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Educação, Sociedade e Meio Ambiente 2 3Unidade 3 Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Para iniciar seus estudos Olá, estudante! Seja bem-vindo a esta unidade. Falaremos sobre concei- tos da prática de ensino que envolvem aspectos relacionados ao meio ambiente. Abordaremos a educação ambiental de forma reflexiva e crí- tica, para que você possa associar a teoria com a prática na formação de uma sociedade que respeite o meio ambiente de forma consciente e com hábitos sustentáveis. Fique atento ao texto e às dicas ao longo da leitura. Bons estudos! Objetivos de Aprendizagem • Aplicar as diretrizes educacionais no contexto da educação ambiental. • Criar estratégias de intervenções no contexto escolar a respeito da educação ambiental. 3 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente 3.1 A educação ambiental: considerações iniciais Os problemas ambientais estão relacionados com a forma de organização da sociedade e da falta de consenso entre os efeitos da tecnologia e o controle da natureza. Sendo assim, os cidadãos devem engajar-se na cons- trução de alternativas para mudar a realidade a partir de uma visão crítica sobre as transformações que o ser humano provoca na natureza (RUSCHEINSKY; COSTA, 2007). Figura 3.1 – Poluição na praia. Legenda: A imagem apresenta o lixo depositado em uma praia, representando a necessidade de uma educação que esteja voltada a uma prática social que minimize hábitos que poluam o meio ambiente. O lixo não tratado, não reci- clado e tratado dessa forma leva anos para se decompor, causando danos a todo o ecossistema envolvido. Fonte: http://123rf.com ID: 14805672 No seu cotidiano, você costuma ter alguma prática de preservação do meio ambiente? Você costuma multiplicar ideias sustentáveis entre seus familiares e amigos? Chamamos a atenção para a necessidade de respeito à natureza entendendo que é preciso considerar todos os aspectos d sua complexidade. Para tanto consideramos que A natureza é explorada por nossa sociedade como se fosse um recurso inesgotável, vista de forma fragmentada, sem a preocupação e o respeito com as relações dinâmicas do equilíbrio ecológico e sua capacidade de suportar os impactos sobre ela, o que resulta nos graves problemas ambien- tais da atualidade. A natureza percebida a partir de uma visão mais complexa, em sua totalidade, potencializaria a construção de uma relação entre os seres humanos em sociedade e a natureza de forma mais integrada, cooperativa e, portanto, sustentável sócio ambientalmente (GUIMA- RÃES, 2007, p. 87). http://123rf.com 4 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Nos anos de 1970 foram intensificados os debates da temática ambiental no mundo, relacionando-os ao desen- volvimento socioeconômico, além das necessidades de mudanças de comportamento. Já na década de 1980, os debates eram mais voltados para a ampliação e consolidação de espaços institucio- nais que favorecessem a educação ambiental. Nesse contexto, o Conselho Federal de Educação (CFE) chamava atenção para a ênfase interdisciplinar da temática ambiental. A década de 1990 foi marcada pela inclusão da educação ambiental como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), ou seja, um tema que não é possível compartimentalizar em uma disciplina específica, sendo necessário o entendimento ampliado do fenômeno para que se dê conta de sua realidade em sua totalidade para além de divisões como biologia/socio- logia/matemática. No fim dos anos de 1990, a educação ambiental foi incluída nos currículos escolares de forma flexibilizada e diversificada (SAITO, 2007). O surgimento da educação ambiental é marcado por uma crise ambiental no fim do século XX. Está atrelada à demanda de construção de visões de mundo que privilegiem o estabelecimento de projetos sociais e ambien- tais que minimizem impactos ambientais. Inicialmente, a educação ambiental estava relacionada a uma prática conservacionista, ou seja, que isolasse áreas ambientais para que não fossem causados danos a elas por meio da ação do ser humano: tinha por base a ciência ecológica, para estimular a sensibilidade humana para preservação da natureza, deixando de lado as relações com a sociedade (LAYRARGUES; LIMA, 2014). No Brasil, a luta dos ambientalistas ganhou reconhecimento nacional no fim dos anos 1990, com a promulga- ção da Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, na qual foi instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. De acordo com esta lei: