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Treinamento funcional nos esportes: algumas considerações metodológicas
Article · April 2016
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1 author:
Adriano Vretaros
Independent Researcher
30 PUBLICATIONS   26 CITATIONS   
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All content following this page was uploaded by Adriano Vretaros on 17 April 2016.
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https://www.researchgate.net/publication/301348116_Treinamento_funcional_nos_esportes_algumas_consideracoes_metodologicas?enrichId=rgreq-adf53af839800af173f8797db54a08c2-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMwMTM0ODExNjtBUzozNTIwMDI1MTQxNDUyODJAMTQ2MDkzNTM0NzM2Nw%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
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https://www.researchgate.net/profile/Adriano-Vretaros?enrichId=rgreq-adf53af839800af173f8797db54a08c2-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMwMTM0ODExNjtBUzozNTIwMDI1MTQxNDUyODJAMTQ2MDkzNTM0NzM2Nw%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Adriano-Vretaros?enrichId=rgreq-adf53af839800af173f8797db54a08c2-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMwMTM0ODExNjtBUzozNTIwMDI1MTQxNDUyODJAMTQ2MDkzNTM0NzM2Nw%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf
Treinamento funcional nos esportes: algumas considerações metodológicas
Functional training in sports: some methodological considerations.
Adriano Vretaros*
avretaros@gmail.com
(Brasil)
*Pós-graduado em Bases Fisiológicas e Metodológicas do Treinamento Desportivo
pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP 
RESUMO
O treinamento funcional tem sido utilizado como metodologia na preparação
de diversas modalidades de desporto. Todavia, ainda existem dúvidas pertinentes
quanto a melhor metodologia a ser aplicada. Para sistematização da metodologia do
treinamento funcional nos esportes devemos compreender as variáveis
macroestruturais: aprendizagem do movimento, propriocepção, core e capacidades
biomotoras. A integração dessas variáveis macroestruturais do treino funcional se
dará na confecção da periodização para a modalidade específica a ser desenvolvida. 
Unitermos: Treinamento funcional, Metodologia, Esportes
ABSTRACT
Functional training has been used as methodology in the preparation of
different types of sport. However, there are pertinent questions about the best
methodology to be applied. To systematize the methodology of functional training in
sports must understand the macro-structural variables: movement of learning,
proprioception, core and biomotor capabilities. The integration of these macro-
structural variables of functional training will be given in the preparation of
periodization for the specific modality to be developed. 
Keywords: Functional training, Methodology, Sports
 Vretaros, A. Treinamento funcional nos esportes: algumas considerações metodológicas. (Abril - 2016)
mailto:avretaros@gmail.com
Introdução
Nas últimas duas décadas, o treinamento funcional (TF) conquistou um grande
espaço nos programas contemporâneos de treinamento esportivo voltados para atletas
iniciantes até o alto nível de desempenho (Bossi, 2011 ; Collins, 2012 ; Teixeira &
Guedes Jr, 2014 ; Boyle, 2015).
Não por acaso, as tendências mais avançadas na área de prescrição do TF
envolvem conhecimentos estruturais cinesiológicos, biomecânicos e fisioterápicos
agregados intimamente com a ciência da teoria do treinamento esportivo (Boyle,
2015).
Tal fato, se deve em parte, pela preocupação constante dos preparadores físicos
em elaborar programas que reduzam ao máximo a incidência de lesões
musculoesqueléticas nas modalidades e, ao mesmo tempo, propiciem um superior
desenvolvimento atlético durante a temporada. 
Segundo Collins (2012), Boyle (2015) e Vretaros (2015a) o TF apresenta
diferentes metodologias de treinamento que podem ser empregadas e, ainda na
atualidade, não são bem compreendidas por alguns profissionais da área. De maneira
geral, o TF envolveria o uso dos seguintes meios: 
• superfícies instáveis (discos, pranchas, Bosu® , T-bow, Physio-roll, bola
suiça, etc);
• treinamento multiplanar;
• exercícios derivados dos levantamentos olímpicos e powerlifting;
• treino não-convencional (usando cordas navais, sandbags, plataformas
deslizantes, trenó, clubbells, etc);
• treino resistido tradicional (máquinas, pesos livres, anilhas, dumbells,
etc);
• treino de strongman modificado;
• metodologias adicionais envolvendo medicine ball, kettlebell, treino
suspenso, mini-band, theraband, trampolim, etc. 
O TF pode ser definido como um meio de treinamento dinâmico que visa
trabalhar os padrões básicos de movimentos presentes em diferentes tarefas do
cotidiano, laborais e da atividade esportiva. Neste sentido, a busca por padrões de
movimento efetivos envolveria: a tranferência de treino, estabilização, padrões de
movimentos primários, fundamentos de movimentos básicos, consciência corporal,
habilidades biomotoras fundamentais, controle postural, movimentos de cadeia
cinética fechada, exercícios multiarticulares, exercícios multiplanares e
desenvolvimento da sinergia muscular (Zanella & Aguiar, 2015). 
No entanto, quando o TF é direcionado primordialmente aos esportes, sua
metodologia é regida pelos conceitos de especificidade e transferência buscando
atingir as características do gestual motor implicado na respectiva modalidade que
está sendo treinada, envolvendo sistemas, meios e métodos complexos (Sargentim,
2013 ; Teixeira & Guedes Jr, 2014 ; Boyle, 2015). 
São diversas as investigações que comprovam os benefícios proporcionados
pelos programas de TF no esporte na sua variedade de modalidades: futebol (Nesser
et al, 2008 ; Prieske et al, 2015 ; Shinkle et al, 2012), golfe (Thompson et al, 2007),
beisebol (Song et al, 2014), taekwondo (Yoon et al, 2015), basquetebol (Cumps et al,
2007), voleibol (Knaben, 2015), corredores fundistas (Sato & Mokha, 2009), tênis de
campo (Barber-Westin et al, 2010 ; Fernandez-Fernandez et al, 2013), futebol
americano (Gil, 2014), rugby (Harrison & Bourke, 2009), hóquei no gelo (Matthews,
Comfort & Crebin, 2010), forças militares (Smith, 2014), entre outros. 
