destacá-las, e pergunte aos alunos se eles identi- ficam características comuns entre algumas dessas representações e se as separariam em grupos de acordo com os elementos que as consti- tuem. Espera-se que eles percebam que as medidas dos lados e dos ân- gulos podem variar. Oriente-os na leitura do texto e peça que observem novamente as figuras. Verifique se eles percebem que qual- quer triângulo pode ser classificado quanto à medida dos lados e quanto à medida dos ângulos internos. Se possível, propicie um momento para que os alunos realizem a ativida- de do boxe Para refletir. Essa ativi- dade pode ser realizada em grupo, em sala de aula ou em casa, com a ajuda dos pais. Os alunos podem apresentar por escrito um relato do que foi observado. 310 GUIA DIDÁTICO triângulos exercícios ProPostos 1 Com o auxílio da régua, meça os lados de cada triângulo e anote na própria figura as medidas obtidas. Em seguida, classifique os triân- gulos de acordo com as medidas dos lados. a) 4,5 cm 3 cm 2,2 cm b) 3,4 cm 3,4 cm3,4 cm c) 2 cm 3 cm3 cm d) 3 cm 2,3 cm 3,8 cm 2 Com o auxílio do transferidor, meça os ângulos internos de cada triângulo e escreva na própria figura as medidas encontradas. Em seguida, classifique os triângulos de acordo com as medidas dos ângulos. a) 75º 60º 45º b) 90º 55º 35º c) 45º 105º 30º d) 25º 95º 60º Triângulo escaleno. Triângulo isósceles. Triângulo equilátero. Triângulo escaleno. Triângulo acutângulo. Triângulo obtusângulo. Triângulo retângulo. Triângulo obtusângulo. m a t e m á t ic a 105 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 253 29/01/14 15:13 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No exercício 1, os alunos devem medir o comprimento dos lados de cada triângulo com uma régua e classificá- -los com base nesse resultado. No exercício 2, eles devem usar o transfe- ridor para medir os ângulos internos dos triângulos e fazer a classificação quanto a essas medidas. Se julgar oportuno, peça aos alunos que classifiquem, posteriormente, os triângulos representados no exercício 1 quanto à medida dos ângulos in- ternos e, no exercício 2, quanto à medida dos lados. AMPLIE Ernesto Rosa Neto. Saída pelo Triân- gulo. São Paulo: Ática, 1998. Coleção A Descoberta da Matemática Recomende aos alunos a leitura des- te livro paradidático. Na história, três amigos estão em férias e resolvem se aventurar em uma ilha repleta de an- tigas lendas indígenas. Depois de uma forte tempestade, eles só conseguem sair de lá com a ajuda da matemática. 311GUIA DIDÁTICO 60º 135º 45º135º 165º 90º 90º 90º 135º 135º 90º 90º 105º 135º 120º triângulosCAP 7 3 Alguns esquadros foram unidos para formar três figuras. Observe-as e, em seguida, faça o que se pede. a) Qual é o nome do polígono formado pelo contorno dos esquadros unidos em cada caso? Em todos os casos, temos um pentágono. b) Anote, nas próprias figuras, as medidas dos ângulos internos de cada polígono formado pelo contorno dos esquadros unidos. c) Calcule a soma das medidas dos ângulos internos das três figuras. O que você observa? A soma dos ângulos nas três figuras é igual a 540º. 4 Use régua e transferidor para desenhar dois triângulos na malha quadriculada: um que seja escaleno e retângulo e outro que seja isósceles e obtusângulo. Exemplo de resposta: 3 b) O esquadro de 45º tem um ângulo de 90º e dois ângulos de 45º. O esquadro de 60º tem um ângulo de 30º, um de 60º e outro de 90º. Para determinar as medidas dos ângulos internos dos pentágonos formados, basta somar as medidas adequadas: 45º + 90º = 135º 30º + 45º + 90º = 165º 60º + 30º = 90º 45º + 30º + 60º = 135º 30º + 30º + 45º = 105º 60º + 60º = 120º c) 60º + 165º + 45º + 135º + 135º = 540º 90º + 135º + 90º + 90º + 135º = 540º 105º + 90º + 135º + 120º + 90º = 540º 106 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 254 29/01/14 15:13 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Para solucionar o exercício 3, os alu- nos devem observar quantos e quais são os esquadros usados em cada figura. Devem também identificar a medida do ângulo de cada esquadro usado na composição dos ângulos internos dos polígonos e adicionar essas medidas. INFORMAÇÃO ADICIONAL A classificação de triângulos é apresentada da seguinte maneira em Os Elementos: [...] 