Art. 6 o É instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. Art. 7 o A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, instituições educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- pios, e organizações não-governamentais com atuação em educação ambiental. Art. 8 o As atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental devem ser desen- volvidas na educação em geral e na educação escolar, por meio das seguintes linhas de atuação inter-relacionadas: I - capacitação de recursos humanos; II - desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentações; III - produção e divulgação de material educativo; IV - acompanhamento e avaliação. (BRASIL, 1999) Assim, com o reconhecimento institucional da Educação Ambiental, é possível cobrar a aplicação desta lei, ou seja, a implementação da Educação Ambiental a nível nacional. A educação ambiental se configura a partir de indivíduos da sociedade civil e instituições sociais que possuem valores e normas em comuns. No entanto, propostas políticas, pedagógicas e epistemológicas podem entrar em conflito quando falamos em problemas ambientais. Isso ocasiona a disputa pela hegemonia no campo ambien- tal, de modo que alguns grupos desejam que seus interesses e sua interpretação da realidade se torne dominante frente das discussões (LAYRARGUES; LIMA, 2014). 5 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Epistemologia: Parte da teoria do conhecimento que levanta questionamentos sobre a construção do conhecimento, seu formato, como se organiza e suas influências políticas, sociais e culturais. Também é responsável por questionamentos acerca a natureza humana e o processo cognitivo. Glossário De acordo com Saito (apud Lamanna, 2008, p. 41), a Política Nacional de Educação Ambiental é resultado de várias lutas entre o Estado (ou melhor, o governo, a iniciativa pública) e a sociedade em relação à concepção de ambiente e sociedade. O autor ainda destaca que há quatro desafios que estão intrínsecos a esta política, arti- culados entre si, para o fortalecimento do exercício da cidadania a partir da construção de uma sociedade mais justa e igualitária: 1. Busca de uma sociedade democrática e socialmente justa; 2. Desvelamento das condições de opressão social; 3. Prática de uma ação transformadora intencional; 4. Necessidade de contínua busca de conhecimento. Baseado nesses quatro desafios apresentados, como você acha que sua formação pedagó- gica pode contribuir para uma sociedade mais justa e que respeite o meio ambiente? Ruscheinsky (2007) chama atenção para a importância das instituições sociais para a sustentação da sociedade. No entanto, quando se refere ao meio ambiente, a complexidade institucional pode ser um obstáculo para a luta dos conflitos ambientais. Em contrapartida, o sistema de ensino tem um papel importante enquanto instituição: No campo da educação ambiental está mais do que reconhecida a importância vital que o sis- tema de ensino pode proporcionar para aprofundar ou difundir perspectivase políticas ambien- tais, especialmente à medida que nesse espaço em particular se podem tratar de aspectos rele- vantes para refinar as representações sociais e a visão de mundo a respeito do meio ambiente (RUSCHEINSKY, 2007, p. 66). Em algumas situações, a educação ambiental é transmitida como se tivesse uma perspectiva única (geralmente a acadêmica), desprezando sua pluralidade de práticas e saberes. Isso desvaloriza as características pedagógicas, políticas, éticas e epistemológicas que constituem a educação ambiental (LAYRARGUES; LIMA, 2014). 6 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Você já ouviu falar em florestas plantadas? Assista do vídeo da Associação Brasileira de Produ- tores de Florestas Plantadas (ABRAF) e veja como estas florestas são importantes para manter a sustentabilidade: <https://www.youtube.com/watch?v=V59UiBdi05g&feature=youtu.be>. 