Ainda assim, as metodologias do TF voltado aos esportes tem sido mal
operacionalizadas. Tem sido criados estúdios, ginásios e centros de treinamento
envolvendo o TF com uso de sistemas de treino não muito consistentes e, em alguns
casos, faltando uma criação de progressões lógicas de exercícios. 
Portanto, essa investigação tem como objetivo revisar os componentes
metodológicos relacionados à prática do TF, visando com isto, proporcionar aos
preparadores físicos fundamentação científica para embasamento no instante da
prescrição dos seus programas de treinamento. 
Terminologia empregada no TF
A terminologia específica envolvida nos programas de TF não se diferencia
muito da empregadanos programas de treino resistido convencional. Todavia, alguns
conceitos da terminologia básica do TF são oriundos da concepção moderna
fisioterápica (Cook, 2010 ; Collins, 2012 ; Boyle, 2015). 
Na opinião de Barros (2004) a transmissão do saber pode ser feita via textos
que possuem como características especiais em nível sintático, semântico,
pragmático, semiótico e lexical resultando numa terminologia própria para o devido
campo de investigação. 
As unidades fraseológicas especializadas dentro de um contexto específico
podem resultar na identidade científica da terminologia (Dornelles, 2015). 
Vretaros (2015a) apregoa que tem havido uma grande confusão terminológica
no conceito original de TF. Alguns profissionais ao se referirem ao treinamento do
core preferem enfatizar seus conceitos de forma isolada, o que também é válido. Na
realidade, no nosso entendimento, o core, propriocepção ou qualquer outro termo
mais próximo envolvido com a funcionalidade do movimento faz parte de uma
macrodenominação intitulada TF. 
No TF os conceitos, definições e aplicações formam um campo do saber
específico que tem como finalidade por associação de termos-chave facilitar aos
profissionais envolvidos, palavras universais que permitam a circulação do
conhecimento especial (Teixeira & Evangelista, 2014). 
Então, o quadro 01 serviria como um glossário do TF, com terminologia básica
minimamente atualizada para um melhor julgamento e discussão durante a prescrição
de exercícios. Foge do escopo desta investigação abranger e esgotar o vocabulário
permanente no TF, haja visto que existe uma tendência natural evolucionista do
surgimento de novas terminologias, oriundas principalmente da língua inglesa. 
Quadro 01. Terminologia básica do TF
Termo Significado
Estabilidade Relacionada com a sincronicidade da ação muscular, tendões
e ligamentos com a força exercida (cargas x postura x
controle motor)
Mobilidade Produção de liberdade no movimento segmentar.
Relacionada a amplitude articular e a flexibilidade tecidual e
muscular
Músculos
Estabilizadores
Musculatura que fornece a estabilidade
Músculos
Neutralizadores
Musculatura que evita a movimentação indesejada
Ativação Muscular Movimentação que permite desencadear uma ação muscular
de forma adequada
Inativação Muscular Relacionado a um grupamento muscular, do ponto de vista
neural, que varia de total inatividade até completa ativação
Plano Sagital Divisão do corpo em lado direito e esquerdo
Plano Frontal Também denominado coronal. Ocorre a divisão corporal em
anterior e posterior
Plano Transversal Divisão corporal em parte superior e inferior
Bilateral Quando ocorre o trabalho dos dois lados do corpo
Unilateral Quando ocorre o trabalho de apenas um lado do corpo
Base Estável Quando ocorre perturbações mínimas ou inexistentes no
equilíbrio corporal frente as ações de forças externas e
internas
Base Instável Quando ocorre perturbações variativas no equilíbrio corporal
decorrentes das ações de forças externas e\ou internas
Cadeia Cinética
Aberta
Exercício cujo segmento distal se move livre contra a
resistência (por exemplo, mesa extensora)
Cadeia Cinética
Fechada
Exercício cujo segmento distal estão fixos (por exemplo,
agachamento)
Exercício Uniplanar Exercício que ocorre em apenas um plano de movimento (por
exemplo, rosca direta)
Exercício Multiplanar Exercício que ocorre em vários planos de movimento (por
exemplo, avanço com medicine ball seguido de rotação do
tronco)
(Adaptado de Teixeira & Guedes Jr, 2014 ; Boyle, 2015 ; Sarabon, 2015)
Bases metodológicas do TF
Os conceitos supracitados de especificidade e transferência é que guiam a
composição dos programas do TF na suas variantes de modalidades esportivas. 
A especificidade na interpretação de Vretaros (2015b) estaria correlacionada
com os aspectos bioenergéticos, morfofuncionais e aos métodos de treino particulares
da modalidade. 
A transferência, de acordo com Brown & Khamoui (2015), refere-se a um
esforço para identificação da melhor abordagem e seletividade dos exercícios que se
devem usar para atingir padrões de regimes musculares e os planos de movimento
que as dinâmicas da modalidade exigem. Para Silva-Gricoletto, Brito & Heredia
(2014) a transferência (ato de transferir) pode ser considerado que o TF tem como
propósito conseguir o maior efeito positivo sobre um desempenho específico. 
Normalmente, esses dois conceitos caminham em uma mesma direção visando
atingir a excelência no desempenho motor do atleta. 
A filosofia de trabalho do TF é pautada metodologicamente por linhas de
suporte inclusas na teoria do treinamento desportivo. Suas ferramentas e
equipamentos podem soar inovação, porém os princípios da prescrição como a
individualidade biológica, adaptação, sobrecarga, progressividade, interdependência
volume-intensidade, especificidade, concorrência, treinabilidade, variabilidade,
desadaptação e continuidade continuam sendo validados (Dantas, 2014 ; Vretaros,
2015b). 
