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TCC PÓS GRADUAÇÃO INCLUSÃO, EDUCAÇÃO ESPECIAL PRONTO PARA O ENVIO

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10
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA, INCLUSÃO E EDUCAÇÃO ESPECIAL 
CAMILA DA SILVA SOUZA
OS DESAFIOS DO PROFESSOR NO TRABALHO INCLUSIVO DE ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN 
Florianópolis - SC
2021
FAVENI
FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA, INCLUSÃO E EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
CAMILA DA SILVA SOUZA
OS DESAFIOS DO PROFESSOR NO TRABALHO INCLUSIVO DE ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN 
Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Neuropsicopedagogia, Inclusão e Educação Especial.
Florianópolis- SC
2021
OS DESAFIOS DO PROFESSOR NO TRABALHO INCLUSIVO DE ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN 
Camila da Silva souza[footnoteRef:1] [1: camillads84@gmail.com] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO
Busca-se, neste Artigo Científico, abordar os desafios do professor no trabalho inclusivo de alunos com Síndrome de Down, tendo como principal objetivo salientar a importância da capacitação dos professores para trabalharem com crianças com Síndrome de Down em contextos escolares. Justifica-se a pesquisa, uma vez que as instituições escolares, em muitos caos, enfrentam dificuldades no processo de inclusão dos alunos com Síndrome de Down, em função da ausência de conhecimento e de metodologias que possam facilitar o processo de inclusão dessas crianças., favorecendo a aquisição dos conceitos básicos de cidadania. Este processo requer o empenho de todos, pois desta forma serão facilitados a apropriação de novos conhecimentos e habilidades, no processo ensino-aprendizagem do aluno com deficiência do aluno com deficiência mental, pois a educação não ocorre de uma forma linear, conforme métodos prontos e definidos pelo professor. Para que os objetivos propostos fossem alcançados utilizou-se de pesquisa bibliográfica, que se mostrou eficaz para o alcance dos mesmos.
Palavras-chave: Síndrome de Down. Inclusão. Metodologias
1 INTRODUÇÃO 
Este estudo está delimitado a uma análise a importância da capacitação dos professores para trabalharem com crianças com Síndrome de Down em contextos escolares.
Justifica-se a escolha do tema, uma vez que a qualidade da relação professor/aluno de inclusão, principalmente com Síndrome de Down, é determinante para o alcance dos objetivos educacionais. Todavia é preciso acreditar no potencial de cada ser humano e tomar como ponto de partida o conhecimento real do sujeito, efetivando, através de pautas interacionais sistemáticas, a aprendizagem como fator preponderante a toda modalidade de ensino.
Diante do exposto, questiona-se: qual a importância da capacitação dos professores para trabalharem com crianças com Síndrome de Down em contextos escolares?
	Tem-se como objetivo geral salientar a importância da capacitação dos professores para trabalharem com crianças com Síndrome de Down em contextos escolares.
Em relação à metodologia, é uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório e se utiliza de uma abordagem dedutiva do tema, neste contexto, “[...] se parte de considerações verdadeiras para se chegar a conclusões especificas sobre um assunto bastante geral” (GIL, 1999, p.56).
2 O PAPEL DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN
Na década de 1970, especialmente em alguns países norte-americanos e europeus, começou-se a perceber mudanças no panorama da educação especial, surgindo uma maior preocupação principalmente com a educação para esses indivíduos com deficiência mental severa e profunda.
Nesta época, criam-se leis que garantiram o direito à educação para esses indivíduos, transferindo a responsabilidade das autoridades educacionais. Surge, então, a necessidade de se criar procedimentos de atendimento.
Em 1983 se dá um passo importante com a aprovação do “Programa de Ação Mundial para os Deficientes”, que incluía ações de preservações, reabilitação, participação na vida social e o desenvolvimento da igualdade de oportunidades.