3.2 Diretrizes educacionais na educação ambiental De acordo com Loureiro e Cossío (2007), desde a segunda metade da década de vem 1990 o Brasil tomando como medidas o estabelecimento de diretrizes e a execução de políticas públicas para efetivar a educação ambiental no Ensino Fundamental. Os autores destacam que o Ministério da Educação (MEC) desenvolve a educação no Brasil em três modalidades: 1. Projetos; 2. Disciplinas especiais; 3. Inserção da temática ambiental nas disciplinas. Ressaltando que o profissional de educação, deve estar presente nesse processo de elaboração e efetivação de políticas e diretrizes, tendo em vista que ele que lida com os desafios cotidianos da educação e reconhece as principais demandas educacionais. O MEC ao elaborar os PCNs do Ensino Fundamental propôs que houvesse também discussões sobre os temas transversais no contexto escolar. Para tanto, alguns critérios foram levados em conta para escolhê-los: urgên- cia social, abrangência nacional, possibilidade de ensino e aprendizagem favorecendo assim a compreensão da realidade e a participação social. Os temas transversais definidos pelo MEC são: ética, pluralidade cultural, saúde, orientação sexual, temas locais, e meio ambientes. Vamos focar no meio ambiente, que é o assunto para o qual está direcionado nossa unidade. Para cada ser vivo que habita o planeta existe um espaço ao seu redor com todos os outros elemen- tos e seres vivos que com ele interagem, por meio de relações de troca de energia: esse conjunto de elementos, seres e relações constitui o seu meio ambiente. Explicado dessa forma, pode parecer que, ao se tratar de meio ambiente, se está falando somente de aspectos físicos e biológicos. Ao contrário, o ser humano faz parte do meio ambiente e as relações que são estabelecidas – relações sociais, econômicas e culturais – também fazem parte desse meio e, portanto, são objetos da área ambiental. Ao longo da história, o homem transformou-se pela modificação do meio ambiente, criou cultura, estabeleceu relações econômicas, modos de comunicação com a natureza e com os outros. Mas é preciso refletir sobre como devem ser essas relações socioeconômicas e ambientais, para se tomar decisões adequadas a cada passo, na direção das metas desejadas por todos: o cres- cimento cultural, a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental (BRASIL, 1997, p. 27). https://www.youtube.com/watch?v=V59UiBdi05g&feature=youtu.be 7 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Desta forma, fica claro a abrangência da questão ambiental, que vai para além dos aspectos físicos e biológicos. Os aspectos socioeconômicos e culturais estão presentes no cotidiano dos/as estudantes, devendo ser levados em conta quanto se fala na prática educativa. Você conhece a WWF-Brasil? É uma ONG brasileira que preza pela conservação do meio ambiente no contexto socioeconômico brasileiro. Acesse o site a seguir e conheça mais sobre ela: <http://www.wwf.org.br/>. Ao considerarmos a questão social, levamos em conta também as lutas e formas de resistências sociais que estão associadas a momentos históricos, sobretudo no que se refere ao capitalismo, que reproduz a força de trabalho, reforçando situações contemporâneas ligadas à precarização das condições de vida humana, de forma que mui- tas vezes esta fica exposta a diversas formas de exclusão social como a miséria e a fome (MARTINS, 2015). O desenvolvimento não sustentável modificou a estrutura básica dos ambientes. Com o avanço do capitalismo pelo mundo desenvolveu-se a economia global (baseada no mercado e no consumo). Nesse panorama, cidadãos são considerados como consumidores, de modo que nada possa substituir o consumo (RUSCHEINSKY; COSTA, 2007). Guimarães (2007) chama atenção ao fato de que os problemas socioambientais, tanto locais como globais, estão relacionados entre si, tendo em vista que retratam o atual modelo da sociedade e sua relação com o meio em que vive, assim, a crise socioambiental é um problema relacional. Intervenções ambientais, trocas econômicas e avanços tecnológicos que ocorrem na Ásia podem afetar, por exemplo, a América do Sul e vice-versa. Sorrentino e Trajber (2007) também reforçam esta ideia. Os autores afirmam a necessidade de transformações para sanar injustiças ambientais, desigualdade social e a apropriação da natureza como sendo objetos de explo- ração e consumo. Figura 3.2 – Pessoas catando lixo. Legenda: A imagem apresenta pessoas em um lixão a céu aberto, representando como as pessoas estão expos- tas a diversas formas de exclusão social e precarização do trabalho em virtude do sistema capitalista. Fonte: http://123rf.com ID: 18699701. http://www.wwf.org.br/ http://123rf.com 8 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Devemos considerar que o meio ambiente está relacionado com a dimensão histórico-social do ser humano, quando se refere à organização da sociedade.Sendo assim, a condição ambiental que vivemos na atualidade é sustentada pelo desenvolvimento da sociedade capitalista, principal sistema econômico e político contemporâ- neo em que se privilegia o lucro sobre as mercadorias produzidas (RUSCHEINSKY; COSTA, 