Metodologicamente falando, o TF busca desenvolver exercícios integrados,
variados e multiplanares condicionando os atletas com estímulos estruturados
minimamente aceitáveis para uma adaptação progressiva (Silva-Gricoletto, Brito &
Heredia, 2014). 
A premissa da funcionalidade nos esportes é considerada uma tarefa complexa
tendo como intento estar em frente a múltiplas modalidades esportivas com
características distintas. Isto posto, podemos afirmar que o preparador físico se
depara com inúmeras dificuldades no momento de reflexão para elaboração dos
programas de TF. Dentre elas, uma análise das necessidades tanto individuais do
atleta, como da modalidade por ele praticada. 
Para traçarmos a análise das necessidades do esporte praticado pelo atleta
existiriam três critérios determinantes: 1) a demanda metabólica, 2) a demanda
biomecânica e 3) lesões mais comuns desse esporte. Kraemer et al (2015) salientam
que os programas inteligentes de treino examinam esses três critérios citados, os
dados de baterias dos testes iniciais, a avaliação específica do atleta em conjunto com
o registro dos exercícios. 
Bompa & Haff (2012) apregoam que o delineamento de qualquer treinamento é
baseado nas reais necessidades do atleta tentando possibilitar o aumento do nível de
rendimento esportivo. São categóricos ao afirmarem a importância do
condicionamento físico, que quanto melhor aperfeiçoado, maior será a probabilidade
de evolução dos atributos relacionados aos quesitos técnico, tático e psicológicos. 
São quatro variáveis macroestruturais sobrepostas e interdependentes que
servem de referência para confecção de exercícios do TF para os esportes,
respeitando-se o princípio da especificidade e transferência. O quadro 02 apresenta
tais variáveis. 
Quadro 02. Variáveis macroestruturais do TF
Fase Características
1 Aprendizagem do movimento
2 Propriocepção
3 Core
4 Capacidades biomotoras
Ao verificarmos essas quatro variáveis macroestruturais, podemos arguir que
se trata de uma sequência didático-pedagógica, que nem sempre deve ser respeitada.
Em atletas na fase de iniciação, que não possuem um lastro significativo do TF, sua
ordem torna-se imperativa. No entanto, nos atletas de nível superior, que possuem
uma experiência maior, as variáveis macroestruturais podem sofrer adequações. Por
exemplo, em determinados microciclos na temporada, a fase de aprendizagem do
movimento pode ter suas sessões reduzidas ou eliminadas, dando destaque a outra
fase mais relevante. Ainda assim, sendo as mesmas consideradas interdependentes,
podem ser criadas sobreposições de uma ou mais variáveis dentro de uma mesma
sessão do TF. 
Logo abaixo, discutiremos cada uma dessas variáveis macroestruturais, se
dirigindo para uma melhor compreensão quantoa aplicabilidade metodológica no TF
em diferentes modalidades de desporto. 
Aprendizagem do movimento
O controle voluntário do movimento humano é dependente primariamente da
atividade cerebral por meio de circuitos que se auto-organizam visando a
aprendizagem e elaboração dos movimentos (Lage et al, 2015). 
A ação moduladora do sistema nervoso central, como órgão-presidente, via
córtex motor atua sobre os músculos que controlam a coordenação dos movimentos e
questões posturais. 
Conforme Almeida (1999) em indivíduos portadores de disfunções motoras,
devemos utilizar como ferramenta terapêutica as noções da biomecânica para captar
os pontos tidos como relevantes e efetuarmos as devidas correções. Em adição, o
autor especula sobre o padrão universal de coativação dos músculos agonistas e
antagonistas serem específicos a uma dada tarefa motora. 
No TF, durante a fase de aprendizagem do movimento, os exercícios são
direcionados pelo caráter qualitativo. Aliás, o mais importante é a forma como se
executa o movimento e não o quanto se faz (Sargentim, 2013). 
Durante a realização de exercícios do TF deve-se focar na qualidade do
movimento executado sem perder a observação sistemática da existência de possíveis
compensações musculares, desequilíbrios, assimetrias e problemas de ordem postural.
Isto quer dizer que um programa motor pobre potencializaria o aparecimento de
lesões de ordem musculoesqueléticas. Sendo assim, exercícios corretivos durante a
fase de aprendizagem do movimento são considerados elementos-chave no TF (Cook,
2010). 
Para avaliarmos os problemas corporais associados as assimetrias,
desequilíbrios musculares, os déficits de flexibilidade, estabilidade e equilíbrio o
ideal seria utilizarmos da técnica de avaliação conhecida como Functional Movement
Screen (FMS), constituída de sete exercícios que examinam a qualidade dos padrões
básicos de movimento. Existe uma pontuação para cada movimento que oscila entre 0
(dor na execução) até 3 (ação com desempenho correto) (Kiesel, Plisky & Voight,
2007 ; Cook, 2010 ; Okada, Huxel & Nesser, 2011 ; Song et al, 2014). 
A abordagem do FMS avalia uma movimentação em si e requer conhecimento
por parte do avaliador em características anatômicas dos músculos, localização
(origem e inserção), função muscular (agonista, antagonista, sinergista, estabilizador
e neutralizador), posicionamento de plano (sagital, frontal e transversal),
estabilização e mobilidade em cada ação. 
Segundo Radcliffe (2009) um movimento competente executado por algum
atleta deve apresentar as particularidades específicas de postura, equilíbrio,
estabilidade e mobilidade. 
Nesta fase inicial do TF, Boyle (2015) propõe uma abordagem por articulação,
justificando que o objetivo maior deve recair sobre o movimento. Assim sendo,
apresenta as articulações e suas respectivas necessidades primárias: tornozelo
(mobilidade), joelho (estabilidade), quadril (mobilidade), região lombar
(estabilidade), região torácica (mobilidade), região escapular (estabilidade) e
gleunoumeral (mobilidade). 
