Buscar

Edição e Exportação

Prévia do material em texto

Recursos Audiovisuais
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Denis Garcia Mandarino
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Edição e Exportação 
• Introdução;
• Controle de Efeitos (Effect Control);
• Transformação e Distorção;
• Canal Alpha;
• Chroma Key;
• Compressão;
• Exportação.
• Tornar o aluno capaz de produzir mídias audiovisuais com qualidade profi ssional.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Edição e Exportação 
UNIDADE Edição e Exportação 
Introdução
Nesta unidade veremos as ferramentas mais usadas para ajustes e efeitos, co-
nheceremos as principais funções de motion graphics, presentes no Premiere, 
aprenderemos a criar máscaras no Photoshop e importá-las com o Canal Alpha 
(fundo transparente) e compreenderemos a ideia por trás da compressão e as con-
figurações necessárias para uma boa exportação.
Como sempre, a videoaula complementar é fundamental para o esclarecimento 
de como utilizar as ferramentas na edição. Durante a prática, os conceitos primor-
diais serão apreendidos e você poderá, aos poucos, pesquisar as características de 
outras ferramentas a fim de aumentar a sua produtividade.
Eventuais termos em inglês, que não forem compreendidos, poderão ser facil-
mente consultados no Google Tradutor.
Controle de Efeitos (Effect Control)
Quando uma mídia está presente na linha do tempo, basta selecioná-la para 
que a caixa de controle de efeitos seja ativada. Os efeitos básicos para imagens 
são: Motion, Opacity e Time Remmaping e todos eles podem ser animados por 
pontos de controle (fig. 1). 
Em Efeitos de vídeo (Motion), qualquer tipo de imagem pode ser reposicionado, 
por meio de Position, podendo, inclusive, ficar com apenas uma parte dentro da 
área visível. Além disso, motion é uma ferramenta de motion graphics, na qual indi-
ca-se a situação inicial, a situação final e o programa se incumbe de criar os frames 
intermediários da animação. Você tem que fazer testes para descobrir qual é o núme-
ro adequado de quadros por segundo para que o vídeo fique na velocidade desejada.
Desenhos animados, à mão livre, podiam ser feitos com 16 frames por segun-
do. É comum que as animações digitais tenham de 24 a 30 quadros por segundo, 
desse modo, uma movimentação de 2 segundos precisará ter de 48 a 60 quadros. 
A distância entre o início e fim também deve ser levado em conta, pois, do ponto 
de vista ergonômico, velocidades incompatíveis podem causar desconforto e difi-
cultar a percepção e a leitura da forma.
 Os elementos podem ser escalonados proporcionalmente (Scale) ou, com a 
desabilitação de Uniform Scale, ter sua relação de proporção alterada. É possível 
rotacionar (Rotate), escolher um pivô (Anchor Point: ponto de ancoragem) e dimi-
nuir a quantidade de cintilação (Anti-flicker Filter). 
Em Opacidade (Opacity), o nível de transparência pode ser alterado, bem como 
as misturas na forma de exibição (Blend Mode).
8
9
O recurso Remapeamento de tempo (Time Remapping) permite que a velocida-
de de exibição seja alterada de forma programada (o que difere de Speed/Duration,
onde as velocidades são constantes). Este recurso tem sido muito explorado em 
cenas aceleradas que, gradativamente, diminuem a velocidade e trazem coisas ou 
personagens para a normalidade ou vice-versa.
Figura 1 – Eff ect Controls no Adobe Premiere
Na figura 2, vemos que uma imagem chamada “quadrado.jpg” sofreu dois tipos 
de alterações, que foram: alteração na posição e alteração no tamanho, mantendo 
a proporcionalidade da forma. É fácil animar, basta que você posicione o cursor no 
ponto inicial e clique no ícone do relógio (Toggle animation), depois, para cada 
alteração, clique nos pontos de controle (Add/Remove Keyframe) para determinar 
o momento em que as mudanças ocorrerão. Para eliminar um take que tenha sido 
animado, basta clicar no relógio novamente.