20. E, das figuras triláteras, por um lado, triângulo equilátero é o que tem os três lados iguais, e, por ou- tro lado, isósceles, o que tem só dois lados iguais, en- quanto escaleno, o que tem os três lados desiguais. E, ainda das figuras triláteras, por um lado, triângu- lo retângulo é o que tem um ângulo reto, e, por ou- tro lado, obtusângulo, o que tem um ângulo obtuso, enquanto acutângulo, o que tem os três ângulos agudos [...]. Euclides. Os Elementos. Tradução de Irineu Bicudo. São Paulo: Editora Unesp, 2009. p. 98. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Na figura a seguir, sabendo que o polígono ABCD é um quadrado e que os pontos A, D e E pertencem ao mesmo segmento de reta, responda às questões. A B C D E a) Quantos triângulos você identifica na figura? b) Quais são esses triângulos? (Use os vértices para especificá-los.) c) Classifique os triângulos de acordo com a medida dos lados. d) Classifique os triângulos de acordo com a medida dos ângulos internos. Resolução a) Espera-se que os alunos identifiquem quatro triângulos na figura. b) ABD, BDE, ACD e ABE. c) Triângulo isósceles: ACD e ABD; triângulo escaleno: ABE e BDE. d) Triângulo retângulo: ACD e ABD; triângulo obtusângulo: ABE e BDE. 312 GUIA DIDÁTICO DC BA CAP 7 ObjetivOs • Identificar quadriláteros e suas características. • Classificar quadriláteros de acordo com suas características. Um quadrilátero é um polígono de quatro lados. De acordo com suas características, podemos classificá-lo de maneirapareci- da com o que foi feito com os triângulos. Observe os quadriláteros a seguir. Quadriláteros Alguns quadriláteros têm dois pares de lados opostos parale- los, como A e B. Já outros têm apenas um par de lados opostos paralelos, como o C. Outros, ainda, como o quadrilátero D, não têm nenhum par de lados opostos paralelos. • Os quadriláteros que têm apenas um par de lados paralelos são chamados trapézios. Veja alguns trapézios: ObservAçãO Os quadriláteros que não têm, pelo menos, um par de lados opostos paralelos, como o quadrilátero D, não recebem outra nomenclatura e, por vezes, são chamados de quadriláteros quaisquer. • Os quadriláteros que têm dois pares de lados opostos para- lelos são chamados paralelogramos. Observe alguns para- lelogramos: Para verificar se dois segmen- tos de reta são paralelos, pro- cedemos como se fôssemos traçar retas paralelas. Para isso, alinhamos um dos lados do esquadro com um dos seg- mentos e o apoiamos em uma régua. Então, deslizamos o es- quadro em direção ao outro segmento de reta, mantendo a régua fixa. Se o mesmo lado do esquadro também ficar alinha- do ao segundo segmento de reta, então eles são paralelos. Mais ainda A CD B é paralelo aAB CD m A t e m á t iC A 107 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 255 29/01/14 15:13 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Se julgar adequado, inicie a aula de maneira análoga ao que foi proposto para a introdução ao estudo de triân- gulos e reproduza as figuras na lousa. Converse com os alunos sobre o con- ceito de lados opostos e oriente-os a ficar atentos à posição relativa das retas suporte dos lados opostos, o que determina a classificação dos quadriláteros com outras caracterís- ticas. Em relação às figuras apresen- tadas, pergunte a eles se percebem quais delas apresentam pares de la- dos opostos paralelos. Esse breve debate motiva a leitura do texto ini- cial, em que se apresentam os con- ceitos de trapézio, paralelogramo e quadrilátero qualquer. As especifica- ções podem ser sintetizadas em uma tabela, como mostrado a seguir: Classificação de quadriláteros de acordo com a posição relativa dos lados opostos Número de pares de lados opostos paralelos Classificação 0 quadrilátero qualquer 1 trapézio 2 paralelogramo Use o boxe Mais ainda para retomar o trabalho com o procedimento em- pregado para construir segmentos paralelos. Esse procedimento também pode ser aplicado para verificar se dois segmentos dados são paralelos. OBJETIVOS • Apresentar as principais características de um quadrilátero. • Discutir a classificação de um quadrilátero de acordo com a medida dos lados e, posteriormente, com base na medida dos ângulos internos. 