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Questionário Geral_TÉCNICAS OPERATÓRIAS

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1 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
 Técnica cirúrgica asséptica 
 
1. Defina técnica cirúrgica asséptica. (A definição caiu em prova objetiva em 2008) 
Resposta: É o conjunto de procedimentos para impedir o contato de microrganismos com a ferida cirúrgica. 
Comentário: Essa técnica envolve ações cuidadosamente estabelecidas por protocolos rigorosos que, se não 
obedecidos, não serão capazes de impedir a entrada de germes patogênicos (bactérias, vírus, protozoários ou 
fungos) no paciente. Como resultado, teremos uma infecção hospitalar em ambiente cirúrgico. 
 
2. Quais os objetivos da técnica cirúrgica asséptica? 
Resposta: Controlar e eliminar as infecções, controlar a hemorragia e anestesiar. 
Comentário: O cirurgião, seus auxiliares, o anestesista, o instrumentador, o material cirúrgico e a sala de 
operações, enfim, todo o pessoal que participa do ato operatório, assim como o material a ele inerente, é 
tratado de forma a minimizar ou erradicar seu potencial de contaminação. 
 
3. Defina assepsia e dê 5 exemplos em um ambiente hospitalar. 
Resposta: Assepsia é o conjunto de procedimentos (ações) que visam impedir a entrada de germes 
patogênicos no paciente/ambiente que ainda não os têm. Assim, assepsia são ações, como: (1) lavar as mãos 
(para eliminação total ou parcial dos germes), (2) não tossir, espirrar ou falar sobre materiais esterilizados, (3) 
não sentar na cama do paciente com vestimenta contaminada, (4) usar toalha estéril para secar as mãos e (5) 
utilizar luvas estéreis para realização de uma punção venosa periférica. 
Comentário: Um paciente/ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. 
 
4. Explique, de forma resumida, como a assepsia deve ser realizada para um procedimento cirúrgico. 
Exemplifique. 
Resposta: Para realizá-la devemos promover a esterilização dos instrumentos cirúrgicos e paramentos 
(vestimenta), além de realizar a degermação das mãos da equipe cirúrgica e da pele do paciente sob ação de 
antissépticos. O combate aos germes visa à eliminação total (esterilização) ou parcial (antissepsia e 
desinfecção). 
 
5. Defina antissepsia e dê 2 exemplos. 
Resposta: Antissepsia refere-se à prevenção da infecção pela destruição dos germes, empregando-se meios 
físicos, químicos ou biológicos em uma superfície orgânica. Temos como exemplos: (a) o uso de álcool etílico 
70% na pele antes de uma punção venosa e (b) o uso de clorexidina 0,5% para preparo da pele antes de um 
procedimento cirúrgico. 
 
6. A partir dos conceitos abordados acima, responda qual é a diferença básica entre assepsia e 
antissepsia. 
Resposta: A assepsia mantém o ambiente livre de germes patogênicos e a antissepsia os destrói. 
 
7. O que são antissépticos? 
Resposta: Antissépticos são formulações hipoalergênicas, de baixa causticidade, com função de destruir 
microrganismos ou inibir o seu crescimento quando aplicados sobre tecidos vivos. 
Comentário: Eles destroem ou inibem o crescimento dos microrganismos quando entram em contato, podendo 
ser empregado, seguramente, na pele e mucosas. 
 
8. Cite as principais características para um antisséptico ser considerado “ideal”. 
Resposta: Um antisséptico ideal deve (1) ter um amplo espectro de ação, (2) ação bactericida imediata, (3) 
ação bacteriostática, (4) ter efeito residual prolongado, (5) ser ativo em baixa concentração, (6) exercer 
atividade germicida sobre a microbiota da pele e mucosas em presença de sangue, soro, muco ou pus, (7) 
manter-se estável por longo tempo, (8) ser efetivo à temperatura ambiente, (9) ser atóxico, (10) possuir um 
odor agradável, (11) não manchar a pele e as roupas, (12) ser solúvel em água, (13) ter boa aceitação pelo 
usuário, (14) ter disponibilidade no mercado local e (15) baixo custo. 
 
9. A pele humana apresenta microbiota transitória e residente. Explique cada uma delas. 
Resposta: A transitória é composta por germes contaminantes ou “não colonizantes” e são facilmente 
removidos por fricção mecânica com água e sabão. Na residente, os germes habitam e se multiplicam nas 
camadas mais profundas da pele, como glândulas sebáceas, folículos pilosos e no leito das feridas abertas, 
não sendo totalmente removidos com a fricção. 
 
10. Por que o banho corpóreo do paciente tem sido desaconselhado no dia da cirurgia? 
Resposta: Pois tem proporcionado aumento da difusão dos germes. 
Comentário: O uso de detergentes provoca remoção da gordura da pele e isso propicia maior descamação, 
veiculando, assim, maior quantidade de microrganismos. 
 
 
 
2 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
11. Defina degermação e dê um exemplo. 
Resposta: É a remoção total ou parcial de impurezas, detritos e germes da pele e mucosas por meios físicos 
e químicos. Como exemplo, temos a diminuição do número de germes patogênicos após a escovação da pele 
com água e sabão. 
 
12. Defina desinfecção e explique o que ocorre nesse processo. 
Resposta: Desinfecção é a utilização de substância química sobre objetos para eliminação de microrganismos 
patogênicos. Nesse processo ocorre, particularmente, a destruição desses microrganismos e/ou inativação de 
sua toxina, ou ainda, inibição do seu desenvolvimento. Todavia, os esporos não são necessariamente 
destruídos. 
 
13. Defina germicidas e dê exemplos. 
Resposta: Germicidas são meios químicos utilizados para destruir todos os microrganismos (destruição no 
sentido mais amplo) e são designados pelos sufixos "cida" ou "lise" como, por exemplo, bactericida, fungicida, 
virucida, bacteriólise etc. 
 