Sob essa ótica em 1994 aconteceu na Espanha, em Salamanca, com a colaboração da UNESCO, a “Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: “Acesso e Qualidade”, onde representantes dos governos, organizações internacionais e organizações não governamentais, participaram a fim de discutir sobre a educação para todos”.
São então, aprovados princípios, política e práticas das necessidades educacionais especiais, e uma linha de ação, sendo a primeira vez que se houve falar de inclusão, legitimando a educação para todos. Uma das diretrizes e princípios da Carta da Salamanca é que as escolas devem acolher a todas as crianças, independente de suas condições. Neste caso, deve-se reconhecer que ainda a um longo caminho a percorrer.
O sujeito que possui uma deficiência sofre muito mais para comprovar do que é capaz, por ter limitações visíveis ou por lhe ser atribuídas essas limitações no seu social.
O que acontece, é que o deficiente, que não sair de sua utopia e buscar o que tem como direito, por ser um cidadão, fica marginalizado. A própria história da Educação Especial mostra-nos que algumas conquistas são alcançadas graças a participação efetiva do deficiente.
Segundo a Declaração universal dos Direitos Humanos (1948, p.88): “A Assembleia Geral das Nações Unidas, em 1948, proclamou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, na qual reconhece que Todos os serem humanos nascem livres e iguais, em dignidade e direitos”. 
Com base nestes documentos, a busca de novos horizontes que redundem em verdadeiros benefícios para a inclusão e desenvolvimento da pessoa com deficiência no processo de formação social, leva a entender que o professor tem papel significativo e preponderante, na eficiência deste seguimento.
Freire (2001, p. 72) explica que: 
A melhora da qualidade da educação implica a formação permanente dos educadores. E a formação permanente se funda na prática de analisar a prática. É pensando sua prática, naturalmente com a presença pessoal altamente qualificado, que é possível perceber embutida na prática uma teoria não percebida ainda, pouco percebida ou já percebida, mas pouco assumida.
Nesta época mesmo começando-se a ter um olhar diferente a respeito das pessoas de necessidade especiais o atendimento aos mesmos tem um caráter assistencialista, terapêutico, preocupado com o diagnóstico da deficiência, médico pedagógica, psicopedagógicas achavam que estes precisavam mais de tratamento que de educação.
Já na década de 60 surgiram outras Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais nos municípios de Blumenau, Lages, Itajaí, Florianópolis, Joinville.
Através do decreto nº. 692, de 17 de setembro de 1963, o governo do Estado determinou o funcionamento das Escolas de Educação Especial. Entendidas como classes especiais para surdos de: Florianópolis, Brusque, Blumenau..., compreendidas como escolas para excepcionais.
Em 26 de agosto de 1964 foi fundada a APAE de Florianópolis, em cooperação com a escola para excepcionais, esta oferecia atendimento ocupacional, como: pré-oficiais, para deficientes mentais. Com o intuito de qualificar e especializar o atendimento a criança com necessidades especiais em todo o Estado de Santa Catarina, foram se aprimorando as técnicas e métodos de avaliação, surge uma nova ideia, que é a criação de uma instituiçãopública capaz de não só oferecer atendimento, mais definir diretrizes de funcionamento de educação especial a nível estadual, que busque a realização de pesquisas, estudos, a assistência e integração da pessoa portadora de deficiência na sociedade.
 Surge então a FCEE, Fundação Catarinense de Educação Especial. A FCEE, foi criada em 06 de maio de 1968, objeto da lei nº. 4, 156, regulamentada pelo decreto nº. 7.433, de 02 de dezembro do mesmo ano. Esta vem buscando iniciativas integracionistas, desde o início da Educação Especial e te ações voltadas para a integração escolar. Sendo este movimento desencadeado de forma mais consistente a partir de 1987, com a reformulação do sistema estadual de ensino, conquistado a matrícula compulsória, para a integração na rede regular. 
