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REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS - PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

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REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
PATOLOGIAS DA BOLSA ESCROTAL 
São alterações que podem conduzir a degeneração 
testicular por compressão ou por aumento da 
temperatura local 
HIDROCELE 
 
Se caracteriza pelo acúmulo de fluído, conhecido 
como ceroma, no que podemos chamar de parede 
interna da bolsa escrotal, abrindo um espaço entre o 
testículo e a própria pele da próstata, pode ser uni ou 
bilateral. Existem 2 tipos, o exsudato e o transudato 
onde está completamente relacionado ao edema 
(inchaço). 
Obs: Não é comum em mamíferos domésticos, mas 
pode acontecer. 
Como identificar: Há uma dificuldade de identificar 
pois existe a hidrocele e a hematocele, pois as duas 
geram acúmulo de um líquido, causando a dúvida de 
qual é o caso. A diferença está no próprio líquido. 
HIDROcele = fluído (plasma sanguíneo, ceroma). 
HEMATOcele = sangue 
Ela pode se dar por algum acidente no pasto 
causando um trauma local, no caso dos animais de 
produção ou pode ser originada a partir de um 
processo infeccioso por algum agente agressor, 
como bactérias. 
O prognostico pode ser feito através do teste de godê 
onde com o dedo da mão posto sobre a pele faz-se 
uma ligeira compressão o que pode se tornar 
indicativo positivo ou negativo. O diagnóstico é 
fechado pelo exame de imagem de ultrassom. 
Apesar de a princípio não ser uma patologia que 
coloca a vida do animal em risco e pode ser tratada 
facilmente, a Hidrocele não tratada pode vir a evoluir 
para afecções mais graves, como hematoma por 
exemplo, e aí o tratamento além de mais caro, vai 
depender da importância daquele animal, sendo 
assim, o dono pode optar pelo “descarte” no caso de 
um animal de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HEMATOCELE 
 Apesar de possuir praticamente as mesmas 
características que a Hidrocele apresentada 
anteriormente. A Hematocele pode ser decorrente de 
um traumatismo no testículo ou pode ter causa de 
base secundária, como é o caso do Hemoperitonio 
onde há sangue circulante na cavidade abdominal e 
o mesmo desce para a bolsa escrotal via canal 
inguinal. É um pouco mais preocupante que a 
Hidrocele pois indica sangue “livre” em um lugar que 
não devia existir. Precisa ser tratada também e caso 
evolua deve ser feito o descarte do animal de 
produção. 
DERMATITE ESCROTAL 
 
Consiste uma inflamação da pele do escroto, 
geralmente é em um achado frequente e 
normalmente é inespecífico, ou seja, pode ter como 
causa agentes patogênicos, assim como ácaros, 
bactérias, também quando restrita à pele da bolsa 
escrotal, pode ser resultado de um trauma ou de uma 
ulceração produzida pelo frio intenso ou de uma 
exposição a irritantes ambientais como pó de 
cimento, caracterizando como falha de manejo com o 
animal. Com um leque amplo de possíveis causas, o 
mais indicado é fazer rapados, exames que fechem 
melhor o diagnóstico. 
 