14. Defina sanitização. 
Resposta: Redução do número de microrganismos patogênicos a níveis julgados seguros para as exigências 
de saúde pública. 
Comentário: A sanitização é a condição, na prática médica, relacionada aos conceitos da técnica cirúrgica 
asséptica, que é a mais comumente alcançada. 
 
15. Defina esterilização e explique o porquê ele é considerado um conceito absoluto. 
Resposta: Esterilização é a eliminação de todos os microrganismos em objetos (bactérias na forma vegetativa 
e esporulada; fungos e vírus). O conceito de esterilização é considerado absoluto pois, ou o material é 
esterilizado ou é contaminado, não existindo meio termo. 
 
16. O que são agentes esterilizantes? 
Resposta: Meios físicos e químicos capazes de matar todas as formas microscópicas de vida (esporos ou 
vegetantes). 
 
17. Como são divididos os agentes esterilizantes? 
Resposta: Os agentes esterilizantes de dividem em: antissépticos (tecidos vivos), desinfetantes (objetos) e 
germicidas. 
 
18. Cite os principais meios de esterilização e as ações que a precedem. 
Resposta: Os principais meios são: físicos e químicos. Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e 
enxaguadura do artigo para remoção de detritos. 
 
19. Cite os principais fatores de susceptibilidade dos microrganismos ao calor. 
Resposta: Variação individual de resistência, capacidade de formar esporos, quantia de água, pH e 
composição do meio. 
 
20. Cite as técnicas físicas de esterilização e seus processos/materiais utilizados em cada uma delas. 
Resposta: (1) calor úmido (fervura e vapor sob pressão → autoclave), (2) calor seco (flambagem, fulguração 
e estufas), (3) filtração (filtros especiais e placas de celulose) e (4) radiação (ionizante e não ionizante). 
 
21. Qual das técnicas físicas do calor úmido não é recomendada? Explique. 
Resposta: Fervura, pois não oferece uma esterilização completa. A sua temperatura máxima é de apenas 
100°C ao nível do mar e, além disso, sabe-se que os esporos e alguns vírus – como o vírus da hepatite – 
resistem a essa temperatura. 
Comentário: Seus resultados são inseguros, independentemente do tempo de ação. Isso é devido aos fatos 
de: a ação esporicida não é obtida no tempo usualmente empregado. Além disso, a simplicidade do processo 
propicia enganos; os instrumentos de corte são danificados e, ao término do processo, a contaminação 
geralmente é elevada. 
 
22. Cite 2 cuidadosna esterilização pela fervura, embora saibamos que ela não é recomendada. Explique. 
Resposta: Eliminação das bolhas, pois estas protegem as bactérias (no interior da bolha o calor é menor), e 
eliminação das substâncias gordurosas e proteicas dos instrumentos, pois impedem o contato direto do calor 
úmido com as bactérias. 
 
23. Por que a esterilização pelo vapor sob pressão (autoclave) é tão eficiente? Dê 2 exemplos. 
Resposta: Pela ação combinada de pressão, temperatura e tempo. Como exemplos temos: o vapor saturado 
a 750 mmHg, à temperatura de 121°C durante 30 minutos são suficientes para destruir os esporos mais 
resistentes, servindo para todos os objetos que não estragam com a umidade e temperatura alta como panos, 
 
3 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
instrumentais (não os de corte), agulhas, seringas, vidraçaria (não as de precisão); e, o vapor saturado a 1150 
mmHg e 128°C por 6 minutos para borrachas. 
 
24. Em casos de emergência, onde cada minuto é vital, podemos usar a autoclave? Explique e 
exemplifique. 
Resposta: Sim, já que ao aumentarmos a pressão e a temperatura, reduzimos o tempo. Exemplo disso é a 
combinação de 1400 mmHg a 132°C por apenas 2 minutos. 
 
25. Explique como ocorre o processo de esterilização pelo calor seco. Dê exemplos. 
Resposta: Os microrganismos são carbonizados ou consumidos pelo calor (oxidação), assim, podemos usar 
a chama para esterilizar (flambagem → pouco usada, pois danifica os materiais) e a eletricidade (fulguração). 
As estufas, por sua vez, destroem os microrganismos, inclusive esporos, quando a temperatura interior atinge 
de 160 a 180°C, devendo permanecer constante, durante 60 e 30 minutos, respectivamente. Elas são usadas 
para esterilizar materiais “secos” como vidraçaria, pós, instrumentos cortantes, gaze vaselinada, gaze 
furacinada, óleos, vaselina etc. 
Comentário: Os microrganismos são eliminados pela oxidação do protoplasma celular. 
 
26. Cite os tipos e subtipos de esterilização por radiação. 
Resposta: Radiação ionizante (beta, gama – cobalto 60 –, X, alfa e elétrons de alta energia) e radiação não 
ionizante (ultravioleta, ondas curtas e infravermelho) → uso vetado pelo Ministério da Saúde desde 1992. 
 
27. Quais os tipos de radiação mais empregados no processo de esterilização? 
Resposta: Radiação do tipo ionizante beta e elétrons de alta energia. 
 
28. Os agentes químicos de esterilização podem ser de dois tipos: líquidos e gasosos. Cite-os. 
Resposta: Líquidos: sabões, álcool etílico (70 a 90%), compostos halogenados (tintura de iodo, cloro, 
hidrocloreto de clorexidina e fenóis), agentes oxidantes (água oxigenada e permanganato de potássio), 
formaldeído e sais metálicos (mercúrio, cobre e prata). Gasosos ou voláteis: óxido de etileno e óxido de 
propileno. 
 
29. Caracterize os sabões quanto à composição e atuação bacteriana. 
Resposta: Sabões são sais de sódio ou potássio e possuem atividade bactericida e bacteriostática, agindo em 
G+ e BAAR. 
 