Sabe-se que os primitivos eram nômades e a roça era a principal fonte de aquisição dos alimentos, e que para isso era necessário ao homem uma boa capacidade física e intelectual, no entanto aqueles indivíduos que possuíam capacidade física e intelectual limitada eram abandonados. 
Mas era através do extermínio, que a maioria dos primitivos encontrava a solução para o problema das deficiências, ou seja, as pessoas dessa época acreditavam que a deficiência estava associada a espíritos ruins.
No entanto, deve-se salientar que no processo de seleção da pessoa deficiente nos povos primitivos dava-se de forma natural, de acordo com as próprias necessidades de sobrevivência e não em decorrência de sentimentos.
 Essas situações vividas pelas pessoas consideradas deficientes no mundo primitivo sofreram algumas modificações durante as fases de sua evolução. Estas transformações devem-se ao aperfeiçoamento dos meios de sobrevivência, suas descobertas e invenções e também decorrentes das novas formas de organização social e econômica das culturas antigas.
A medicina Egípcia surgiu somente no final do velho Império os médicos sacerdotes situavam-se entre o místico e o prático, os que se dedicavam, adquiriam seus conhecimentos nos livros sagrados, sobre doenças e curas, colocando-os em prática através do atendimento das pessoas menos favorecidas (MAZZOTTA, 2001, p.55).
 As pessoas com deficiência começam a escapar da exposição e do abandono e passam a ser acolhidas em conventos e igrejas, ou seja, sendo isolado da sociedade em geral. 
	Na idade contemporânea o homem não é o método de pensar dedutivo, não é a associação entre fé e razão, mas sim o “homem na sociedade” (MAZZOTTA, 2001, p.88).
	Pensando nesta compreensão, as atitudes para com os indivíduos com deficiência se transformam na sociedade, devido às relações sociais estabelecidas se concretizando em novas oportunidades educacionais e de integração social desses indivíduos, portanto o homem é visto através das relações que matem com o outro. 
A exclusão é fruto de uma sociedade que privilegia o “ter” e valoriza sobremaneira o que se convenciona como belo, sadio, forte, eficiente, produtivo. Quem não está neste contexto, normalmente, é rejeitado, é discriminado. É tido, negativamente, como diferente, portanto, não é aceito, não pertence ao grupo dos iguais. Como ressalta Tomasini:
O estigma tem como efeito uma perigosa redução da identidade social do individuo baseada em um atributo indesejável. Tendemos a inferir uma série de imperfeições partindo da imperfeição original. O atributo que o tornou diferente dos outros faz do individuo um ser reduzido aquela imperfeição. Ele é um aleijado, um louco, um deficiente e nada mais. Um individuo estigmatizado pode ter reduzida suas chances de convivência social: ele é de tal modo descriminado que isso poderá induzi-lo a escolher relacionar-se somente com seus iguais, ou com pessoas que, de uma certa forma compreendam seu problema e o aceitam. O fato é que muitas pessoas que se relacionam com indivíduos ditos diferentes não conseguem dar o devido crédito e respeito aos outros aspectos de sua identidade social. (TOMASINI, 2006, p.117).
Dessa maneira se excluir, é privar determinadas pessoas de viverem em determinado contexto social ou terem acesso a determinado direito, o contrário, incluir significa trazer essas pessoas, para frequentarem os mesmos espaços e usufruírem os mesmos benefícios que os demais. 
Mas o certo é que a diferença não é estruturalmente dicotômica – isto é, não existe um critério generalizado e objetivo que permita classificar alguém como diferente. A diferença é, antes de mais nada, uma construção social histórica e culturalmente situada. Por outro lado, classificar alguém como “diferente” parte do princípio de que o classificador considera existir outra categoria – que é a “normal” na qual naturalmente se insere (RODRIGUES, 2006, p. 305).