Patógenos que apresentam o escroto como local 
de predileção: 
• Dermatophilus Congolensis 
• Besnoitla Besnoiti (Touros) 
• Chorioptes Bovis – Acaro (Carneiro) 
_______________________________________ 
PATOLOGIAS DO TESTÍCULO 
Alterações relacionadas ao desenvolvimento: 
• Monorquidismo e anorquidismo 
• Apendice testicular 
• Tecido adrenocortical acessório 
• Crptorquidismo 
• Hipoplasia Testicular 
Alterações Degenerativas: 
• Degeneração Testicular 
Neoplasicas: 
• Leydigocitoma 
• Sertolinoma 
• Seminoma 
REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
MONORQUIDISMO E ANORQUIDISMO 
- Ausência congênita de um testículo ou de ambos. 
Caso o testículo não esteja no escroto como deveria, 
deve ser feita a investigação, principalmente no 
abdômen. Nos casos dos animais de produção que 
vão para abate, não há importância significativa caso 
seja constatado que realmente não há testículo ou 
caso ele seja localizado no abdômen. Quando 
falamos de animais de companhia é diferente, pois 
caso seja localizado um dos testículos no interior 
abdominal, ele precisa ser removido para não gerar 
um tumor futuramente. 
APÊNDICE TESTICULAR 
Se caracteriza em uma massa de tecido, de forma 
oval ou arredondada que costuma se localizar 
próxima da cabeça do epidídimo, mas também pode 
ocorrer no testículo, e histologicamente é semelhante 
a tuba uterina da fêmea. É uma afecção que ocorre 
em Bovinos e Equinos. Caso o apêndice não cresça, 
não há importância significativa, pois não será capaz 
de causar grandes problemas. Caso cresça, ele pode 
causar problemas mais graves e deve ser retirado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECIDO ADRENOCORTICAL ACESSÓRIO 
Ainda sobre Apêndices, alguns podem ter a 
característica de uma glândula como a adrenal, que 
fica sobre os rins. Pode acontecer de um tecido 
semelhante dessa glândula, no momento do 
desenvolvimento, quando as células estão se 
diferenciando e migram para outros locais, ela pode 
se vincular ao epidídimo ou ao testículo. Por se 
tratar de uma glândula hormonal, é preciso ficar 
atento a qualquer alteração hormonal que este 
animal apresente. 
 