30. Explique o modo de ação do álcool etílico como antisséptico e por que as concentrações de 70 a 90% 
são mais ativas do que o álcool absoluto. 
Resposta: O álcool etílico é o mais eficiente dos antissépticos. A sua ação é exercida pela desnaturação das 
proteínas. A atividade é ligada à função do tamanho da cadeia. Ao contrário, o álcool isopropílico tem aumento 
da sua ação relacionada diretamente a quanto maior for a concentração. 
 
Enunciado geral para as 3 próximas questões. Caracterização do álcool, clorexidina e iodo quanto ao 
início, mecanismo e espectro de ação, concentrações, efeito residual, custo, cite vantagens e 
desvantagens e seu uso. 
 
31. Álcool etílico. 
Resposta: Início da ação efetiva de 15 segundos; tem como mecanismo de ação a desnaturação das proteínas 
das células bacterianas com consequente morte celular; possui excelente espectro de ação; suas 
concentrações vão de 70 a 90% (70% é a mais adequada por apresentar melhor efeito antisséptico com menor 
abrasividade para a pele); não apresenta efeito residual; é de ação rápida e baixo custo; causa ressecamento 
da pele em uso repetido; é inativado na presença de matéria orgânica; é volátil e inflamável; é indicado para 
procedimentos de curta duração como punção venosa intermitente e para coleta de amostras de sangue para 
exames laboratoriais. 
 
32. Clorexidina. 
Resposta: Início da ação efetiva de 15 segundos; seu mecanismo de ação causa ruptura da parede celular e 
precipitação dos componentes internos da célula e morte celular; seu espectro de ação é excelente contra 
G(+), bom contra G(-), fungos e vírus, e pouco contra o bacilo da tuberculose; seu efeito residual é excelente 
(6 a 8 horas); suas concentrações como solução degermante vão de 2 a 4%, solução alcoólica é 0,5% e solução 
aquosa é 0,2%; possui baixa toxicidade, absorção e irritabilidade, sendo que sua atividade não é afetada na 
presença de matéria orgânica; é uma boa alternativa para pacientes e profissionais alérgicos ao iodo; tem 
como desvantagens o fato de ser fórmula-dependente e cuidados específicos devem ser tomados quanto à 
formulação e estabilidade da solução; além disso, não se deve utilizar no globo ocular, ouvido médio, cérebro, 
meninges e irrigação de cavidades corpóreas; causa manchas em tecidos quando alvejados com cloro. 
 
 
 
4 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
33. Iodo. 
Resposta: Início imediato da ação efetiva; tem como mecanismo de ação a oxidação/substituição do conteúdo 
celular por sua forma livre levando a morte celular; possui espectro de ação bom contra bactérias G (+) e (-), 
regular contra fungos, micobactérias e vírus; seu efeito residual é mínimo; suas concentrações são: 0,5 a 1% 
diluído em álcool 70%; tempo de ação rápido, espectro amplo e baixo custo; pode causar alergia, queimaduras 
e irritações; inativação na presença de matéria orgânica; apresenta curta estabilidade após a manipulação da 
formulação e decomposição pela exposição excessiva à luz e ao calor; pode causar hipotireoidismo quando 
utilizado em recém-nascidos. 
 
Tabela-resumo dos agentes físicos e químicos: 
 
Agentes Físicos 
1. Calor úmido 
Fervura A fervura NÃO é recomendada. 
Vapor sob pressão 
(autoclaves) 
Mais aceito; para equipamentos 
de borracha. 
121°C e 775 mmHg por 15 min. 
132°C e 1400 mmHg por 4 min. 
2. Calor seco 
Estufas Para instrumentos metálicos. 160 – 180 °C por 60 – 30 min. 
Flambagem Não empregada por danificar o material. 
3. Filtração 
Filtros especiais 
Esterilização de líquidos por reter o microrganismo. 
Placas de celulose 
4. Radiação 
Ionizante 
Raios-gama 
Mais empregada. 
Elétrons de alta energia 
Não ionizante 
Ultravioleta Ar e ambiente cirúrgico. 
Infravermelho 
 
 
Agentes Químicos 
1. Líquidos 
Sabões Sais de sódio ou potássio 
Atividade bactericida e bacteriostática; atuam em 
germes G (+) e BAAR. 
Álcool etílico 
(70-90%) 
Possui amplo espectro, não irrita a pele e serve como antisséptico. 
Compostos 
halogenados 
 
Tintura de Iodo 
Um dos mais potentes germicidas de amplo 
espectro para pele íntegra. O polivinil-pirrolidona 
(PVPI) não possui o inconveniente das reações 
alérgicas por ter ação apenas do iodo. 
Cloro 
Combinado com água, forma o ácido hipocloroso, 
agente bactericida e oxidante. 
Líquido de Dakin – sol: Aquosa a 0,5% de 
hipoclorito de sódio. Curativos. 
Hidrocloreto de clorexidina Muito eficiente em G (+), G (-) e fungos. 
Fenóis Hexaclorofeno. 
Agentes 
oxidantes 
Água oxigenada INEFICAZ!!! 
Permanganato de potássio Baixa ação bactericida. 
Formaldeído Pode ser líquido, gasoso ou sólido em pastilhas (esterilização de aparelhos). 
Sais metálicos 
Cloretos de mercúrio 
Tem ação irritante. 
Nitrato de prata 
2. Gasosos 
(Voláteis) 
 
Óxido de etileno Altamente explosivo em esterilização de material não autoclavado. 
Óxido de 
propileno 
Menos eficiente e explosivo. 
 