2007). Guimarães (2007) chama atenção também para as transformações advindas do avanço do capitalismo enquanto sistema econômico e ideologia. Com os ideais de progresso propagado e incluso na ideia de modernidade e desenvolvimentismo econômico, intensificam-se os interesses individuais sustentados pelos pilares da meri- tocracia e competição, passando os interesses individuais a estarem sempre à frente dos interesses coletivos. A ideia de meritocracia parte do entendimento de que a partir do esforço individual é possível alcançar qualquer objetivo desejado, ou seja, as pessoas que obtém sucesso em uma empreitada o obtém por mérito. Essa noção deixa de lado diferenças estruturais causadas por injustiças e desigualdades históricas como percebemos no exemplo de grupos sociais que são minoritários nas posições de poder político e econômico: mulheres, negros (as), indígenas, homossexuais, travestis, entre outros. A competição vem da ideia de que o mercado regula a si mesmo parte da ideologia econômica liberal. Assim, o mundo econômico não necessitaria de intervenções estatais, uma vez que a competição privilegiaria o (a) melhor tendo por base a meritocracia, resultando em um sistema justo. Para o autor Guimarães (2007) a prevalência do individualismo na sociedade capitalista tem um viés antropocêntrico: Essa prevalência justifica-se por essa postura individualista e antropocêntrica - quando a huma- nidade se vê como o centro, e tudo que está ao seu redor existe para atender aos seus interesses. Essas posturas, somadas à competição exacerbada entre indivíduos, classes sociais e nações, à acumulação privada de um bem público que é o meio ambiente, à acumulaçãoampliada e con- centração da riqueza, entre outras, intensificou tremendamente a exploração do meio ambiente e o distanciamento entre os seres humanos dessa sociedade urbano-industrial e a natureza, o que produz a degradação de ambos: sociedade e natureza (GUIMARÃES, 2007, p. 87) Os anos de 2005 a 2014 contemplaram a “Década das Nações Unidas de Educação para o Desenvolvimento Sustentável”, instituída pela UNESCO, para estimular mudanças de ati- tudes na população e respeito à natureza. Acesse o site e saiba mais: <http://www.unesco. org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2005-2014-the-united- -nations-decade-of-education-for-sustainable-development/>. Para compreender os avanços do Estado brasileiro em relação à educação ambiental, é importante conhecer o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA - BRASIL, 2014), o qual articula ações educativas para a pro- teção, recuperação e melhoria socioambiental, potencializando a educação para mudanças culturais e sociais. Como missão, destaca-se: “A educação ambiental contribuindo para a construção de sociedades sustentáveis com pessoas atuantes e felizes em todo [o] Brasil” (BRASIL, 2014, p. 26). Ele tem as seguintes diretrizes: • Transversalidade e interdisciplinaridade. • Descentralização espacial e institucional http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2005-2014-the-united-nations-decade-of-education-for-sustainable-development/ http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2005-2014-the-united-nations-decade-of-education-for-sustainable-development/ http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2005-2014-the-united-nations-decade-of-education-for-sustainable-development/ 9 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente • Sustentabilidade socioambiental. • Democracia e participação social. • Aperfeiçoamento e fortalecimento dos sistemas de ensino, meio ambiente e outros que tenham interface com a educação ambiental (BRASIL, 2014, p. 23) Loureiro e Cossío (2007) afirmam que é importante o aprimoramento da implementação de políticas públicas na escola e, no que se refere à educação ambiental, os autores destacam os principais pontos que devem ser tomados com mais atenção: • Dedicar especial atenção ao processo de formação de educadores ambientais. • Ampliar e fomentar o envolvimento de professores, direção, funcionários e alunos em espa- ços de participação. • Garantir a participação dos profissionais do Ensino Fundamental em eventos como forma de atualização de informações, incorporação nos debates das legítimas necessidades, práticas e entendimentos. • Abrir ampla discussão nacional, envolvendo outras secretarias do MEC, órgão gestor e sin- dicatos dos trabalhadores da educação sobre a política educacional. (LOUREIRO & COSSÍO, 2007, p. 63-64) Para dar continuidade ao tema, no tópico a seguir vamos focar nosso estudo em como acontece à intervenção pedagógica em educação ambiental. 