É por isso que se pode notar a presença reiterada de uma inclusão excludente: cria-se a ilusão de um território inclusivo, e é nessa especialidade na qual se exerce a expulsão de todos os outros que são pensados e produzidos como duvidosos e anormais. A inclusão, assim, não é mais do que uma forma sutil, ainda que sempre trágica, dentro da qual todo o outro, é forçado a existir e substituir. 
Toda criança vai à escola com a intenção de aprender e não para ter tratamento diferenciado e ser colocada à parte do contexto escolar. 
É preciso destacar que a qualificação de uma criança como “aluno com deficiência mental” não pode ser feita em caráter definitivo. Não apenas a avaliação contínua – subtende-se – da aprendizagem, mas também avaliação de capacidades básicas está sujeita a revisão, o que deve ser feito de modo sistemático de tempos em tempos, pelo menos no início da escolarização, como na mudança de escola ou na passagem de um ciclo para outro. É uma avaliação que deve sempre ser feita com a finalidade principal de orientação educativa (COLL, 2004, p. 204).
Um aluno com grandes limitações será mais beneficiado no aprendizado se frequentar escolas comuns. As escolas especiais para crianças mais comprometidas não ensinam conteúdos curriculares próprios das escolas comuns, e o melhor ambiente para esse aprendizado é o normal, enriquecido naturalmente pelas diferenças entre os alunos e seus níveis de compreensão. Por outro lado, certamente, irão se beneficiar da convivência social, se o ambiente escolar for heterogêneo, marcado pela diversidade.
Conhecer as diferenças sim, mas para promover a inclusão e não para justificar a segregação. Conhecer as diferenças mas comuns que são certamente as mais numerosas. Enfim, não dar a conhecer a diferença realçando a “patologia” psicológica ou medica, mas acompanhando cada caracterização com indicações pedagógicas que contribuam para que o futuro professor possua um esboço de entendimento que lhe permita iniciar seu processo de pesquisa sobre as melhores estratégias para que esse alunos se integre e aprenda na escola. (RODRIGUES, 2006, p.308)
As escolas que não estão atendendo alunos com deficiência em suas turmas regulares se justificam, alegando que os professores não estão qualificados para esse atendimento. Existem também as instituições de ensino que não veem benefícios na inclusão desses alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino
Em ambas as circunstâncias, o que fica claro é a necessidade de se redefinir e de se colocar em ação novas metodologias e práticas pedagógicas, beneficiem a todos os alunos. 
2.1 A IMPORTÂNCIA DO PROFESSOR NO PROCESSO INCLUSIVO DE ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN
	A criança, com síndrome de Down, tem idade cronológica diferenciada de idade funcional, desta forma, sabe-se que seu tempo de aprendizagem é diferenciado e precisa ser respeitado.
O fato de a criança não ter desenvolvido uma habilidade ou demonstrar conduta imatura em determinada idade, comparativamente a outras com idêntica condição genética, não significa impedimento para adquiri-la mais tarde, pois é possível que madure lentamente. Entre outras deficiências que acarretam repercussão sobre o desenvolvimento neurológico da criança com síndrome de Down, podemos determinar dificuldades na tomada dedecisões e iniciação de uma ação; na elaboração do pensamento abstrato; no calculo; na seleção e eliminação de determinadas fontes informativas; no bloqueio das funções perceptivas (atenção e percepção); nas funções motoras e alterações da emoção e do afeto. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 247)
	No entanto, a criança com síndrome de Down tem potencialidades para se desenvolver e adquirir o conhecimento que lhe permita a aquisição da educação formal, na escola regular e inserção no mercado de trabalho.
A relação com seus pais pode revelar expectativas e ou frustrações, com irmãos pode determinar sentimento positivo como grande afetividade, ou negativo como vergonha, e amigos, que pode trazer informações sobre preconceitos e conquistas de espaço, acesso aos outros profissionais, como fonoaudiólogos e fisioterapeutas envolvidos no desenvolvimento deste indivíduo, podem também trazer contribuições significativas para as ações do professor em sala de aula, isso é muito importante para que a avaliação do aluno se dê no todo. O aluno é observado, desde seu equilíbrio estático ao equilíbrio dinâmico e de objetos, sua dicção, tátil, térmico, olfativo gustativo, as habilidades e percepções, figura fundo, memória visual, sua coordenação viso motora (SCHWARTZMAN, 1999 p.89).