É preciso frisar que disfunção músculo-articular pode gerar incapacidade
motora. Cook (2010) e Boyle (2015) defendem que o movimento disfuncional pode
ser resultado de patologias preestabelecidas (desenvolvidas ao longo da vida), de
ordem traumática, e adquiridas (atividades e\ou treinamento específicos). 
Freitas, Oliveira & Freitas (2013) baseados na teoria evolucionista humana,
que partiu da quadrupedia para a bipedia, alegam que a estrutura da coluna vertebral
foi a que mais sofreu com os efeitos das sobrecargas teciduais. Nesta acepção,
apontam para observações relevantes durante a confecção de sessões do TF: na
execução de exercícios corretivos, princípios mecânicos que atuam na musculatura
envolvida, arranjo relativo de partes do corpo, estado de equilíbrio entre a força da
gravidade e a força de sustentação corporal. 
Uma situação clássica citada por Viel (2001) e Cook (2010) refere-se ao fato de
que um atleta que possui uma marcha disfuncional nunca deveria progredir para a
corrida sem antes sofrer as correções apropriadas na postura, movimento, equilíbrio e
locomoção em suas respectivas adaptações. 
O exercício agachamento, por exemplo, não deve ser iniciado com sobrecarga
enquanto a perfeição técnica do movimento não for dominada e os ajustes
compensatórios eliminados. Neste caso, Boyle (2015) sugere o uso de mini-faixa
elástica colocada na altura dos joelhos para correções de joelhos valgos. O uso da
faixa no agachamento durante a fase descendente acaba exigindo uma abdução
consciente, recrutamento dos glúteos e ativação no mecanismo de controle femoral. 
Outro exemplo, envolveria o exercício supino unilateral com halteres, o qual
não deve ser acrescido de sobrecarga enquanto a técnica correta do movimento
(protação e retração escapular, flexão e extensão do cotovelo) não estiver corrigida do
ponto de vista da cinemática e mecânica. 
Nos dois exemplos de exercícios supramencionados (agachamento e supino
unilateral), uma estratégia eficaz de aprendizagem do movimento seria a inclusão de
um bastão de madeira no lugar da barra para realizar a aprendizagem consciente da
movimentação do exercício proposto. Como reporta Boyle (2015) não se deve
adicionar força a disfunção. 
Os esportes em que predominam ações unilaterais como o tênis de campo, tênis
de mesa, beisebol, lançamento de dardo, entre outros, acabam gerando desequilíbrios
e assimetrias corporais induzindo a padrões compensatórios na musculatura
contralateral, afetando a correção postural e o reequilíbrio muscular. Invariavelmente,
no TF após avaliação e durante a elaboração dos programas essas deficiências devem
ser prioritariamente sanadas na fase de aprendizagem do movimento. 
Com o TF adequadamente orientado, deveria haver uma reprogramação
neuromotora nos hábitos de movimentação dos atletas antes de se tornarem padrões
crônicos problemáticos relacionados a automatização e incorrer em injúrias
musculoesqueléticas durante a realização de movimentos inapropriados submetidos a
sobrecargas (Cook, 2010). 
Propriocepção
A relação do atleta com o meio externo sobre o posicionamento segmentar e
padrões de movimento sofre regência do sistema nervoso central através das
informações enviadas por diversos estímulos sensitivos oriundos dos músculos,
tendões, ligamentos e articulações de forma consciente ou não, atuando como
elemento corretivo do gestual motor e prevenção de lesões (Campo, Kock & Barreto,
2014). 
Windmoller (2013) ressalta que no treino proprioceptivo a conscientização de
posicionamentos e movimentação articulares, velocidade e força empregados
resultam de uma coordenação adequada de coativação muscular. 
Os mecanorreceptores responsáveis pelo aprimoramento do sistema sensório-
motor (ou seja, propriocepção) seriam o órgão tendinoso de Golgi (OTG) e os fusos
musculares. O OTG possui como característica principal a manutenção da
sensibilidade da tensão muscular. Já os fusos musculares, tem como função deixar a
musculatura no estado de alerta que propicie evitar manobras bruscas e
movimentações desnecessárias que levem a estados lesivos (Sargentim, 2013). 
Um sistema proprioceptivo eficiente para o controle do movimento envolve a
percepção da posição e movimentação da cabeça, tronco e membros interagindo com
os receptores sensoriais visuais, táteis e auditivos. A visão é considerada a rainha dos
sentidos que norteia grande parte das ações. No aspecto tátil, sua influência fica a
cargo da precisão dos movimentos, ajustes de força e distância. E, por fim, o sistema
auditivo executado pelo aparelho vestibular do ouvido interno controla o equilíbrio
corporal (Magill, 2011). 
Na prescrição de exercícios do TF decaráter proprioceptivo, verifica-se a
geração de feedback proprioceptivo sobre o timing dos comandos motores, entre eles,
a orientação espacial e temporal dos membros e segmentos multiarticulares (Magill,
2011). 
No TF voltado ao trabalho proprioceptivo deve-se dar atenção ao fenômeno da
fadiga. Na fadiga muscular local, ocorrem alterações na propriocepção articular pelo
aumento no limite de descargas nos fusos musculares e, principalmente, alterações na
coativação dos motoneurônios alfa-gama. (Ribeiro & Oliveira, 2008). Portanto,
durante tarefas específicas no TF que envolvam respostas musculares extremamente
rápidas, como os trabalhos de força explosiva, os déficits proprioceptivos sensoriais
e do posicionamento articular no controle postural podem gerar lesões decorrentes da
fadiga no tempo de reação muscular (Santos Silva et al, 2006 ; Vretaros, 2015b ;
Zazulak et al, 2007). 