 
 
 
 
5 Prova de Técnica Cirúrgica: questionáriogeral – Daniel Audino ATM 2020 
 Acesso venoso 
 
34. Classifique o acesso venoso quanto ao local, à situação, ao modo de inserção e ao tempo de 
permanência. 
Resposta: Local → central e periférico; situação → emergência e eletivo; modo de inserção → percutânea e 
dissecção; tempo de permanência → comum, semi-implantável e totalmente implantável. 
 
Acesso venoso: classificação 
Situação 
Emergência 
Eletivo 
Modo de inserção 
Percutânea 
Dissecção 
Tempo de permanência 
Comum 
Semi-implantável 
Totalmente implantável 
Local 
Periférico 
Central 
 
35. A opção pela via de acesso venoso se dá pela experiência médica e as características do paciente. 
Exemplifique. 
Resposta: Em crianças, as veias jugulares internas e as femorais são as mais frequentemente cateterizadas; 
em adultos, a veia subclávia é a via de escolha para colocação de um cateter venoso central. Durante a 
ressuscitação cardiopulmonar (RCP), deve-se dar preferência às veias femorais, pois sua obtenção não 
interfere com as manobras de ressuscitação. 
 
36. Cite as principais indicações para um acesso venoso central. (Caiu em prova descritiva). 
Resposta: Monitorização hemodinâmica invasiva (pressão venosa central – PVC – pressão de artéria 
pulmonar); infusão de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas; terapêutica substitutiva renal de 
urgência (hemofiltração, hemodiálise); acesso de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou 
quimioterapia; reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia; estimulação cardíaca artificial 
temporária; pacientes com veias periféricas ruins. 
 
37. Cite 5 contraindicações para um acesso venoso central. 
Resposta: Anticoagulação (relativa), discrasia sanguínea (alterações hematológicas por uso de 
medicamentos), infecção local, cirurgia local prévia, trombose reconhecida no trajeto da veia e falta de 
experiência no procedimento. 
 
38. Defina cateterização venosa central. 
Resposta: Canulação ou cateterização venosa central é o posicionamento de um dispositivo de acesso 
vascular de forma com que sua extremidade atinja a veia cava inferior ou superior, independentemente de seu 
local de inserção. 
 
39. O acesso venoso central pode ser realizado de 3 formas: cite-as. 
Resposta: Punção na veia subclávia (infraclavicular ou supraclavicular); punção na veia jugular interna 
(abordagem anterior ou posterior); disseção de veia periférica. 
 
40. Cite 10 complicações de um acesso venoso central. 
Resposta: Punção de artéria carótida, pneumotórax, hemotórax, hidrotórax, quilotórax, embolia do cateter, 
infecção, hematoma, embolia gasosa e trombose venosa. 
 
41. Como deve ser realizado o acesso venoso na criança? 
Resposta: O acesso venoso na criança está na dependência da idade e da gravidade. Na emergência em três 
tentativas das vias convencionais, como a veia femoral, cubital mediana no cotovelo ou safena magna no 
tornozelo, o acesso será através de punção intraóssea tibial em crianças de até 6 anos e veia femoral ou safena 
acima de 6 anos. Em criança maiores, havendo condições clínicas não emergenciais, o acesso deverá ser na 
ordem de preferência: veia femoral, veia jugular externa, veia jugular interna e veia subclávia. 
 
42. Cite um método de controle no acesso venoso central. 
Resposta: Controle radiológico por venocavografia. 
 
43. Cite os materiais necessários para a inserção de cateteres venosos centrais. 
Resposta: Equipamentos de proteção individual (máscara, óculos de proteção, gorro, avental cirúrgico, luvas 
estéreis e campos estéreis), bolsa e equipo de soro, antisséptico tópico, degermante (ex.: clorexidina ou PVPI), 
 
6 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
anestésico local (ex.: lidocaína 2%), campo estéril fenestrado, gaze estéril, bisturi, kit de cateter central 
(contendo agulha, fio guia, dilatador e cateter intravenoso), pinça Kelly estéril, tesoura, agulha e fio para fixação 
do cateter à pele e curativo transparente estéril. 
 
44. Cite as principais indicações para um acesso venoso periférico. 
Resposta: Administração intravenosa de drogas e fluidos, a transfusão de hemoderivados e todas as outras 
situações em que o acesso direto à corrente sanguínea é necessário, como durante a realização de cirurgias 
e os cuidados de emergência. Esse acesso proporciona uma via satisfatória para a administração de fluidos e 
drogas durante a RCP e o tratamento do choque, desde que seja estabelecido rapidamente em veia de grosso 
calibre. 
 
45. Cite as situações em que há indicação para um acesso venoso periférico. 
Resposta: É indicado em situações que se necessita acesso direto ao sistema circulatório para administração 
de fluidos e medicamentos, sobretudo em pacientes com intolerância ou contraindicação a medicamentos 
orais, além dos casos onde a ação imediata dos medicamentos se faz necessária. 
 
46. Cite os tipos de dispositivos endovenosos para um acesso venoso periférico. 
Resposta: Cateter agulhado do tipo Butterfly e o cateter flexível do tipo Abbocath, Jelco, Introcan etc. (nomes 
comerciais). 
 
47. Cite 3 complicações da punção venosa periférica. 
Resposta: Sangramento, formação de equimose e infecção. 
 
48. Defina flebotomia. 
Resposta: É o procedimento cirúrgico de implantação de cateter vascular em veias periféricas para inserção 
de cateteres centrais. 
 
49. Cite 6 indicações para flebotomia. 
Resposta: Infusão de solução hipertônica, passar eletrodos de marca-passo cardíaco, pacientes 
politraumatizados, em grandes queimados, muito obesos e em choque hipovolêmico. 
 
50. Quais as veias de escolha para flebotomia? 
Resposta: Basílica, cefálica, braquial, jugular interna, jugular externa, safena magna e femoral. 
 
