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MÓDULO DOR ABDOMINAL – P3 | Luíza Moura e Vitória Neves DOENÇA DE CROHN A DC é uma doença inflamatória intestinal de origem não conhecida. Tem uma prevalência na segunda e terceira décadas de vida, mas pode afetar qualquer faixa etária. É caracterizada pelo acometimento focal (intercalados por partes poupadas), assimétrico e transmural de qualquer parte do TGI: Da boca ao ânus. Só que as partes mais acometidas são: Íleo; Cólon; e Região perianal. DC Diferentemente da retocolite ulcerativa, a DC, é um processo que pode resultar em: Inflamação e ulceração da mucosa; Formação de estenose; Desenvolvimento de fístula; e Formação de abscesso. RCU A!! O tabagismo está fortemente associado ao desenvolvimento da doença de Crohn, resistência à terapia clínica e recidiva precoce da doença. Ela também pode ter manifestações extraintestinais, como: Oftalmológicas; Dermatológicas; e Reumatologia. Ela não é curável clínica ou cirurgicamente e sua história natural é marcada por agudizações e remissões. QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO Como ela pode acometer vários lugares e consequentemente tem variedade da gravidade, o paciente também tem vários sinais e sintomas. Além disso, o diagnóstico pode ser difícil devido à sobreposição das manifestações com as da retocolite ulcerativa, bem como a ocasional ausência de sintomas gastrointestinais relevantes. Os sintomas mais comuns para o diagnóstico são: Diarreia, seguida por sangramento; Dor abdominal; e Perda de peso. Os sinais mais comuns são: Febre; Palidez; Caquexia; Massas abdominais; Fístulas e fissuras perianais. Nos exames radiológicos, os achados mais característicos são: Acometimento do intestino delgado; e Demonstração de fístulas. A endoscopia mostra tipicamente: MÓDULO DOR ABDOMINAL – P3 | Luíza Moura e Vitória Neves Lesões ulceradas, entremeadas de áreas com mucosa normal; Acometimento focal, assimétrico e descontínuo; Podendo também ser útil para a coleta de material para análise histopatológica. Pode indicar acometimento transmural (quando da análise de ressecções cirúrgicas), padrão segmentar e presença de granulomas não caseosos. ________________________________________ 1. Quando há inflamação do intestino delgado, principalmente íleo terminal, e do intestino grosso (colite) provoca: Diarreia com ou sem muco (secreção) e/ou sangue nas fezes. 2. Quando há estenose, em especial no intestino delgado, provoca: Distensões do abdome; Dor do tipo cólica, com dificuldade para a eliminação de gases intestinais. 3. Quando há obstrução parcial ao esvaziamento do conteúdo intestinal, com necessidade de internações com hidratação venosa, utiliza: Antibióticos venosos; e Corticosteroides. A!! Além de restrição temporária à ingestão de alimentos, para ajudar na recuperação. 4. Na ocorrência de fístulas, principalmente anais e perianais. Normalmente são: Múltiplas; e Com grande destruição tecidual extensa. Isso pela: Reação inflamatória própria da DC; e Infecção secundária que ocorre na área afetada, prejudicando significativamente a qualidade de vida.
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