Figura 2 – Animações de posição e escalonamento
Cada novo efeito adicionado a uma mídia originará uma linha de parâmetros em 
Effect Control. Na figura 3, por exemplo, vemos um dos principais filtros para o 
ajuste de cores (Efeitos > Correção de cores > Equilíbrio de cores) que apresen-
ta os matizes vermelho, verde e azul, com atuação nas áreas de sombra (Shadow), 
nos tons médios (Midtone) e nas áreas mais claras (Highlight). Como os vídeos 
estão sujeitos ao sistema RGB, essa é a forma mais direta de atuação e que pode 
9
UNIDADE Edição e Exportação 
interferir na luminosidade da cena, por isso, é possível alterar as cores e manter 
a luminosidade ao ativar Preserve Luminosity. Repare que cada um dos ajustes 
pode sofrer alterações por meio de animações. Para quem explora a criatividade, 
a manipulação dos vídeos, durante a edição, é infinita. Há uma enorme quantida-
de de filtros para o ajuste das cores em Video Effects, nas pastas Adjust, Color 
Correction e Image Control.
Figura 3 – Animações de posição e escalonamento
Transformação e Distorção
No menu de transformação (transform), em Video Effects, há importantes fer-
ramentas, das quais destacaremos: Câmera View, Crop, Edge Feather e Flip (ho-
rizontal e vertical).
Por intermédio de Perspectiva > 3D básico (Camera View), é possível simular 
que um vídeo apareça na cena como se estivesse sendo visto por uma câmera ex-
terna (fig. 4). As ferramentas são intuitivas e a simples alteração dos parâmetros 
mostra a função de cada um deles.
A ferramenta Cortar (Crop) é a mesma que existe no Photoshop e possibilita a 
escolha de um pedaço retangular da tela, fazendo com o que restante desapareça. 
Edge feather altera o contorno da imagem, enquanto suaviza as tonalidades 
(fig. 4).
Os filtros Horizontal Flip e Vertical Flip fazem com que as mídias sejam vistas 
espelhadas ou de ponta cabeça.
Na pasta de distorção (distort), o filtro Pino de canto (Corner Pin) permite que 
se altere os vértices de um vídeo, permitindo que ele seja encaixado em qualquer 
posição, conforme figura 4.
10
11
Os filtros citados podem ser usados numa produção audiovisual sem que a pla-
teia perceba a manipulação. Cuidado com o abuso de efeitos que poderão deixar 
a edição muito artificial.
Figura 4 – Filtros de transformação e distorção
Canal Alpha
É muito frequente a necessidade de inserir figuras que tenham o fundo trans-
parente e com os elementos vetoriais é mais fácil conseguir isso. Com as imagens 
formadas por bitmaps (pixels), o processo de seleção deve ser cuidadoso para que 
o contorno da figura não pareça ter sido feito às pressas ou, em outras palavras, 
descuidado. A suíte de programas de uma determinada empresa costuma intercam-
biar arquivos de forma fácil e adequada entre os softwares que a compõem. Neste 
caso, como estamos usando a Adobe Premiere como recurso didático, preparare-
mos uma máscara no Adobe Photoshop, com o intuito de trazer, para a produção, 
uma imagem de fundo transparente. 
Siga os seguintes procedimentos:
• abra a imagem no Photoshop;
• selecione o fundo com a varinha mágica (Magic Wand Tool), cuja tecla te ata-
lho é w) ou contorne pacientemente as figuras que serão exportadas;
• Inverta a seleção com Crtl + Shift + I;
• clique em Add Layer Mask (máscara de bitmap), como indicado na figura 5;
• salve a imagem no formato PSD (arquivo nativo do Photoshop), pois, como 
disse anteriormente, por ser da mesma empresa, os formatos originais são 
constantemente aprimorados para uma perfeita compatibilidade;
• ao importar o arquivo, no Premiere, você pode aceitar a opção Merge All 
Layers, porque trata-se de uma única imagem e esse é o tipo de procedimento 
mais comum.
11
UNIDADE Edição e Exportação 
Figura 5 – Imagem com o fundo transparente preparada no Photoshop
Chroma Key
Embora o Premiere faça algumas animações e tenha um conjunto de efeitos, o 
software especializado para esse tipo de procedimento é o After Effects. Compre-
enda o Premiere como um gerenciador de mídias. A aplicação da Máscara de cor 
(Chroma Key), por exemplo, só se mostra adequada se a cor de fundo estiver uni-
forme. Você pode usar basicamentequalquer cor de fundo, pois poderá selecioná-
-la com o conta-gotas.
