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ENGENHARIA, DESIGN E TECNOLOGIA - PROJETO DE GRUA DINIZ, Maria Cristina.1 QUEIROZ, Lucio.2 1. RESUMO No presente será apresentado os conceitos básicos da mecânica e da eletricidade aplicada na projeção de uma grua, visto que é Projeto voltado a pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica, descritiva e exploratória abrangendo artigos científicos teses, livros, notícias e na legislação vigente, através de bibliotecas e internet, para busca do conhecimento do funcionamento e acidentes relacionados com o equipamento. Além de avaliar o grau de atendimento de obras que utilizam grades, em relação aos aspectos de segurança de acordo com a Norma Regulamentadora – NR18. Os resultados obtidos através da pesquisa abordaram a identificação das exigências para a segurança com uso de gruas, além de propostas e recomendações para melhorias do uso do equipamento. Palavras chaves: Grua; Segurança; Acidentes. 2. INTRODUÇÃO É notável como houve crescimento na construção civil impondo um forte ritmo de produção das construtoras com a endireitamento de grandes indústrias e habitações. Assim, o uso de equipamentos mais eficazes e eficientes estão sendo cada vez mais exigidos. Gruas e guindastes são os equipamentos que mais viabilizam a movimentação de carga e elevam a produtividade. O presente trabalho irá abordar conceitos básicos da mecânica e da eletricidade aplicada na projeção de uma grua. 2.1 O que é uma grua As Gruas são dispositivos de transporte vertical de materiais em canteiros de obra. Elas fazem parte do grupo de equipamentos indispensáveis para uma obra bem estruturada. Além da capacidade de transportar grandes quantidades de carga com segurança e velocidade, as gruas 1 Docente no Centro Universitário ENIAC. Email: maria.cristina@eniac.edu.br 2 QUEIROZ, Lucio. Email: 518722019@eniac.edu.br mailto:rodrigo.schimidt@eniac.edu.br mailto:516812019@eniac.edu.br se destacam pelo emprego de peças pré-montadas de grande porte que facilitam a sua montagem e desmontagem, ocupando um espaço menor no canteiro de obras. A grua traz benefícios, mas exige boa gestão em seu uso, pois é um equipamento caro para aquisição, ou mesmo para aluguel, estando nas cifras das centenas de milhares de reais. O requisito de uso da grua é manter a gestão do uso do equipamento em cronograma definido pela construtora, a fim de evitar possíveis esquemas na distribuição de material que venham a favorecer algum profissional que ganhe por produção. Dentro do canteiro, é importante posicionar a grua em local que possibilite máxima varredura de todos os pontos necessários ou, se não houver alternativa, avaliar o conjunto de gruas quanto ao alcance horizontal. Esse posicionamento não é algo flexível, já que existe a necessidade de afixar a grua e produzir uma fundação provisória que irá suportá-la durante o uso. Para fazer um projeto para produção com a locação da grua, é importante conhecer a extensão de sua lança, já descontando a parte que fica no lado oposto ao eixo central e que sustenta o contrapeso. Os guindastes atuais, são de torre fixa chumbada numa base de concreto e compostos por uma torre que sustenta uma treliça metálica (lança) horizontal, com cabos e polias que içam a carga através do gancho de levantamento. A treliça metálica possui movimento circular, nela o trole tem movimentações horizontais, esse movimento é obtido por meio de um sistema de cabos e polias localizado na parte inferior da lança (existem casos que é necessário instalar um limitador de giro). O mecanismo de suspensão (gancho) oferece grande mobilidade para realizar as operações, porque tanto pode ser erguido ou baixado em comprimentos distintos. O contrapeso é posicionado na contra-lança que se encontra na extremidade, cerca de três vezes menor que a lança, no sentido oposto. Algumas gruas possuem cabine de comando que pode estar localizada no conjunto superior. A capacidade de carga aumenta à medida que o trole trabalha mais próximo da torre central. • Tipos de grua - Grua ascensional - Grua com torre fixa - Grua com torre móvel 2.2 Desenho mecânico da maquete da grua Fonte: (SOBRATEMA, 2018) Este equipamento pode atender às exigências de curto prazo, quando se faz um planejamento bem elaborado, com estudo de recebimentos e movimentações de cargas e materiais, além da disposição do canteiro de obra, por critérios logísticos, para o aproveitamento máximo da grua. Quando esse planejamento não é feito, a utilização da grua pode perder seus benefícios, podendo inclusive chegar a ser desnecessária (SOBES, 2008). Quando se procura entender o funcionamento da grua, é fácil perceber a potencialidade de ocorrência de um acidente. Sua má utilização coloca em risco a segurança dos trabalhadores, riscos que ocorrem desde a instalação até a desmontagem, passando pela utilização e manutenção. (SOARES, 2020). 2.2.1. Caracterização do equipamento Movimentos admitidos: ● Deslocamento vertical de uma carga (subida-descida); ● Deslocamento circular (direita-esquerda); ● Deslocamento horizontal (frente-trás) se possuir trole. Cargas: ● Máxima: 500 kg; ● Carga unitária deve ser corretamente amarrada; ● Área máxima exposta ao vento de 1,0 m² para pesos até 500 kg. ● Acessórios de levantamento devem se interpor de maneira passiva entre o gancho e a carga (correntes, correias, balancim); ● Acessórios que permitem a descarga imediata da carga são proibidos. 