 
CRIPTORQUIDISMO 
Caracteriza-se pela ausência de um ou de ambos os 
testículos na bolsa escrotal em razão da retenção no 
seu trajeto normal de migração da cavidade 
abdominal para a bolsa escrotal. O ideal é que o 
animal que tenha o Criptorquidismo não seja 
reprodutor, independente de ser reprodução de 
grandes ou pequenos. O Animal vai apresentar 
enfermidades testiculares, não vai possuir epitélio 
germinativo, vai ocorrer o estreitamento ou fibrose 
precoce do anel vaginal, além da disfunção do 
gubernaculo testis, o que pode ser de caráter 
hereditário. 
Diagnóstico: 
• Palpação retal ou externa 
• Ultrassonografia 
• Dosagem de Testosterona 
• Laparoscopia Diagnóstica 
Tratamento: 
• Conservativo: baixa eficiência (inguinal) 
• Cirurgico: através da orquiectómica 
• Localização: 
o Inguinal (testículo inguinal) 
o Para inguinal (testículo abdominal) 
o Pré-púbico (abdominal bilateral) 
o Flanco (abdominal) 
o Laparoscopia (Abdominal uni ou 
bilateral) 
Geralmente, os testículos que não desceram, eles 
não são nada desenvolvidos, são até menores que 
o tamanho normal e não possuem atividade 
hormonal para reprodução. 
HIPOPLASIA TESTICULAR 
Sendo de origem hereditária, a Hipoplasia 
Testicular é uma anomalia do desenvolvimento e 
pode ser encontrada em todas as espécies 
domésticas. Se caracteriza pelo testículo 
diminuído de volume, ou seja, ele está lá na bolsa 
escrotal, porém as células não se multiplicaram, 
dando uma aparência menor que o esperado e 
nunca alcançará o tamanho normal. 
Provavelmente o epitélio germinativo onde ocorre 
a espermatogênese está comprometido. 
Histologicamente se dá por túbulos seminíferos 
com diâmetro reduzido, ausência total de 
espermatogênese e presença de células de Sertoli 
normais. Podendo ocorrer a fibrose (degeneração 
testicular). 
REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
DEGENERAÇÃO TESTICULAR 
É a principal causa de redução de fertilidade nos 
machos, possui causas indiretas e nem sempre 
diagnosticáveis, podendo ser considerada uma 
patologia discreta ou até severa. Pode ser 
unilateral ou bilateral e inicialmente possui sinais 
clínicos de consistência flácida, tamanho normal 
ou discretamente diminuído, além da coloração 
pálida. Diferentemente da hipoplasia onde não há 
o crescimento do testículo, na Degeneração, o 
testículo já foi normal, sofreu uma degeneração e 
“involuiu” de tamanho, agregando outros 
problemas além da diminuição do tamanho. 
O que pode ser notado no exame histopatológico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Degeneração de espermátides 
• Células gigantes e multinucleadas 
• Espermatogônias com citoplasma 
vacuolizado e com núcleo picnótico 
• Membrana basal espessa 
• Proliferação de tecido conjuntivo fibroso 
• Destruiçãode túbulos 
Principais Causas 
• Hipertermia 
• Infecções ou traumas 
• Nutrição 
• Lesões vasculares 
• Obstrução de cabeça de epidídimo 
• Autoimune 
• Agentes químicos, físicos, tóxicos e 
hormonais 
Há tratamento especificamente para a 
degeneração testicular? Depende. Quando no 
caso de um trauma, por exemplo, caso não tenha 
afetado as células reprodutoras, pode ser feito o 
tratamento e o animal poderá voltar para 
reprodução. Se for o caso de manejo nutricional, 
se o testículo ainda não se encontra no processo 
de fibrose propriamente dita, também há 
possibilidade de tratamento. Porém, em alguns 
casos, onde as células reprodutoras já foram 
prejudicadas e há o tecido fibroso, o recomendado 
é a retirada do testículo e o tratamento da causa 
de base, ou seja, a fonte do problema. 
Com relação ao prognóstico, se trata de algo 
desconfortável ao animal, dependendo do nível de 
comprometimento do testículo e da causa de 
base. 
ORQUITE 
Se trata de uma alteração inflamatória dos 
testículos (ITE), e acomete a todas as espécies. 
Normalmente as principais causas consistem em 
traumatismo e agentes infecciosos (na maioria das 
vezes, bacterianas). 
Na Orquite também é comum notar a presença 
dos sinais cardeais como Dor, Calor, Rubor e 
Tumor (aumento de volume) e Perda de função. 
Tudo isso depende do grau de comprometimento 
também. 
As vias de “adesão” desta patologia se 
caracterizam principalmente pela via hematógena, 
retrógrada e lesão local. Tendo em mente que as 
causas de origem bacterianas são mais comuns, 
qualquer bactéria pode entrar via corrente 
sanguínea. 
Uma doença que possui influência sobre essa 
patologia é a Brucelose, pois compromete de 
maneira MUITO significativa a reprodução dos 
animais, tanto machos quanto fêmeas, se fazendo 
necessária a vacinação em dia, caso contrário, em 
machos pode chegar a ser responsável por um 
quadro de orquite aguda irreversível, assim como 
nas fêmeas repetição de cio ou até aborto em 
casos mais graves. Nessas condições o animal 
DEVE ser descartado. 
Há também uma forma de classificar a orquite que 
seria do ponto de vista histopatológico, sendo a 
Orquite Intersticial aquela que é caracterizada 
por infiltrado inflamatório constituído 
predominantemente por linfócitos, plasmócitos e 
macrófagos, com localização intertubular 
(intersticial) e perivascular. Já a Orquite 
Intratubular se caracteriza por traumas e rupturas 
da barreira hematotesticular, podendo evoluir para 
a Orquite Granulomatosa estéril. 
 