Se a filmagem tiver pessoas envolvidas, é preferível que o verde ou o azul este-
jam no fundo, mas, na realidade, o ideal é usar, como cor de fundo, um matiz que 
não esteja presente em nenhum elemento da cena, sob risco de a figura principal 
ou os personagens terem pedaços vazados.
As etapas para a aplicação do Chroma Key são as seguintes (fig. 6):
• arraste o efeito para o vídeo: Video Effects > Keying > Chroma Key;
• em Effect Controls, selecione o conta-gotas;
• clique na tela verde do monitor, para deixar essa parte vazada;
• na imagem, da esquerda, vê-se que o Tolerância (similarity) foi ajustado em 
22,2%. Essa porcentagem deixou algumas partes verdes visíveis;
• com o auxílio do parâmetro Afinar borda (Blend), em 40,6%, os pixels verdes 
desapareceram da área do monitor, mas a planta no vaso, que também era 
verde, ficou mais escura;
• Neste exemplo, se a tela fosse azul, o resultado poderia ter sido melhor, pois 
havia muitos tons de verde na cena (tela verde do monitor, camisa verde do 
operador, planta no vaso e o caderno sobre a mesa), enquanto o matiz azul 
estava apenas na parede em quantidades insignificantes.
• Este vídeo foi posicionado na trilha vídeo 2, quando outro vídeo for inserido 
em vídeo 1, ele aparecerá na área vazada da tela do monitor.
12
13
Figura 6 – Efeito Chroma Key (Máscara de cor) no Adobe Premiere
Compressão
Sabemos que o tamanho enorme de um vídeo no formato AVI, por exemplo, 
dificultaria o compartilhamento das mídias pela internet.
Como é possível diminuir a quantidade de bytes de uma mídia sem perder qualidade?
Ex
pl
or
Isso se deu por conta dos algoritmos de compressão que permitem reduzir con-
sideravelmente o áudio e o vídeo, sem uma perda de qualidade considerável, a 
menos que você decida comprimir mais do que o recomendado. Vamos conhecer 
a ideia que está por trás da compressão.
Se você comprimir dois vídeos de 10 minutos, com a mesma taxa de compres-
são, eles poderão apresentar tamanhos bem diferentes. Por quê? Isso acontece 
porque o software analisa os pixels que são repetidos de um frame para outro 
e isso diminui a quantidade de informações. Caso capture a tela do computador, 
enquanto mostra algum procedimento no Photoshop, partes da imagem perma-
necerão estáticas, pois você estará a maior parte do tempo, no interior da tela, 
movimentando o mouse, utilizando as ferramentas, manipulando os elementos etc. 
As partes inalteradas, dos frames, terão informações repetidas, que contribuirão 
para a diminuição do tamanho do arquivo. Por outro lado, se usar imagens de ví-
deos, nos quais as cenas mudem o tempo todo, a quantidade de informações será 
maior, com consequente aumento de tamanho. Forçar os ajustes para que o vídeo 
se torne menor do que o padrão recomendado, pelo software, fará com que o 
algoritmo considere a “mesma informação”, não só os pixels iguais, mas também 
os parecidos, o que acarretará em perda de definição. Se a compressão for muito 
intensa, para que o tamanho fique mínimo, áreas pixelizadas comprometerão a 
qualidade da mídia (fig. 7).
13
UNIDADE Edição e Exportação 
Figura 7 – Comprometimento da imagem por excesso de compressão
Fonte: Acervo do Conteudista
Exportação
A caixa de diálogo para a exportação é um pouco mais complexa (fig. 8). 
Primeiro você deve escolher em Format o CODEC (programas que codificam e 
decodificam arquivos de mídia, permitindo a diminuição do tamanho). Há muitas 
opções como AIFF, AVI, FLV, GIF, H.264, JPEG, MPEG4, Quick Time para citar 
algumas. Escolheremos, neste exemplo, o eficiente H.264 (encoding format) no 
modo customizado (personalizado).