313GUIA DIDÁTICO A B C D E F G CAP 7 De acordo com as medidas dos ângulos e as medidas dos lados, os paralelogramos ainda podem ser classificados em losangos, retângulos ou quadrados. losangos retÂngulos Quadrados Um losango é um paralelo- gramo que tem todos os lados congruentes. Um retângulo é um parale- logramo que tem todos os ân- gulos retos. Um quadrado é um parale- logramo que tem todos os lados congruentes e todos os ângulos retos. exercícios ProPostos 1 Use régua e esquadros para classificar cada figura abaixo em tra- pézio, paralelogramo ou quadrilátero qualquer. Note que todo quadrado é também um losango e um retângulo. • Trapézios: B e F. • Paralelogramos: A, D e E. • Quadriláteros quaisquer: C e G. 108 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 256 29/01/14 15:13 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Nesse momento, apresenta-se a ma- neira como se classificam os parale- logramos levando em conta a medida dos lados e dos ângulos internos. Ao abordar as especificidades do qua- drado, relacione-o a definição de lo- sango e de retângulo. Enfatize que um quadrado satisfaz as duas definições. No exercício 1, certifique-se de que todos os alunos tenham à disposição régua e esquadro para verificar se os lados opostos dos quadriláteros são paralelos; se necessário, retome no- vamente a maneira de manusear esses instrumentos. INFORMAÇÃO ADICIONAL Em qualquer paralelogramo, os lados opostos são congruentes, ou seja, têm medidas iguais. Esse resultado pode ser demonstrado com base em critérios de congruência de triângu- los e será apresentado em outro vo- lume. Essa propriedade também é válida para ângulos internos opostos, que também têm medidas iguais. 314 GUIA DIDÁTICO Quadriláteros 2 Observe cada quadrilátero formado pelo contorno dos esquadros unidos e classifique-o em quadrado, retângulo, losango, paralelo- gramo, trapézio ou quadrilátero qualquer. a) b) c) d) e) f) 3 Quantos quadrados podemos formar unindo alguns dos pontos desenhados ao lado? Seis quadrados. 4 Construa as figuras pedidas na malha quadriculada. a) Um quadrilátero que tenha apenas um dos ângulos reto. b) Um quadrilátero com exatamente dois ângulos retos. Quadrado. Retângulo. Paralelogramo. Trapézio. Quadrilátero qualquer. Losango. a) Exemplo de resposta: b) 3 Os seis quadrados que podemos formar são: m a t e m á t ic a 109 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 257 29/01/14 15:13 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS No exercício 2, os alunos devem identificar quantos dos pares de lados opostos dos quadrilá- teros formados pela composição de esquadros são paralelos. A proposta da Atividade com- plementar foi feita com base nessas imagens. Se julgar pertinente, peça aos alunos que usem a régua para verificar as medidas dos lados de cada figura. No exercício 3, os pontos têm a mesma distância entre si. Logo, os alunos devem perceber que, em qualquer quadrado formado de acordo com a orientação do enunciado, os lados correspondentes passarão pelo mesmo número de pontos dessa malha. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe atentamente as composições feitas com esquadros no exercício 2 e faça o que se pede. a) Represente os quadriláteros associados a cada composição. b) Indique em cada representação a medida dos ângulos internos. Resolução a) b) 135° 45° 75° 135° 60° 60° 60° 120° 120° 60° 120° 60°120° 315GUIA DIDÁTICO circunferência círculo centrocentro N A C B D M centro corda raio diâmetro O diâmetro mede sempre o dobro da medida do raio. Nesse caso, AB = 2 × CD. ponta-seca ponta de gra�te CAP 7 ObjetivOs • Identificar formas circulares e ele- mentos associados a elas. • Diferenciar circunferência e círculo. Entre as figuras planas, algumas são formadas por todos os pon- tos de um plano localizados a uma mesma distância de certo ponto do plano. Cada uma dessas figuras é chamada de circunferência. O ponto fixo que define uma circunferência é chamado centro da circunferência. A figura formada por uma circunferência e por todos os pontos de seu interior é denominado círculo. O centro da circun- ferência que define um círculo também é o centro do círculo. Circunferências e círculos ObservAçãO O centro de uma circunferência não pertence a ela, mas ao seu interior. Já o centro de um cír- culo pertence a ele. • Um segmento de reta que liga o centro de uma circunferên- cia a um ponto qualquer dela é denominado raio. • Um segmento de reta que une dois pontos quaisquer da cir- cunferência é chamado corda. • Uma corda que passa pelo centro da circunferência é um diâmetro. O instrumento de desenho usado para traçar circunferências é o compasso. O compasso tem duas hastes rígidas unidas por uma das extremidades, o que possibilita regular a abertura de ambas. A extre- midade oposta de uma das hastes é de metal (chamada ponta-seca), e a ponta da outra haste tem um grafite. Para construir uma circunferência, definimos inicialmente o pon- to que será o centro e fixamos sobre ele a ponta-seca do compasso. A medida do raio é determinada pela abertura das hastes do com- passo. Em seguida, traçamos a circunferência com a ponta de grafite. 