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Desenvolvimento embrionário

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Clivagens 
 
 
São sucessivas divisões mitóticas que ocorrem 
após a fertilização no zigoto. Nos mamíferos 
ocorre quase que durante toda a primeira 
semana pós fertilização. 
Possuem características específicas: 
• São divisões celulares um pouco 
diferentes; 
• Ocorrem sem crescimento celular, logo, 
durante a fase de síntese teremos a 
duplicação do conteúdo genético, e a 
manutenção de algumas proteínas e 
organelas essenciais para a célula. Mas 
como não há a manutenção do tamanho 
celular, irão gerar células cada vez 
menores (Blastômeros); 
• São divisões muito rápidas (algo muito 
importante nessas primeiras etapas), 
devido à ausência das fases G1 e G2 nos 
ciclos celulares. Passando da fase de 
síntese, direto para a fase de mitose e de 
divisão. 
 
As clivagens ocorrem em diversas espécies, mas 
podem variar as suas características dependendo 
da espécie. 
Por exemplo: 
A clivagem de mamíferos, são chamadas de 
Holoblásticas ou Completas, pois o sulco de 
clivagem (lugar onde vai acontecer a divisão) 
ocorre em toda a extensão do embrião. 
Em outras espécies, que possuem o vitelo muito 
proeminente (Ex: Aves, répteis, peixes...) , 
devido, em parte, a presença desse vitelo as 
clivagens não conseguem ocorrer por toda a 
extensão do embrião, elas ocorrem em apenas 
um dos polos, sendo assim chamadas de 
Incompletas ou Meroblásticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas focando nos mamíferos, só existem algumas 
características específicas das clivagens em 
mamíferos, são elas: 
• Clivagem nos mamíferos está entre as 
mais lentas do reino animal – de 12 a 24 
horas de separação após a fertilização; 
• Duram mais ou menos até os 6 primeiros 
dias pós a fertilização; 
• Clivagem rotacional (Figuras); 
• Falta de sincronização das divisões 
precoces (um embrião em um estágio de 
2 blastômeros, ele não irá passar 
imediatamente para o estágio de 4 
blastômeros com a divisão ocorrendo 
simultaneamente nos dois blastômeros 
iniciais. Pode ocorrer o caso de só 1 deles 
Explicação 
Diferenças entre a 
clivagem em mamíferos 
e outras espécies 
se dividir, chegando ao estágio 3, e só 
depois o outro); 
• Controladas por fatores do embrião 
(Genoma é atuante nas clivagens); 
• Fenômeno da compactação. 
Figura: A 1ª clivagem é Meridional, enquanto a 
2ª é Equatorial. Diferente dos ouriços-do-mar (1ª 
clivagem), as clivagens nos mamíferos (2ª 
clivagem) ocorrem em diferentes ângulos, por 
isso elas são chamadas de Rotacionais. 
 
Recapitulando: As clivagens irão ocorrer 
durante a 1ª semana pós fertilização e irão 
acontecer durante o percurso do zigoto pela 
tuba uterina até chegar no útero. 
Na fase inicial, o embrião não aumenta de 
tamanho e ainda está contido na ZP. 
O zigoto é dividido em muitos Blastômeros. 
Têm início 30h após a fertilização. 
O embrião de 12 a 16 células é conhecido como 
Mórula. 
Depois irá aparecer uma cavidade (Blastocele) 
nesse embrião, formando o que se chamará 
Blastocisto. 
Leva de 3 a 4 dias, independente se houver 
fertilização. 
 
É importante notar que durante a clivagem, o 
embrião ainda estará dentro da ZP a qual 
impedirá o crescimento dele. 
O BS: O Blastocisto tardio é o que não possui mais 
a ZP ao redor, e já estará pronto para crescer e 
ser implantando no útero. 
Embrioblasto ou massa celular interna: Forma o 
embrião e algumas membranas. 
Trofoblasto: Está ao redor do embrião e dará 
origem a placenta. 
 
 
 
 
 
Até o estágio de 8 células, os blastômeros são 
idênticos, mas a par tir desse momento vai 
começar a ocorrer uma diferença entre os 
blastômeros mais externos, em relação aos mais 
internos devido ao processo de Compactação. 
A par tir da 4ª c livagem (estágio de 8 células) as 
células aumentam a área de contato entre elas – 
CO MPACTAÇÃO. 
O s blastômeros mais externos vão começar a se 
unir, por junções de oclusão; junções de adesão 
e modificações no c itoesqueleto, que vão fazer 
Compactação 
com que eles se unam de uma forma, que não dê 
par a identificar mais cada blastômero 
individualmente. 
 
➔ Mecanismos envolvidos na compactação: 
• Polarização dos blastômeros externos 
(alguma parte das membranas terá 
algumas proteínas) 
• E-Caderina (glicoproteínas de adesão); 
• Junções de oclusão selam o interior da 
blástula em formação; 
• Junções comunicantes nas células 
internas; 
• Re-organização do citoesqueleto 
 
 
Resultado da compactação: 
Promoverá o 1° evento de diferenciação do 
embrião. 
Diferenciação das células externas da mórula 
(trofoblasto) e das células internas (massa celular 
interna ou Embrioblasto). 
 