51. Quais os principais cuidados com o curativo pós-flebotomia? 
Resposta: Examinar e trocar o curativo diariamente, não tracionar o cateter, evitar obstrução (manter o fluxo 
contínuo para evitar coágulos no lúmen / heparina) e na retirada do cateter por infecção, enviar a ponta para 
cultura. 
 
52. Cite 4 contraindicações da flebotomia. 
Resposta: Trauma no local, insuficiência arterial local, flebotomia prévia e flebite. 
 
53. Cite 6 complicações da flebotomia. 
Resposta: Lesão vascular, nervosa ou linfática, hematoma, infecção local, flebite, trombose e edema local. 
 
Flebotomia 
Indicações 
Mesma contraindicação para o acesso venoso central. 
Infusão de solução hipertônica. 
Politraumatizados. 
Passar eletrodos de marca-passo cardíaco. 
Grandes queimados. 
Muito obeso. 
Choque hipovolêmico. 
Contraindicações 
Trauma no local. Insuficiência arterial local. 
Flebotomia prévia. Flebite. 
Complicações 
Lesão vascular, nervosa ou linfática. Hematoma. 
Cateterizar a artéria. Infecção local. 
Flebite. Trombose. 
Edema local. 
Veias de escolha 
Basílica Braquial Jugular interna 
Cefálica Jugular externa Safena magna 
Femoral 
 
7 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
 Laparotomia 
 
54. Defina laparotomia. 
Resposta: Abertura cirúrgica da cavidade abdominal. 
 
55. Cite as principais características de uma incisão ideal na laparotomia. 
Resposta: A incisão ideal deve dar acesso satisfatório ao órgão, deve ter tamanho adequado, não deve expor 
mais que o necessário, hemostasia adequada, evitar lesão nervosa, ter capacidade de ampliação, facilitar o 
fechamento sem comprometer parede e permitir boa drenagem quando necessário. 
 
56. Cite 5 indicações de laparotomia. (Caiu em prova descritiva). 
Resposta: As laparotomias estão indicadas quando o paciente tem uma doença abdominal desconhecida, 
para diagnosticá-la (laparotomia exploratória); para fazer uma correção cirúrgica de um mal já identificado (via 
de acesso intra-abdominal em operação eletiva), nos casos em que a laparoscopia não esteja indicada. Como 
via de drenagem de coleção de líquidos, urgências abdominais ou retroperitoniais. Embora as laparotomias 
sejam mais frequentemente praticadas no abdome, um procedimento similar tambémpode se dar em outras 
partes do corpo. No abdome ela pode permitir tratar problemas nos órgãos dessa cavidade e realizar quase 
todas as cirurgias ginecológicas, gastroenterológicas e urológicas, entre outras. A laparotomia possibilita a 
realização de biópsias nos casos necessários ou indicados. 
 
57. Cite 5 complicações de laparotomia. (Caiu em prova descritiva e prova objetiva de 2008). 
Resposta: São elas: fístulas, hemorragias per e pós-cirúrgicas, hematomas, necrose de parede abdominal e 
infecções. A elas devem ser acrescidas as complicações devidas à anestesia e às cicatrizações. Além das 
complicações próprias das laparotomias, deve-se também ter em conta as especificamente devidas às 
intervenções em órgãos determinados. Vale destacar que, em uma cirurgia normal, estando o paciente em 
bom estado geral, as complicações da laparotomia são raras e próprias de qualquer cirurgia. 
 
58. Cite as 5 etapas da cirurgia de laparotomia. 
Resposta: Laparotomia, exploração da cavidade abdominal, cirurgia, inventário ou revisão da cavidade 
abdominal e fechamento da cavidade. 
 
59. Elabore um quadro com os principais critérios de classificação das laparotomias. 
 
Classificação 
Longitudinais 
Abertura no sentido longitudinal, 
baseada no músculo reto 
abdominal. 
Mediana 
Supraumbilical 
Infraumbilical 
Paramediana 
Pararretal interna 
(Lenmander) 
Supraumbilical 
Infraumbilical 
Paraumbilical 
Xifopúbica 
Transrretal 
Pararretal externa 
Supraumbilical 
Infraumbilical 
(Jalaguier) 
Transversais 
Incisões perpendiculares à linha 
mediana longitudinal ventral. 
Unilateral (simples ou ampliada) 
Bilateral. 
Supraumbilical 
Parcial (Sprengel) 
Total 
Infraumbilical 
Parcial (Cesariana/Pfannenstiel) 
Total 
Oblíquos 
Oblíquos à linha mediana 
longitudinal ventral. 
Retilínea ou curva. 
Subcostal Kocher (vesícula) 
Diagonal epigástrica 
 
Estrelada supraumbilical 
Estrelada infraumbilical 
Lomboabdominais 
Laterais 
Incisões paralelas à linha mediana longitudinal ventral 
lateralmente ao músculo reto abdominal. 
 Combinada Associação de incisões para ampliar campo operatório. 
Toracolaparotomias 
 
Toracofrenolaparotomias 
 
 
 
 
 
 
 
8 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
 Anastomose intestinal 
 
60. Defina anastomose intestinal. 
Resposta: É o método de síntese utilizado para refazer a integridade anatômica de uma estrutura tubular 
através de pontos. Em outras palavras, são suturas realizadas entre dois segmentos intestinais com o fim de 
reconstituir o trânsito intestinal regular. 
 
61. Cite 3 indicações para realização de anastomose intestinal. 
Resposta: São indicadas após ressecções, como por exemplo, enterectomia, colectomia e gastrectomia. 
Esses procedimentos, por sua vez, ocorrem em razão de neoplasias, isquemia intestinal por torção de alça, 
embolia, trombose ou hérnias estranguladas, nos traumas, nas doenças inflamatórias intestinais e na doença 
diverticular. 
 