110 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 258 29/01/14 15:13 OBJETIVOS • Apresentar as formas circulares e seuselementos. • Discutir a diferença entre circunferência e círculo. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Represente na lousa uma circunfe- rência e um círculo com raio de mes- ma medida e indique o centro de cada figura. Utilize as representações para diferenciar os conceitos e, se possível, use um barbante para mos- trar que a distância do ponto central à circunferência é a mesma para to- dos os pontos que a determinam. Comente com os alunos que o círcu- lo é formado pela circunferência, que corresponde ao contorno, e pelos pontos internos a ela. Providencie para que todos os alunos tenham em mãos um compasso. Apre- sente esse instrumento de desenho e explique como usá-lo; se julgar per- tinente, liste uma sequência de passos com os alunos e faça esse procedi- mento na lousa. Oriente-os a fazer o mesmo no caderno. 316 GUIA DIDÁTICO A B O E D C Homem Vitruviano, 1490, Leonardo da Vinci. 4 Usando a régua, determine na figura as medidas do lado do quadra- do e do raio da circunferência. Lado do quadrado: 4 cm; raio da circunferência: 2,4 cm. circunferências e círculos exercícios ProPostos 1 Observe a circunferência de centro O. De- termine, entre os segmentos em destaque, quais são: a) cordas CD DEe . b) raios OA OB OE, e . c) diâmetros BE 2 Calcule. a) A medida do raio do aro de uma tabela de basquete cujo diâmetro mede 45 cm. 22,5 cm b) A medida do diâmetro da circunferência central da quadra de bas- quete cujo raio mede 1,8 m. 3,6 m 3 Observe a obra de arte a seguir e marque sobre ela um ângulo, um triângulo, um quadrilátero, um outro polígono qualquer, uma cir- cunferência e um círculo. Yellow, red and blue (1925), do artista russo Vasily Kandinsky (1866-1944). 2 a) 45 cm : 2 = 22,5 cm b) 1,8 m × 2 = 3,6 m Exemplo de resposta: ângulo triângulo quadrilátero polígono qualquer circunferência círculo m a t e m á t ic a 111 OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_SD_R2.indd 259 29/01/14 15:13 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Explore o exercício 1 para verificar se os alunos compreenderam o conceito de cada elemento da circunferência. Aproveite para relembrar a diferença entre a notação de segmento de reta e a da medida associada a ele. No exercício 3, espera-se que os alu- nos sejam capazes de identificar a variedade de formas geométricas que aparecem na obra de arte. Se julgar pertinente, proponha a com- posição de uma obra usando recortes de papel colorido de diferentes for- matos. Esse trabalho pode ser feito com o professor de Artes e exposto em um mural. Se necessário, oriente o manuseio da régua no exercício 4. Comente que o Homem Vitruviano é um desenho do importante pintor renascentista italia- no Leonardo da Vinci. Se julgar conve- niente, peça aos alunos que procurem mais informações sobre a vida e a obra de Wassily Kandinsky e de Leonardo da Vinci. ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Responda às questões a seguir. a) Qual é a medida do raio de uma circunferência cujo diâmetro mede 12 cm? b) Qual é a medida do diâmetro de uma circunferência cujo raio mede 3 cm? c) Qual é a medida do raio de uma circunferência cujo diâmetro mede 9 cm? Resolução Espera-se que os alunos usem a relação: a medida do diâmetro é o dobro da medida do raio. a) 6 cm b) 6 cm c) 4,5 cm INFORMAÇÃO ADICIONAL Wassily Kandinsky foi um pintor russo, nascido no fim do século XIX, cujo trabalho teve grande importância para o movimento abstracionista. Outro pintor que tem uma obra muito diversificada e que também produziu pinturas abstracionistas com elemen- tos geométricos foi Piet Mondrian, contemporâneo de Kandinsky. 