3. OBJETIVO É do conhecimento geral que a organização e funcionalidade das gruas são fatores determinantes para assegurar a produtividade desejada numa obra. Assim, o processo de planejamento e seleção da grua implica diretamente sobre o adequado funcionamento dos projetos. Para tanto objetivou-se neste artigo entender o processo do uso das gruas fixas utilizadas nos canteiros de obras de edificações, os conceitos básicos da mecânica e da eletricidade aplicada na projeção de uma grua. Ampliando o conhecimento individual e coletivo, e apresentando ideias práticas para a solução do problema proposto, mesclando o conhecimento adquirido ao decorrer do curso. 3.1. Objetivos específicos ● Propiciar a oportunidade de desenvolver ● Projetar e conceber a construção de produto, a partir da aquisição e/ou ampliação de conhecimentos, competências e habilidades. ● Compreender os conceitos básicos da mecânica e da eletricidade aplicada na projeção de uma grua; ● Ampliar o conhecimento sobre as normas técnicas que asseguram as boas práticas de segurança do equipamento. 4. METODOLOGIA Optou-se, neste estudo, por realizar um estudo de múltiplos de pesquisas qualitativas de revisão bibliográfica, descritiva e exploratória abrangendo artigos científicos teses, livros, notícias e na legislação vigente, através de bibliotecas e internet e trabalhos acadêmicos, referências bibliográficas e NORMAS REGULAMENTADORES de acordo com o Ministério do Trabalho - MTE, estão regulamentadas na NR 12 – Movimentação de Cargas. 5. DESENVOLVIMENTO 5.1. Esquema elétrico da Grua Há uma série de normas do Ministério do Trabalho que regulamentam o uso de gruas. É o caso da NR-12 (Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos), que envolve projeto, fabricação, importação, comercialização, utilização de máquinas e equipamentos; e da NR-18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção). Essa última possui um item específico para movimentação e transporte de materiais e define em seus anexos a necessidade de haver um plano de cargas para as gruas. O movimento das gruas se dá por meio de um conjunto de motores elétricos que possibilitam o içamento, a translação e a rotação. Para o funcionamento desse conjunto existe a necessidade de uma fonte de energia, que pode ser a rede pública de energia da concessionária local ou, na falta desta, um gerador a combustível fóssil. O custo desse combustível também deve ser considerado. Segundo a reportagem da revista Téchne (2003). O consumo médio dos motores de uma grua é de 35 kVA/h(kilo Volt Ampère por hora). Ou seja, para uma jornada de oito horas de trabalho diária em um mês, em que a grua opere em 60% do tempo, esta consumirá cerca de R$ 2.400,00 com energia, considerando o valor unitário R$ 0,66/kVAh, valor em exercício no estado do Paraná, no mês de junho de 2015, pela companhia Copel (Companhia Paranaense de Energia). Figura 1. Interruptor Para Grua fixa: - Interruptor seccionador tetrapolar 100 A ou 50 A com manopla externa na porta e fusível tipo NH. Figura 2. Botoeira BOTOEIRA Botoeira com uma carreira de botões com elementos pulsantes de comando. A botoeira é munida de botão de parada com trava, e com contato de segurança e abertura manual. Inter bloco mecânico para trava de manobras contrárias 6. RESULTADOS É obrigação do usuário da grua fazer o plano de cargas, como também, é de inteira responsabilidade do mesmo o termo de entrega técnica, que prevê a verificação operacional e de segurança, bem como o teste de carga, respeitando-se parâmetros indicados pelo fabricante. Já a montagem do equipamento, a responsabilidade do posicionamento da primeira ancoragem, bem como o intervalo entre ancoragens posteriores fica com o fabricante, fornecedor ou empresa responsável, devendo manter disponível no local as especificações pertinentes aos esforços atuantes na estrutura da ancoragem e do edifício. Figura 3. Esquema Geral da Grua CARACTERISTICAS DA GRUA ● L – lança onde o alcance máximo ● CL – Contra-lança ● H – Altura entre o gancho e a lança ● H.S.C – Altura ao gancho ● CM/AI – Carga Máxima/alcance intermédio ● CP – Carga à ponta ● DE – Dimensões exteriores a base ● DC – Dimensão do Chassis ● Rvert – Reacção Vertical Máxima ● Rhor – Reaccção Horizontal Máxima 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Hoje em dia, com tantos novos projetos de construção para ser realizado como, por exemplo, estádios de futebol, ginásio, e o grande público que promete comparecer para prestigiar os eventos como copa do mundo e olimpíadas e entre outros, sem ajuda deste equipamento não seria possível atender a demanda com menor espaço de tempo. Sem ajuda da grua ou guindaste seria quase impossível fazer uma obra com qualidade e agilidade, pelo fato de ter cargas muito pesadas, que vários homens demoraram para transportar. Com a análise e estudo dos materiais bibliográficos, observa-se que itens importantes de segurança devem ser atendidos em todas as obras que se utiliza uma grua, itens que devem ser impostos para seu cumprimento, como exemplo: proibição de pessoas transitando sob trajetórias de objetos suspensos pela grua. 8. FONTES CONSULTADAS AGÊNCIAS REUTERS. Queda de grua deixa pelo menos dois mortos em Nova York. Disponível em: http://ultimosegundo.ig.com.br. Acesso em 03 de jun. 2021. BRASIL. Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora - NR 18. Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, 08 de junho de 1978. Disponível em: http://www.mte.gov.br. Acesso em 03 de jun. 2021. CARMIX do Brasil Ltda. Guindastes. Disponível em: http://www.carmix.com.br. Acesso em 03 de jun. 2021. Colapso da maior grua dos EUA mata quatro pessoas. Portugal Diário. Lisboa, Portugal, 19/07/08. Disponível em: http://diario.iol.pt/internacional/grua-eua-houston-iol-jornal/973417- 4073.html. Acesso em 03 de jun. 2021. SENAI, Operador de Grua. 2016 Simões, Adma Gonçalves. Construção Civil, um novo desafio. Ed. 2. São Paulo, SP. 2008