A propriocepção cervical tem sido negligenciada na maioria dos programas de
TF. Muitos preparadores físicos acreditam que a propriocepção da região cervical
deveria ser trabalhada somente em atletas de lutas. A área do pescoço tem grande
expressividade no controle postural em qualquer esporte. A propriocepção cervical
como fonte de informação do núcleo vestibular colabora diretamente com o
arrajamento postural e locomoção através dos músculos posteriores profundos do
pescoço. Essa musculatura é composta predominantemente por fibras oxidativas
lentas e receptores tipo fuso muscular. Esses proprioceptores cervicais passam a
informação aos núcleos vestibulares e articulares a qualquer sinal inclinatório da
cabeça ativando sinergias musculares (Souza, Gonçalves & Pastre, 2006).
Poderíamos especular que esses disparos de respostas corretivas é que permitiriam ao
atleta responder com maior competência nas suas atividades motoras Reforça nossas
ideias sobre a importância da propriocepção do pescoço, Brown & Khamoui (2015)
ao afirmarem que em qualquer situação esportiva envolvendo mudanças de direção, a
cabeça deve virar primeiramente na direção pretendida e somente depois o corpo
acompanharia a ação. 
Os variados tipos de equipamentos utilizados na reeducação proprioceptiva
causam diferenças nas respostas eletromiográficas. Sobre esta questão, Callegari et al
(2010) compararam exercícios realizados no balancinho, prancha de equilíbrio, cama
elástica e solo sobre a atividade muscular do gastrocnêmio e tibial anterior em apoio
unipodal. Os autores concluem dizendo que no TF visando ganho proprioceptivo
deve ser observada a escolha mais alinhada de equipamento que consiga atingir
recrutamento muscular seletivo e respeitado o grau de dificuldade do mesmo. 
O TF objetivando propriocepção pode ser incluído como protocolo de
intervenção no aquecimento dos atletas. Mota et al (2010) comprovaram que a
propriocepção no processo de aquecimento realizado duas vezes por semana, na
condução de três séries de 30-50 segundos cada série com pausa de 1 minuto,
providenciou queda significativa na incidência de lesões no comparativo de uma
temporada para outra. 
Ao buscar o desenvolvimento proprioceptivo, seus exercícios específicos
conseguem melhorar a força, coordenação motora, equilíbrio, tempo de reação nas
mais diversas situações, compensando as perdas sensoriais e evitando o risco do
surgimento de nova lesão. Estariam envolvidas neste tipo de trabalho as articulações
do pé e tornozelo, joelhos e quadril, coluna, punho e mão (Chaskel, Preis & Neto,
2013). 
Estabilidade central (Core)
A estabilidade central do tronco é mais conhecida na literatura como core.
Refere-se a uma área considerada núcleo corporal envolvendo regiões musculares do
abdomen, quadril e região espinhal. 
Para Sarabon (2015) o tronco engloba a coluna vertebral, quadril, pelve,
abdome e caixa torácica. Serve de base para movimentações de cargas pesadas e
realização de movimentos rotacionais. Através da contração do transverso do
abdome, parte do oblíquo interno, diafragma e alguns músculos do diafragma pélvico
ocorre um aumento na pressão intra-abdominal que permitiria estabilizar a caixa do
tórax à pelve. 
Segundo McArdle, Katch & Katch (2011) o core representa uma força centro-
funcional cujos músculos atuam na estabilidade da coluna vertebral, pelve, tórax e
estruturas adicionais da cadeia cinética que foi acionada. 
De acordo com Reis et al (2015) o conceito anatômico do core envolve:
esqueleto axial (cintura pélvica e escapular) e os tecidos moles (articulações, fibro-
cartilagem, ligamentos, tendões, fáscias e os músculos). 
Seria uma janela cinética que permitiria as transferências de torques e
momentos angulares para as extremidades corpóreas superiores e inferiores
(Granacher et al, 2014). Complementa essa informação, o fato do core coordenar as
estruturas musculares e osteoarticulares via sistema nervoso e motor frente às
perturbações da força de ordem externas e\ou internas (Vera-Garcia et al, 2014). 
Fahey (2014) defende que os músculos do core (abdominais, músculos
profundos estabilizadores laterais e os extensores da coluna) são fundamentais para a
transmissão de forças na maioria das atividades esportivas. 
Na visão de Bossi (2011) o core comanda o centro de gravidade corporal. 
O controle do movimento e a estabilidade do core sofrem desenvolvimento
proximal-distal e progressão no sentido céfalo-caudal (Okada, Huxel & Nesser,
2011). 
O core serve de suporte muscular prévio para realização de movimentos
complexos e com engajamento de grande grau de solicitação de forças. Teixeira &
Guedes Jr (2014) alegam que o core é constituído de 29 pares de músculos que são
diretamente responsáveis pela estabilização da região. Neste aspecto, Sargentim
(2013) apresenta uma visão da musculatura do aparelho locomotor envolvida no core:
• musculatura que engloba a parte posterior do tronco;
• musculatura que engloba a porção ântero-lateral do tronco;
• musculatura adicional (iliopsoas e quadrado lombar)
Conforme Norris (2001) a função primária da musculatura abdominal é
estabilizar a coluna vertebral durante as ações motoras. Neste aspecto, os músculos
abdominais seriam categorizados de forma anatômica e biomecânica em
estabilizadores e mobilizadores. Os músculos estabilizadores estariam ligados a
questões de exploração postural contra as forças gravitacionais e os mobilizadores
responderiam melhor às ações motoras de cunho balístico. 
O mesmo autor aponta algumas características que os distinguem:
estabilizadores (profundos, aponeuróticos, predominante fibras lentas, ativados em
ações de resistência, seletivos, recrutamento pobre, podem ser facilmente inibidas,
ativação em em níveis baixos: ~30-40% contração voluntária máxima, alongados) e
mobilizadores (superfíciais, fusiformes, predominante fibras rápidas, ativados em
atividades que envolvem potência, recrutamento preferencial, encurtadas, ativação
em altos níveis: >40% contração voluntária máxima).