Em Nome de saída (Output Name), escolha o nome e o local onde o arquivo 
de vídeo será salvo. Ative Export Video e Export Audio no caso de uma produ-
ção audiovisual.
Leia com atenção as informações presentes em Summary. De um modo geral, 
Saída (Output) deverá ter as mesmas propriedades de Origem (Source), podendo 
ter ajustes piores, mas não melhores. Você pode, por exemplo, exportar um ví-
deo em 4K no formato Full HD, pois Full é inferior a 4K, mas a recíproca não é 
aconselhável.
Na aba vídeo, em Basic Video Settings, verifique se Largura (Width) e Altura 
(Height) estão corretos e ative Renderizar em profundidade máxima (Render at 
Maximum Depth). Na aba áudio, deixa o áudio CODEC em AAC e verifique se o 
Sample Rate é igual ou menor do que a qualidade presente em Origem.
No final, ative Usar qualidade máxima de renderização (Use Maximum Render 
Quality). Antes de exportar, o programa mostra uma prévia do tamanho final do 
arquivo em Tamanho estimado do arquivo (Estimated File Size), que na figura 3 
exibe 3511 MB.
No lado esquerdo da caixa Configurações de exportação (Export Settings), es-
colha Entrada e saída da sequência (Work Area). 
14
15
Figura 8 – Confi gurações para a exportação do vídeo
Há muitas opções de programas e, para você que estudou as unidades e fez os 
exercícios mostrados nas videoaula, é uma questão de adaptação entre as muitas 
interfaces. O Windows Movie Maker e o iMovie são as ferramentas gratuitas dis-
poníveis nas plataformas Windows e Mac. O Movavi e o Videopad rodam em 
qualquer sistema e têm um tempo gratuito para a experimentação. O Openshot 
é um programa gratuito que roda também sob o Linux. O Lightworks, específico 
para PC, tem opções de edição um pouco mais avançadas. O Pinnacle Studio tem 
muitas ferramentas e costuma vir como brinde, em diferentes versões, para quem 
compra os equipamentos da empresa. O Filmora é bom para produções mais sim-
ples e oferece um tempo para a avaliação do usuário antes de exigir a compra de 
uma licença. O Camtasia é um ótimo editor de vídeo para a produção de material 
educativo, com um período gratuito para a avaliação.
15
UNIDADE Edição e Exportação 
Na linha profissional, todos os programas são pagos, mas permitem que os 
usuários experimentem o software antes de pedir um número de série. Os mais 
populares são: Adobe Premiere Pro, Final Cut Pro X, Media Composer, Sony 
Vegas, HitFilm Express, DaVinci Resolve, entre outros.
Com o tempo, você aprenderá a fazer suas próprias escolhas ou o briefing in-
dicará qual tipo de resolução deverá estar presente na peça audiovisual. Trabalhe, 
sempre que possível, com a maior qualidade disponível, assim o formato do seu 
trabalho permanecerá mais tempo sem ser considerado obsoleto (fig. 9).
Figura 9 – Evolução tecnológica da resolução de vídeo
Fonte: Acervo do Conteudista
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Guia do usuário do Adobe Premiere Pro
https://goo.gl/9zB4iE
Guia do usuário do Adobe After Effects
https://goo.gl/cEZCNa
História do Cinema Mundial
https://goo.gl/X9BgsY
Kit básico para gravar vídeos com qualidade
https://goo.gl/uAn3zd
Como produzir um vídeo: o guia completo
https://goo.gl/oWUrFS
17
UNIDADE Edição e Exportação 
Referências
FAXINA, Elson. Edição de áudio e vídeo. (ebook) Curitiba: Editora Intersaberes, 
2018.
HENRIQUE, Luís L. Acústica musical: competências, conteúdos e padrões. Lis-
boa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
JAGO, Maxim L. Adobe Premiere Pro CC Classroom in a Book. (ebook) Ca-
lifornia: Adobe Press, 2018.
MENEZES FILHO, Florivaldo. A acústica musical em palavras e sons. Cotia: 
Ateliê Editorial, 2004.
18

Continue navegando