 
 
 
Logo após a compactação nós teremos o 
processo de cavitação, que é quando os 
blastômeros começam a produzir fluidos, e os 
blastômeros externos (que vão fazer parte do 
trofoblasto), vão começar a expressar na 
membrana basal, bombas de sódio e potássio e 
atpase, que vão bombear sódio para dentro do 
embrião, fazendo a água vir por osmose. 
Temos a formação da Blastocele (cavidade) que 
vai fazer uma força hidráulica nas células 
internas ao embrião e que não estavam 
fortemente unidas, fazendo com que as células 
sejam todas empurradas para um dos polos do 
embrião, formando a cavidade e, 
consequentemente, o Blastocisto. 
Durante o processo de cavitação as células 
trofoblásticas secretam fluido para o interior da 
mórula (que também absorve fluidos do 
ambiente uterino). 
 
Cavitação 
 
• Trofoblasto: Forma a parte embrionária 
da placenta 
• Embrioblasto: Dá origem ao embrião 
 
• Presença da ZP no trajeto até o útero; 
• “Hatching” ou eclosão do blastocisto 
(dois dias após a chegada ao útero) – 
Permite o crescimento do embrião; 
 
• Interação com epitélio uterino; 
• Inicia-se o processo de Implantação. 
 
O ovo fertilizado é simétrico? 
O corpo polar pode indicar o lugar da primeira 
clivagem. 
O embrião em si, o zigoto, ele não é simétrico, 
ele possui alguns pontos de assimetria (região do 
corpo polar e lugar de entrada do 
espermatozoide). 
O local de entrada do espermatozoide determina 
o Cone de Fertilização. 
O corpo polar forma o polo animal, 
determinando onde ocorreu a meiose. 
 
 
 
 
Fatores do embrião são responsáveis 
majoritariamente pelas clivagens, o que significa 
que temos o ovócito e durante os primeiros 
momentos pós fertilização, teremos a fusão do 
material genético masculino e feminino, mas não 
temos a transcrição do genoma novo único. O 
início do desenvolvimento embrionário, a 
primeira clivagem, eles dependem de proteínas 
e RNAm que foram derivados da mãe e vieram 
junto com o ovócito. 
Em embriões mamíferos, essa dependência de 
proteínas; RNAm e ribossomos maternos ocorre 
somente até o estágio de 2 blastômeros, pois a 
partir dele já possuímos um crescimento 
significativo de RNAs do embrião, logo, isso 
significa que o DNA do embrião já está 
produzindo RNAs próprio. 
Em outras espécies, essa transcrição de RNA do 
embrião só irá ocorrer no estágio mais avançado 
do desenvolvimento, quase no final das clivagens 
quando está quase formando o blastocisto. 
Desestabilização mRNA materno 
Ativação da expressão gênica zigótica 
 
Durante a ovogênese temos o acúmulo de RNA 
materno e proteínas materna no ovócito. Mas 
logo após a fertilização já temos uma grande 
degradação desses materiais de forma gradual, 
sendo completamente cessado no estágio de 
mórula. Porém, já temos uma ativação do 
genoma embrionário no estágio de 2 células, que 
vai crescendo até que ele fique completamente 
dependente do próprio genoma no estágio de 
blastocisto. 
Transição Materno-
Zigótica 
 
 
A expressão do fator de transcrição Cdx2 é um 
dos responsáveis pelo primeiro evento de 
diferenciação celular, a formação do trofoblasto. 
No início do desenvolvimento os blastômeros 
são bastantes semelhantes, porém o potencial 
deles formarem diferentes tipos celularesse 
reduz à medida que eles se especializam. 
Os fatores de transição que permitem essa 
especificação são o Oct4, o Sox2 e o Nanong. O 
Cdx2 inibe a expressão desses fatores para que 
haja a especificação do trofoblasto. A massa 
celular interna massa celular interna continuará 
expressando o Oct4, o Sox2 e o Nanong para que 
ela possa formar outros tipos celulares e é por 
isso que, a partir dessa massa, será formado todo 
o embrião. 
Até o estágio de dezesseis blastômeros, as 
células ainda não estão comprometidas com um 
tipo celular específico, pois, caso haja uma 
mudança na sua localização, ela poderá mudar o 
seu destino final. A partir do estágio de trinta e 
duas células não será mais possível transformar, 
por exemplo, uma célula de trofoblasto em uma 
célula de embrioblasto. 
 
Essas alterações tendem a ser irreversíveis, 
havendo uma restrição progressiva dos possíveis 
destinos de uma célula, bem como do seu 
potencial ao longo do desenvolvimento. 
Durante todo o desenvolvimento embrionário, 
as células vão se especializando cada vez mais e, 
com isso, vão perdendo o seu potencial de 
diferenciação. 
 
 
Classificações de potencialidade: 
• Totipotente – Um exemplo são as células 
tronco, que são capazes de se 
autorrenovar, ou seja, de se dividir e 
formar uma célula igual a ela. Capaz de 
formar diferentes tipos celulares. Ex: 
Zigoto; 
• Pluripotente – A célula da massa celular 
interna, pois não são mais capazes de 
formar as células do trofoblasto, apenas 
formam células do próprio embrião. À 
medida que o desenvolvimento vai 
ocorrendo, as células vão perdendo cada 
fez mais a sua potencialidade; 
• Multipotente – Seriam as células tronco 
hematopoiéticas, que só formam células 
do tecido hematopoiético; 
• Oligopotente 
• Unipotente – Capaz de gerar só um tipo 
celular, que seria um progenitor ou uma 
célula diferenciada, que nem se divide.

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