317GUIA DIDÁTICO MAT CAP 7 Repertório conceitual: polígono 1 Luciana usa elásticos para montar o contorno de figuras geométricas planas. Observe o elástico solto e o que está esticado no geoplano. Converse com os colegas a respeito da afirmação a seguir. A forma do elástico do geoplano dá a ideia de um polígono. O elástico solto dá a ideia de um não polígono. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o fato de o elástico solto representar uma linha fechada curva determina que esse formato não é poligonal. 2 Leia a observação sobre a origem da palavra polígono. A palavra polígono é de origem grega. Vem de polygon, que significa muitos (poly) ângulos (gonos). Observe as figuras que Luciana fez em um programa de geometria. Esta figura plana representa um polígono.Esta figura plana não representa um polígono. a) Converse com os colegas a respeito da característica que diferencia essas figuras. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem que o não polígono tem dois segmentos que se intersectam em um ponto que não é a extremidade desses segmentos. b) Observe as figuras a seguir e pinte a região interna daquelas que são polígonos. Em seguida, escreva quantos ângulos tem cada um dos polígonos. 5 ângulos 11 ângulos Geoplano – placa de madeira quadriculada com pinos nos vértices dos quadradinhos. PR_OUP_6ANO_EF2_MATEMATICA_B4_C7_RC_P1.indd 1 08/05/13 15:41 OBJETIVO • Promover a reflexão dos alunos sobre o termo "polígono". ATIVIDADE COMPLEMENTAR • Observe a figura a seguir. Para compor a figura acima foram usados 2 triângulos, 2 retângulos e 1 quadrado, como os representados abaixo. 45° 45° Responda às questões: a) A figura obtida nessa composição é um polígono? Justifique sua resposta. b) Determine as medidas dos ângulos destacados na figura. Resolução a) Sim, pois é uma figura fechada e formada apenas por segmentos de retas que se encontram somente em suas extremidades. b) 45° 315° 270° AMPLIE Atividades do repertório conceitual: http://oxbr.cc/7qPYBS 318 GUIA DIDÁTICO ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Organize os alunos em grupos de três para compartilhar ideias sobre as atividades pro- postas e refletir sobre o conceito de polígono. Inicialmente, pergunte a eles se já viram ou manusearam um geoplano. Em caso afirmati- vo, peça que descrevam esse objeto. Se não conhecem, oriente-os a observar a imagem e a fazer a leitura da legenda. Comente que nes- se tipo de objeto é possível esticar elásticos para obter diferentes construções que lem- bram formas geométricas planas formadas apenas por linhas retas, embora o elástico solto não apresente formato regular. Espera-se que na discussão proposta na atividade 1 os alunos concluam que o elástico esticado no geoplano pode representar um polígono, pois define um contorno formado apenas por linhas retas. Na segunda atividade, relembre com os alu- nos a origem da palavra polígono e, se neces- sário, retome o conceito de ângulo. Feito isso, peça que observem as imagens e a legenda correspondente. Verifique se, ao debater so- bre as impressões a respeito da relação entre a forma de cada figura desenhada e a infor- mação associada a ela, eles percebem que, em um polígono, dois segmentos de reta, que caracterizam o lado, intersectam-se apenas em suas extremidades. Posteriormente, no item b da segunda ati- vidade, os alunos são motivados a reunir as informações apresentadas nesta página com o que foi desenvolvido no capítulo para ana- lisar algumas figuras geométricas planas e decidir se elas representam polígonos ou não polígonos. Em seguida, retome os con- ceitos de vértice e de lado e oriente-os a determinar o número de vértices dos po- lígonos representados. Peça a eles que aten- tem para o fato de esse número coincidir com o número de lados e com o número de ângulos desse tipo de figura. Depois de corrigir as atividades e debater as ideias, peça aos alunos que preencham a ficha. Para avaliar esse registro, é interessante apre- sentar a definição de polígono presente no Dicionário Oxford Escolar de Matemática, repro- duzida a seguir: AMPLIE Há alguns aplicativos em que é possível explorar atividades que envolvem o conceito de polígono. Acesse o link a seguir para saber mais sobre esse tipo de recurso. http://oxbr.cc/p4yXdF polígono Figura plana que é uma linha fechada formada por segmentos de reta
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