62. Cite os tipos de anastomoses quanto à emenda dos segmentos. (Caiu em prova descritiva). 
Resposta: Término-lateral, látero-lateral e término-terminal. 
 
63. Quais são os manejos para evitar deiscência das anastomoses? 
Resposta: Evitar contaminação peritoneal, promover a impermeabilidade de suturas, evitar cianose da boca 
anastomótica, manter irrigação sanguínea dos cotos, evitar que os cotos sejam submetidos a tensão e realizar 
ponto de Connel. 
 
64. Cite o nº de planos anatômicos que as suturas podem ser feitas na anastomose intestinal. (Prova/2008). 
Resposta: As suturas podem ser feitas em plano único (total) ou dois planos (total e seromuscular). 
 
65. Quais as indicações para o uso de grampos metálicos em anastomoses intestinais? 
Resposta: Indicados em anastomoses especiais como as colorretais baixas na pelve, as esofagogástricas e 
as êntero-anastomoses de maior risco de deiscência e estenose ou em que haja dificuldade técnica na sutura 
manual. 
 
66. Cite as etapas para a realização da anastomose intestinal. 
Resposta: Posicionamento e anestesia do paciente; tricotomia da região abdominal; assepsia, antissepsia e 
campos; laparotomia; exploração da cavidade abdominal; identificação do segmento de intestino a ser 
ressecado; ressecção do mesentério avascular; ligadura dos vasos mesentéricos; aplicação de duas pinças de 
Crile no segmento a ser ressecado; ressecção das alças intestinais com bisturi; afrontar as duas bordas 
intestinais, confrontando as margens mesentéricas e contramesentéricas; ponto de Connel nos ângulos 
intestinais; suturas simples com nó voltado para a luz; retirar as pinças; limpar a cavidade; suturar as incisões 
abdominais em planos; suturar o mesentério. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
 Drenagem pleural 
 
67. Defina drenagem pleural. 
Resposta: Procedimento operatório que visa eliminar o conteúdo (sólidos, líquidos ou gasosos) da cavidade 
pleural, que se formou secundariamente a processos de origem inflamatória pleural e/ou pulmonar, ou de 
traumatismos da parede torácica. 
 
68. Cite as principais indicações de drenagem pleural. (Caiu em prova objetiva em 2008). 
Resposta: Pneumotórax: espontâneo, hipertensivo, traumático e iatrogênico; Hemotórax: traumático e 
residual; Hemopneumotórax; Derrame pleural: exsudato, empiema em fase aguda, quilotórax, neoplásico 
sintomático ou recidivante; Drenagem profilática; Drenagem pós procedimento operatório com abertura da 
pleura. 
 
69. Cite os 4 componentes do sistema de drenagem torácica. (Caiu em prova objetiva em 2008). 
Resposta: Dreno; Conector; Extensão intermediária; Frasco coletor. 
 
70. Cite as características de um dreno de tórax. (Caiu em prova objetiva em 2008). 
Resposta: Um dreno de tórax apresenta 5 características importantes, sendo: 
▫ Tubular multiperfurado (pela maior superfície de drenagem e menor chance de obstrução); 
▫ Siliconizado (pois dificulta a aderência de coágulos); 
▫ Consistência firme (pela menor chance de colapsar e de formar coágulos - evite drenos rígidos que 
provocam dor e podem lesar o pulmão); 
▫ Radiopaco ou com linha radiopaca (o que permite confirmar, por radiografia, se a última perfuração do 
dreno está na cavidade pleural, além da sua posição); 
▫ Calibre adequado para cada tipo de paciente (pediátrico e adulto). 
 
71. Descreva a técnica cirúrgica da drenagem pleural passo a passo até o exame de controle. (Prova). 
Resposta: A etapas do procedimento cirúrgico são: 
▫ Realizar técnica pré-operatória padrão; 
▫ Posição do paciente: sentado, em decúbito lateral ou decúbito dorsal; 
▫ Antissepsia da pele: usar clorexidina alcoólica a 0,5%; 
▫ Colocação de campo; 
▫ Anestesia local e/ou, se necessário, sedo-anestesia, incisão e dissecção dos tecidos: a anestesia local 
deve ser na altura do mamilo, ponto que corresponde ao 5º ou 6º EIC, na linha axilar média (região de 
menor musculatura, entre o peitoral maior anteriormente e grande dorsal posteriormente). A incisão 
deve ser de 2 a 2,5 cm, sendo paralela aos arcos costais na borda superior da costela inferior. Deve-
se realizar a dissecção romba da musculatura até perfuração da pleura parietal e, posteriormente, 
realizar a exploração digital da cavidade pleural; 
▫ Colocação do dreno: com auxílio de pinça Kelly ou Rochester, introduzir o dreno na cavidade torácica, 
direcionando-o para o ápice e para trás; 
▫ Fixação do dreno: fixar o dreno à pele por ponto em U sem transfixá-lo, dando um nó único frouxo e 
trançar o fio ao redor do tubo à moda de “sandália grega”; 
▫ Curativo: curativo ocluso; 
▫ Verificação do sistema; 
▫ Confirmação: posicionamento do dreno com raio-x de tórax. 
 
72. Cite as principais complicações de uma drenagem pleural. (Caiu em prova objetiva em 2008). 
Resposta: Lesão do pedículo intercostal; Lesão do parênquima pulmonar; Lesão dos vasos pulmonares; 
Dreno mal posicionado; Obstrução do dreno; Drenodobrado; Edema pulmonar pós-reexpansão; Pneumonia; 
Empiema; Enfisema subcutâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
 
 Traqueotomia 
 
73. Cite as principais indicações de traqueotomia. 
Resposta: Permitir ventilação mecânica em intubações orotraqueais (IOT) prolongadas; como manobra para 
liberar uma obstrução de via aérea, decorrente de corpo estranho na laringe, região glótica e supraglótica, 
edema agudo de glote na reação alérgica, tumores de vias aéreas superiores, compressão extrínseca por 
hematoma e abscesso); permitir higiene pulmonar, incluindo indivíduos com aspiração laringotraqueal; permitir 
a ventilação em pacientes com debilidade na musculatura respiratória por diminuir o espaço morto (redução 
de 10 a 50% do espaço morto anatômico), em casos de trauma em face e pescoço. 
 