 
REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Diagnóstico: 
Através da coleta do material de caráter infeccioso 
para cultura, posteriormente se faz o isolamento e 
o antibiograma. 
Há a possibilidade de tratamento com antibióticos 
ou antiinflamatorios, e outros tipos de 
aconselhamento com o intuito de conservar 
aquele animal na reprodução, porém nem sempre 
são técnicas efetivas, depende do grau de 
comprometimento do órgão. Na maioria dos 
casos, a indicação é de Tratamento cirúrgico que 
consiste na Orquiectomia (castração), 
descartando aquele animal da reprodução. 
Em situações como esta, imprescindível que seja 
o médico veterinário trabalhe em cima de 
diagnósticos diferenciais excluindo outras 
possibilidades de inflamações. Por se tratar de 
uma patologia onde pode apresentar os mesmos 
sintomas que outras, o diagnostico diferencial é 
uma ferramenta, um levantamento de possíveis 
afecções com sintomatologia semelhante, dando 
a possibilidade do exercício de pensar em todas 
as possíveis possibilidades do problema, podendo 
ser mais assertivo, com embasamento e 
argumentos suficientes na hora de fechar um 
diagnóstico. 
• Hernia Inguinoescrotal 
• Neoplasia 
• Hidrocele 
• Hematocele 
NEOPLASIA 
Se trata de um novo tecido que se formou e 
continua se formando de forma desproporcional, 
onde há o aumento de volume, alteração da 
consistência testicular e alteração da superfície 
testicular. 
Geralmente quando se fala em Neoplasia, 
também há processo inflamatório que deve ser 
descartado através de biopsia, caso haja a 
proliferação de novas células, é uma neoplasia, 
caso não haja, se trata de uma inflamação. Quanto 
mais diferente for uma célula da outra, mais grave 
é o processo, pois são indiferenciadas, crescem 
de forma desordenada e normalmente se trata de 
uma neoplasia maligna. A neoplasia benigna há 
também o crescimento desordenado de células, 
porém são células que se assemelham. 
 
 
Diagnóstico: 
• Exame Físico 
• US 
• Biopsia 
Tratamento: 
• Cirúrgico: Orquiectomia 
Leydigocitoma 
 uma das principais Neoplasias de testículo é o 
característico por afetar células de leyding e que 
pode ocorrer com mais frequência em cães e 
touros mais velhos, geralmente aqueles que 
passaram uma vida inteira vivendo para a 
reprodução animal. É possível notar 
características morfológicas como uni ou bilateral, 
discretamente encapsulado, tem aspecto 
amarelado, é pouco consistente a palpação e 
afeta diretamente a qualidade do sêmen de touros 
quando seu diâmetro é superior a 1cm. 
Sertolioma 
Se trata de uma neoplasia multilobular que afeta 
as células de Sertoli que protegem os túbulos 
seminíferos, o que acaba resultando na perda total 
da morfologia desses túbulos, substituindo todo o 
parênquima testicular, assumindo um aspecto 
mais pálido e os espermatozoides são todos 
destruídos. 
Durante a palpação, esse tipo de Neoplasia possui 
geralmente a característica de uma consistência 
mais firme que o normal, em razão da abundante 
quantidade de tecido conjuntivo de sustentação. 
Porém apenas com a biopsia é possível dar o 
diagnostico final. 
Com relação a sua histologia, os tumores de 
células de Sertoli possuem estruturas tubulares 
revestidas por células que lembram as células de 
Sertoli e são suportadas por um septo fino de 
tecido fibroso. 
Seminoma 
É uma Neoplasia característica do túbulo 
seminífero que afeta as células de linhagem 
germinativas (espermatogonia, espermatocito 
primário, secundário, espermátide etc.). Quando 
analisado, macroscopicamente, sua superfície de 
corte de nódulo testicular possui coloração 
esbranquiçada a acinzentada. Com relação a 
palpação, esta neoplasia costuma ter consistência 
flácida, podendo ser friável. 
REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Histologicamente, se apresenta como células 
germinativas neoplásicas arredondadas ou 
poligonais em padrão sólido com infiltrado 
linfocitário focal, de caráter benigno, podendo 
haver inflamação. 
PATOLOGIAS DO EPIDÍDIMO 
Alterações relacionadas ao desenvolvimento: 
• Aplasia 
• Paradidimo 
Alterações Regressivas 
• Cistos epiteliais 
Inflamatórias 
• Espermatocele e granuloma espermático 
• Epididimite 
 
APLASIA DO EPIDÍDIMO 
Consiste numa anomalia congênita, caracterizada 
pela falta de desenvolvimento de um determinado 
segmento do ducto epididimário. A Aplasia é 
quando apenas há um “vestígio” do órgão, apenas 
o “broto”. Ele não chegou nem a desenvolver o 
mínimo possível. 
As consequências dessa alteração são 
subfertilidade, devia a obstrução do fluxo 
espermático. 
 