Quadro 03. Categorias de músculos do tronco
Estabilizadores Mobilizadores
Primários Secundários Terciários
Tranverso do abdômen Oblíquo interno Reto do abdômen
Multífido Fibras médias do oblíquo
externo
Fibras laterais do oblíquo
externo 
Quadrado lombar Eretor espinhal
(Adaptado de Norris, 2001)
Em um artigo de revisão, Silfies et al (2015) relatam acerca dos componentes
neuromusculares envolvidos no core. Primeiro, tudo se inicia por meio do comando
motor cerebral através do desejo de realizar uma estabilidade ou movimento corporal.
Segundo, a manutenção desta estabilidade ou movimento é dependente da capacidade
muscular (força, resistência e potência). Terceiro, o feedback sensorial via capacidade
muscular analisa a posição, velocidade e força exercida pela contribuição reflexa. Por
último, o controleneuromuscular, propriocepção e timing muscular retornam a
informação ao centro de comando motor. 
Nesser, Fleming & Gage (2016) se atentam a uma particularidade: alguns
preparadores físicos tem se utilizado de exercícios para o core como as diferentes
variações de pranchas estáveis se equilibrando com os pés e cotovelos no chão
(frontal e lateral). Advertem que o exercício prancha não se replica para a
funcionalidade específica requerida nos esportes, pois o torso deveria ser treinado de
forma mais dinâmica para se assemelhar as atividades motoras requeridas. Uma
progressão interessante seria iniciar com as pranchas por certo período objetivando
adaptação e, posteriormente partir para exercícios dinâmicos em bases estáveis e, por
último empregar bases instáveis no treino do core. 
Na interpretação de Teixeira & Guedes Jr (2014) pensando a longo prazo, a
estabilidade inicial do core conseguiria atingir um controle neuromuscular correto.
Por isso, em um determinado exercício, devemos explorar todas as variações de
planos e combinações possíveis de membros como meta para estabilização. 
Sob esta ótica, Sarabon (2015) adverte que os exercícios para o core em
plataformas instáveis devem ativar a estabilidade reflexa da musculatura do tronco
por meio de atividades compensatórias para contrabalançar o corpo. Durante a
execução destes exercícios para o core, os movimentos podem ser realizados com
treinamento de forma previsível como imprevisível, derivados das forças aplicadas
aos membros superiores e inferiores. 
Ao treinarmos o core dos atletas via plataformas instáveis, a execução do
exercício tornar-se-á mais dificultosa reivindicando em diferentes graus da
coordenação, estabilidade e equilíbrio (estático, dinâmico e recuperado) conforme a
complexidade exigida na composição da atividade motora (Teixeira & Guedes Jr,
2014 ; Boyle, 2015). 
Para Teixeira & Guedes Jr (2014) os exercícios unilaterais produzem maior
ativação da musculatura estabilizadora do tronco. Em razão do centro de gravidade
ser projetado em direção ao membro exercitado, a musculatura contralateral realizará
ajustes posturais reflexos evitando a queda ou movimentação inadequada. Neste
ponto de vista, Boyle (2015) sustenta a tese de que os exercícios bilaterais não são
devidamente apropriados para o core. Segundo o autor, a manutenção de uma carga
com apoio bipodal não reproduz a ativação do core como acontece nas atividades
esportivas. 
Boyle (2015) apregoa que a força funcional do tronco irá incorporar a
estabilidade do core fazendo a transmissão de força do solo para as extremidades. Ou
seja, seria uma espécie de escape de energia. 
O entendimento do treino voltado ao core se dará nas observações aos padrões
compensatórios. Para solucionar os problemas primários (por exemplo, amnésia
glútea) que viriam a surgir em um treino do core, os atletas devem ser capazes de
acionar simultaneamente o core e ativar os glúteos (máximo e médio). Uma função
glútea inapropriada gera compensação lombar (McGill, 2010 ; Boyle, 2015). 
Boyle (2015) argumenta acerca do treino rotacional do core, ao qual envolve
padrões diagonais de exercício nos planos sagital, frontal e transverso. Segundo ele,
os atletas deveriam ser capazes de controlar isometricamente as forças envolvidas na
rotação antes da execução de caráter dinâmico. Este conceito é conhecido como core
antirrotação e surgiu da área de reabilitação. 
Esportes como beisebol, lançamento de dardo, lançamento de disco, golfe,
entre tantos, pelo gestual biomecânico apresentado desenvolvem rotação na região
lombar. Sobre esta questão, Boyle (2015) admite que devemos rever a seleção dos
exercícios rotacionais do core, escolhendo aqueles que envolvam rotações no quadril
ou articulação torácica e evitando sobrecargas na área lombar. 
Capacidades biomotoras
As capacidades biomotoras sofrem uma taxionomia, assim disposta:
capacidades biomotoras coordenativas e capacidades biomotoras condicionantes
(Barbanti, 1996 ; Carvalho, Assunção & Pinheiro, 2009). As capacidades biomotoras
coordenativas estariam ligadas mais a uma interação harmoniosa entre o sistema
nervoso e o sistema sensorial com a finalidade de produzir ações motoras
equilibradas e precisas. Em contraste, as capacidades biomotoras condicionantes
visam a integração eficiente dos processos energéticos metabólicos. 