74. A indicação mais iminente de traqueotomia é a obstrução de via aérea. Cite 5 causas a serem 
consideradas. 
Resposta: Processos inflamatórios de via aérea superior, como difteria, epiglotite infecciosa e choque 
anafilático; presença de tumores volumosos envolvendo faringe, laringe, traqueia e esôfago; traumatismos 
laringotraqueais como edema de via aérea ou enfisema cervical; paralisias bilaterais de pregas vocais; e, 
corpos estranhos laríngeos. 
 
75. Cite 9 complicações de traqueotomia, sendo 3 intraoperatórias e 6 pós-operatórias (3 precoces e 3 
tardias). 
Resposta: Intraoperatórias: parada cardiorrespiratória, edema agudo de pulmão e pneumotórax; pós-
operatórias precoces: hemorragias, infecção e enfisema subcutâneo; pós-operatórias tardias: fístula 
traqueoesofágica, estenose subglótica ou traqueal e traqueomalácea. 
 
76. Cite 2 desvantagens da traqueotomia. Justifique. 
Resposta: Comprometimento do mecanismo da tosse e da umidificação do ar inspirado, o que reduz a limpeza 
broncopulmonar e a alteração da composição dos gases alveolares, devido à ausência do fechamento da glote 
e da pressão expiratória final positiva. 
 
77. Diferencie traqueotomia de Emergência de traqueotomia Eletiva. 
Resposta: De emergência é quando o indivíduo necessita de intervenção rápida (procedimento < 3 min.), 
devido ao quadro de insuficiência respiratória e a indicação exata é a cricotireotomia. A eletiva é realizada em 
pacientes com via aérea controlada (intubados). 
 
78. Cite 4 técnicas cirúrgicas para comunicar a traqueia ao meio externo, tornando a via aérea pérvia. 
Resposta: Traqueotomia aberta, traqueotomia percutânea, cricotireotomia e minitraqueotomia. 
 
79. Explique passo-a-passo a técnica de traqueostomia. 
Resposta: Primeiramente, deve-se colocar o paciente em decúbito dorsal com coxim nos ombros; aplicar a 
anestesia local; fazer incisão longitudinal (respeitando a linha de força) com abertura da pele e subcutâneo; 
ligadura do istmo da tireoide; expor a traqueia; fazer uma incisão traqueal (transversa, longitudinal ou janela) 
com aproximadamente 1cm de comprimento ao nível do 2-3 anéis traqueais; introduzir a cânula; e suturar a 
pele com pontos separados e frouxos (caso a pele seja suturada firmemente em torno da cânula, ocorrerá, 
certamente, um enfisema subcutâneo). 
 
80. Quais os tipos de incisões para abertura traqueal? 
Resposta: Elas podem ser: circulares, em “T”, em “H deitado” e em “U invertido”. 
 
81. O que é o retalho de Björk? 
Resposta: Quando incisamos a traqueia em forma de U invertido devemos realizar uma ponte entre o anel 
traqueal e a pele. Essa ponte é chamada de retalho de Björk. 
 
82. Cite as principais diferenças entre as cânulas com balonete e a metálica. Cite vantagens e 
desvantagens. 
Resposta: A cânula com balonete fecha a via aérea inferior para não comunicar com a superior; suas 
desvantagens são: pode causar obstrução e tem pequena vida média. Já a cânula metálica não tem balonete, 
não obstrui a via aérea inferior e é de fácil manejo domiciliar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
 
 Videolaparoscopia 
 
83. Defina videolaparoscopia. 
Resposta: É uma cirurgia minimamente invasiva que tem como objetivos o diagnóstico e o tratamento, perante 
pequenas incisões, que variam de 0,5 a 1 cm, com monitoramento em tela de vídeo. 
 
84. Quais são as principais características de uma videolaparoscopia? 
Resposta: Na videolaparoscopia as imagens do campo cirúrgico são projetadas em vídeo e apresentam alta 
resolução; apresenta alta luminosidade do campo operatório; proporciona o acompanhamento visual do ato 
operatório por toda a equipe cirúrgica; permite manobras cirúrgicas mais precisas; permite a visualização de 
estruturas anatômicas ampliadas e melhor identificadas; permite maior exatidão das secções, ligaduras e 
oclusões das estruturas; permite meticulosa e seletiva eletrocauterização monopolar e bipolar dos tecidos; uso 
da ultrassonografia para dissecção; apresenta variação do campo de visão que, dependente do laparoscópio 
utilizado, varia de 0°, 30° e 45°; pode ser convertida em cirurgia aberta. 
 
85. Cite 10 vantagens da videolaparoscopia. 
Resposta: (1) é menos traumática; (2) proporciona recuperação mais rápida (retorno rápido às atividades 
habituais); (3) redução da dor pós-operatória; (4) favorece à diminuição da internação hospitalar; (5) 
proporciona uma melhor estética; (6) menos complicações (relacionadas à ferida operatória); (7) menor índice 
de infecções; (8) preservação da dinâmica da parede abdominal; (9) menor custo global; (10) menor 
imunodepressão. 
 
86. Cite as principais complicações da videolaparoscopia relacionadas às lesões em órgãos adjacentes. 
Resposta: Hemorragia em órgãos vitais como fígado e baço; lesões vasculares como punção e perfuração; 
perfuração dos ductos biliares, da bexiga e do útero; complicações do acesso abdominal; presença de hérnia 
no local do acesso; infecção da ferida cirúrgica. 
 