3.3 Intervenção pedagógica em educação ambiental Tendo em vista a crise ambiental que enfrentamos, a educação ambiental tem o papel fundamental para as mudanças de valores, comportamentos, sentimentos e atitudes que devem ser trabalhados de forma perma- nente. Compreende-se, então, que deve ser uma educação que incentive o respeito à diversidade biológica, cultural e étnica (SORRENTINO; TRAJBER, 2007). Guimarães (2007) afirma que, ao considerar a crise ambiental estruturada a partir do modelo dominante de sociedade, seu enfrentamento deve ser fortalecido por meio de um projeto educacional pautado no processo de transformação da realidade socioambiental junto a intervenções educativas. Para Segura (2007), em qualquer projeto educativo é possível incluir a educação ambiental, sob a condição de que esteja presente a intenção de reconhecer a dependência entre os fenômenos que determinam a realidade e desenvolver soluções coletivas para melhoria da qualidade de vida e estratégias educativas sustentáveis. Fique atento! O fórum desafio pode estar relacionado com esta temática. 10 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Além disso, no que se refere à educação ambiental, devemos levar em conta a relação entre o saber e o poder, no contexto social, cultural e econômico, respeitando o meio ambiente. Assim, temos que A atividade pedagógica e intelectual da educação ambiental reconhece como fundamental o relacionamento entre saber e poder, pois o conhecimento potencializa ou confere poder. Ou, dito de outra maneira, toda forma de consolidação de poder nas relações sociais requer determinado grau de saber a respeito do ambiente. Na dimensão pedagógica que nos interessa, cabe endos- sar o conhecimento que permite visualizar a ampliação da democracia do campo político para o social, o cultural e o econômico, bem como a diminuição radical das desigualdades sociais (RUS- CHEINSKY, 2007, p. 80). Quando levamos em conta o contexto pedagógico, as relações que existem entre indivíduo, sociedade, educação e natureza necessitam de desdobramentos que aprofundem a prática educativa, tendo em vista que esta prática é multidimensional e complexa (LAYRARGUES; LIMA, 2014). Figura 3.3 - Menina com plantas. Legenda: A imagem apresenta uma criança em meio a uma diversidade de vasos com mudas de diferentes plantas, representando assim as relações entre indivíduo, sociedade e natureza estão envolvidas na educação ambiental. Fonte: http://123rf.com ID: 18494768 A educação ambiental está disposta de várias formas, assim como existem maneiras diferentes de natureza, sociedade e educação. Sendo assim, desenvolver a prática educativa envolve possibilidades distintas e contextos sociais diversos dentro do ambientalismo. Desta forma, é possível perceber a relação que há entre educação e meio ambiente (LAYRARGUES; LIMA, 2014). A educação formal é baseada majoritariamente em um modelo educativo ao qual Paulo Freire (1987) deu o nome de educação bancária. A educação bancária consiste na clara divisão entre professor-aluno em que o pro- fessor detém o poder, ou seja, o conhecimento, e o aluno é agente passivo, que está em sala de aula para receber conhecimento, ou seja, esse conhecimento seria “depositado” no aluno, daí o conceito de educação bancária. Esse modelo educativo é limitador para pensarmos no ser humano em processo educativo em relação ao meio ambiente. É preciso pensar a educação para além do ambiente da sala de aula. http://123rf.com 11 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente De acordo com Guimarães (2007), devemos considerar uma proposta de educação ambiental crítica, direcionada para a sociedade em uma perspectiva complexa, em que os indivíduos pensem coletivamente. Sendo assim, almeja-se transformações que forneçam um caminho alternativo ao modelo de desenvolvimento da sociedade. Vejamos: Nessa relação (dialética/dialógica) entre indivíduo e a vida social é que se constrói o processo de uma educação política que forma indivíduos como atores (sujeitos), aptos a atuarem coleti- vamente no processo de transformações sociais, em busca de uma nova sociedade ambiental- mente sustentável. Nesse processo eles se transformam também, se educam, se conscientizam. Indivíduos que se transformam atuando no processo de transformações sociais, “tudo ao mesmo tempo agora” em uma abordagem que busca a relação (GUIMARÃES, 2007, p. 89), Sorrentino; Trajber (2007) chamam atenção para