PARADIDIMO (Apêndice do Epidídimo) 
Ocorre eventualmente acumulando secreções de 
células epiteliais que causam a dilatação e 
formação cística. 
A incidência é maior em bezerros do que em 
touros por incrível que pareça. 
 
CISTOS EPITELIAIS 
São pequenas formações císticas ao longo do 
epitélio epididimário que somente são possíveis 
de serem detectados através de microscopia e 
podem estar diretamente associados a processos 
inflamatórios do epidídimo. Também não 
compromete a vida do animal, caso não haja 
crescimento. 
 
ESPERMATOCELE E GRANULOMA ESPERMÁTICO 
Consiste na dilatação cística do conduto 
epididimário com acúmulo de espermtozoides,podendo progredir para um processo inflamatório 
com a presença de granulomas causando uma 
fibrose de tecido conjuntivo, o que ressalta que, de 
qualquer forma, este animal deve ser retirado da 
reprodução. 
Em caprinos mochos, é a principal causa de 
infertilidade, geralmente por trauma. 
 
EPIDIDIMITE 
Se trata de uma alteração inflamatória que muitas 
vezes pode possuir relação com a orquite 
(inflamação do testículo), que acaba passando 
para o epidídimo, havendo a diminuição de 
espermatozoides, tumor (aumento), sensibilidade 
ao toque, o animal também pode apresentar dor. 
 
PATOLOGIAS DO CORDÃO ESPERMÁTICO 
São classificadas em alterações: 
• Varicocele 
• Torção 
• Funiculite 
VARICOCELE 
Se trata da dilatação das veias do plexo 
pampiniforme e cremastéricas quando há falha 
nas válvulas de retorno sanguíneo dentro da veia. 
Além de altera o volume do cordão, altera do 
testículo também, possui causa desconhecida e 
predispõe a degeneração testicular, levando a 
infertilidade. 
As grandes varicoceles são acompanhadas por 
trombose. 
Conduta: orquiectomia. 
 
TORÇÃO 
A torção do funículo espermático é observada nos 
testículos retidos, em especial quando há um 
neoplasma testicular associado. Pode gerar um 
trauma, e em decorrência da torção deixar de 
circular sangue no local, levando a uma necrose. 
Conduta: orquiectomia. 
REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
 
FUNICULITE 
É o nome da do a inflamação do funículo 
espermático. Se trata de uma consequência usual 
de orquiectomia, em especial em suínos, que 
costumam ser castrados pelos proprietários, e 
equinos. 
Geralmente se dá em decorrência de uma falha 
técnica cirúrgica durante a castração, causando 
possivelmente a contaminação da ferida durante o 
processo de cicatrização, secundário a infecção 
prévia. 
Seus sinais clínicos são diversos e dentre eles 
estão: 
• Consistência firme do cordão espermático 
à palpação 
• Drenagem de secreção sanguinolenta ou 
purulenta 
• Presença de fístula 
• Edema do prepúcio e porção ventral do 
abdômen 
• Aumento da sensibilidade local 
• Alteração na locomoção 
• Febre 
Diagnóstico: 
• Inspeção 
• Exame físico 
• US 
• Laparoscopia 
Tratamento: 
Conservativo se demonstra pouco eficiente então 
é mais aconselhado o tratamento cirúrgico que 
consiste na remoção do tecido 
inflamado/infectado. 
 
AFECÇÕES DO PÊNIS E PREPÚCIO 
Para saber identificar um pênis que apresente 
alguma afecção, primeiro é necessário realizar um 
exame onde é feita a “extensão manual” do 
membro, que deve ser totalmente exposto para 
identificar qualquer tipo de alteração. Isso faz 
parte da inspeção geral. 
 