No TF as capacidades biomotoras implicadas seriam suas possíveis
combinações inter-relacionadas (Bossi, 2011). São expostas analiticamente
(Platonov, 2008 ; Lussac, 2009 ; Bossi, 2011 ; Bompa & Haff, 2012 ; Dantas, 2014 ;
Boyle, 2015):
• Resistência muscular local, força máxima, resistência de força rápida,
força explosiva; 
• Resistência anaeróbia alática, resistência anaeróbia lática, resistência
aeróbia;
• Coordenação-agilidade, coordenação olho-membros, coordenação
perfeita;
• Flexibilidade-mobilidade;
• Equilíbrio-força muscular, equilíbrio estático, equilíbrio dinâmico e
equilíbrio recuperado;
• Agilidade, agilidade reativa;
• Velocidade de reação, velocidade de movimento, velocidade de
deslocamento, velocidade máxima, resistência de velocidade;
• Orientação espacial, orientação temporal, ritmo, precisão;
• Descontração total, descontração diferencial
Após analisarmos a literatura específica em torno do TF (Radcliffe, 2009 ;
Bossi, 2011 ; Collins, 2012 ; Teixeira & Guedes Jr, 2014 ; Boyle, 2015 ; Sarabon,
2015) podemos sugerir, a grosso modo, uma progressão dos tipos de exercícios
durante os treinos das capacidades biomotoras. 
Quadro 04. Progressão dos exercícios envolvidos no TF
Simples para o Complexo
Geral para o Específico
Estável para o Instável
Bilateral para o Unilateral
Bipodal para o Unipodal
Peso Corporal para Sobrecarga Adicional
Apesar de alguns autores não considerarem certas posições corporais no TF
como sendo caracterizadas funcionais (Teixeira & Guedes Jr, 2014). Boyle (2015) e
nossa visão acerca do TF, permite-nos propor algumas variações corporais levando
em conta tanto uma progressão natural baseada na preparação corporal global, como
também na especificidade da modalidade praticada pelo atleta. Por exemplo, alguns
estudiosos indagam que na posição de decúbito dorsal, ventral ou lateral, o
movimento de empurrar e puxar não é considerado funcional. Equivocam-se, pois no
jiu-jitsu, judô e no MMA (mixed martial arts) o ato de empurrar e o puxar na posição
decubital se faz presente. Em adição, na natação, o puxar e\ou empurrar ocorre na
posição decubital. Na posição sentada, envolveria modalidades como o remo,
canoagem, atividades paralímpicas com cadeira de rodas, lançamento de peso
paralímpico, entre outras. Em relação a posição ajoelhada e semi-ajoelhada,
englobariam a luta grego-romana e uma variação do remo, entre outras atividades.
Por último, na posição em pé, são inúmeras as modalidades esportivas a englobar. 
Quadro 05. Posições corporais durante a execução dos exercícios no TF
Decúbito Dorsal, Decúbito Ventral e\ou Decúbito Lateral
Sentado
Ajoelhado
Semi-ajoelhado
Em pé
Quanto aos tipos de equipamentos didáticos a serem empregados no TF
voltado aos esportes, a bibliografia específica que pode ser consultada sobre o tema é
imensamente vasta. Envolveria desde equipamentos comuns da sala de musculação
tradicional até caixas de salto para pliometria, pneus de trator, kettlebells, clubbells,
cama elástica, skate, etc (Radcliffe, 2009 ; Barber-Westin, Hermeto & Noyes, 2010 ;
Callegari et al, 2010 ; Okada, Huxel & Nesser, 2011 ; Collins, 2012 ; Fernandez-
Fernandez et al, 2013 ; Gil, 2014 ; Teixeira & Guedes Jr, 2014 ; Smith, 2014 ; Boyle,
2015 ; Sarabon, 2015 ; Vretaros, 2015a). 
A problemática central reside não somente na quantidade de equipamentos
disponíveis, mas sim no conhecimento prático-científicodo preparador físico para
elaborar as sessões do TF, com a eficácia necessária para a prescrição do exercício
atingir as variáveis macroestruturais (aprendizagem do movimento, propriocepção,
core e capacidades biomotoras) a serem treinadas. 
Periodização
Haff & Haff (2015) consideram a periodização como um elemento científico
multifatorial que envolve aspectos teóricos e práticos e que faz a gestão das cargas de
trabalho, permitindo atingir o rendimento máximo nos momentos apropriados. 
Uma maneira de estruturação das capacidades biomotoras no TF é no decurso
da periodização. A periodização das capacidades biomotoras concede um
ordenamento das interações complexas entre cada capacidade, desenvolvendo
competências, habilidades, características psicológicas e administrar a fadiga (Bompa
& Haff, 2012). 
Bossi (2011), Sargentim (2013), Boyle (2015) e Vretaros (2015b) defendem
que o planejamento das capacidades biomotoras no TF concorrem em paralelo com as
variáveis macroestruturais (aprendizagem do movimento, propriocepção e core)
sendo necessário pensar num modo de agregar as orientações de cargas distintas. 
Platonov (2008) ao discorrer sobre a edificação dos conteúdos pedagógicos das
sessões, alegam que conforme os meios e métodos empregados, seria interessante
classificar as sessões em: orientação seletiva ou orientação complexa. Na orientação
seletiva, o planejamento visa garantir a solução primária de determinada tarefa. Nas
sessões de orientação complexa, os meios de treino tentam concretizar mais de uma
tarefa. 
Quanto a formulação da sessão de treino no TF, devemos observar a escolha
dos exercícios, ordem sequencial, força aplicada, velocidade aplicada, regimes de
contração muscular, número de séries, número de repetições, tempo de pausa entre
séries, tempo de pausa entre exercícios e o tipo de equipamento (Platonov, 2008 ;
Zatsiorsky & Kraemer, 2008 ; Bossi, 2011 ; Bompa & Haff, 2012 ; Teixeira &
Guedes Jr, 2014 ; Ratamess, 2015 ; Boyle, 2015). 
O preparador físico durante a elaboração dos exercícios do TF deve se apegar a
uma interpretação qualificada buscando respostas condizentes frente às problemáticas
que surgem nas unidades de treinamento (microciclo, mesociclo e macrociclo). 
Platonov (2008) e Vretaros (2015b) destacam que devemos nos atentar ao
princípio da concorrência, ao qual a carga norteadora seguinte não deve interferir de
forma negativa nos ajustes fisiológicos da atividade antecedente. 