Para que as instituições educacionais possam acolher a diversidade do aluno com Síndrome de Down, as mesmas necessitam de estruturas adequadas e profissionais capacitados que tenham condições de auxiliar esses alunos que apresentam particularidades sem eu comportamento e no processo de aprendizagem, para que a inclusão se efetive.
O trabalho do professor, no contexto educativo, com criança e adolescentes com Síndrome de Down tende a ser enriquecedor, não apenas no âmbito profissional mais também para melhoria de forma de vida do professor, uma vez que o ato de construir ou educar proporciona uma via de autoconhecimento, facilitando o amadurecimento e o reconhecimento mais preciso da identidade dos educandos.
As crianças com Síndrome de Down percebem suas imagens, geralmente assumindo papéis que não fazem parte de seu contexto. Criando a partir de outras vivências que não as suas seu espelho, imagens essas construídas através das histórias e modelos impostos pela sociedade.
A maior e mais difícil responsabilidade dos professores de alunos Síndrome de Down, , no contexto educativo, é preparar os alunos para dizerem a sua palavra e para construírem a sua obra que, por mais modesta que venha a ser, terá sempre o inigualável valor de ser fruto da criatividade humana. Nos dias atuais não há lugar para o professor conferencista que passa horas em aulas expositivas. 
Os alunos de inclusão precisam aprender e os professores precisam saber como e o que fazer para que esta aprendizagem aconteça, por isso, a formação de professores deve partir das necessidades da prática pedagógica, não basta saber as demandas necessárias, precisa-se de ferramentas e o saber utilizar estas ferramentas para uma boa atuação do profissional da educação.
	Os desafios são muitos no trabalho cotidiano de crianças com Síndrome de Down, desta forma ressalta-se a importância de uma formação qualificada, uma boa estrutura física, materiais adequados e constantes interações com o Atendimento educacional especializado.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O movimento de inclusão social implica na responsabilidade da escola em adequar-se ao aluno. O que era antes dever do aluno passa a ser dever da escola: adaptar-se aos alunos com necessidades educacionais. 
Mais do que a sua simples adaptação, o processo inclusivo se caracteriza pelo valor formativo, educacional, pela garantia de acesso e permanência de todas as crianças na escola do ensino regular, notadamente, de todos os alunos que apresentam deficiências físicas, sensoriais ou mentais. 
As discussões desencadeadas pelo movimento da inclusão social envolvem refletir não só as igualdades, mas também as diferenças, pois elas existem e não podem ser ignoradas. Portanto, espera-se que o ensino regular no âmbito da educação inclusiva contribua de fato para a aprendizagem desse aluno, não mais se prestando a um papel de faz de conta, mantendo-os alheios ao processo de ensinar e aprender, sem importar-se com o seu desenvolvimento intelectual.
O trabalho com as crianças com Síndrome de Down deve ser permeado de metodologias que promovam sua integração e facilitem seu processo de integração e desenvolvimento.
Percebe-se que as diferenças no espaço escolar contribuem para o aprendizado, considerando que o confronto saudável no grupo possibilita a construção de conhecimentos. 
	A exposição constante da criança com Síndrome de Down nos momentos das atividades em sala de aula podem expandir seu conhecimento sobre textos, leituras, histórias e sobre a escrita de um modo geral. Mediar com crianças ditas normais pode ajudar essa criança a estabelecer conexões entre a linguagem oral e a escrita pode consequentemente facilitar sua aprendizagem. 