 
São classificadas em alterações: 
• Fimose/ Parafimose 
• Hipospadia 
• Pênis Bífido 
• Persistencia do frênulo peniano 
Alterações circulatórias 
• Acrobustite 
• Balanopostite 
Neoplasias 
 
PARESIA / PARALISIA DO PÊNIS 
Principais Causas: 
• Neuropatias 
• Uso de tranquilizantes 
• Feridas crônicas 
Sinais Clínicos: 
• Exposição permanente do pênis (com ou 
sem reflexo) 
• Diminuição da temperatura - (baixa 
vascularização) 
• Aumento de volume 
• Edema 
• Ressecamento da pele e presença de 
feridas 
(Evolui para um quadro de Parafimose que 
impossibilita a retração do órgão). 
 
PARAFIMOSE 
É a condução que resulta na incapacidade do 
pênis de se retrair na cavidade prepucial. 
Etiologia: 
• Tecidos cicatriciais – devido a uma cicatriz, 
o tecido cicatricial vai impedir a exposição 
do pênis, atrapalhando a reprodução. 
• Edema peniano e/ou prepucial 
• Espessamento crônico do óstio prepucial 
• Neoplasias ou granulomas. 
Sinais Clínicos: 
• Exposição parcial do pênis 
 
REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Tratamento conservador X Cirúrgico 
A tentativa inicial é sempre a de tratamento 
conservador que consiste em acabar com o 
problema através de medicação, porém nem 
sempre soluciona. Sendo assim, muitas vezes há 
a necessidade de partir para a cirurgia que seria a 
retirada do órgão, ou a parte prejudicada, 
dependendo do caso. 
 
FIMOSE 
Se caracteriza no impedimento da exteriorização 
do pênis por algum motivo, o animal consegue 
urinar, porém não é capaz de expor o órgão. As 
causas vão desde inflamatória a neoplásica, 
defeito congênito ou até mesmo cicatriz do óstio 
prepucial. 
É necessária a técnica de circuncisão onde se faz 
a remoção do prepúcio para que haja a exposição 
do pênis. 
Sinais Clínicos: 
• Desconforto durante a micção 
• Micção sem exteriorizar o pênis 
• Acúmulo de urina dentro do prepúcio 
Tratamento: 
Conservador X Cirúrgico 
Dependendo do nível de comprometimento desse 
pênis, pode ser que apenas o tratamento 
conservador consiga resolver. Porém, em estágios 
mais avançados onde o comprometimento do 
órgão aumenta, apenas o tratamento cirúrgico é 
possível. 
 
HIPOSPÁDIA / EPISPADIA 
É uma condição na qual ocorre o fechamento 
ventral incompleto da uretra peniana, resultando 
em abertura ventral da uretra em seu trajeto da 
região perineal até o óstio uretral. Devido a estes 
problemas, outros subjacentes podem ser notados 
em conjunto, assim como a hipoplasia, prepúcio 
ausente e os testículos geralmente ectópicos. 
 
 
 
 
PÊNIS BÍFIDO 
É uma condição também conhecida como difalia 
(diphallus), onde o animal (do sexo masculino), 
pode apresentar glande dupla, ou um segundo 
tecido semelhante a glande. 
A intensidade do processo é variável, podendo 
haver duplicação apenas da glande ou duplicação 
de todo o pênis. Em alguns casos, até mesmo com 
duas uretras e bexigas urinárias independentes, 
sendo passível de remoção cirúrgica. Porém, 
ainda assim não é um animal que seja indicado 
para a reprodução. 
 
PERSISTENCIA DO FRENULO PENIANO 
Não se trata de um defeito grave, mas podem 
apresentar um efeito negativo ao limitar a 
extensão a qual o pênis pode ser protuído em 
relação ao prepúcio, fazendo com que o pênis 
ereto fique encurvado em vez de reto. 
Obs: A persistência do frênulo é importante em 
touros e suínos. 
Há algumas técnicas usadas para a correção, 
porém, dependem do nível de persistência desse 
frênulo, a idade deste animal, pois sendo um 
filhote, a correção é mais fácil. Já em animais 
adultos, pode haver a necessidade de anestesia 
local para um micro procedimento com a ajuda de 
um bisturi elétrico. 
 