as políticas públicas, afirmando que estas só contribuem para os desafios socioambientais quando efetivadas a partir do diálogo com a sociedade. De acordo com Ruscheinsky; Costa (2007), a educação ambiental deve pertencer à comunidade, de modo quesaia dela e retorne a ela. Desta forma, estará sendo efetivada a educação, e não a opressão. Isso nos leva a pensar no papel transformador do processo educativo, devendo este ter uma atuação voltada para a qualidade de vida e emancipação do ser humano. O MEC possui várias publicações sobre educação ambiental. São materiais que podem lhe auxiliar em sua prática pedagógica. Acesse e veja mais: <http://portal.mec.gov.br/pnaes/194- -secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/13639-educacao- -ambiental-publicacoes>. Ao pensar em intervenções educacionais no contexto aqui discutido, é necessário considerarmos que a edu- cação ambiental é uma área de conhecimento que deve formar agentes que compreendam a interdependên- cia entre os elementos que compõem a vida e as consequências das intervenções humanas nesses elementos. Sendo assim, é uma formação que busca prevenir e solucionar os problemas socioambientais, criando possibili- dades mais justas para o equilíbrio do planeta (SEGURA, 2007). Para Ruscheinsky (2007), o desenvolvimento da consciência ecológica é acompanhado de problemas que estão relacionados à compreensão da história. Como esses principais problemas, o autor destaca: • Os alicerces da sociedade moderna [de forma que se compreenda como se estrutura a sociedade a partir de sua formação social, histórica, econômica e cultural]. • A intensidade de ocupação populacional dos espaços geográficos [de forma a entender os movimentos que resultaram no modo de vida que levamos hoje]. • O predomínio da razão sobre outras dimensões humanas [que permeia até hoje o meio acadêmico, voltando-se para o homem como o centro da sociedade, retomando a ideia de antropocentrismo vista anteriormente]. http://portal.mec.gov.br/pnaes/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/13639-educacao-ambiental-publicacoes http://portal.mec.gov.br/pnaes/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/13639-educacao-ambiental-publicacoes http://portal.mec.gov.br/pnaes/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/13639-educacao-ambiental-publicacoes 12 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente • O mito da intocabilidade da ciência [por meio desse mito a ciência é tomada como ver- dade e é incontestada, sendo que toda ciência é construída a partir do pensamento humano, devendo ser frequentemente revisitada, contestada e transformada]. • O destino da sociedade, da cultura e do indivíduo [as questões filosóficas sobre a vida, passado, presente e futuro aumentam a capacidade imaginativa para lidar com problemas e o potencial crítico das pessoas em constante aprendizagem em relação ao meio ambiente]. (RUCHEINSKY, 2007, p. 88-89) Na década de 1990, houve um estímulo para mudanças em hábitos individuais para a preservação ambiental. Isso resultou em uma atenção maior a fatores que iam além da coleta seletiva e reciclagem de resíduos: passou- -se a ser trabalhado o consumo sustentável (LAYRARGUES; LIMA, 2014). Figura 3.4 – Lixo doméstico. Legenda: A imagem apresenta uma lixeira para coleta seletiva, na qual representam a recicla- gem de resíduos e separação do lixo como práticas que representam o consumo sustentável. Fonte: http//www.123rf.com ID: 49152747 Ao considerarmos a educação ambiental, temos que analisar também do ponto de vista da formação do edu- cador. Em relação a isso, Sorrentino; Trajber (2002) afirmam que o professor deve ser estimulado a pensar no meio ambiente e na educação de forma provocadora, vislumbrando a cidadania e o acesso aos bens ambientais, focando coletivamente na sustentabilidade. Além disso, os autores pontuam: Instâncias dialógicas, onde circulam conhecimentos e experiências da práxis pedagógica, são fun- damentais para a formação de professores, pois estes aprendem principalmente com a troca de vivências. Em encontros e seminários voltados para educação ambiental, o trabalho formativo de professores inclui: o aprofundamento conceitual que permita a produção de conhecimentos locais significativos; e também a experimentação de algumas práticas como, por exemplo, a metodologia de projetos de intervenção e transformadores, por meio de instrumentos como a pesquisa-ação- -participativa e o fomento à relação escola-comunidade (SORRENTINO; TRAJBER, 2007, p. 19). Fique atento! O