Tanto Platonov (2008), Bompa & Haff (2012) e Vretaros (2015b) são unânimes
ao apontarem que as sessões de treino que se apegam por longos períodos a uma
mesma estratégia de recursos metodológicos, irá resultar em um estado de platô
(acomodação) interrompendo o avanço na performance do atleta. Essa noção é
baseada no princípio da variabilidade. 
A estruturação das sessões do TF podem seguir como proposto por Bompa &
Haff (2012): sessões em grupo, sessões individualizadas, sessões mistas e sessões
livres.
Quadro 06. Tipos de sessões de treino no TF
Tipo de Sessão Características
Em grupos Os atletas são divididos em pequenos grupos de
supervisão. Por exemplo, no futebol, os atletas podem ser
separados por função tática desempenhada. 
Individualizadas Os atletas são supervisionados individualmente.
Mistas Os atletas desenvolvem os treinos divididos em pequenos
grupos e, alguns são supervisionados de maneira
individual.
Livres Os atletas tem a liberdade de realizarem os treinos sem
uma supervisão sistemática
Os aspectos da periodização considerados relevantes para a prescrição do
treino de força e que devem ser inseridos no TF são o volume, a intensidade e a
densidade das cargas. O quadro 07 evidencia cada uma delas. 
Quadro 07. Variáveis manipulativas no treino de força
Volume Intensidade Densidade
Alterações no número de
repetições
Aumento das cargas Alterações na frequência
Alterações no número de
séries
Aumento do grau de
dificuldade
Distribuição das sessões
Alterações no número de
exercícios
Mudança de exercício ---
--- Redução dos intervalos ---
(Adaptado de Kamel apud Vretaros, 2015b)
É óbvio que o modelo de periodização deve respeitar as características da
modalidade praticada, o calendário competitivo, em conjunto com a distribuição
sistemática das variáveis macroestruturais tentando manter o pico de desempenho dos
atletas de forma racional e pontualmente (Platonov, 2008 ; Bompa & Haff, 2012 ;
Sargentim, 2013 ; Boyle, 2015 ; Vretaros, 2015b). Os quadros 08 e 09 apresentam
modelos hipotéticos de microciclos do TF para esportes coletivos nos períodos da
pré-temporada e temporada. 
Quadro 08. Modelo hipotético de microciclo do TF na pré-temporada
período segunda terça quarta quinta sexta sábado domingo
manhã TF (AM)
+
Técnica
TF (P)
+
Jogo
Amistoso
TF (C)
+
Técnica
TF (P)
+
Jogo
Amistoso
TF
(AM)
+
TF (CB)
TF (P)
+
TF (C)
Repouso
tarde TF (C)
+
TF (CB)
Repouso TF (P)
+
TF (CB)
Repouso TF (C)
+
Técnica
Técnica
+
Tática
Repouso
*TF (AM)= treino funcional da aprendizagem do movimento, TF (P)= treino
funcional da propriocepção, TF (C)= treino funcional do core, TF (CB)= treino
funcional das capacidades biomotoras
Na pré-temporada, conforme apresentado no quadro 08, o preparador físico
durante o TF pode enfatizar o desenvolvimento da aprendizagem do movimento,
propriocepção e core dependendo das características do grupo. O privilegiar dessas
variáveis macroestruturais do TF se justifica pela necessidade de criar hábitos
motores mais eficientes e prevenir surgimento de lesões musculoesqueléticas na
temporada. As capacidades biomotoras também são trabalhadas, porém em menor
escala porcentual. Um artifício metodológico seria que durante os treinos técnicos e
táticos da modalidade, podem ser florescidas as capacidades biomotoras, em vez de
sessões isoladas. 
Quadro 09. Modelo hipotético de microciclo do TF na temporada
período segunda terça quarta quinta sexta sábado domingo
manhã Repouso T + T TF (P)
+
TF (CB)
TF (P)
+
TF
(CB)
T + T T+T Repouso
tarde TF (AM)
+
TF (P)
TF (C)
+
TF (CB)
Competição TF (P)
+
TF (C)
TF
(CB)
TF (C)
+
TF (CB)
Competição
*TF (AM)= treino funcional da aprendizagem do movimento, TF (P)= treino
funcional da propriocepção, TF (C)= treino funcional do core, TF (CB)= treino
funcional das capacidades biomotoras, T+T= técnica e tática
Com o evoluir da temporada, os ajustes no TF que foi realizado na pré-
temporada se fazem obrigatórios. No quadro 09, manifestam-se as competições com
diferentes graus de prioridades e complexidades. Uma visualização mais atenta
permitiria concluir que a aprendizagem do movimento é reduzida significativamente,
porém a mesma pode ser substancialmente aumentada se houver casos de inclusão de
exercícios do TF nunca realizados (inovadores) e\ou mal dominados motoramente
pelos atletas. Também, durante a temporada, os atletas que retornam das lesões
podem iniciar o TF pela aprendizagem do movimento. No transcorrer da temporada,
de acordo com o tipo de microciclo, o TF sofre constantes alterações e enfatiza
alguma (s) das variáveis macroestruturais. 
Conclusão
Essa investigação de revisão literária sobre o TF nos permitiu chegar as
seguintes conclusões:
• O TF é uma metodologia diferenciada para prescrição de exercícios nos
esportes dentro da teoria moderna da ciência do treinamento desportivo;
• Ainda existe a necessidade real de aprimoramento e complementação da
terminologia empregada no TF;
• As variáveis macroestruturais do TF (aprendizagem do movimento,
propriocepção, core e capacidades biomotoras) consideradas as bases
metodológicas, norteiam a elaboração dos programas do TF voltado aos
esportes;
• Uma periodização do TF envolveria as variáveis macroestruturais
racionalmente estruturadas para uma modalidade esportivaespecífica. 
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