ACROBUSTITE 
Se trata de um prolapso na mucosa prepucial com 
ulceração e fibrose na região de transição 
mucocutânea. 
Etiologia: 
• Animais predispostos por possuírem 
bainha pendular 
• Raças predispostas – Hereford e Angus, 
entre outras 
• Lesões repetitivas 
Sinais Clínicos: 
• Eversão do prepúcio 
• Edema 
• Dor 
• Ferida 
 
REPRODUÇÃO ANIMAL E BIOTECNOLOGIAS 
PATOLOGIAS DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Tratamento: 
Conservativo X Cirúrgico X Circuncisão 
Mais uma patologia onde o protocolo utilizado para 
o tratamento vai depender exclusivamente do 
nível de comprometimento, o estado clínico do 
animal para saber como proceder. É possível 
utilizar somente o trato conservativo, pode 
funcionar. Porém, na maioria dos casos em que o 
membro já se encontra em estado avançado, com 
muito edema, fibrose tecidual, pode ser 
recomendada a circuncisão do pênis. 
 
BALANOPOSTITE 
Inflamação conjunta de prepúcio e glande peniana 
em resposta de lesões traumáticas ou infecciosas. 
É grave, porém vale apena o tratamento 
conservativo nesse caso, também dependendo do 
comprometimento deste membro, pode variar para 
uma amputação do mesmo. Mas por se tratar de 
uma inflamação, se ainda estiver em estágio inicial 
e não tiver comprometido consideravelmente o 
pênis e a glande, tratamento com medicação, 
pode resolver. 
 
NEOPLASIAS 
• Comum na espécie equina 
• Maior incidência em animaisdespigmentados 
• Carcinomas, papilomas e melanomas 
 
Fibropapiloma 
Neoplasia de caráter benigno que afeta 
especificamente os tecidos de revestimento e 
fibroplastos (células do tecido conjuntivo). Possui 
caráter delimitado, em formato de capsula, onde é 
possível identificar começo, meio e fim da 
neoplasia, (aparentemente na superfície da pele). 
Pode aparecer em vários locais, em qualquer 
parte do corpo. Ainda que haja características 
marcantes, é necessário sempre fazer a análise 
do tecido, utilizando o exame histopatológico para 
melhor eficiência de diagnostico como benigno ou 
maligno. O tratamento se dá por 
eletrocauterização com o bisturi elétrico. 
 
 
Carcinoma de Células Escamosas 
Se trata de uma Neoplasia maligna, podendo 
desenvolver metástases rapidamente, ela age de 
forma invasiva e de rápido crescimento das 
células epidérmicas (células achatadas da pele), 
que tende a se diferenciar em queratinócitos. 
 Por aparência, pode vir a ser semelhante a um 
quadro de Acrobustite, por isso é tão importante 
que seja feito o exame histopatológico que será 
capaz de apresentar com mais precisão o 
diagnóstico. 
Obs: É uma neoplasia comum em equinos, que 
compreende cerca de 7 a 30% das doenças 
neoplásicas que afetam a espécie. 
 
Melanoma 
É um processo neoplásico relativamente comum 
também em Equinos, porém equinos idosos e de 
pelagem tordilha (de pelagem clara), devido o fato 
de a Neoplasia afetar justamente as células da 
pele destes animais, geralmente vista em lugares 
que não são cobertos por pelos, tendo mais 
exposição a raios solares. 
Obs: Apesar de possuir um nome que daria a 
entender ser benigno, o melanoma é uma 
neoplasia de caráter maligno. 
 
FERIDAS 
• Coice 
• Cópula 
• Transposição de cercas ou porteiras 
• Alteração de comportamento 
• Parasitismo e traumatismo em geral

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