	Conclui-se que não há metodologias estritamente direcionadas para a alfabetização de crianças com Síndrome de Down. Assim como para os ditos normais, a convivência com o mundo da escrita, as experiências vivenciadas com as diversas linguagens, com as manifestações culturais e artísticas, exerce uma significativa influência na aprendizagem dessas pessoas. 
	Assim, nas suas trajetórias de vida, percebem-se algumas atitudes discriminatórias expressas em ressentimentos familiares com as praticas escolares segregadoras. As famílias, além de enfrentarem o preconceito social, se deparam também com a escolha do ambiente escolar para seus filhos. 
	Nessa perspectiva, compreendo que é necessário um novo olhar sobre a capacidade de aprendizagem de pessoas com Síndrome de Down. O ponto de partida será a construção de uma escola capaz de conviver com as condições de um portador de Down e também que toda a comunidade escolar se oponha a aceitar a inclusão desses alunos. 	 	
A inclusão escolar é uma realidade a partir do ponto de vista legal, porém percebe-se uma certa resistência dos professores a este fato, já que dizem não estar preparado para lidar com alunos especiais. A instituição encontra-se aberta do ponto de vista administrativa para a Inclusão Escolar, mas pedagogicamente demonstra-se desconfiada e resistente.
Acredita-se que é preciso discutir melhor os critérios de avaliação das crianças com deficiência mental para o ensino regular, principalmente no que tange as mudanças necessárias a serem feitas, já que as práticas atuais ainda são ineficientes e contraditórias. Muitas vezes, sente-se necessidade de mudar, mas há a resistência, o medo do novo. O professor e gestores devem procurar mudar sua postura com trabalho coletivo e criatividade, encontrar os melhores meios de realizar o planejamento avaliação das crianças com deficiência mental. 
Ao longo da pesquisa percebe-se um impasse teoria/prática para um desencontro entre a teoria do pesquisador e a teoria do professor na sala de aula, fusão esta que deve ser superada e também vista como uma via de mão dupla, já que a prática do professor é resultado de uma teoria e deve-se reconhecer que a prática possui um papel determinante na atividade educativa.
Enfim, espera-se que estas possibilidades decorrente deste trabalho sobre a escola inclusiva, amadureçam socialmente e se torne a visão concreta e real do futuro dos alunos portadores das consequências naturais ou imprevistas, para que se sintam incluídos em uma sociedade de qualidade a qual se faz parte.
 	Com o encerramento deste trabalho não se pretende concluir o assunto, ao contrário deseja-se que a mesma seja interpretada como sugestão no sentido de se desenvolver uma ação pedagógica mais consciente e criativa, pela qual se aprofunde a inclusão como instrumento pedagógico para favorecer o desenvolvimento no processo da aprendizagem.
4 REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Senado Federal: 1988.
_________. Lei de Diretrizes e Bases daEducação nacional. Brasília, MEC/SEF, 1996.
_______. Política nacional de educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília; MEC/SEESP nº 555, 7 de janeiro de 2008.
COLL, C. Palácius. Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia da Educação. Vol. 12. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
GIL, A. C. Métodos e técnicas da pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GRIGOLO, Tânia Maris. Metodologia para iniciação à prática da pesquisa e da extensão II. Florianópolis: UDESC/CEAD, 2002.
MAZZOTA, M.J.S. Educação especial no Brasil: história e políticas. São Paulo: Cortez, 2001.   
RODRIGUES, David. Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006.
SCHWARTZMAN, J. S. et al. Síndrome de Down. São Paulo: Ed. Memnon, 1999.
TEBEROSKY, Ana. A inclusão e a socialização. Porto Alegre: Artes Médica, 1995.
TOMASINI, Maria Elisabete. Expatriação social e a segregação institucional da diferença: reflexões. São Paulo: Papirus, 2006.
VYGOSTKY, Levi. S. Obras escolhidas: Fundamentos da Defectologia. Tomo V. Madri: Visor, 1997.

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