fórum desafio pode estar relacionado com esta temática. http://http//www.123rf.com 13 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Segundo Guimarães (2007), o processo educativo deve se empenhar na origem de problemas socioambientais que estejam além da sala de aula, ou seja, na realidade da vida cotidiana. Para tanto, o autor destaca pontos centrais que contribuam para o processo de transformação da realidade na perspectiva da educação ambiental: • Desvendar seus paradigmas e suas influências nas práticas individuais e coletivas. • Entender as estruturas do modo de produção desta sociedade. • A sua dinâmica intermediada pelas relações desiguais de poder. • As suas motivações dinamizadas pelo privilégio aos interesses particulares que, para mantê- -los, tendem a estruturar relações de dominação de um (indivíduo/sociedade) sobre o outro (indivíduo/natureza). (GUIMARÃES, 2007, p. 89) Uma das formas de intervenção em educação ambiental é a realização de projetos políticos, educacionais, artís- ticos e de extensão (que podem ser combinados). Tendo em vista que não existe um modelo único de intervenção educativa ambiental, Segura (2007, p. 98-99) destaca alguns parâmetros que devem ser levados em considera- ção em projetos educativos educacionais: • Mapeamento: em que cenário atuo? Quais são os assuntos de maior interesse para o público com o qual atuo? Quais são as temáticas que permitem compreender a dinâmica de ocupa- ção do espaço local? Quais são os interesses dos grupos locais? • Articulação: quais são as possibilidades de integração com outras áreas do conhecimento? Quais são os conceitos fundamentais que tenho que considerar para problematizar e siste- matizar as discussões? O envolvimento da comunidade pode iniciar pelas famílias dos alunos? • Comunicação permanente: garantir mais visibilidade e repercussão da ação educativa; orien- tar-se pelo entendimento crítico sobre o sentido do que se faz, por que se faz e para quê. • Registro: sistematizar a trajetória metodológica dos projetos, seus objetivos, o contexto em que foram formulados e realizados, os atores envolvidos e a avaliação � o que não deu certo e o que precisa melhorar. Para que você possa entender melhor como funcionam algumas práticas educacionais ambientais vigentes que aliam processos educacionais dialógicos a reflexões críticas que propõem transformações nas ações e pensa- mentos relacionados ao meio ambiente levantamos alguns exemplos que veremos a seguir. Um exemplo de projeto educacional ambiental é o Museu do Amanhã localizado na cidade do Rio de Janeiro. O Museu do Amanhã foi inaugurado em 2015 e é resultado de uma parceria público-privada entre a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Fundação Roberto Marinho, as empresas Shell e Santander tendo também outras instituições apoiadoras (MUSEU DO AMANHÃ, 2017). A proposta do museu, como anuncia seu nome, é proporcionar a refle- xão sobre o futuro a partir de questionamentos sobre como vivemos, como consumimos e como expressamos nossa cultura. O museu traz amostras interativas em que o/a visitante se vê como agente além de trazer inova- ções científicas que buscam o desenvolvimento de uma sociedade sustentável como copos biodegradáveis feitos de mandioca, tijolos feitos de lixo, entre outras inovações. A estrutura do museu conta com tecnologia como a geração de energia por meio da captação de energia solar. 14 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolvem aspectos relacionados ao meio ambiente Figura 3. 5 Museu do Amanhã no Rio de Janeiro Legenda: O museu do amanhã estimula a reflexão em um processo dialógico em que o/a visi- tante participa do aprendizado por meio da interação, buscando estimular interesse sobre temáti- cas voltadas à preservação do meio ambiente e sensibilizar o ser humano sobre seu papel na pre- servação da vida terrestre, animal e vegetal, fazendo crítica ao consumo exacerbado. Fonte: http//www.123rf.com ID: 49152747 Outro exemplo bem-sucedido de educação transdisciplinar que aprofunda discussões ambientais, sociais, cul- turais e econômicas é o Projeto Rondon classificado atualmente como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Com o objetivo de levar a juventude universitária para conhecer a realidade multicultural e multirracial do Brasil e oferecer a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento social e econômico das regiões mais carentes do país, nasce em 1967, o Projeto Rondon. Idealizada nos bancos escolares da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, a