87. Cite as principais complicações da videolaparoscopia relacionadas ao pneumoperitônio. 
Resposta: Pneumotórax, pneumomediastino, embolia gasosa e enfisema subcutâneo. 
 
88. Cite 5 contraindicações relativas da videolaparoscopia. 
Resposta: Gravidez avançada, extremos de peso, doenças cardiorrespiratórias, câncer em estágio avançado 
e massa abdominal volumosa. 
 
89. Cite 5 contraindicações absolutas da videolaparoscopia. 
Resposta: Obstrução intestinal, instabilidade hemodinâmica, peritonite difusa, hérnias abdominais e 
diafragmáticas extensas, e contraindicação para anestesia geral. 
 
 Adesivo cirúrgico 
 
90. O que são adesivos cirúrgicos? 
Resposta: São substâncias sintéticas, biológicas ou mistas com atividade e poder de adesividade, utilizados 
na síntese dos tecidos na forma pura ou como coadjuvante das suturas (uso muito comum). 
 
91. Cite uma desvantagem e uma vantagem dos adesivos cirúrgicos sintéticos? 
Resposta: Como desvantagem, os adesivos sintéticos liberam calor. Como vantagem, eles possuem 
propriedades bactericidas e bacteriostáticas. 
 
92. Quais as características de um adesivo cirúrgico “ideal”? 
Resposta: Um adesivo ideal dever ser capaz de aderir rapidamente, não liberar calor, ser estável na 
temperatura corporal, possuir adesividade mesmo em meio úmido, ser não lesivo ao processo cicatricial, ser 
não oncogênico, ser atóxico (tanto sistêmico quanto local) e ser esterilizável. 
 
93. Quais são as principais indicações de adesivos cirúrgicos sintéticos? 
Resposta: São indicados para hemostasia local, linhas de suturas vasculares, suturas gastrointestinais de alto 
risco, para fixação de enxertos cutâneos, em fístula na dura-máter, na síntese de nervos periféricos, em 
anastomoses microvasculares, em lesão cutânea (face), para fístula do tubo digestivo, na contenção de 
sangramentos no tubo digestivo, nas cirurgias oftalmológicas, odontológicas e cardíacas. 
 
94. Adesivos cirúrgicos mistos GRF são altamente tóxicos devido ao formaldeído. Quais suas indicações? 
Resposta: São indicados para aneurisma dissecante de aorta, reparo ventriculare fixação de válvula AV. 
 
 
 
 
12 Prova de Técnica Cirúrgica: questionário geral – Daniel Audino ATM 2020 
 Equipe cirúrgica 
 
95. A equipe básica de cirurgia é composta de quais profissionais? 
Resposta: Cirurgião, 1º auxiliar, 2º auxiliar, instrumentador e anestesista. 
 
96. Cite as atribuições do cirurgião. 
Resposta: O cirurgião deve conhecer o paciente e sua doença; comandar os auxiliares (com ordens claras e 
precisas, exigir/dar respeito, silêncio, apoio e orientação); verificar disponibilidade e condições do material 
(evitar desperdícios e acúmulo no campo operatório); aplicar a técnica → usar via de acesso suficiente, operar 
por etapas completas, obedecer aos tempos operatórios, ter conhecimento pleno das técnicas e anatomia 
humana, obedecer à técnica preconizada, manter limpeza, fazer movimentos precisos, reconhecer e corrigir 
os deslizes e utilizar velocidade operatória normal. 
 
97. Cite as atribuições do 1º auxiliar. 
Resposta: O 1º auxiliar deve preparar o paciente no pré-operatório e a mesa cirúrgica; confeccionar o curativo; 
fazer prescrição pós-operatória; expor e auxiliar o cirurgião nas manobras, substituindo-o quando necessário; 
verificar e controlar materiais antes da cirurgia; aplicar a técnica → ter conhecimento da técnica operatória, 
evitar manobras de responsabilidade do cirurgião, enxugar o campo operatório, fazer a apresentação de pinças 
para ligadura e hemostasia, fazer hemostasia em regiões menos nobres e descrever o ato operatório. 
 
98. Cite as atribuições do 2º auxiliar. 
Resposta: O 2º auxiliar deve manter os afastadores; cortar os fios; evitar iniciativas que não são de sua 
competência; e substituir o instrumentador ou o 1º auxiliador quando necessário. 
 
99. Cite as atribuições do instrumentador. 
Resposta: O instrumentador deve auxiliar no curativo do paciente e na sua remoção; passar instrumentos com 
rapidez e firmeza para o cirurgião (prioridade) e auxiliares; aplicar a técnica → saber instrumentar, conhecer 
tempos operatórios, observar não assepsia, cuidar dos materiais (montando a caixa antes da esterilização e 
pedindo material necessário), montar a mesa, verificar o bom funcionamento do material, solicitar devolução 
do material em campo, evitar que peguem instrumentos diretamente da mesa, fazer a limpeza dos instrumentos 
e controle das gazes. 
 
100. Cite as atribuições do anestesista. 
Resposta: O anestesista deve fazer a avaliação clínica pré-operatória do paciente com prescrição do pré-
anestésico; dar assistência contínua ao paciente durante a cirurgia controlando os sinais vitais; verificar e 
instalar materiais antes da cirurgia; manter medicamentos à disposição; dar ao cirurgião autorização para o 
início da cirurgia e manter a troca de informações a todo momento, acompanhar o tempo operatório, auxiliar 
nas manobras e informar imprevistos; aplicar a técnica → escolher em conjunto com o cirurgião o tipo de 
anestesia indicado; escolher a via apropriada para as infusões venosas; controlar as perdas de sangue e de 
líquidos, e conhecer a técnica operatória.

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