ação surge como uma iniciativa precursora de grande importância para a nação. (INSTITUTO PRO- JETO RONDON, 2017) Algumas das ações desempenhadas pelos universitários são aplicação de vacinas, educação em higiene bucal, amostra de filmes, oficinas de instrumentos úteis para a população, oficinas de compostagem, apresentações artísticas, entre outras. As trocas de saberes entre as populações residentes em populações carentes e universi- tários proporciona ganho para ambas as partes. Fomentar o empoderamento econômico e educativo de populações carentes, em especial da floresta e do campo, auxilia a fomentar a economia local. Isto resulta em maior autonomia da região e capacidade de desen- volvimento baseado na construção de valores como coletividade e sustentabilidade. Os universitários adquirem saberes sobre práticas plantas, território, forma de ver e viver que fazem com que tenham contato com uma realidade mais ampla do que a realidade urbana em que estão inseridos. Assim, é possível refletir sobre medidas educativas ambientais que partam da realidade e, assim, possam ser mais efetivas para elaborar políticas públicas educativas. Notamos, então, que a educação ambiental está sustentada na conexão entre as questões culturais, políticas, econômicas, sociais, religiosas, estéticas, entre outras que tenham papéis determinantes quando se refere ao meio ambiente (SEGURA, 2007). Salientamos mais uma vez o papel do profissional de educação: uma postura transformadora, que respeite as transversalidades da vida cotidiana para poder sensibilizar estudantes como multiplicadores da sustentabilidade. http://http//www.123rf.com 15 Educação, Sociedade e Meio Ambiente | Unidade 3 - Conceitos da prática de ensino que envolve m aspectos relacionados ao meio ambiente Perspectivas inovadoras auxiliam em um aprendizado que não se baseie na educação bancária, mas numa edu- cação inventiva e crítica que precisamos estimular para garantir a preocupação com a preservação ambiental e por extensão, da vida humana, fomentando iniciativas que não sejam apenas técnicas, mas que combinem aspirações artísticas, científicas e filosóficas. 16 Considerações finais Finalizamos o estudo dessa unidade, quando tivemos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento a respeito do tema. Assim, nossos principais pontos de estudo foram: • A forma como a sociedade está organizada (no que se refere ao modelo de desenvolvimento, capitalismo, estilo de vida e incen- tivo ao consumo) acarretou hábitos que põem em risco o meio ambiente, pela forma que este vem sofrendo intervenções pelos indivíduos. • Este panorama exige medidas que cessem a degradação ambien- tal. Isso envolve aspectos que vão além de questões físicas e bio- lógicas, tendo em vista que questões culturais, sociais, econômi- cas, entre outras também estejam envolvidas. • É nesse contexto que a educação ganha sua importância. A edu- cação, por meio de medidas que estimulem a reflexão sobre a importância do meio ambiente, exerce um papel de formadora de cidadãos conscientes na manutenção da sustentabilidade. • A Política Nacional de Educação Ambiental, os PCNs do MEC e o Programa Nacional de Educação Ambiental são exemplos da atu- ação do governo que, junto à sociedade civil e aos profissionais de educação, intervêm em ações interdisciplinares para a efetivação da educação ambiental. • A educação ambiental está configurada de várias formas, abran- gendo diversas áreas do conhecimento, envolvendo natureza, sociedade e educação. Deve ter uma perspectiva crítica e trans- formadora, com protagonismo da comunidade, para que possam ser formados cidadãos multiplicadoras de ideias sustentáveis. • O profissional de educação deve estar preparado para lidar com os desafios da implementação da educação ambiental, por meio de uma postura crítica e estimuladora, que respeite as diversidades sociais para poder sensibilizar estudantes como multiplicadores da sustentabilidade. Referências bibliográficas 17 BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795/99. Brasí- lia, 1999. BRASIL. ProNEA - Programa Nacional de Educação Ambiental. Minis- tério do Meio Ambiente, Departamento de Educação Ambiental; Minis- tério da Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental. – 3 ed – Brasília: MMA, DF, 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/ arquivos/pdf/educacaoambiental/pronea3.pdf Acesso em 7 jul 2017. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. 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